Invasão da Polônia
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Em 1º de setembro de 1939, as Forças Armadas alemãs deram início a invasão da Polônia, também conhecida como Operação Fall Weiss marcando o início da Segunda Guerra Mundial. A invasão culminaria na dominação completa do país em 6 de outubro do mesmo ano. A operação foi iniciada em resposta a um suposto ataque polones a uma estação de rádio, o que depois foi comprovado como um ardil dos nazistas para justificar a invasão. Durante a operação, em 17 de setembro, a União Soviética, seguindo uma cláusula secreta do Pacto Molotov-Ribbentrop, também declarou guerra a Polônia e deu início a invasão da parte leste do país. Em 3 de setembro, em resposta as hostilidades, França e Reino Unido, seguidos por Canadá, Nova Zelândia e Austrália, entre outros, declararam guerra contra a Alemanha nazista.
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[editar] Forças
A Wehrmacht envolveu suas melhores unidades, engajando 37 divisões de infantaria, uma de montanha, quatro de infantaria motorizada, quatro divisões blindadas leves, seis Panzer, uma brigada de cavalaria e uma variadade de unidades paramilitares. Para a invasão, o Grupo de Exércitos Norte tinha um efetivo 630 mil soldados, enquanto o Grupo de Exércitos Sul tinha 886 mil soldados. Ao todo, as forças alemãs tinham 559 batalhões de infantaria contra 376 da Polônia. Em artilharia, a Wehrmacht tinha 5805 peças contra 2065 polonesas (sem contar a grande diferença de idade e qualidade). Do lado polonês, haviam aproximadamente 39 divisões mais 16 brigadas, totalizando, aproximadamente, 950 mil soldados. Do lado soviético, a despeito das esparsas fontes, estima-se um total de 800 mil soldados engajados.
Em tanques, eram 2511 Panzer contra 615 tanques poloneses, sem contar, novamente, a qualidade e a metodologia de combate. Dentre esses veículos, os alemães tinham 215 befehlspanzer (veículos de comando, sem torre, equipados com potentes rádios para coordenar as unidades).
Em 1939, uma divisão padrão de infantaria da Wehrmacht tinha:
- 5375 cavalos
- 938 veículos motorizados
- 530 motos
Já uma divisão de infantaria polonesa tinha:
- 6937 cavalos
- 76 veículos
[editar] Antecedentes
Antes do conflito alemão com a Polônia, em 1939, o chanceler alemão Adolf Hitler já havia feito algumas "manobras políticas" para aumentar o território alemão:
[editar] Renânia
Em 1936, Hitler ocupou, com forças militares, a zona desmilitarizada da Renânia, que pertencia à França, anexando-a ao território alemão.
[editar] Manobra na Áustria
Em 1934, com ajuda da SA e do Partido Nazi Austríaco, Hitler depôs (assasinou) o então chanceler austríaco Engelbert Dollfuss, numa tentativa fracassada de pôr um regime nazista na Áustria. O chanceler passou a ser Kurt Schuschnigg, da Frente Nacional, do mesmo partido de Dollfuss, até 1938, quando Hitler pressionou o presidente Wilhelm Miklas para nomear um chanceler nazista, Arthur Seyß-Inquart, enquanto traçava planos de invasão à Áustria (Operação Case Otto), cujo objetivo era anexar a Áustria á Alemanha Nazi.
[editar] Acordo de Munique
Em 1938, os líderes das grandes naçõesda Europa no ínicio do Século XX se reuniram na cidade de Munique, na Alemanha para discutir o futuro da Tchecoeslóvaquia em relação às agressões hitleristas na região dos Sudetos. Assinaram então o alemão Adolf Hitler, o italiano Benito Mussolini, o inglês Neville Chamberlaim e o francês Edouard Daladier.
Chamberlaim e Daladier chagaram como heróis em seu país. Mas, em 10 de Março de 1939 Hitler ordena que suas tropas ocupem Praga.
[editar] Início das hostilidades
As operações começaram aproximadamente ás 4h45min do dia 1º, com o encouraçado alemão Schleswig-Holstein abrindo fogo contra as guarnições polonesas da Westerplatte, penísula localizada em Dantzig, hoje Gdansk. Horas depois, o Grupo de Exércitos Norte e Sul iniciaram a invasão por terra.
Empregando a tática da Guerra Relâmpago com tropas blindadas e mecanizadas, juntamente com inovadoras técnicas de combate e equipamentos modernos, os alemães rapidamente quebraram as linhas defensivas dos poloneses, alcançando o Vístula já em 3 de setembro, e iniciando o cerco à Varsóvia no dia 10. Ao sul, com o Grupo de Exércitos Sul, comandado por Gerd von Rundstedt, no dia 3, as tropas de Reichnau já se encontravam na retaguarda de Cracóvia, e cinco dias depois, tendo percorrido 140 milhas em uma semana, se encontravam a 10km de Varsóvia.
A essa altura, todos os planos de defesa poloneses haviam falhado, basicamente pela mobilização das tropas alemães e pela incapacidade do exércitos polones em recuar estratégicamente, muito por causa do nível de obsolência do seu exército e da mentalidade de seus comandantas, notamente o Chefe das Forças Armadas, General Rydz-Smigly. Os poloneses tinham duas alternativas de defesa; a primeira era espalhar as forças pela fronteira e recuar aos poucos até o Vístula, e ali estabelecer a ultima linha defensiva. A segunda era já estabelecer a linha no rio Vístula, sem recuos estratégicos. O General Rydz-Smigly, querendo dar proteção à totalidade do território nacional, optou pela primeira opção e estendeu, ao longo das fronteiras, 7 divisões, denominadas exércitos. Essas forças foram rapidamente cercadas, e à despeito do contra-ataque do rio Bzura, nenhuma delas esboçou reação expressiva ou comprometeu de alguma forma a invasão como um todo.
[editar] Resultado
Ainda que algum plano defensivo lograsse sucesso, ele falharia em se proteger da inesperada invasão russa pelo leste. No cômputo geral, a invasão foi um teste e uma importante lição para os alemães, que ali testaram suas forças, assimilaram os resultados e corrigiram os erros. Entre outubro de 1939 e maio de 1940, as Forças Armadas Alemãs passaram por uma reformulação completa, que tornaria ainda mais eficiente a Blitzkrieg. Aos poloneses, restou resistir nos cercos nas cidades, até a capitulação. O governo Polônes, juntamente com a sua Marinha, se exilou na Inglaterra. Muitas tropas fugiram para a Lituania e França e a maioria foi para a então neutra Romênia.
[editar] Bibliografia
ZALOGA, Steven J. Poland 1930 The birth of Blitzkrieg. Osprey, 2002. MCKSEY, K.J. Divisões Panzer - os punhos de aço. Ed. Renes, RJ. SHIRER, Willian l. Ascenção e Queda do Terceiro Reich (4 vols). Editora Civilização Brasileira S.A. Rio de Janeiro, 1964.