Elizabeth Bowes-Lyon
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Sua Majestade Rainha Elizabeth (Elizabeth Angela Marguerite) (Londres, 4 de agosto de 1900 — Londres, 30 de março de 2002) foi rainha-consorte de Jorge VI do Reino Unido de 1936 a 1952. Ela é mãe da Rainha Elizabeth II, atual monarca britânica. Após a morte de seu marido ela se tornou a Sua Majestade Rainha Elizabeth, A Rainha Mãe, ou, mais popularmente conhecida como Rainha Mãe. Ela foi a última Rainha da Irlanda e Imperatriz da Índia a morrer, tendo seu funeral sido presenciado por Mary Mc Aleese, presidente da Irlanda. Após a ascensão de seu marido ao trono, ela adquiriu o título de Sua Alteza Real, A Duquesa de York, antes de casar-se era conhecida como Lady Elizabeth Bowes-Lyon. Ela ficou famosa pelo papel moral desempenhado para apoiar os britânicos na Segunda Guerra Mundial. Anos mais tarde foi considerada o membro mais popular da Família Real.
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[editar] História
[editar] Infância
Ela era a quarta filha e a nona dos dez filhos de Claude George Bowes-Lyon, Lorde Glamis, depois Conde de Strathmore e Kinghorne, e de sua esposa, Nina Cecilia Cavendish-Bentinck. Ela nasceu na casa dos pais em Londres, apesar da localidade permanecer incerta. Seu nascimento foi registrado em Hitchin, Hertfordshire, próximo a casa de campo de Strathmore. Há diversos rumores que dizem que Elizabeth Bowes-Lyon seria filha do Lorde Strathmore com uma cozinheira galesa, já que só após seis semanas de nascimento ela foi registrada. Outros apontam que a Rainha Mãe, nascida sete anos após a próxima irmã mais nova, não se parecia nem com seus pais nem com seus irmãos. Ela passou muito tempo da infância no Castelo de Glamis, Escócia. A Primeira Guerra Mundial estourou quando ela tinha 14 anos. Seu irmão mais velho, Fergus, foi morto em combate em Loos, França em 1915. Um outro irmão, Michael, desapareceu no campo de batalha em maio de 1917. Ele foi, na verdade, capturado, e permaneceu o resto da guerra como prisoneiro. O Castelo de Glamis tornou-se um centro de apoio aos militares onde Elizabeth ajudava.
[editar] Príncipe Alberto
Príncipe Alberto, segundo filho de Jorge V, pediu-a em casamento em 1921. Rainha Mary, mãe de Alberto, foi conhecer a moça que roubara o coração de seu filho. Ela então planejou a viagem que o rival de Alberto faria ao exterior para deixar o caminho livre para o casamento. Eles se casaram em 26 de abril de 1923 na Abadia de Westminster. Elizabeth deixou seu buquê na Tumba do Soldado Desconhecido no caminho para a Abadia, gesto que desde então tem sido copiado pelas noivas. Ela se tornou a Sua Alteza, A Duquesa de York. Em 1926 o casal comemorou o nascimento de sua primeira filha, Elizabeth, que se tornaria mais tarde a Rainha Elizabeth II. Outra filha, Margaret, nasceu quatro anos depois.
