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Fluminense Football Club

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Fluminense Football Club
Local Rio de Janeiro, RJ
Apelidos Tricolor, Flu, Fluzão,
Nense e Pó de arroz
Mascote Cartola
Cores Verde, branco e grená
Torcedor Tricolor
Fundação 21 de julho de 1902
Fundador Oscar Alfredo Cox
Patrono Arnaldo Guinle
Estádios Laranjeiras e Maracanã
Capacidade 8.000 e 92.000 respectivamente
Presidente Roberto Horcades
Técnico Joel Santana
Patrocinador Unimed
Material Esportivo Adidas
2006 Série A, 15º
Divisão 2007 Série A

O Fluminense Football Club é um clube social, cultural e poli-desportivo da cidade do Rio de Janeiro. Fundado em 21 de julho de 1902, o clube foi a primeira associação carioca fundada para o futebol.

O clube ostenta a condição de maior campeão carioca de futebol. Alcançou, em 2005, o recorde de trinta conquistas estaduais. Por ter sido o clube que mais conquistou títulos estaduais no século XX, o clube conquistou o título simbólico de Campeão Carioca do século.

Entre suas maiores glórias estão a Copa Rio de 1952, um dos torneios prercussores do Mundial de Clubes, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1970 e o Campeonato Brasileiro de 1984.

O tricolor carioca é o quinto clube que mais jogadores cedeu a Seleção Brasileira em Copas do Mundo, trinta convocações, tendo sido o seu Estádio das Laranjeiras a primeira sede da seleção em seus primeiros anos.

Ao final de 2006, o time principal já tinha cerca de 2.500 vitórias e feito quase 9.800 gols em aproximadamente 4.800 jogos[Carece de fontes?]. O Fluminense disputou, até aqui, um total de 321 partidas contra clubes, seleções ou combinados estrangeiros, com 168 vitórias, 73 empates e 80 derrotas, com 706 gols a favor e 464 contra.

Índice

História

Primeiros passos

O Fluminense Football Club foi inicialmente fundado no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro. A seção de fundação, realizada em 21 de julho de 1902, foi presidida por Manuel Rios e secretariada por Oscar Cox e Américo Couto. Oscar Cox foi escolhido o primeiro presidente do clube a partir da proposta de João Carlos de Mello e Virgílio Leite. Dessa maneira, Manoel Rios tornou-se secretário da entidade.

O Fluminense foi o primeiro clube a ser criado no futebol carioca, sendo o mais velho entre os grandes clubes brasileiros. Inicialmente, o time de futebol utilizava uniforme nas cores branco e cinza e era composto em grande parte pelo sócios do clube, grande parte estrangeiros.

Em 1903, o Fluminense trocou a camisa anterior pela tricolor. Passou a adotar as três cores presentes no hino composto por Lamartine Babo: verde, branco e grená, que passaram a ser as cores oficiais do clube até hoje[1].

1902-1911: Pioneirismo

Após introduzir o futebol no Rio de Janeiro de forma organizada, Oscar Cox[2] e mais dezenove entusiastas fundaram o Fluminense Football Club em 21 de Julho de 1902. A primeira partida oficial realizou-se no campo do Paysandú Cricket Club, quando o Fluminense venceu o Rio Football Club por 8 a 0.

Em setembro de 1903, o Fluminense fez a sua estréia em jogos inter-estaduais, disputando três jogos na capital paulista. Após enfrentar quatorze horas de viagem, dirigiu-se à campo para enfrentar o Sport Club Internacional, empatando de 0 a 0 no dia 6. Já descansado, no dia 8 daquele mês, derrotou o Club Athletico Paulistano por 2 a 1 no dia 7 e o São Paulo Athletic por 3 a 0.

No fim deste mesmo ano o Fluminense começou os esforços para fundar a Liga Carioca, o que se concretizou no dia 8 de Junho de 1905.

O Fluminense promoveu a visita do Club Athletico Paulistano em julho de 1905, tendo disputado duas partidas, nos dias 14 e 16, vencendo o primeiro jogo por 2 a 0 e perdendo o segundo por 3 a 2, com cerca de 2.500 pessoas assistindo cada partida, contando inclusive com a presença do Presidente da República, Rodrigues Alves. Presidentes da República durante décadas compareceriam aos grandes eventos no Fluminense e alguns deles foram associados deste clube.

Em 22 de outubro de 1905, aconteceu a primeira partida entre Fluminense e Botafogo, data esta que marca o clássico de futebol mais antigo do Brasil, o Clássico Vovô. Nesta ocasião, o Fluminense venceu por 6 a 0.[3].

A primeira partida da história do Campeonato Carioca deu-se no dia 3 de Maio de 1906, quando o Fluminense derrotou o Payssandu por 7 a 1.

Entre 1906 e 1911, o Fluminense dominou amplamente o futebol carioca, vencendo 6 dos 5 primeiros campeonatos. Nestes seis primeiros campeonatos, o Fluminense obteve 43 vitórias, 5 empates e apenas 4 derrotas, com 217 gols pró e 49 contra. Em 1907, quando terminou o campeonato empatado em pontos com o Botafogo, tinha o melhor saldo de gols no campeonato e no confronto direto, tendo sido ainda campeão invicto em 1908, 1909 e 1911, neste último sem perder nenhum ponto.

Em 1911, Edwin Cox e o alemão Bruno Schuback, dois de seus principais jogadores, deixaram o clube para defender o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, para onde levaram também elevados conceitos de organização, implantando algumas modificações no clube gaúcho. No final deste ano, mais nove de seus titulares saíram do clube após grave cisão, indo fundar o departamento de futebol do Clube de Regatas do Flamengo[4]. Neste ano o Fluminense, torna-se o primeiro clube do Brasil, a contratar um técnico profissional, o inglês Charles Williams, recrutado em Londres.

1912-1924: Nascimento de uma segunda geração

Enfraquecido, o Fluminense ainda encontrou forças para vencer o primeiro Fla-Flu por 3 a 2 [5] [6], mas já não tinha mais o forte elenco do período anterior, só voltando a conquistar um título expressivo em 1917.

No ano de 1914, o América Football Club, campeão carioca de 1913, sofreu uma crise em alguns pontos semelhantes à do Fluminense em 1911, pois setenta ex-americanos, entre jogadores e sócios, resolveram abandonar o clube, alguns deles migraram para o Fluminense. Neste mesmo ano, a Seleção Brasileira faz o primeiro jogo de sua história, no campo do Fluminense, derrotando o Exeter City, da Inglaterra por 2 a 0, com o tricolor Oswaldo Gomes fazendo o primeiro gol da história da Seleção, com cerca de 10.000 pessoas comparecendo ao campo do Fluminense, com a maioria assistindo o jogo de pé.

Em 1915, o Fluminense amplia significativamente a sua sede, incluindo um aumento da capacidade de suas arquibancadas para 5.000 pessoas, e o Clube Atlético Paulistano, cujos ideais eram iguais aos seus, considera como sócios-temporários os sócios do Fluminense de passagem por São Paulo.

O Triênio de 1917 a 1919 foi repleto de acontecimentos significativos. Em 2 de outubro, a Confederação Sul-Americana de Futebol indicou o Brasil como sede do Campeonato Sul-Americano de Seleções de 1918. Como o governo brasileiro não tinha condições de realizar um evento de tal magnitude, recorreu ao Fluminense, que contraiu vultoso empréstimo junto ao Banco do Brasil, além de receber grandes contribuições de seus abastados sócios e de seus torcedores. Em função da epidemia de Gripe Espanhola em vários países da América do Sul, este campeonato acabou sendo transferido para o ano de 1919. Finalmente, no dia 11 de Maio deste ano, o Estádio de Laranjeiras [7], com capacidade prevista para 18.000 espectadores era inaugurado na vitória da Seleção do Brasil sobre a do Chile por 6 a 0, e logo no primeiro jogo a lotação atingiu a marca de 25.000 pessoas.

O Fluminense foi tricampão carioca em 1917, 1918 e 1919 [8] tendo disputado 54 partidas nestes campeonatos, vencendo 44, empatando 5 e perdendo apenas 5, fazendo 178 gols e sofrendo 56, o mesmo número de gols marcados por seu artilheiro Henry Welfare neste período.

Nos Jogos Olímpicos de 1920, o atleta tricolor Afrânio Antônio da Costa ganhou a primeira medalha olímpica da história para o Brasil, ao levar a medalha de prata na competição de tiro. Ainda neste dia, Afrânio e o também atleta tricolor, Guilherme Paraense, fizeram parte da equipe brasileira que conquistou a medalha de bronze por equipes na modalidade tiro-livre-pistola ou revólver.

Em 1922, o Fluminense, com apoio ainda que parcial do governo brasileiro, abrigou parte do Campeonato Sul-Americano de Seleções e pelos Jogos Olímpicos Latino-Americanos, um dos jogos precurssores dos Jogos Pan-Americanos. Os altos custos na adaptação de sua sede se refletiu nos resultados do futebol durante muitos anos, já que o Fluminense após ganhar o Campeonato Carioca de 1924 só iria conquistá-lo novamente em 1936. Na campanha vencedora de 1924, o tricolor obteve 12 vitórias, apenas um empate e uma derrota, fez 54 gols e sofreu 19, e com seu artilheiro Nilo marcando 28 vezes.

1925-1935: Poucos Títulos

No dia 15 de Julho de 1928, o Fluminense realizou amistoso (Flu 4 a 1) em seu estádio contra o Sporting Club de Portugal. O dado relevante deste jogo é que foi a primeira vez que este grande clube português usou a sua camisa com listras horizontais em verde e branco, que viria a ser seu uniforme tradicional nos anos seguintes. Em 29 de Julho, foi disputada uma outra partida no mesmo local e o resultado foi Fluminense 3 a 2, com o tricolor conquistando com isto a Taça Vulcain.

Apesar de não conquistar títulos relevantes no futebol neste período, numa época em que São Cristóvão e Bangu dispontavam junto com América, Botafogo, Flamengo e Vasco, o Fluminense sagrou-se vice-campeão estadual em 1925, 1927 e 1935, além de conquistar o Torneio Início em 1924, 1925 e 1927 e o Torneio Aberto em 1935, de modo que manteve-se entre os melhores neste período, quando a sua pior colocação foi o quinto lugar em 1934.

No dia 9 de Março de 1930, um grave acidente de trem ocorrido quando o Fluminense retornava de um amistoso contra a Seleção da cidade de Teresópolis(RJ), matou o zagueiro gaúcho Jorge Tavares Py quando este tentou acionar os freios do vagão em que se encontrava para tentar minimizar os efeitos do acidente e causando ferimentos em todos os outros jogadores do Fluminense. Ainda assim, honrando a sua camisa, o clube levou a termo os seus compromissos naquele ano mesmo tendo um desempenho apenas satisfatório em seus jogos.

