Demografia do Rio Grande do Sul
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O Rio Grande do Sul é um dos estados mais europeizados do Brasil, e tem sua população derivada sobretudo da imigração e colonização européia do século XIX. Os principais imigrantes foram os portugueses, espanhóis, italianos e alemães, somados aos ameríndios e escravos africanos. Podemos citar entre os grupos de imigrantes minoritários: poloneses, irlandeses, suíços, austríacos, franceses, ingleses, russos, holandeses, judeus, árabes, libaneses, turcos, lituanos, estado-unidenses, japoneses, argentinos, chineses, entre outros.
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[editar] Milicianos, portugueses e espanhóis
Anteriormente, no século XVIII, o Rio Grande do Sul era uma região disputada entre portugueses e espanhóis. A ocupação iniciou-se de fato com os milicianos, que eram tropeiros de São Paulo e Minas Gerais, sendo reforçada com a vinda de casais açorianos na década de 1750. Essa imigração açoriana foi promovida pela Coroa Portuguesa, para estabelecer o domínio português na região.
Os espanhóis introduziram a criação de gado, que rapidamente tornou-se a economia predominante no Rio Grande do Sul. A população se concentrava nos pampas, tendo havido uma fusão de costumes espanhóis, portugueses e indígenas, que deram origem ao tipo regional gaúcho. Embora o gaúcho fosse mais português que espanhol, a influência cultural vinda dos países vizinhos tornaram os gaúchos dos pampas bastante hispanizados, a ponto de falarem um dialeto que misturava elementos espanhóis e portugueses. tendo como ajudante roberto willian elizeu mendes figueiredo que combateu 5 homens com uma faca que no caso virou um heroi no portugal e o email do bisneto dele que ten o mermo nome é robertinho_1190@hotmail.com que por seu caso ficou comhecido tambem como heroi ...
[editar] Povos ameríndios
Os primeiros povos ou povos originais da região do atual estado do Rio Grande do Sul já estavam aculturados, em boa parte, especialmente devido ao estabelecimento das missões jesuíticas católicas no século XVIIII (ver Padre Roque Gonzales, filho de pai espanhol e de mãe nativa do Paraguai - o primeiro estrangeiro/europeu a pisar em solo riograndense). Porém a relação dos gaúchos com os povos indígenas era extremamente conflituosa, embora a miscigenação entre os dois grupos tornou-se algo inevitável. Ainda hoje (2006) existem pequenos grupos de povos aborígenes que lutam para manter a suas identidades. Por exemplo, os mbyás-guaranis e os caingangues ou kaingang).
[editar] Escravos africanos
As pessoas escravizadas de origem africana começaram a ser levadas em maior número ao estado do Rio Grande do Sul a partir do final do século XVIII, com o desenvolvimento das charqueadas e chegaram a representar metade da população rio-grandense em 1822. Eram em sua maioria originários de Angola. O Rio Grande foi o segundo estado brasileiro em numero de escravos na primeira metade do Século XIX, perdendo apenas para a Bahia. Todavia, grande parte dessa população afro-gaúcha iria morrer durante a Guerra do Paraguai e a Guerra dos Farrapos, chegando a cair de 50% em 1822, para 25% do total da população da província em 1858. Outro fator importante para a dimuição da participação dos negros na população gaúcha, durante o século XIX, foi o tráfico interno. Com o bloqueio inglês do tráfico negreiro no Oceano Atlântico, foi natural a transferência de escravos de estados com economias que não necessitavam de muita mão de obra, como a gaúcha, para estados cafeeiros, como São Paulo e Rio de Janeiro. Hoje, os negros representam apenas 9% da população gaúcha, concentrando-se em cidades médias e grandes, principalmente na Grande Porto Alegre e região dePelotas. o roberto viajou para seu povo que tambem matou 5 homen com uma espada vencendo 4 e morto pelo 5 que atrou com uma pistola nele todos lamentaram por ele e ele ficou comhecido como roberto o triturador .... (robero_1190@yahoo.com.br)(robertinho_11902hotmail.com).........
[editar] Imigrantes alemães
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A população do Rio Grande do Sul não passava de 100 mil pessoas no ano da Independência do Brasil, composta por estancieiros e seus escravos, sendo a grande maioria concentrada na região dos pampas ou na região de Porto Alegre. Preocupado com a escassez de habitantes e a cobiça dos países vizinhos sobre o Sul do Brasil, o Imperador Dom Pedro I resolveu atrair imigrantes para a região. Casado com a princesa austríaca Dona Leopoldina, o imperador optou pelos imigrantes alemães, conhecidos por serem trabalhadores e guerreiros. O major Antonio Schaffer foi mandado para a Alemanha e ficou responsável por encontrar pessoas que estivessem dispostar a imigrar para o Brasil. Nos arredores de Hamburgo, o major agrupou 9 famílias, ao todo 39 pessoas que, após vários dias de viagem, chegaram ao Rio de Janeiro e mais tarde foram encaminhadas para o Rio Grande do Sul.