[editar] Rainha Consorte de Jorge VI (1936-1952)
Em 20 de janeiro de 1936, o Rei Jorge V morreu, a sucessão passou para o irmão de Alberto, Eduardo, o Príncipe de Gales, que tornou-se o Rei Eduardo VIII. Jorge e Maria não gostavam muito de seu filho mais velho. Jorge não evitava o desejo de ver seu segundo filho, Alberto, ascender ao trono. Para alegria de seus pais, Eduardo provocou uma crise constitucional ao insistir em casar-se com a americana divorciada Wallis Simpson. Apesar, de legalmente poder se casar com a americana, os ministros do rei advertiram que o povo não aceitaria Wallis como sua rainha. Então, Eduardo abdicou ao trono em favor de Alberto, que não tinha interesse em tornar-se rei, nem ao menos havia treinado para assumir esse papel. Alberto se tornou rei e adquiriu o nome de Jorge VI (não assumindo como Alberto porque a Rainha Vitória expressou-se pedindo que não usassem-no mais, em honra ao seu marido, o Príncipe Alberto de Saxônia-Coburgo-Gotha). Ele e Elizabeth foram coroados Rei Jorge VI e Rainha do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda e Imperadores da Índia (até 1947) em 12 de maio de 1937. A coroa da rainha continha o diamante Koh-i-Noor. É dito que Elizabeth nunca perdoou Eduardo e Wallis por suas ações. Quando o ex rei e sua esposa se tornaram Duque e Duquesa de Windsor, Elizabeth foi responsável pela decisão de não dar a Wallis o título de Sua Alteza Real. Até mesmo no funeral do Duque de Windsor em 1972, quando Wallis estava fisicamente frágil e doente, Elizabeth se recusou a dirigir-lhe a palavra. Em junho de 1939, ela e seu marido se tornaram os primeiros reis a visitar os Estados Unidos.
Durante a II Guerra Mundial, o rei e rainha tornaram-se símbolos da resistência e Elizabeth recusou-se publicamente a deixar Londres durante a blitz, não dando atenção aos avisos do gabinete de viajar para o seguro Canadá. "As princesas não irão embora sem mim; eu não irei embora sem o Rei, e o Rei nunca irá embora", ela disse. Ela constantemente fazia visitas a lugares de Londres que haviam sido alvos das forças nazistas, principalmente no East End, próximo às docas de Londres.
Até mesmo o Palácio de Buckingham foi atingido. Por segurança e razões familiares, o Rei e Rainha não passavam a noite no palácio mas sim no Castelo de Windsor, a uns 35 km (20 milhas) a oeste do centro de Londres, local onde as princesas já estavam durante todo período de guerra. Eles continuavam a comandar o país mesmo no palácio, passando a maioria do tempo lá. Devido ao efeito da moral britânica, Adolf Hitler chamou-a de "a mulher mais perigosa da Europa" e disse que "Se Churchill é o homem que tenho que mais temer, então é ela a mulher que tenho que mais temer"
[editar] Rainha Mãe (1952-2002)
Logo após a morte do rei Jorge VI de câncer de pulmão, em 6 de fevereiro de 1952, Elizabeth passou a ser chamada de Sua Majestade Rainha Elizabeth, A Rainha Mãe. Este nome foi adotado porque o nome normal para a viúva do rei, "Rainha Elizabeth", seria muito similar ao nome de sua filha mais velha, agora rainha Isabel II. O estilo alternativo "Rainha-viúva" não poderia ser usado porque a rainha Mary, viúva do rei Jorge V, estava ainda viva. Popularmente, era simplesmente "A Rainha Mãe" ou "Rainha Mamãe". Para manter-se ocupada, inspecionou a restauração do remoto Castelo de Mey na costa de Caithness na Escócia. O Castelo tornou-se, mais tarde, seu lar favorito. A Rainha também começou a se interessar por hipismo, interesse esse que manteve até o fim de sua vida. Ela recomeçou logo seus deveres públicos, tornou-se tão ocupada quanto antes, quando era Rainha. Antes de Diana, Princesa de Gales, e após sua morte, a Rainha Mãe era o membro mais popular da Família Real Britânica.
[editar] Morte
A Rainha Elizabeth morreu durante o sono em Windsor, com a sua filha, Elizabeth II, ao lado da cama, às 3h 15min do dia 30 de março de 2002. Ela tinha 101 anos de idade, e na época adquiriu o título de pessoa com a maior longevidade da história da monarquia britânica. (Recorde alcançado em 24 de julho de 2003 pela Princesa Alice, Duquesa de Gloucester, que morreu aos 102 anos em 29 de outubro de 2004).
[editar] Títulos
- The Honourable Elizabeth Angela Marguerite Bowes-Lyon
- Lady Elizabeth Angela Marguerite Bowes-Lyon
- Sua Alteza Real A Duquesa Elizabeth Angela Marguerite de York
- Sua Majestade A Rainha Isabel
- Sua Majestade Rainha Isabel, A Rainha Mãe