Na Copa do Mundo de 1930, Preguinho, o primeiro capitão da Seleção Brasileira em Copas do Mundo, marcou também o primeiro gol brasileiro nesta competição.

Em 1933, o Fluminense foi o principal articulador do profissionalismo no futebol brasileiro, o que redundou em muitas reações fortes, com vários clubes se posicionando contra, o que ocasionou várias divisões de ligas entre profissionais e amadoras, em vários estados do Brasil, antes que esta tese vencesse e se implantasse definitivamente neste país.

No ano de 1935, o Fluminense contratou 11 jogadores da Seleção Paulista que era bicampeã do Campeonato Brasileiro de Seleções estaduais, a principal competição de futebol durante décadas no Brasil. Não satisfeito, durante os anos que se passaram, juntaram-se aos paulistas outros jogadores de diversas origens e futebol refinadíssimo, como Brant, Russo, Hércules, Pedro Amorim, Carreiro e o artilheiro argentino Rongo (que defendia o River Plate), formando um dos melhores times de sua história. Neste mesmo ano, o Fluminense conquistou o Torneio Aberto, competição que tinha este nome pois possibilitava a participação de times de outras divisões e também de amadores.

1936-1949: Supremacia

Talvez nunca, em sua história, o Fluminense tenha tido uma supremacia tão grande sobre os seus adversários como entre 1936 e 1941 [9], quando com um time repleto de jogadores excepcionais [10], conquistou cinco campeonatos cariocas e muito se destacou nos amistosos interestaduais e na conquista do Torneio Quinela de Ouro de 1940 (Torneio Rio-São Paulo Extra)[11].

Entre 1936 e 1941, o Fluminense obteve 90 vitórias, 21 empates e 21 derrotas, com 410 gols pró e 187 gols contra. Em 1939, muitos creditaram a má campanha do time ao fato de ter sido base do Brasil na Copa do Mundo de 1938 e, como não voltou com o título, perdido para a bicampeã Itália, o time, mesmo conquistando um honroso terceiro lugar, voltou muito abalado emocionalmente. Perdendo a motivação no ano seguinte também pelo fato de ser um time com grande número de ítalos-brasileiros, em plena Segunda Guerra Mundial, época em que imigrantes italianos e seus descendentes, assim como os alemães e japoneses, sofreram perseguições e discriminação em grande parte do Brasil. O Fluminense preparou um curso de enfermagem em 1942 para auxiliar os pracinhas da Força Expedicionária Brasileira que mais tarde desembarcariam na Itália, formando 85 enfermeiras, além de doar um avião para a Força Aérea Brasileira.

Após esta fase excepcional, o Fluminense foi vice-campeão carioca em 1943 e 1949, terceiro em 1942 e quarto em 1944 e 1945.

Em 1946, conquistou o Campeonato Carioca após ao final do torneio quatro equipes terem terminado empatadas, sendo necessária uma fase final chamada de Supercampeonato para definir o título. Curiosamente o time tricolor não empatou uma vez sequer na fase inicial deste campeonato, obtendo 13 vitórias e 5 derrotas, com 74 gols pró e 36 contra. No Supercampeonato[12], obteve 5 vitórias e 1 empate, 23 gols a favor e 9 contra. A grande estrela deste campeonato foi o grande artilheiro Ademir Menezes.

O Fluminense conquistou também neste período dois campeonatos municipais (1938 e 1948), um Torneio Extra (em 1941) e três Torneios Início (1940, 1941 e 1943).

A Taça Olímpica

A Taça Olímpica[13] é o mais alto e cobiçado troféu do desporto mundial. Também chamada de "Taça de Honra", tem como finalidade reconhecer anualmente, aquele que, no juízo do Comitê Olímpico Internacional, mais fez em prol do olimpismo e do esporte. Este reconhecimento é considerado o Prêmio Nobel dos Esportes. A concessão do título é feita pelo COI após rigoroso e detalhado exame dos dossiês apresentados pelos candidatos.

Para receber a honraria, o pleiteador deve ser exemplo de organização administrativa e um vitorioso nos setores esportivos, sociais, artísticos e cívicos. Um complexo de perfeição durante um ano inteiro, e escolhido como o melhor dentre os demais clubes, instituições esportivas e mesmo países do mundo, através de suas federações.

A Taça Olímpica (Coupe Olympique) foi instituída em 1906 pelo Barão Pierre de Coubertin, o criador dos Jogos Olímpicos da era moderna e foi atribuída pela primeira vez, ainda em 1906, ao Touring Club da França.

O caminho até a Taça Olímpica

O Fluminense Football Club, já em 1924, conhecedor das condições exigidas aos candidatos, enviou ao COI farta documentação, inclusive sobre a realização dos Jogos Olímpicos Latino-Americanos de 1922, um dos eventos que foram precursores dos Jogos Olímpicos Pan-Americanos e que aconteceram em suas novas instalações especialmente ampliadas para esse fim, na gestão do presidente Arnaldo Guinle (hoje patrono do clube).

O Comitê encontrava-se reunido em Paris, quando o Ministro Paulo do Rio Branco, representante do Brasil na reunião, comunicou a candidatura do Fluminense à obtenção da Taça no período 1926/1927, em reconhecimento à excelente organização dos Jogos de 1922. Apesar do apoio do próprio barão Pierre de Coubertin, o tricolor não foi feliz em sua iniciativa.

Novamente em 1936, o clube voltou a pleitear inscrição e novo dossier foi enviado ao COI, desta vez reunido em Berlim, sede da XI Olimpíada, mas o cobiçado troféu foi outorgado a outra agremiação. Com a guerra que se estendeu por todos os continentes, o Fluminense interrompeu o trabalho iniciado em 1924.

Em 1948, por ocasião dos XIV Jogos Olímpicos de Londres, nova inscrição foi solicitada. O Fluminense competia com a famosa instituição inglesa "The Central Council of Physical Recreation London", porém nosso delegado retirou a candidatura tricolor a fim de que, unânimemente, fosse concedido o prêmio aos anfitriões da Olimpíada, mas renovou a proposta do tricolor para o ano seguinte.

Finalmente, a 28 de abril de 1949 chegava a notícia da decisão tomada pelo Comitê Olímpico Internacional reunido em Roma: o Fluminense Football Club conquistara a Taça Olímpica de 1949, dando ao Brasil a sua mais consagradora vitória nos desportos mundiais.

O Fluminense é o único clube da América Latina a ter seu nome inscrito na Taça Olímpica até hoje. O Museu Olímpico em Lausanne (Suíça), onde a taça original se encontra em exposição permanente foi construído as margens do Lago de Genebra, pelos arquitetos Pedro Ramirez Vazquez e Jean Pierre Cohen.

1950-1960: Início da Era Maracanã e a Copa Rio 1952

Em 1950, o Fluminense fez um péssimo Campeonato Carioca, embora tenha ganhado todos os primeiros clássicos disputados no grande estádio[14], exceto o disputado contra o América. Terminou o campeonato em 6° lugar. O tricolor Didi foi o primeiro jogador a marcar um gol no grande estádio, defendendo a Seleção Carioca em 16 de Junho de 1950.

O Fluminense conquistou, logo no segundo ano do Estádio do Maracanã, o título carioca, ao vencer o Bangu nos dois jogos extras. Os três últimos jogos do Maracanã (incluindo o pela última rodada do returno) contra o Bangu levaram nada menos do que 232.006 torcedores ao Maracanã, em um campeonato com intensa presença de público, o que proporcionou novos parâmetros de arrecadação e investimento para o futebol carioca. Durante este campeonato de 1951, o Fluminense obteve 16 vitórias, 3 empates, 3 derrotas, 54 gols pró e 22 gols contra.

Naquele ano, foi disputado o primeiro Fla-Flu no Maracanã que fez jus ao título de o Clássico das Multidões. Em 14 de Outubro de 1951, o Fluminense venceu o Flamengo por 1 a 0 perante 109.212 espectadores registrados (94.558 pagantes), num jogo marcado por um derrame de ingressos falsos, que pode ter colado mais torcedores para dentro do estádio. Ainda em 1951, o Fluminense realizou dois amistosos no Maracanã contra equipes inglesas em excursão, sendo elas o Arsenal FC, que o Flu venceu por 2 a 0 em 20 de Maio de 1951 perante 43.746 espectadores (35.010 pagantes) e contra o Portsmouth FC em 3 de Junho de 1951 quando o Flu venceu por 2 a 1 com um público presente de 45.244 torcedores, sendo 37.935 pagantes. Entre 1910 e 1951, o Fluminense realizou 44 jogos internacionais, com 17 vitórias, 12 empates e 15 derrotas, com 100 gols a favor e 103 contra. Já com relação à partidas interestaduais, no mesmo período acima o Fluminense disputou 298 partidas, com 159 vitórias, 58 empates e 81 derrotas, 821 gols pró e 513 contra.

Em 1952 foi disputada por oito clubes, no Rio de Janeiro e em São Paulo, a segunda edição da Copa Rio, uma das competições precurssoras do Campeonato Mundial de Clubes, tendo o Fluminense sagrado-se campeão ao empatar em 2 a 2 com o Corinthians, já que havia ganho o primeiro jogo das finais por 2 a 0. Nesta competição, o resultado mais expressivo foi a vitória por 3 a 0, com cerca de 65.000 torcedores no Maracanã[15], sobre o Peñarol, base da Seleção Uruguaia de Futebol que havia conquistado a Copa do Mundo de 1950. Neste torneio, o Fluminense disputou 7 jogos, com 5 vitórias e 2 empates (no primeiro e último jogo, contra Sporting e Corinthians respectivamente[16], com 14 gols pró e apenas 4 gols contra.

No Torneio Rio-São Paulo de 1954, o Fluminense chegou à última rodada bastando vencer o Vasco (já sem chances de título) para ser campeão, pois tinha 1 ponto de vantagem sobre o Corinthians e o Palmeiras, que disputariam o Derby Paulista no Pacaembu. Com o Maracanã recebendo o maior público deste torneio[17],o Vasco fez 1 a 0 com um gol de Vavá e fechou-se atrás agüentando a pressão do Fluminense até o final, enquanto, em São Paulo, o Corinthians venceu o Palmeiras por 1 a 0, sagrando-se campeão.

O maior número de partidas do Fluminense por países da América Latina aconteceu em 1956, quando o time realizou 17 partidas na Argentina, Colômbia, Peru, Equador e Aruba, com 10 vitórias, 3 empates e 4 derrotas. O tricolor disputou, ainda neste ano, amistosos no Brasil. Bateu o Rosario Central da Argentina em Uberaba por 5 a 1 e, no Rio de Janeiro, fez 3 a 0 frente ao Porto com cerca de 120.000 pessoas presentes no Maracanã, naquele que seria o maior público do Fluminense em jogos internacionais.

