Etanol
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- Este artigo se refere ao composto químico originado da fermentação. Caso esteja à procura de bebidas espirituosas, veja os artigos fermentação e bebida alcólica. Para o uso do etanol como combustível, veja o artigo álcool combustível para uso do etanol combustível como mistura veja misturas do programa do biodiesel brasileiro.
Fórmula estrutural e modelo espacial | |
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Geral | |
Nome IUPAC | Etanol |
Nomes usuais | Álcool etílico |
Fórmula química | C2H5OH ou C2H6O |
Massa molar | 46,07 g/mol |
Aparência | Líquido incolor |
Número do CAS | 64-17-5 |
Comportamento de fase | |
Ponto de fusão | 158,8 K (-114,3 °C) |
Ponto de ebulição | 351,6 K (78,4 °C) |
Ponto tríplo | 159 K (-114°C) ?? bar |
Ponto crítico | 514 K (241°C) 63 bar |
ΔfusH | 4,9 kJ/mol |
ΔfusS | 31 J/mol·K |
ΔvapH | 38,56 kJ/mol |
Pressão de vapor | 58,7 hPa |
Propriedades líquidas | |
Densidade | 0,7894 g/cm³ |
Viscosidade | 1,19 cP a 20ºC |
ΔfH0liq | -277,38 kJ/mol |
S0liq | 159,9 J/mol·K |
Cp | 112,4 J/mol·K |
Propriedades gasosas | |
ΔfH0gas | -235,3 kJ/mol |
S0gas | 283 J/mol·K |
Cp | 65.21 J/mol·K |
Segurança | |
Símbolos de risco | |
F+ Inflamável |
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Frases de Risco e Segurança | R: 11 S: 7, 16 |
Ponto de fulgor | 17°C |
Temperatura de autoignição | 425°C |
Limites explosivos | 3,5-15% |
Efeitos agudos | Náusea, vomitos. Dificuldade de respirar em casos severos. |
Efeitos Crônicos | Dependência química. Cirrose hepática |
Informações complementares | |
pH | 7,0 |
Solúvel em | Água, cetona, éter |
Solubilidade em água | totalmente miscível |
Velocidade do som | 1180 m/s em 20°C |
Mais informações | |
Propriedades | NIST WebBook |
MSDS | Hazardous Chemical Database |
Unidades do SI são usadas quando possível. Salvo quando especificado o contrário, são considerados condições normais de temperatura e pressão. |
O etanol (C2H6O), também chamado de álcool etílico, é uma substância obtida da fermentação de açúcares, encontrado em bebidas como cerveja, vinho e aguardente, bem como na Indústria de perfumaria. No Brasil, tal substância é também muito utilizada como combustível de motores de explosão, constituindo assim um mercado em ascensão para um combustivel obtido de maneira renovável é o estabelecimento de uma indústria de química de base, sustentada na utilização de biomassa de origem agrícola e renovável. O Etanol é o mais comum dos álcoois. Os alcoóis são compostos que têm grupos hidroxilo ligados a átomos de carbono sp3. Podem ser vistos como derivados orgânicos da água em que um dos hidrogénios foi substituído por um grupo orgânico. As técnicas de produção do álcool, na Antiguidade apenas restritas à fermentação natural ou espontânea de alguns produtos vegetais, como açucares, começaram a expandir-se a partir da descoberta da destilação – procedimento que se deve aos Árabes. Mais tarde, já no século XIX, fenómenos como a industrialização expandem ainda mais este mercado, que alcança um protagonismo definitivo, ao mesmo ritmo em que se vai desenvolvendo a sociedade de consumo no século XX. O seu uso é vasto: em bebidas alcoólicas, na indústria farmacêutica, como solvente químico, como combustível ou ainda com antídoto.
Índice |
[editar] Toxicocinética
Quatro aspectos essenciais devem ser considerados no estudo da toxicocinética do álcool: Absorção, Distribuição, Metabolismo e Eliminação. O etanol é absorvido rapidamente a partir do estômago e intestino e é igualmente distribuído por todo o organismo por difusão simples do sangue nos tecidos. O metabolismo ocorre essencialmente no fígado, por 3 enzimas: a álcool desidrogenase (ADH) que cataliza a oxidação a acetaldeído; a CYP2E1, principal componente do sistema microssomal hepático de oxidação do etanol (MEOS); e a catalase, localizada nos peroxissomas dos hepatócitos, responsável por apenas cerca de 10% do metabolismo do álcool. Existe ainda outra via de metabolização do etanol – via não oxidativa- que envolve a esterificação do etanol com ácidos gordos (ácidos graxos) o que conduz à formação de ésteres etílicos de ácidos gordos (FAEE). A produção de acetaldeído é a principal consequência metabólica via ADH, uma vez que este e outros aldeídos são capazes de formar aductos estáveis com proteínas e podem ainda conduzir a respostas pró-inflamatórias e pró-fibrogénicas, que parecem contribuir para a progressão da lesão hepática. Quanto à eliminação, o etanol é um composto cuja eliminação segue uma cinética de ordem zero.
[editar] Efeitos
O abuso deste composto é a principal causa de morbiblidade e mortalidade da humanidade. Afecta muitos sistemas de órgãos, causando tantos efeitos agudos como crónicos. Sendo um depressor do SNC (acção directa) o etanol diminui a sua actividade: facilita a acção do maior neurotransmissor depressor no cérebro (GABA) e inibe a acção do maior neurotransmissor excitatório do (glutamato). Actuando especificamente sobre estes receptores, o etanol abranda o funcionamento do sistema nervoso. De todos os sistemas do corpo, o sistema cardiovascular, é aquele em que o etanol pode ter simultaneamente efeitos positivos e negativos. No fígado, o excesso de etanol conduz a três diferentes desordens patológicas: fígado gordo (esteatose hepática), hepatite alcoólica e cirrose. O consumo excessivo de álcool é a principal causa da pancreatite crónica. Contudo, os mecanismos pelos quais o etanol a causa ou sensibiliza o pâncreas para ser alvo de dano por outros factores não são conhecidos. O álcool etílico consegue ainda perturbar os numerosos processos regulatórios que permitem aos rins funcionarem de forma normal - altera a estrutura e a função renal, assim como anula a sua capacidade em manter a composição de fluidos e electrólitos no corpo. O etanol pode, em parte, contribuir para a supressão da actividade reprodutora dos machos, por atrofia testicular, disfunção dos órgãos reprodutores acessórios, supressão da espermatogénese e infertilidade. Pode também ter influência directa no crescimento e desenvolvimento da criança - a criança pode nascer com Síndrome Fetal Alcoólica (FAS) O etanol é uma droga capaz de originar tolerância e um alto grau de dependência, tanto física como psicológica.
Curiosamente estudos recentes demonstraram que uma baixa concentração de etanol parece ter efeito terapêutico no tratamento de carcinoma hepatocelular humano por indução da apoptose das células HepG2.
[editar] Ver também
[editar] Ligações externas