Flandres
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- Nota: Se procura , mais especificamente, o Condado, consulte Condado da Flandres.
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Línguas oficiais | Neerlandês | ||
Capital | Bruxelas (política) | ||
Ministro-presidente | Yves Leterme | ||
Área – Total |
13 522 km² |
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População | 6 058 368 hab (excetuando-se os flamengos de Bruxelas) |
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Dia Regional | 11 de Julho | ||
Hino | De Vlaamse Leeuw |
Flandres (o termo se traduz como Vlaanderen em neerlandês, Flandre(s) em francês e Flandern em alemão) é toda a região norte da Bélgica, enquanto a região sul é chamada de Valônia (Wallonië em neerlandês). Nesta parte do país é utilizado o flamengo como língua, uma variante do neerlandês. Seus habitantes são designados de "flamengos".
Não é correto confundir o termo Flandres aqui utilizado com o do Condado de Flandres, que não mais existe. Hoje, a palavra Flandres é usada para se referir à região belga.
Índice |
[editar] Geografia
A região encontra-se dividida em cinco províncias:
- Flandres Ocidental (nl: West-Vlaanderen)
- Flandres Oriental (nl: Oost-Vlaanderen)
- Brabante Flamengo (nl: Vlaams-Brabant)
- Antuérpia (nl: Antwerpen)
- Limburgo (nl: Limburg)
Há ainda o chamado Diamante Flamengo, formado pelas cidades de Bruxelas, Antuérpia e Gante, a "Megalópole" (de consideração) belga, de forte influência econômica.
O país inteiro possui 66 km de costa, situados somente na província de Flandres Ocidental, sendo que a região mais próxima ao mar são os chamados pôlderes. O ponto mais alto é Hemersdaal, na província de Limburgo, e o clima flamengo é predominantemente chuvoso e temperado, não sendo muito frio nos invernos e nem muito quente nos verões. Os principais rios belgas são o Escalda (nl:Schelde), o Mosa (nl:Maas) e o Ijzer
[editar] População
A população flamenga é de origem predominantemente neerlandesa de quando a região ainda fazia parte dos Países Baixos, porém, o povo de Flandres também é formado por inúmeros descendentes de imigrantes de diferentes regiões ou pelos próprios imigrantes que buscam na região, hoje, uma vida melhor.
Durante o controle espanhol sobre a região, muitos protestantes deixaram o país (hoje de maioria católica) em direção aos atuais Países Baixos. Além deles, inúmeros belgas, assim como outros europeus, fugiram das guerras em busca de tranqüilidade e novas oportunidades no continente americano.
Mais atualmente, imigrantes vindos do norte da África, italianos, húngaros e poloneses (início do século XX), assim como turcos, têm deixado suas pátrias em busca de uma vida melhor na Europa, e a Bélgica faz parte da lista de destinos favoritos. Além deles, pelo fato de o país ser sede da União Européia, muitos europeus vêm à região para morar ou ficar por longos períodos de tempo.
[editar] Religião
Historicamente, a região de Flandres vem mantendo como religião oficial o catolicismo, porém, devido ao imenso número de imigrantes muçulmanos, o Islã é praticado por 3% de toda a população, sendo que todas as outras religiões não possuem mais que 1% de seguidores.
[editar] Política
Flandres é uma região belga desde a formação do país. A região flamenga possui governo, parlamento e renda próprios, sendo comumente denominada de Comunidade Flamenga, contribuindo mais ainda para a confusa política interna belga. A região procura ser o mais autônoma possível desde que assumiu a liderança na contribuição para a economia belga, passando a Valônia, região ao sul de língua francesa. Pelo fato de o líder flamengo governar da cidade de Bruxelas, esta é considerada capital política de Flandres, porém se perguntado a um flamengo qual é a capital de Flandres, a resposta obtida será certamente Leuven (Louvain), já que Bruxelas é considerada também uma região autônoma, que não faz parte nem da Comunidade Flamenga nem da Comunidade Valã.
[editar] Separatismo
A história do início da Bélgica como país contribuiu para a formação de movimentos separatistas de ambos os lados (Flamengo e Valão). Do lado de Flandres, partidos extremamente conservadores (como o Vlaams Belang, maior deles) lutam pela separação, alegando que os valões vivem às custas dos flamengos. Tudo tem base no passado belga, quando a Valônia era a região mais rica e seu povo menosprezava Flandres e tudo o que vinha dela simplesmente pelo fato de eles serem mais "pobres". Quando a situação se inverteu, muitos flamengos sentiam-se injustiçados e adotaram uma posição radical (nunca tão radical quanto à posição da Valônia antigamente, quando os flamengos eram oprimidos por falar uma língua diferente e tinham pouco ou nenhum direito civil se comparados aos compatriotas da Valônia).
Uma das grandes questões discutidas hoje é que os valões continuam tendo uma posição extremamente conservadora. Apesar de o Neerlandês ser língua oficial da Bélgica, poucos valões fazem questão de aprendê-lo, optando mesmo pelo idioma inglês na hora de se comunicar com o norte. Em contrapartida, os flamengos se esforçam para aprender a língua da Valônia (Francês) assim como o Alemão, falado em uma pequena parte do país. Em pesquisas feitas anualmente na Bélgica, nota-se que cada vez mais flamengos falam o Francês fluentemente, enquanto o número de valões que falam o Neerlandês mantém-se ou aumenta pouco. Somado a isso, ainda existe um forte sentimento de inimizade de ambas as partes, já que os flamengos não perdoam o que os valões fizeram com eles e nem os valões aceitam Flandres como região mais importante economicamente para seu país.