Neste período, o clube conquistou ainda o Campeonato Carioca em 1959, sendo vice em 1953, 1957 e 1960, e o Torneio Rio-São Paulo em 1957 e 1960, também foi vice em 1954.

O Fluminense foi campeão invicto do Torneio Rio-São Paulo de 1957[18], tendo conquistado o título na penúltima rodada em São Paulo, no Estádio do Pacaembu, ao vencer a Portuguesa por 3 a 1, com dois gols de Waldo Machado (artilheiro da competição com 13 gols) e um de Léo para o Flu, marcando Liminha para a Lusa. O tricolor disputou 9 partidas, vencendo 7 e obteve 2 empates, fazendo 23 gols e sofrendo 11. A maior goleada do Flu neste torneio foi sobre o Palmeiras por 5 a 1, no Maracanã, em 4 de Maio. O último jogo foi uma vitória sobre o São Paulo Futebol Clube por 2 a 1 no Maracanã, em 2 de Junho.

Em 1959, a equipe disputou 22 partidas, com 17 vitórias, 4 empates e apenas 1 derrota (para o Bangu, no primeiro turno, por 1 a 0), com 45 gols pró e apenas 9 contra. Foi campeã carioca na penúltima rodada, ao vencer o Madureira por 2 a 0. O maior artilheiro da história do Fluminense, Waldo Machado, marcou 14 gols nesta competição e foi um dos grandes destaques deste equipe, que também contava com nomes como Castilho, Pinheiro, Altair, Maurinho e Telê Santana[19].

O Flu conquistou o bicampeonato do Torneio Rio-São Paulo em 1960 ao vencer o Palmeiras no Maracanã em 17 de Abril por 1 a 0, gol de Waldo aos 27 minutos do 1º tempo, perante 78.144 espectadores. Em 9 jogos disputados[20], o time venceu 6, obteve 2 empates e teve apenas 1 derrota, no Fla-Flu, por 2 a 1. A vitória mais expressiva foi sobre o São Paulo, por 7 a 2 em 20 de Março. O artilheiro da competição foi Waldo Machado com 11 gols.

Em Maio de 1960, o clube realizou 19 jogos na Europa, em 9 países (Inglaterra, Portugal, Bélgica, Holanda, Suécia, Noruega, Hungria, Itália e Espanha), tendo tido 13 vitórias, 1 empate e 5 derrotas na sua mais extensa excursão ao continente europeu. As vitórias mais expressivas foram contra times suecos: 11 a 0 no Istad, 10 a 0 no Osters, 9 a 0 no Combinado de Borlange. Também fez 8 a 2 no Combinado norueguês de Lyn-Skeid. O tricolor derrotou ainda clubes tradicionais como o Bryghton e o Middlesbrough, da Inglaterra, o Feyennord da Holanda, o Genova Calcio da Itália e o Valencia da Espanha. A derrota mais expressiva foi para o Sporting, por 3 a 0, na primeira partida da excursão. Oempate foi contra o Standard de Liége, na Bélgica, por 2 a 2.

O Fluminense foi ainda campeão da Zona Sul da Taça Brasil em 1960, tendo feito com o Grêmio os jogos finais, cujos resultados foram derrota por 1 a 0 em Porto Alegre (gol de Elton, para os gaúchos), vitória por 4 a 2 no segundo jogo (com 2 gols de Waldo, Jair Francisco e Maurinho para o Flu e 2 de Gessi para o Grêmio) e, com a vantagem de empate no jogo final, o 1 a 1 (gols de Jair Francisco e Elton) garantiu-lhe o título. Para chegar a esta final, o Fluminense eliminou o Fonseca, de Niterói, com vitórias por 3 a 0 e 8 a 0, o Cruzeiro, de Belo Horizonte com um empate por 1 a 1 e uma vitória por 4 a 1. Tendo ganho a disputa regional, classificou-se para as semifinais do torneio nacional vindo a ser desclassificado pelo Palmeiras, que terminaria campeã deste torneio, com um empate por 0 a 0 e uma derrota por 1 a 0. A partir de 1962, os clubes cariocas e paulistas passaram a entrar diretamente nas semifinais, sem passar pelos torneios regionais [21].

1961-1971: Vitórias no Mundo, no Brasil e no Estado

Em 1961, o Fluminense fez uma vitoriosa excursão pela Europa e pela África, pois em 10 jogos venceu 9 e perdeu apenas 1, para o Sporting, no primeiro jogo, por 2 a 0. As vitórias foram contra o Nacional, no Cairo (Flu 2 a 1), Tanta, na cidade egípcia do mesmo nome (Flu 3 a 0), na Bulgária contra as seleções A e B deste país (1 a 0 e 1 a 1), na França contra o Olympique de Nice (7 a 2), na Itália, em Milão, contra a Inter (1 a 1), encerrando a excursão na Espanha, contra o Deportivo Espanhol, em Barcelona (2 a 1), Deportivo Málaga, em Málaga (6 a 0) e por último contra o Valencia, em Valência (3 a 2). Durante a excursão, Waldo Machado foi vendido para o Valencia. O maior artilheiro da história do Fluminense se transformou no segundo maior da história do Valencia e, após encerrar a carreira, radicou-se definitivamente na Espanha.

Em 1963, o Fla-Flu que decidiu o Campeonato Carioca por 0 a 0, sangrando o Flamengo campeão, bateu o recorde mundial de público de partidas entre clubes: 194.603 espectadores (177.656 pagantes).

Assim com acontecera em 1951, Fluminense e Bangu terminaram o Campeonato Carioca de 1964[22] empatados com o mesmo número de pontos, sendo necessária uma melhor de três pontos (a vitória então ainda valia 2 pontos) para definir quem seria o campeão. O Flu venceu a primeira partida por 1 a 0 perante 64.014 pagantes com gol de Amoroso e o segundo e decisivo jogo por 3 a 1 perante 75.106 pagantes com gols de Joaquinzinho, Jorginho e Gilson Nunes para o tricolor, descontando Bianchini para o Bangu, sagrando-se assim campeão carioca. Na partida final, o técnico Tim mandou que o centro-avante Amoroso voltasse para buscar o jogo, no que era acompanhado por seu marcador, abrindo espaço para outros jogadores do Fluminense aparecerem na área do Bangu, surpreendendo então o time advesário. Em 26 jogos, a equipe obteve 17 vitórias, 5 empates e apenas 4 derrotas, com 48 gols pró e 17 contra. Amoroso foi o artilheiro deste campeonato com 19 gols e então iniciava-se a carreira de Carlos Alberto Torres, recém saído do time juvenil (atual junior), que viria a ser capitão do Brasil na Copa do Mundo de 1970.

Em 1966, o Fluminense foi campeão invicto da Taça Guanabara ao bater o Flamengo na final por 3 a 1 perante 69.730 pagantes, com 2 gols de Mário e um de Amoroso para o Flu, descontando Silva para o rubro-negro .

Entre 1952 e 1968, o Fluminense realizou 128 jogos internacionais, vencendo 75, empatando 23 e perdendo 30, com 314 gols pró e 175 gols contra. Neste mesmo período, o tricolor disputou 321 jogos interestaduais, vencendo 181, empatando 57 e perdendo 84, com 743 gols pró e 409 contra.

O time montado pelo técnico Telê Santana em 1969 deu alegrias durante três anos aos tricolores, tendo conquistado, ainda em 1970, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, competição que seria o modelo do futuro Campeonato Brasileiro de Futebol, e sendo vice-campeão carioca no mesmo ano. No Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1970, o Fluminense obteve 10 vitórias, 5 empates e apenas 4 derrotas. O jogo final deste Torneio foi no Maracanã contra o Atlético Mineiro terminou em 1 a 1, perante 112.403 torcedores pagantes[23]. Participaram também desta fase final Cruzeiro, que o Flu venceu por 1 a 0 no Mineirão) e o Palmeiras, derrotado pelo tricolor por 1 a 0 no Maracanã.

O Fluminense foi ainda campeão da Taça Guanabara em 1969, ao vencer o América por 1 a 0 perante 67.492 pagantes, e, em 1971, ao vencer o Flamengo por 3 a 1, com 3 gols de Mickey. Cabe lembrar que a Taça Guanabara até 1972 foi um torneio disputado à parte do Campeonato Carioca.

Nestes anos, o Flu obteve 34 vitórias, 15 empates e 7 derrotas (4 em 1970), fazendo 90 gols e sofrendo 39 nos campeonatos cariocas, sendo que sua única derrota em 1971 foi por 1 a 0 para o Botafogo em 18 de Abril de 1971, na polêmica fase final do campeonato. No último jogo da competição, o tricolor derrotou o Botafogo por 1 a 0.

Na Taça Libertadores da América de 1971, o Fluminense foi desclassificado ao perder no Maracanã para o Deportivo Itália da Venezuela por 1 a 0, time este que o Flu havia ganhado por 6 a 0 em seu país. Abatido com o resultado inesperado, o time perdeu também a última partida para o Palmeiras por 3 a 1 (em São Paulo, o Flu havia o derrotado por 2 a 0), perdendo com isto a classificação. Os outros dois jogos do Flu foram contra o Deportivo Galícia (Venezuela), a quem o Flu venceu por 3 a 1 fora e por 4 a 1 no Maracanã.

1972-1986: A Máquina tricolor

O Flu, vice-campeão carioca em 1972, voltaria a ser campeão no ano seguinte com um time com vários jovens recém saídos das categorias de base, como Carlos Alberto Pintinho, Kléber, Marquinho (que depois seria conhecido como Marco Aurélio) e Rubens Gálaxe, liderados pelo experiente armador Gérson, o Canhotinha de Ouro. O time tricolor, em 25 jogos, obteve 13 vitórias, 7 empates, e 5 derrotas, com 36 gols a favor e 16 contra, tendo derrotado o Flamengo na final por 4 a 2 em jogo disputado debaixo de muita chuva, perante 74.073 pagantes. Manfrini foi o maior goleador tricolor e segundo do campeonato, tendo feito 13 gols. Neste ano de 1973, o clube fez a sua maior excursão à África, disputando 8 partidas neste continente, com 7 vitórias, 1 empate e nenhuma derrota, com 28 gols pró e apenas 6 contra. A maior vitória foi contra o Benfica de Luanda, quando o Flu venceu por 7 a 0 e o único empate foi contra a Seleção de Zâmbia, por 2 a 2.

Em 1974, o time esteve mal e a única atuação relevante foi uma vitória na Taça Guanabara contra o Vasco por 5 a 1 perante 72.368 pagantes, com três gols de Gil.

No bicampeonato carioca em 1975/1976, o Fluminense armou dois times repletos de craques, liderados por Roberto Rivellino. A equipe, apelidada de a Máquina Tricolor, aventurava-se em se excursões pelo mundo, conquistando um série de torneio não-oficiais. No time de 1976, o único jogador que não jogou pela Seleção Brasileira foi o atacante argentino Narciso Doval. O Fluminense teve times com campanhas melhores e elencos mais ganhadores do que os times de 1975 e de 1976, mas talvez nunca tenha tido times tão habilidosos, que lotavam estádios por onde passassem pois proporcionavam grandes espetáculos futebolísticos aos espectadores.

