Palácio do Planalto
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O Palácio do Planalto é a sede do Poder Executivo do Governo Federal brasileiro. O edifício está localizado na Praça dos Três Poderes em Brasília, tendo sido projetado por Oscar Niemeyer. O Palácio do Planalto faz parte do projeto do Plano Piloto da cidade e foi um dos primeiros edifícios construídos na cidade.
A construção do Palácio do Planalto, cujo nome oficial é Palácio dos Despachos, começou em 10 de julho de 1958 e obedeceu a projeto arquitetônico elaborado por Oscar Niemeyer em 1956. A obra foi concluída a tempo de tornar o palácio o centro das festividades da inauguração da nova Capital, em 21 de abril de 1960. Até então a Presidência da República funcionava em uma construção provisória de madeira conhecida popularmente como Palácio do Catetinho, inaugurada em 31 de outubro de 1956, nos arredores de Brasília.
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[editar] Arquitetura
O projeto do Palácio do Planalto é marcado pela singeleza de suas linhas, com predominância dos traços horizontais. Curvas e retas combinam-se de forma a conferir ao prédio uma plasticidade marcante e requintada. As colunas conseguem o efeito desejado por Niemeyer, de serem leves como penas pousando no chão.
Os jardins são de autoria do paisagista Roberto Burle Marx. Em 1991, foi construído um espelho d’água, em frente e na lateral direita do prédio com uma área aproximada de 1635 metros quadrados, comportando 1.900 metros cúbicos de água, com profundidade de 1m10cm e uma largura que varia entre cinco a vinte metros. Enfeitam o espelho d’água várias carpas coloridas de origem japonesa.
A construção do espelho d'água foi feita em regime de urgência, no final do governo Sarney, depois que um motorista desempregado pretendeu invadir o palácio com o ônibus que dirigia, acabando por chocar-se com uma das colunas. Na ocasião, como a popularidade de Sarney estava em baixa, comentava-se ironicamente que o ônibus havia se chocado com um palácio desgovernado.
O Palácio consta de quatro pavimentos, com uma área de 36 mil metros quadrados e quatro anexos. No terceiro pavimento se encontram: o Gabinete do Presidente e dos seus assessores mais diretos.
Na fachada posterior do Palácio está o heliponto, construído em 1990, com a finalidade de atender os deslocamentos aéreos de curta distância do Presidente da República .
O parlatório, situado à esquerda da entrada principal, é o local de onde o Presidente e convidados podem se dirigir ao povo concentrado na praça. Foi usado no dia da inauguração de Brasília e em outras raras ocasiões.
O acesso à entrada principal é feito por uma rampa, que não é usada no dia-a-dia pelo Presidente, mas apenas em ocasiões especiais, como a visita de dignitários estrangeiros.
[editar] Acervo
[editar] Obras de arte
O acervo do Palácio do Planalto reúne obras de arte criadas por artistas consagrados, brasileiros e estrangeiros, entre pinturas, esculturas e tapeçarias. Possui, também, um rico mobiliário, porcelanas da Companhia das Índias e prataria portuguesa do Século XVIII.
Algumas peças foram criadas exclusivamente para o Palácio, como a tapeçaria Músicos, de Di Cavalcanti, que recebeu a incumbência do arquiteto Oscar Niemeyer.
[editar] Biblioteca
Inteiramente remodelada em 2005, a um custo de setecentos mil reais, a biblioteca do Palácio possui um acervo de 33 mil volumes, de livros a periódicos e recortes de jornais. Na biblioteca também é possível encontrar coleções de Leis do Brasil, do Diário Oficial da União, e de discursos dos presidentes da República.
A biblioteca tem área para atender portadores de necessidades especiais e espaços amplos para estudos individuais e em grupo. O local é aberto ao público, mas o empréstimo domiciliar de livros é restrito apenas aos servidores do Palácio do Planalto.
[editar] Necessidade de reforma
Em 2006, as instalações do Palácio do Planalto apresentam sinais de desgaste, tornando necessária uma reforma imediata. Um assíduo frequentador do Palácio, o jornalista Ali Kamel aponta os seguintes problemas [ ]:
- na portaria, a traquitana de detectores de metal está instalada de maneira precária;
- o guarda-volumes é uma estante improvisada de madeira compensada;
- em vários pontos, uma mesma tomada elétrica é usada por muitos aparelhos, ligados a benjamins;
- portas estão com o revestimento danificado.
A fim de contornar a falta de verbas públicas para esse fim, estuda-se a possibilidade de a reforma ser financiada por empresários, a exemplo do que ocorreu em 2005 com o Palácio da Alvorada, residência oficial do Presidente da República.