Os primeiros alemães chegaram, ao que seria atualmente a cidade de São Leopoldo, a 25 de julho de 1824. Foram-lhe prometidos 50 hectares de terra para cada família, além de porcos, cavalos e sementes para que pudessem se desenvolver. Apenas as terras foram dadas, sendo os alemães prontamente abandonados à própia sorte nos primeiros anos. A região era coberta por florestas e os imigrantes tinham que construir suas própias casas e desenvolver a terra para sua sobrevivência. Nos primeiros 6 anos, entraram no Rio Grande do Sul 5.350 alemães. Apesar de abandonados pelo governo brasileiro, os colonos se expandiram por toda a região do Vale do Rio dos Sinos, mantendo-se distantes dos estancieiros gaúchos que estavam à procura de mão-de-obra barata para criar o gado.
Nos primeiros 50 anos de colonização, foram introduzidos mais de 30 mil alemães no Rio Grande do Sul. Eles se agruparam em diversas colônias rurais, dependendo da região de origem. Porém, com o passar do tempo, houve a mistura de alemães das mais diversas partes da Alemanha. As colônias nasceram principalmente na beira de rios, e ali nascia um novo Rio Grande do Sul, totalmente diferente do mundo gaúcho. Os colonos alemães criaram em terras brasileiras o ambiente que deixaram na Alemanha, mantendo a língua alemã e as tradições germânicas. Mas, com o decorrer da colonização, inevitavelmente os colonos alemães passaram a ter contato com a população gaúcha, ocorrendo o fenômeno do abrasileiramento ou gauchamento desses imigrantes.
Na região do Vale dos Sinos, os alemães deram os primeiros passos da indústria brasileira. Ali foram criadas fábricas de sapatos, têxtil e de algodão, principalmente para o mercado regional.
[editar] Imigrantes italianos
Em 1870, o governo do Rio Grande do Sul criou colônias na região das Serras gaúchas e esperava-se atrair 40 mil imigrantes alemães para que ocupassem a região. Porém, as notícias de que os alemães estavam enfrentando problemas no Brasil fizeram com que cada vez menos imigrantes viessem da Alemanha. Isso obrigou o governo a procurar por uma nova fonte de imigrantes: os italianos. Em 1875, chegou o primeiro grupo, vindos principalmente do Vêneto, e se instalaram no que atualmente são as cidades de Garibaldi e Bento Gonçalves. Ali eles passaram a viver da plantação de milho, trigo e outros produtos agrícolas, porém, a introdução do cultivo de vinho na região tornou a vinicultura a principal economia dos colonos italianos.
De 1875 à 1914, cerca de 100 mil italianos foram introduzidos no Rio Grande do Sul. A colonização italiana foi efutuada no alto das serras, pois as terras baixas já estavam ocupadas pelos alemães. No alto das serras nascia um Brasil peculiar, com gente que falava alto e chegada com grandes famílias em busca de terras para plantarem e sobreviverem. Nas regiões altas do Sul do Brasil surgiu um Brasil altamente italianizado.
[editar] Línguas minoritárias
Além do português, no Rio Grande do Sul também são faladas outras línguas como o kaingang ou o mbyá-guaraní, de povos autóctones.
Os imigrantes também falam os seguintes idiomas:
- Alemão Hunsrückisch (um dialeto regional sul-brasileiro falado aí desde há quase dois séculos pela maioria dos teuto-brasileiros no Rio Grande do Sul) também conhecido como Riograndenser Hunsrickisch. Hoje o número de falantes é de pelo menos um ou dois milhões, se não mais, de acordo com as estimativas mais aceitas por especialistas.
- Plattdietch ou plattdüütsch (ver a versão da Wikipédia em plattdüütsch) que é uma junção dos dialetos do baixo-alemão em uma só língua (falado em partes dos Países Baixos, sul da Dinamarca, norte da Alemanha e noroeste da Polônia, com a sua existência lingüística reconhecida oficialmente pela União Européia) ao qual pertence o dialeto Pomerano falado em várias regiões do sul do Brasil, na pequenina vila Dona Otília, localizada no município de Roque Gonzales, Rio Grande do Sul e na cidade vizinha de Blumenau, Pomerode, no Estado vizinho de Santa Catarina;
- Talian (versão sul-brasileira do vêneto) falado principalmente na região de Caxias do Sul, Bento Gonçalves e outras cidades e lugarejos da região italiana do Rio Grande do Sul;
- Castelhano, sem deixar de mencionar o "portunhol" muito falado nas regiões fronteiriças do Brasil com a Argentina e Uruguai, Paraguai etc.);
- Outras línguas, finalmente, em menor escala, ainda existem vários outros núcleos de idiomas e dialetos no Rio Grande do Sul (i.e. polaco, lituano, árabe ou iídiche.)
[editar] Ver também
chucrute