No Campeonato Carioca de 1975, o Fluminense classificou-se para as finais ao ganhar a Taça Guanabara contra o América com um gol de falta de Rivellino aos 13 minutos do 2º tempo da prorrogação, perante 96.035 pagantes[24]. Os adversários do tricolor na final foram o Botafogo, campeão do segundo turno e o Vasco, campeão do terceiro. No primeiro jogo das finais, o Fluminense venceu o Vasco por 4 a 1 perante 79.764 pagantes, no segundo, o Vasco venceu o Botafogo por 2 a 0 e, no terceiro, com 100.703 pagantes, o Fluminense administrou o resultado, perdendo por 1 a 0, e sagrando-se campeão carioca. A campanha tricolor teve 31 jogos, com 19 vitórias, 6 empates e 6 derrotas, 53 gols a favor e 22 contra. Os artilheiros tricolores neste campeonato foram Manfrini, com 16 gols e Gil e Rivellino, com 11 cada um.

Após a conquista da Taça Guanabara, para comemorar a contratação de Paulo César Lima que antes era o grande astro do Olimpique de Marselha, o Fluminense realizou um amistoso contra o forte time do Bayern München, base da Seleção Alemã de Futebol campeã mundial de 1974, que contava em seu elenco com jogadores como Sepp Maier, Franz Beckenbauer, Gerd Müller, Georg Schwarzenbeck, Kapelmann e a estrela nascente Karl Heinz Rumenigge. O amistoso foi em 10 de Junho, à noite, com 60.137 tricolores pagando ingressos e a administração do estádio tendo que mandar abrir os portões com o jogo já começado, pois não esperava o fluxo de público que compareceu ao Maracanã, liberando a entrada para milhares de pessoas que não pagaram ingressos. O Fluminense ganhou o jogo por 1 a 0, gol de Gerd Muller contra.[25].

Na campanha do bicampeonato em 1976, o Fluminense disputou 32 jogos, vencendo 23, empatando 7 e perdendo apenas 2, com 74 gols pró e 26 contra. O artilheiro e o vice deste campeonato foram tricolores, Doval com 20 gols e Gil com 19. O Flu classificou-se para as finais ao vencer o terceiro turno perante o Botafogo por 5 a 1 debaixo de uma enorme tempestade. Classificaram-se também para as finais o Vasco da Gama, campeão da Taça Guanabara, o Botafogo, campeão do segundo turno e o América, campeão da repescagem. Como Fluminense e Vasco terminaram empatados esta fase final, foi necessário a realização de uma partida extra para decidir este título e o Fluminense venceu por 1 a 0, com gol de Doval aos 14 minutos do segundo tempo da prorrogação, perante 127.052 pagantes. Neste campeonato, o Fluminense aplicou 8 goleadas tendo feito 4 gols ou mais, a maior contra o Goytacaz, por 9 a 0 em 24 de Abril.

O clube disputou a Taça Teresa Herrera em 1977 contra o Real Madrid, o Feyenoord e o Dukla de Praga, base da Seleção Tchecoslovaca de Futebol, campeão da Eurocopa. O Flu terminou campeão vencendo o Feyenoord por 2 a 0 e, na final, o Dukla, que havia eliminado o Real Madrid, por 4 a 1. Rivellino, que em 1978 deixaria o tricolor ao ser vendido para futebol árabe, foi eleito o grande nome do torneio.

Em 1980, o Flu voltaria a ganhar o Campeonato Carioca com um time praticamente formado nas Laranjeiras, pois apenas dois jogadores (Gilberto, formado pelo Atlético Goianiense e Cláudio Adão, formado pelo Santos) não passaram pelas categorias de base do tricolor. O Fluminense venceu o Vasco na final por 1 a 0 gol de Edinho de falta, mesmo adversário que o Flu já havia batido na decisão do primeiro turno na disputa por pênaltis. A campanha da garotada tricolor, em 24 jogos, teve 12 vitórias, 8 empates e 4 derrotas, com 43 gols pró e 25 contra. O tricolor Cláudio Adão foi o artilheiro do campeonato com 20 gols.

O Fluminense teve ainda na década de 1980 grandes momentos de sua história, quando levantou seu único título brasileiro[26] com este nome em 1984 ao bater o Vasco da Gama nos jogos finais, no Clássico dos Gigantes mais importante realizado até hoje. A campanha tricolor teve 26 jogos, com 15 vitórias, 9 empates e apenas 2 derrotas, com 37 gols pró e apenas 13 contra. Nos dois jogos finais, o Fluminense venceu o Vasco no primeiro jogo por 1 a 0, com gol do paraguaio Romerito e empatou por 0 a 0 no segundo, perante 128.381 pagantes. A maior goleada tricolor foi nas quartas-de finais contra o Coritiba, no Maracanã, por 5 a 0, empolgando os 60.385 pagantes.

Após conquistar a Taça Guanabara de 1983 em um clássico contra o América em que venceu por 2 a 0 com dois gols de Assis, perante 79.275 pagantes, o Fluminense se classificou para as finais contra o Flamengo, campeão da Taça Rio e contra o Bangu, time que mais pontuou no campeonato. O Fluminense empatou com o Bangu por 1 a 1, venceu o rubro-negro por 1 a 0 com um gol de Assis[27] aos 45 minutos do segundo tempo em jogo disputado debaixo de muita chuva, perante 83.713 pagantes. Como o Flamengo ganhou do Bangu por 2 a 0, sagrou-se campeão carioca. A campanha tricolor teve 24 jogos, com 13 vitórias, 6 empates e 5 derrotas, com 31 gols pró e 13 contra. O artilheiro tricolor foi Assis, com 11 gols e o segundo o centro-avante Washington, com 8, jogadores que formavam uma dupla pelo seu ótimo entendimento conhecida como o Casal 20, nome de famoso seriado de televisão desta época.

No Campeonato Carioca de 1984, o Fluminense chegou ao bicampeonato após 24 partidas, com 16 vitórias, 5 empates e 3 derrotas, 40 gols pró e 16 contra, com Romerito sendo o artilheiro tricolor com 11 gols. O time tricolor classificou-se para as finais por ter sido o clube que mais pontuou durante o campeonato, contra o Flamengo, campeão da Taça Guanabara e o Vasco, campeão da Taça Rio. Nas finais o Fluminense venceu o Vasco por 2 a 0 perante 94.123 pagantes e o Flamengo por 1 a 0, perante 153.520, de novo, com gol de Assis, desta vez aos 30' do 2º tempo.

O Fluminense chegou ao seu terceiro tricampeonato estadual em uma final contra o Bangu em 1985, em que ganhou de 2 a 1 perante 88.162 pagantes, com gol de Marinho para Bangu aos 4 minutos do 1º tempo e no segundo, com gols de Romerito aos 18 minutos e Paulinho de falta, aos 31, conquistou o título. A campanha tricolor neste ano teve 24 jogos, com 15 vitórias, 7 empates e apenas 2 derrotas, com 32 gols pró e 12 contra. O Fluminense classificou-se para as finais ao vencer a Taça Guanabara[2] contra o América por 1 a 0, com gol de Romerito aos 38' do 2º tempo perante 47.160 espectadores, disputando depois o título máximo contra o Flamengo, campeão da Taça Rio e contra o Bangu, time que mais pontuou durante este campeonato. No primeiro jogo das finais¨, contra o Flamengo houve empate por 1 a 1 perante 95.049 pagantes e no segundo o Bangu ganhou do Flamengo por 2 a 1, levando a vantagem do empate para o grande jogo final contra o tricolor.

Na Taça Libertadores da América de 1985, o Flu não foi bem, terminado esta primeira fase em terceiro, quando classificavam-se dois para a fase seguinte. Neste ano o Fluminense, disputou em jogos de ida e volta pelo Grupo 1 contra o também carioca Vasco e contra os argentinos Ferrocarril Oeste e Argentinos Juniors, que acabou campeão desta competição, enquanto o Ferrocarril foi o outro classificado deste grupo. O Flu, em campo, obteve 3 empates e 3 derrotas mas acabou ganhando os pontos do empate de 3 a 3 contra o Vasco, que escalou irregularmente o jogador Gersinho nesta partida, mesmo alertado antes do jogo para este risco.

A partir de 1985, tempos difíceis para o Fluminense seriam organizados fora de campo, pois ao assumir a presidência da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, Eduardo Vianna garantiu que acabaria com "o reinado dos coloridos", pois, até então, era a dupla Fla-Flu que conquistava a maioria dos títulos cariocas. Já em 1986, foi denunciado um escândalo de manipulação de arbitragens, intitulado pela imprensa de "Escândalo das papeletas amarelas", que visava impedir o Fluminense de conquistar o tetracampeonato estadual, o que foi conseguido.

Ainda em 1986, o clube começou a entrar em decadência após perder a chance de ser tetra-campeão estadual em 1986, em um episódio em que por conta de uma epidemia de dengue no elenco seu time não pode comparecer a um jogo em Campos dos Goytacazes, perdendo os pontos e a possibilidade de lutar pelo tetracampeonato estadual.

1987-1999: Decadência

O Flu conquistou, em 1987, a Copa Kirim, no Japão, em sua mais importante excursão à Ásia, disputando a final contra o Torino da Itália cuja grande estrela era o brasileiro Júnior. Perante cerca de 40.000 torcedores no Estádio Olímpico de Tóquio, o Flu venceu por 2 a 0 com gols de Washington e Tato. Nos outros jogos disputados, o Flu empatou com a Seleção do Japão por 0 a 0, empatou com o mesmo Torino da final por 1 a 1 e venceu a Seleção do Senegal por 7 a 0.

Em 1988 e 1991, o time tricolor chegou, com times fracos tecnicamente, às semifinais do Campeonato Brasileiro e, em 1992, à final da Copa do Brasil contra o Inter, perdendo-a com um pênalti polêmico, marcado aos 42 minutos do segundo tempo. Ainda se classificou por dois anos para disputar a Copa Conmebol, precurssora da atual Copa Sul-Americana. Em 1993 quando ganhou do Atlético Mineiro por 2 a 0 com o mando de campo e foi derrotado pelo mesmo resultado em Belo Horizonte perdendo a vaga nos pênaltis, e, em 1996, quando perdeu para o Guarani do Paraguai por 3 a 1 em Assunção e empatou, no Rio de Janeiro, por 2 a 2.

O tricolor só voltou a ganhar um título relevante em 1995 na inesquecível decisão do Campeonato Estadual em um Fla-Flu emocionante com 120.418 espectadores (109.204 pagantes), em que Renato Gaúcho (o "Rei do Rio") fez o gol da vitória por 3 a 2, com a barriga[28], ano em que o Fluminense também chegou de novo às semifinais do Campeonato Brasileiro. Neste estadual de 1995, Fluminense disputou 27 jogos, com 17 vitórias, 7 empates, 3 derrotas, 48 gols pró e 18 contra. Aquele era o ano do centenário do Clube de Regatas do Flamengo e o rubro-negro investira muito para conquistar este campeonato, mas nos 4 Fla-Flus disputados o Fluminense venceu 3 e empatou 1.

Os anos seguintes foram muito difíceis para o Tricolor de Laranjeiras. Em 1996, após péssima campanha, o Fluminense acabou rebaixado para a segunda divisão nacional, sendo salvo por uma manobra política da CBF que o manteve na elite.

O Flu porém não aprendeu a lição e acabou caindo de novo em 1997 para o Campeonato Brasileiro Série B. Em 1998, o time foi novamente rebaixado (pela terceira vez seguida), agora para o Campeonato Brasileiro Série C. Após disputar contra times pequenos e em campos mal conservados, conquistou o título da Terceira Divisão, começando, a partir deste momento, a reestruturar-se para voltar a formar grandes craques e conquistar títulos de expressão.

O Fluminense conquistou este campeonato em 1999 ao vencer o Clube Náutico Capibaribe no Estádio dos Aflitos por 2 a 1, com 2 gols de Roger para o Flu, descontando Rogério Capixaba para o alvi-rubro pernambucano. A campanha do Fluminense teve 22 jogos, com 14 vitórias, 3 empates e 5 derrotas, 37 gols a favor e 21 contra e o artilheiro tricolor nesta competição foi Roni, com 6 gols. Neste ano, o Flu havia contratado o técnico Carlos Alberto Parreira, e, com ele, além de ganhar o Campeonato Brasileiro Série C, criou o Vale das Laranjeiras[29], centro de formação de jogadores de futebol das Categorias de Base no distrito de Xerém, em Duque de Caxias, em um espaço de 130.000 metros quadrados.

2000-2007: A volta por cima

Em 2000, quando se preparava para a disputa da segunda divisão, um problema jurídico entre clubes da Série A impediu a realização do Campeonato Brasileiro, sendo criada a Copa João Havelange pelo Clube dos Treze. Na organização deste campeonato, optou-se pelo critério de convite aos clubes participantes, com o Tricolor de Laranjeiras, por conta de suas boas participações em campeonatos como a Copa do Brasil e o Campeonato Estadual do Rio de Janeiro, além dos grandes públicos que compareciam aos seus jogos no Campeonato Brasileiro Série C, foi convidado, e assim como o Bahia que não estava então na primeira divisão, incluído entre os participantes.

A equipe teve uma boa participação e, após ficar em terceiro na primeira fase, caiu nas oitavas-de-final da competição contra o São Caetano, perante 56.504 tricolores. Assim como o São Caetano, que disputou o campeonato na divisão inferior e teve a possibilidade de chegar até à final da disputa entre os clubes principais, o Fluminense e o Bahia permaneceram na primeira divisão no ano seguinte, numa virada de mesa comum no Século XX e que beneficiaram outros clubes no decorrer de sua história.

O Fluminense conquistou o Campeonato Carioca de 2002, apelidado de Caixão, ao vencer o Americano por 2 a 0 e por 3 a 1 nos jogos finais, o último assistido por cerca de 37.000 pessoas (26.663 pagantes), em campeonato altamente desmotivado, disputado sem a cobertura da imprensa, com a fase final sendo realizada durante a Copa do Mundo de 2002 e com os grandes clubes utilizando seus elencos reservas pois disputavam o Torneio Rio-São Paulo. Tendo sido campeão carioca no dia 27 de Junho, três dias antes da Seleção Brasileira ganhar a Copa do Mundo deste ano, a torcida tricolor aproveitou para fazer a festa do título carioca no ano do centenário do Fluminense justamente neste dia e em muitos lugares do Grande Rio de Janeiro, haviam tantas camisas tricolores quanto brasileiras neste dia festivo. A campanha tricolor em 28 jogos teve 14 vitórias, 5 empates e 9 derrotas, com 45 gols a favor e 33 contra.

Neste ano de 2002, o Fluminense comemorou o seu centenário com grandes eventos praticamente o ano inteiro [30] [31]. O grande presente para a torcida foi a contratação do jogador Romário, que, logo em sua estréia, brilhou no Campeonato Brasileiro contra o Cruzeiro, quando o Flu venceu por 5 a 1 com cerca de 70.000 tricolores em festa. O Fluminense terminou este campeonato em quarto lugar. Neste ano, Romário jogou bem e fez muitos gols, embora tenha se indiposto com o outro goleador do time, Magno Alves, que depois acabou saindo do clube para brilhar na Coréia do Sul e no Japão. Com o passar dos anos, Romário foi caindo de produção e, em 2003, já não este bem no Campeonato Brasileiro.

No ano de 2003, o tricolor disputou a Copa Sul-Americana pela primeira vez, vencendo o Corinthians por 2 a 0, o Atlético Mineiro também por 2 a 0 e veio a cair na segunda fase ao perder para o São Paulo por 2 a 1 no Morumbi e empatar, no Rio de Janeiro, por 1 a 1.

O Fluminense teve grandes momentos durante o ano de 2005 e, após perder o primeiro jogo das finais para o Volta Redonda Futebol Clube por 3 a 2, conquistou o Campeonato Carioca com 70.830 tricolores (63.762 pagantes) comparecendo ao segundo jogo final em que o Flu ganhou por 3 a 1 [3] [4]. O Fluminense classificou-se para as finais contra o Volta Redonda, campeão da Taça Guanabara, ao vencer o Flamengo por 4 a 1 na decisão da Taça Rio perante 74.650 torcedores (65.672 pagantes) com uma grande atuação. Neste campeonato, em 15 jogos o Fluminense obteve 8 vitórias, 3 empates e 4 derrotas, com 40 gols pró e 22 contra.

Em 2005, o Fluminense também chegou à sua segunda final da Copa do Brasil, perdendo o título para o Paulista de Jundiaí ao empatar por 0 a 0 o jogo no Estádio de São Januário perante 25.000 torcedores, já que o Maracanã estava em reformas. Desfalcado, o Flu havia entrado com vários reservas no primeiro jogo desta final, perdendo para o Paulista em Jundiaí por 2 a 0.

Na Copa Sul-Americana daquele ano, o Fluminense também fez boa campanha, só caindo nas quartas-de-finais para o Universidad Católica, a quem ganhou por 2 a 1 no Rio de Janeiro, perdendo por 2 a 1 em Santiago do Chile. Em 6 jogos nesta Copa Sul Americana, o Fluminense obteve 3 vitórias, 1 empate e 2 derrotas, 8 gols pró e 7 contra.

No ano de 2006, apesar de ter um elencos forte tecnicamente, o Fluminense sofreu com graves erros de gestão, por conta de falta de um planejamento adequado, fazendo com que o clube trocasse seis vezes de técnico, o que levou o Fluminense a ter um rendimento insatisfatório no futebol profissional, muito parecido com o ano de 2003, quando, após as grandiosas comemorações de seu centenário no ano anterior, o Fluminense começou a sua preparação mais tarde do que os clubes que tiveram sucesso naquele ano e por isto mesmo teve inúmeros problemas de contusão em seu elenco profissional por preparação física inadequada e depois tentativas passionais em sua gestão visando tentar corrigir os erros anteriores.

Das categorias de base, o Fluminense, que tem conquistado vários títulos, tem tirado a base dos times profissionais que tem se destacado com a camisa tricolor neste início século XXI.

Em 2006, na Copa Sul-Americana, disputou a primeira fase contra o Botafogo, vindo a se classificar nos pênaltis após dois empates por 1 a 1. Na fase seguinte o Fluminense acabou eliminado pelo Gimnasia y Esgrima de La Plata, da Argentina, ao empatar o primeiro jogo por 1 a 1 e perder o seguinte na casa do adversário por 2 a 0. Nas 4 Copas Sul Americanas disputadas por clubes brasileiros entre 2003 e 2006, o Fluminense disputou 3, contabilizando 5 vitórias, 5 empates e 4 derrotas, 18 gols pró e 11 contra e a sua melhor campanha foi em 2005, quando caiu nas quartas-de-finais, terminando em quinto lugar. Até este último jogo da Copa Sul-Americana contra o Gimnasia, no período entre 1968 e 2006, o Fluminense disputou 149 partidas contra clubes ou Seleções estrangeiras (desconsiderando jogos contra clubes brasileiros no exterior ou em competições internacionais nestas estatísticas), com 76 vitórias, 37 empates, 34 derrotas, 291 gols a favor e 183 contra.

Sedes

Laranjeiras

Sua sede social no bairro de Laranjeiras faz parte da história da cidade do Rio de Janeiro pelos seus bailes, festas e eventos culturais que marcaram várias gerações, além de ser uma obra de arquitetura européia de grande beleza, idealizada pelo arquiteto catalão Hypolito Pujol e adornada por elegantes vitrais belgas que se destacam em sua fachada.

Foi em seu Estádio das Laranjeiras que a Seleção Brasileira conquistou os primeiros títulos relevantes, tendo disputado um total de dezoito partidas, com quinze vitórias e três empates[32].

Em 1907, o Fluminense inaugurou a sua primeira quadra de Tênis, em 1909 já possuía três e em 1911, quatro. Um grande destaque nos anos iniciais deste esporte foi Alberto Santos Dumont, que durante anos frequentou o Tricolor, seu clube de coração, sendo também árbitro em partidas amistosas.

Em 1915, o Fluminense amplia significativamente a sua sede, incluindo um aumento da capacidade de suas arquibancadas para 5.000 pessoas, e o Clube Atlético Paulistano, cujos ideais eram iguais aos seus, considerada como sócios-temporários os sócios do Fluminense de passagem por São Paulo.

Em 1919, foram inaugurados o Parque Aquático e o Stand de Tiro.

Na tarde de 28 de Maio de 1921, o Fluminense apresentou em seu Salão Nobre, o primeiro vesperal de Arte e Teatro nos moldes dos realizados nas grandes salas da Europa, o que se repetiria por muitos anos.

Em 1922, o Brasil comemorou o Centenário de sua Independência e mais uma vez o governo brasileiro recorreu ao Fluminense, cujas instalações já eram as mais modernas do continente americano, para assumir a responsabilidade pelo financiamento e organização do Campeonato Sul-Americano de Seleções e pelos Jogos Olímpicos Latino-Americanos, um dos jogos precurssores dos Jogos Pan-Americanos.

O Fluminense respondeu ao governo brasileiro que não tinha condições de assumir tal responsabilidade, que demandava um custo muito alto para adaptar as suas instalações para comportar dois eventos de tal magnitude. Mas o governo brasileiro assumiu por escrito grande parte da responsabilidade e o Fluminense a aceitou, embora mais tarde os governantes de então não tenham cumprido a sua parte e o Fluminense tenha arcado sozinho com a organização destes dois grandes eventos.

Pelo menos o gigantesco esforço patriótico do Fluminense deu resultado, pois as duas competições foram um sucesso, o Fluminense ampliou o seu estádio, construiu um ginásio e ampliou todas as suas instalações, tendo dado provavelmente a maior contribuição do país para os festejos desta importante data nacional e sido sede dos dois primeiros títulos relevantes da Seleção nacional[33].

No ano de 1926, o tricolor inaugurou o Teatro Fluminense, palco de grandes artistas e espetáculos durante muitas décadas.

No ano de 1961, o Fluminense novamente daria outra grande demonstração de espírito público ao concordar com a desapropriação de parte de seu estádio para o alargamento da rua Pinheiro Machado, o que lhe trouxe um prejuízo técnico e financeiro incálculável com o passar dos anos, pois tornou o seu histórico estádio obsoleto, em troca da melhora do trânsito no bairro de Laranjeiras e em toda a cidade, pois desembocam pelo viaduto da rua Pinheiro Machado milhares de carros por dia, muitos vindo do Túnel Santa Bárbara, que liga o Centro à Zona Sul.

Xerém

Xerém é o local onde treinam as categorias de base do Fluminense Football Club.

Grandes jogadores e ídolos

O Fluminense Football Club tem em seu passado estrelas do esporte nacional. Desde o início de sua trajetória, o Tricolor teve atletas que respeitaram e honraram suas cores. Ainda que tenha tido em suas equipes ídolos inesquecíveis, como Edwin Cox (grande driblador, primeiro craque tricolor), João Coelho Netto (Preguinho), Marcos Carneiro de Mendonça, Welfare, Batatais, Romeu Pellicciari, Tim, Hércules, Ademir Menezes, Russo, Castilho, Altair, Didi, Telê Santana, Flávio, Gerson, Gil, Rivelino, Paulo César Caju, Edinho, Carlos Alberto Torres, Ricardo Gomes, Delei, Washington, Assis, Romerito, Waldo, Branco, Renato Gaúcho, entre outros, o Flu caracteriza-se, sobretudo, por sua força como clube e sua tradição à camisa. Abaixo seguem alguns dos atletas que ajudaram a fazer a linda história repleta de vitórias e emoções do Fluminense, quinto clube que mais jogadores cedeu à Seleções Brasileiras em Copas do Mundo:

  • Oswaldo Gomes - Recordista absoluto em conquistas de Campeonatos Cariocas, com 6 títulos, autor do primeiro gol da Seleção Brasileira, titular absoluto em 12 campeonatos disputados pelo Fluminense e um dos 2 titulares que se recusaram a abandonar o Fluminense para abrir o Departamento de Futebol do Flamengo, Oswaldo Gomes é exemplo de disciplina, dedicação, eficiência e amor ao Tricolor e em 1921 foi eleito presidente da C.B.D., atual C.B.F.
  • Welfare - Henry Welfare, inglês de Liverpool, tendo jogado na Inglaterra pelo clube com o mesmo nome da cidade em que nasceu, foi o artilheiro do primeiro tri-campeonato, com cinquenta e seis gols. Jogou pelo clube de 1913 a 1924. Fez 163 gols ao longo de sua carreira no Fluminense. Sua reconhecida categoria e habilidade o transformaram em um dos maiores ídolos do clube. Certa vez, ao ser perguntado se a estrutura do Fluminense naquela época estava a altura dos grandes clubes da Inglaterra, respondeu que pelo menos igual, se não com vantagem para o Fluminense. Ainda nos dias de hoje é o maior artilheiro do Clássico Vovô e o maior artilheiro do Fluminense em uma única partida, por ter marcado seis gols contra o Bangu na vitória tricolor por 11 a 1 em 9 de Dezembro de 1917.
  • Marcos Carneiro de Mendonça - Com o mineiro de Cataguases, o Fluminense iniciou em 1914 sua tradição de formar grandes goleiros. Marcos tinha grande sentido de colocação, tranqüilidade, sangue frio e reflexos apurados. Foi o primeiro goleiro da história da Seleção Brasileira e até hoje é o goleiro mais jovem que já defendeu-a ( 19 anos ), o que fez por 9 anos a partir de 1914, sendo Bicampeão da Copa América. Pelo Fluminense disputou 127 partidas e sofrido 164 gols, saindo sem levar gols em 35 partidas, entre 1914 e 1922 e sagrado-se tricampeão carioca em 1917, 1918 e 1919. Com a sua estatura de 1,87 m e a maneira elegante de se vestir e de se portar, era bastante admirado pelas donzelas da sociedade carioca de então. Ao terminar a sua exitosa carreira Marcos de Mendonça dedicou-se à profissão de historiador, mas continuando a participar das atividades do clube, sendo inclusive um de seus presidentes na época do bicampeonato carioca de 1940/1941.
  • Preguinho - João Coelho Netto, o Preguinho, foi um atleta completo. Era atleta em oito modalidades pelo Fluminense: futebol, vôlei, basquete, pólo aquático, saltos ornamentais, natação, hóquei e atletismo. Preguinho entrou como jogador de futebol para a galeria dos grandes ídolos do Fluminense e do Brasil. Foi autor do primeiro gol da Seleção Brasileira em uma Copa do Mundo, em jogo contra a Iugoslávia na Copa do Mundo de 1930 no Uruguai, é um dos maiores artilheiros do Fluminense com 184 gols marcados e ainda é o segundo maior cestinha de basquete deste clube em pleno ano de 2006. Preguinho sempre se recusou a receber dinheiro do clube, permanecendo como amador mesmo após a profissionalização do futebol. Jogou no clube de 1925 a 1934. Em 1925, depois de nadar a prova dos 600 metros e ajudar o Fluminense a ser tricampeão estadual de natação, foi de táxi a Laranjeiras a tempo de jogar contra o São Cristóvão e ganhar o Torneio Início. Trouxe para o Fluminense 387 medalhas e 55 títulos nas oito modalidades que praticava. Tais façanhas fizeram dele o mais festejado herói tricolor e, em 1952, o clube concedeu a ele o primeiro título de grande benemérito atleta, o que mais o orgulhou até a sua desencarnação, em 1979. Um busto na sede do clube e a concessão de seu nome ao ginásio do Fluminense são merecidas homenagens.
  • Tim - Paulista de Ribeirão Preto, Elba de Pádua Lima, foi um dos maiores dribladores do futebol brasileiro. Seu característico corte seco para os dois lados deixava os adversários sem ação. Sua colocação em campo o transformava em um terrível abridor de defesas. Os argentinos, admiradores de seu futebol dinâmico, o apelidaram de "El Peón". Após o encerramento de sua carreira, transformou-se num excelente técnico de futebol, apontado por muitos como Mestre e exemplo a seguir nesta profissão, tendo sido campeão pelo Fluminense também como técnico, no Campeonato Carioca de 1964, depois de brilhar como jogador de 1937 a 1943, quando conquistou 4 títulos de campeão carioca.
  • Telê Santana - Mineiro da cidade de Itabirito, Telê Santana da Silva foi um dos maiores ídolos da torcida tricolor nos anos 50 e ficou para sempre identificado como símbolo da raça tricolor. Habilidoso, ponta veloz e raçudo, sempre terminava as partidas com a camisa encharcada de suor. O apelido "Fio de Esperança" servia como luva para um atleta que não esmorecia nem nos momentos difíceis, nunca desistindo de lutar pela vitória o que muitas vezes conseguia no fim dos jogos. Jogou no clube de 1951 a 1962, fazendo 165 gols em 556 jogos. Telê tinha como seu clube do coração, o própio Fluminense, onde aprendeu os valores da disciplina, da lealdade e da organização que levou para todos os clubes em que trabalhou em suas exitosas carreiras de jogador e mais tarde, de treinador e também para a Seleção Brasileira.
  • Romeu Pellicciari - Nascido em Jundiaí, Romeu Pellicciari jogava futebol soltando a bola de primeira, com inteligência e passes longos para as pontas, depois aparecendo na área para recebê-la, causando estragos nas defesas adversárias. Ganhou o tricampeonato de 1936/1937/1938 e foi campeão novamente em 1940/1941. Romeu vivia lutando contra o excesso de peso, embora isso não influenciasse muito a qualidade de seu jogo vistoso, pois tinha um grande repertório de jogadas, de toques rápidos e grandes lançamentos, aparecendo para receber na frente como homem surpresa, driblando sempre com objetividade, visando o gol, fazia estragos nas defesas adversárias. A jogada mais conhecida de seu vasto repertório era o "Passo de Ganso", drible conhecido no Século XXI como "pedalada".
  • Castilho - O carioca Carlos José Castilho passou a história do Fluminense como um goleiro milagroso. Chamado de "Leiteria" pelos adversários por sua sorte incrível, em pouco tempo virou "São Castilho" para os tricolores. Era também um goleiro de muita coragem. Quando o médico lhe disse que teria que passar dois meses afastado devido à quinta contusão no dedo mínimo esquerdo, Castilho optou pela amputação parcial para poder voltar a jogar em duas semanas. Sobressaíam em Castilho a habilidade para pegar pênaltis, o arrojo e a colocação. Foi o jogador que mais vezes vestiu a camisa do Fluminense, jogando 698 partidas e levando 777 gols, saindo de campo vitorioso por 420 vezes. Em 255 jogos, cerca de 36%, não levou gols, tendo sido campeão carioca em 1951, 1959 e 1964, da Copa Rio 1952 e do Torneio Rio-São Paulo em 1957 E 1960. Castilho foi um grande pegador de pênaltis e um dos motivos para isto é que estudava minuciosamente as características dos jogadores adversários. Defendeu a Seleção Brasileira em quatro Copas do Mundo, de 1950 a 1962.
  • Didi - Waldyr Pereira, natural de Campos dos Goytacazes, foi o grande cérebro do título carioca de 1951, tendo sido contratado ao Madureira. Fez história no Fluminense jogando com a cabeça sempre erguida e passes precisos. Criou a "folha-seca", chute em que a bola descai rapidamente sobre o gol, dificultando a vida dos goleiros, quando não os vencia, o que acontecia frequentemente. É considerado um dos maiores lançadores de longa distância do futebol brasileiro. Jogou no clube de seu coração de 1946 a 1956 tendo disputado 298 jogos e feito 91 gols.
  • Waldo - Waldo Machado da Silva, natural de Niterói, tornou-se sinônimo de gol para a torcida tricolor. Fazia gols de canela, com chutões desprovidos de dribles ou firulas. Sua genialidade residia justamente na capacidade de não perdê-los. Sua média no clube foi quase de um gol por partida. É o maior artilheiro do Fluminense, com 314 gols em 403 jogos. Jogou pelo Tricolor de 1954 a 1961. Transferido para o Valencia CF, da Espanha, é o segundo maior artilheiro da história deste clube tendo feito por ele 160 gols e o segundo maior artilheiro estrangeiro na história da liga espanhola. Somando os gols que Waldo marcou pela Seleção Brasileira, Seleção Carioca e Madureira, chega-se há 504 gols em sua exitosa carreira, um verdadeiro fenômeno.
  • Gérson - O Canhotinha de Ouro, seu apelido, encantou a torcida com lançamentos precisos e a perfeição de seus passes e dribles. Gerson caracterizava-se pelos lançamentos em profundidade que fazia com sua perna esquerda. Natural de Niterói é Tricolor de coração, por isto escolhendo o Fluminense para encerrar a carreira e o fez em grande estilo, levando o time ao Campeonato Carioca de 1973. Com enorme espírito de liderança, Gérson foi um dos grandes condutores da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1970 e assim como Rivellino e Didi, foi um dos grandes armadores e um dos maiores lançadores da história do futebol brasileiro.
  • Rivelino - Roberto Rivellino, nascido em São Paulo, veio do Corinthians para o Fluminense. Logo na estréia, Rivelino fez três gols contra seu ex-clube, no massacre de 4 a 1. Sua consagração veio com o bicampeonato estadual de 1975/1976. Seu futebol era de impressionar, driblava curto e com rapidez estonteante. Foi apelidado de Patada Atômica, durante a Copa do Mundo de 1970, por seus potentes chutes de canhota, tendo ainda disputado a Copa do Mundo de 1974 e a Copa do Mundo de 1978. Excelente cobrador de faltas, marcou 53 gols nos 158 jogos que disputou pelo clube. Jogou de 1975 a 1978.
  • Edinho - Edino Nazareth Filho, natural do Rio de Janeiro, jogou pelo clube de 1973 a 1989, tendo conquistado inúmeros títulos e disputado 358 partidas pelo Flu com uma vitalidade incrível, pois parecia se multiplicar em campo. Desde cedo foi destaque nas seleções amadoras, tendo disputado os Jogos Pan-Americanos e mais tarde servindo à Seleção Brasileira principal, onde jogou 3 Copas do Mundo. Zagueiro de preparo físico e técnica invejáveis, revelou-se nas divisões de base do clube. Surpreendia as defesas adversárias com suas arrancadas para o ataque, sua impulsão formidável, sendo um terror nas cabeçadas e nas bolas rasteiras. Também era excelente cobrador de faltas, tendo feito assim, o gol do título do Campeonato Carioca de 1980 contra o Vasco, um dos 34 gols que Edinho fez pelo Fluminense.
  • Assis - Benedito de Assis Silva, paulista, jogou no Fluminense de 1983 a 1987. Conhecido como Carrasco do Flamengo, por seus gols decisivos que deram os títulos cariocas de 1983 e 1984 para o Fluminense, formou com Washington uma famosa dupla conhecida como Casal 20, nome de seriado de TV famoso na época. A dupla famosa no futebol do Rio de Janeiro levou o clube ao campeonato estadual de 1983. No ano seguinte, ao lado de outros craques, comandou o Fluminense na conquista de mais um Campeonato Estadual e o Campeonato Brasileiro de 1984. A série de conquistas culminou com o tricampeonato estadual em 1983/1984/1985. Bastava tocar na bola para que se revelasse sua técnica apurada, seu futebol simples de drible fácil e seu incrível dom para o jogo aéreo. Durante muitos anos uma canção ecoaria no Maracanã lotado em dias de Fla-Flu: "Recordar é viver, Assis acabou com você", referência aos dois campeonatos cariocas em que este jogador marcou os gols dos títulos estaduais contra o rubro-negro, em 1983 e 1984.
  • Romerito - Júlio César Romero Isfran, nascido na cidade de Luque, no Paraguai, chegou ao Fluminense em 1984, em meio à disputa do Campeonato Brasileiro, vindo do Cosmos de Nova Iorque, clube que contava então com grandes estrelas do futebol mundial. Ainda assim, Romerito não precisou mais do que algumas rodadas para encontrar seu melhor posicionamento no time. Começava a mostrar então o que o seu futebol tinha de melhor: técnica, raça e um incansável espírito guerreiro que contagiava toda a equipe, tendo feito o gol que deu ao Fluminense,o Campeonato Brasileiro de 1984 e o primeiro gol da final que deu ao Tricolor o tricampeonato carioca em 1985, ano em que foi eleito o melhor jogador da América do Sul em tradicional enquete feita pelo jornal "El País", de Montevidéu com jornalistas de todo o continente. Em 1979, Romerito fez o gol de empate de 2 a 2 que deu à Seleção do Paraguai a classificação para as finais da Copa América, desclassificando a Seleção Brasileira em pleno Maracanã. No primeiro jogo da final desta Copa América, contra a Seleção Chilena de Futebol em Assunção, Romerito fez 2 gols na vitória por 3 a 0 da Seleção Paraguaia, que confirmou depois o título nos outros dois jogos, em Santiago (0 a 1) e em Buenos Aires, 0 a 0.
  • Renato Gaúcho - Menos de seis meses depois de sua chegada ao clube, este gaúcho transformou-se numa unanimidade para os tricolores, levando o Fluminense à conquista do Campeonato Estadual de 1995. Renato levou o Fluminense à vitória nas três partidas que participou contra o Flamengo, tendo marcado gols em todas elas. O último deles, o gol do título, feito de barriga aos 42 minutos do segundo tempo de um Fla-Flu em que ao Fluminense só interessava a vitória. Renato disputou com Romário e Túlio Maravilha o título de "Rei do Rio", tendo sido coroado em ato simbólico no final deste Campeonato Carioca.

Maiores artilheiros

  1. Waldo Machado, 314 gols em 403 jogos.
  2. Orlando Pingo de Ouro, 188 gols em 311 jogos.
  3. Telê Santana ,165 gols em 556 jogos.
  4. Hércules de Miranda, 164 gols em 176 jogos.
  5. Henry Welfare, 163 gols em 166 jogos.

Outros recordes

Maior número de gols em um único jogo (com 6 gols): Buchan (Fluminense 10 a 0 Haddock Lobo em 13 de Junho de 1909, Henry Welfare (Fluminense 11 a 1 Bangu em 9 de Dezembro de 1917)e Rongo (Fluminense 9 a 0 São Cristóvão em 20 de Julho de 1941).

Em campeonatos brasileiros :

  • Maior número de gols em uma partida: Magno Alves, 5 (Flu 6 a 1 Santa Cruz, em 25 de Outubro de 2000.
  • Maior número de gols: Magno Alves, 43 gols (2000 à 2002).
  • Maior artilheiro em um campeonato: Magno Alves, 20 gols (2000).

Jogadores que mais atuaram

  1. Carlos José Castilho, 696 jogos.
  2. João Carlos Batista Pinheiro, 604 jogos.
  3. Telê Santana, 556 jogos.
  4. Altair Gomes de Figueiredo, 549 jogos.
  5. Escurinho, 490 jogos.

Estatísticas dos goleiros

  1. Carlos José Castilho [34], 255 jogos sem sofrer gols, 696 jogos e 777 gols sofridos e média de 1,1 gols por partida (1947/1965).
  2. Paulo Vítor Barbosa de Carvalho, 179 jogos sem sofrer gols, 358 jogos, 278 gols sofridos e média de 0,7 gols por partida (1981/1988).
  3. Félix Miéli Venerando, 136 jogos sem sofrer gols, 319 jogos, 163 gols sofridos e média de 0,8 gols por partida (1968/1978).
  4. Ricardo Pinto, 103 jogos sem sofrer gols, 235 jogos, 215 gols sofridos e média de 0,9 gols por partida (1987/1993).
  5. Jorge Vitório Cusielo, 81 jogos sem sofrer gols, 182 jogos, 160 gols sofridos e média de 0,8 por partida (1966-1973).

Técnicos com mais jogos

  1. Zezé Moreira, 467 jogos, 1951/1954, 1958/1962 e 1973.
  2. Ondino Vieira, 302 jogos, 1938/1942, 1948/1950.
  3. Tim, 176 jogos, 1964/1967.
  4. Nelsinho, 155 jogos, 1979, 1980/1981, 1985/1986 e 1993.
  5. Silvio Pirillo, 138 jogos, 1956/1958.

Títulos

Títulos nacionais no futebol

Títulos internacionais no futebol

Títulos nas categorias de base do futebol

Outros esportes

  • 1 Taça Olímpica: 1949 ("Prêmio Nobel" do esporte).
  • Observação: Adicionar outros títulos.

Lista de presidentes

  1. Oscar Cox - (Presidente fundador aos 22 anos) (21/07/1902 a 15/12/1903)
  2. Francis H.Walter (15/12/1903 a 13/12/1908)
  3. Antônio Vaz Carvalho (13/12/1908 a 19/12/1910)
  4. Antônio Cavalcanti de Albuquerque (19/12/1910 a 08/01/1912)
  5. Carlos Guinle (08/01/1912 a 23/12/1912)
  6. Guilherme Guinle (23/12/1912 a 29/07/1913)
  7. Felix Frias (11/09/1913 a 26/12/1913)
  8. Carlos Guinle (26/12/1913 a 16/04/1914)
  9. Joaquim da Cunha Freire Sobrinho(16/04/1914 a 18/04/1916)
  10. Arnaldo Guinle (18/04/1916 a 30 de Abril de 1931 e 1943 a 1945)
  11. Oscar Costa (30/04/1931 a 07/02/1936)
  12. Alaor Prata (30/04/1936 a 29/04/1940)
  13. Mario Pollo (29/04/1940 a 05/05/1941)
  14. Marcos Carneiro de Mendonça (05/05/1941 a 26/08/1943)
  15. Arnaldo Guinle (06/12/1943 a 04/02/1946)
  16. Manuel de Morais Barros Netto (04/02/1946 a 14/11/1949)
  17. Fábio Carneiro de Mendonça (14/01/1949 a 12/01/1953)
  18. Antônio Leite (12/01/1953 a 31/01/1955)
  19. Jorge Freitas (31/01/1955 a 21 de Janeiro de 1957)
  20. Jorge Frias de Paula (21/01/1957 a 17/01/1963
  21. Nelson Vaz Moreira (17/01/1963 a 19/01/1966)
  22. Luís Filipe Saldanha da Gama Murgel (19/01/1966 a 1969)
  23. Francisco Leitão Cardoso Laport (1969 a 1972)
  24. Jorge Frias de Paula (1972 a 1975)
  25. Francisco Luís Cavalcanti da Cunha Horta (1975 a 1978)
  26. Sílvio da Silva Vasconcelos (1978 a 1981)
  27. Sílvio Kelly dos Santos (1981 a 1984)
  28. Manuel Schwartz (1984 a 1987)
  29. Fábio José Egypto da Silva (1987 a 1990)
  30. Ângelo Luís Pereira Chaves (1990 a 1993)
  31. Arnaldo Santhiago Lopes (1993 a 1996)
  32. José Gil Carneiro de Mendonça (02/01/1996 a 14/11/1996)
  33. Álvaro Ferdinando Duarte Barcelos (10/12/1996 a 04/08/1998)
  34. Manuel Schwartz (20/08/1998 a 07/01/1999
  35. David Fischel (07/01/1999 a 2005)
  36. Roberto Horcades Figueira (desde 2005)

Elenco 2007

Nome Posição Clube anterior
Goleiros
Diego Goleiro Atlético Paranaense
Fernando Henrique Goleiro Juniores
Ricardo Berna Goleiro Juniores
Luis Cetin Goleiro Juniores
Laterais
Carlinhos Lateral-direito Avaí
Rafael Lateral-direito Messina
Júnior César Lateral-esquerdo Botafogo
Roger Lateral-esquerdo Vissel Kobe
Ivan Lateral-esquerdo Atlético Paranaense
Zagueiros
Ânderson Zagueiro Juniores
Luiz Alberto Zagueiro Santos
Thiago Silva Zagueiro Dinamo de Moscou
Fernando Souza Zagueiro Juniores
Volantes
Arouca Volante Juniores
Romeu Cabeça-de-área Juniores
Fabinho Cabeça-de-área Internacional
Cícero Médio-central Figueirense
David Volante Marília
Dionattan Volante Acadêmica de Coimbra
Meias
Carlos Alberto Meia Corinthians
André Moritz Meia Internacional
Thiago Neves Meia Vegalta Sendai
Thiaguinho Meia Juniores
Atacantes
Adriano Magrão Centro-avante Sport
Alex Dias Atacante São Paulo
Rafael Moura Centro-avante Corinthians
Lenny Atacante Juniores
Soares Atacante Figueirense

Torcida

Pesquisas sobre torcedores

Segundo as duas últimas pesquisas realizadas em 2006[35], a torcida do Fluminense é a 9ª ou 12ª maior Brasil dependendo do Instituto de Pesquisa. Este tipo de levantamento[36], que começou a ser realizado em 1983 pela Gallup e desde então é realizado pelos institutos Ibope e DataFolha, entre outros, oscila o clube entre a 9ª e a 12ª colocação na maior parte delas. Contudo, a torcida tricolor já foi apontada como a quinta maior em 1993.

Em nove pesquisas já realizadas no RJ entre 1954 e 2006 , a torcida do Fluminense foi apontada como a terceira maior em sete, inclusive na última realizada em 2006 , tendo sido apontada uma vez como a segunda, em 1954 e como a quarta uma única vez, em 2004 [5].

A torcida do Fluminense é comumente apontada como uma torcida de elite, dado as mesmas pesquisas apontarem um maior número de fãs do clube nas classes A e B da sociedade (de maior poder aquisitivo).

Público nos estádios

Os jogos do Fluminense em sua história levaram por pelo menos 75 vezes públicos maiores do que 90.000 pessoas aos estádios, inclusive em jogos contra torcidas de times pequenos ou de fora do Rio de Janeiro. O Campeonato Carioca que o Flu levou mais torcedores aos estádios foi o de 1976, quando o somatório de 1.339.007 torcedores pagaram ingressos em 32 jogos para ver o time conhecido como Máquina Tricolor[37]. Uma média de 41.843 torcedores por partida, ou 43.844 considerando apenas os 30 jogos no Maracanã. No ano anterior já havia levado 1.202.718 torcedores pagantes em 31 jogos, média de 38.958. No Campeonato Brasileiro de 1976, a Máquina Tricolor continuou arrastando grandes públicos aos estádios e 847.480 espectadores pagaram ingressos para assistirem os 22 jogos do Fluminense, uma média de 32.976 ou de 42.361 considerando apenas os 13 jogos em que o Flu jogou no Rio de Janeiro para 550.696 pagantes.

Nas principais conquistas tricolores, o público também foi muito elevado. Na Copa Rio de 1952, o Flu teve 341.583 torcedores presentes em 7 jogos, média de 48.797. No Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1970, 631.297 pagantes em 19 jogos, ou média de 33.224, no Maracanã, 11 jogos com público total de 444.495, média de 40.408. E na conquista do Campeonato Brasileiro de 1984, 860.229 pagantes em 26 jogos, média de 33.085, ou 482.367 em 10 jogos no Maracanã, média de 48.236 no grande estádio.

No Brasil, só o Flamengo leva vantagem sobre o Fluminense na hora de se medir grandes públicos. Com o Vasco há equilíbrio e o Botafogo fica bem para trás, mesmo sendo o quarto clube brasileiro neste quesito. O Campeonato Carioca é a competição que estimula mais a presença de público dos cariocas, como pode-se ver entre os maiores públicos do Brasil, pois nossas rivalidades locais são muito fortes e os espetáculos proporcionados pelas torcidas que ocupam o antigo maior estádio do mundo: o Maracanã.

Torcidas organizadas

O Fluminense possui entre seus adeptos, um grande número de torcidas organizadas. As mais representativas são a Young Flu e a Força Flu[38], ambas criadas em 1970. Além destas, apoiam o time nos estádios a Flunitor, Fiel Tricolor, Império Tricolor, Jovem Flu, Garra Tricolor, Legião Tricolor e Flu Mulher.

Maiores públicos

# Partida Público Campeonato Data Estádio
1. Fluminense 0 a 0 Flamengo 194.603 (177.656 Pagantes) Carioca 15 de dezembro de 1963 Maracanã
2. Fluminense 3 a 2 Flamengo 171.599 Carioca 15 de junho de 1969 Maracanã
3. Fluminense 0 a 0 Flamengo 155.116 Carioca 16 de maio de 1976 Maracanã
4. Fluminense 1 a 0 Flamengo 153.520 Carioca 16 de dezembro de 1984 Maracanã
5. Fluminense 1 a 1 Corinthians 146.043. Brasileiro 5 de dezembro de 1976 Maracanã

Principais clássicos

Publicações sobre o Fluminense

Livros
  • História do Fluminense 1902/1952, por Coelho Netto (1952)
  • História do Fluminense 1902/1968, por Celho Netto (1968)
  • História do Fluminense 1902/2002, por Paulo Coelho Netto (2003)
  • O Fluminense na Intimidade, por Coelho Netto (1955)
  • Fluminense - As Conquistas Imemoriais, por Antonio Carlos Teixeira Rocha (2006)
  • Clássico Vovô, por Alexandre Mesquita e Jefferson Almeida (2006)
  • Livro Oficial do Centenário, por Pedro da Cunha e Menezes (2002)
  • Fluminense Football Club História, Conquistas e Glórias no Futebol, por Antonio Carlos Napoleão (2003)
  • Fluminense Football Club, Um século de uma vitrine esportiva, por Ricardo Souza (2003)
  • As Laranjeiras Imortais, por Marcelo Meira (2002)
  • À sombra das chuteiras imortais, por Nélson Rodrigues, (1993)
  • À pátria em chuteiras, por Nélson Rodrigues, (1994)
  • Fluminense A breve e gloriosa história de uma máquina de jogar bola, por Nelson Motta (2004)
  • História do Fluminense em Cordel, por Cláudio Aragão (2002)
  • Nélson Rodrigues o Profeta Tricolor, Cem anos de Fluminense (2002)
  • 30 Conquistas Inesquecíveis, coordenação de Ailton Dias e Eduardo Quadros (2005)
  • Fla-Flu...e as multidões despertaram, crônicas de Nélson Rodrigues e Mário Filho (1987)
  • Fla-Flu- O jogo do Século, por Clóvis Martins e Roberto Assaf (1999)
  • Os goleiros do Fluminense de Marcos Carneiro de Mendonça a Fernando Henrique, por Antônio Carlos Teixeira Rocha (2003)
  • Castilho, por Antônio Carlos Teixeira Rocha (2003)
  • Tantas vezes campeão - De Oscar Cox à Vanguarda Tricolor, por Alfredo Clausse (1998)
  • Fio de Esperança-Biografia de Telê Santana, por André Ribeiro (2000)
CD e DVD
  • Fluminense Football Club 1902-2002, por Aptocomunicação (CD, 2002).
  • Saudações Tricolores, O filme da torcida do Flu, por André Barcinski e Heitor D'Alincourt (DVD, 2002).

Ligações externas

Referências

  1. A primeira camisa tricolor do Fluminense, em 1905
  2. Oscar Cox no "Museu dos Esportes"
  3. História do Clássico Vovô
  4. Museu do Esportes - Jogadores do Fluminense criam o Flamengo
  5. História dos Fla-Flus
  6. O primeiro Fla-Flu
  7. Foto do Estádio das Laranjeiras em 1919
  8. O Fla-Flu de 1919
  9. Crônica de Mário Filho sobre o Fla-Flu
  10. Ataque do Fluminense de 1937
  11. RSSSF Brasil - Torneios Rio-São Paulo
  12. Campeonato Carioca de 1946
  13. As informações sobre a Taça Olímpica foram retiradas da "Revista do Fluminense" e do livro "História do Fluminense", de Coelho Netto, tomo I.
  14. Flu 2 - 1 Fla em 1950
  15. Videos de Jogos Internacionais
  16. Copa Rio Internacional de 1952
  17. Jornal dos Sports do dia após o jogo
  18. RSSSF Brasil - Torneio Rio-São Paulo de 1957
  19. Ataque do Fluminense em 1959
  20. RSSSF Brasil - Torneio Rio-São Paulo de 1960
  21. Histórico dos campeões da Taça Brasil Zona Sul-Oeste
  22. Videos de Campeonatos Estaduais
  23. Videos de Campeonatos Nacionais
  24. Museu dos Esportes - Matéria da Revista Placar sobre o jogo Fluminense vs. América em 1975
  25. Flumania Vídeo: Fluminense 1 - 0 Bayen München em 1975
  26. Museu dos Esportes - Final do Brasileirão de 1984
  27. Museu dos Esportes - Matéria do Jornal dos Sports sobre Fluminense em 1985
  28. O Globo Online - Matéria sobre pesquisa sobre o gol mais importante dos Fla-Flus
  29. Matéria sobre Xerém
  30. Comemoração do Centário do clube - Parte 1
  31. Comemoração do Centário do clube - Parte 2
  32. Jogos da Seleção Brasileira no Estádio das Laranjeiras
  33. Título sul-americano do Brasil em 1919
  34. Museu dos Esportes - Biografia de Castilho
  35. [1]
  36. Histórico de pesquisas sobre torcidas
  37. Somatório geral de públicos do Fluminense
  38. História de algumas Torcidas Organizadas
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