Paleontologia
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Paleontologia é uma ciência que interage com a biologia e a geologia. É o estudo dos fósseis, ou seja, restos de seres vivos ou vestígios de vida de organismos que existiram durante a história da vida na Terra, e que se encontram preservados no registro geológico, ou seja rochas, sedimentos, gelo ou âmbar.
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[editar] Importância
A partir dos fósseis, rochas devem ser calcárias e a evolução dos seres vivos fossilizados até aos atuais pode ser melhor compreendida. Inversamente, com base na frase "o presente é a chave do passado" de Charles Lyell, a partir dos seres vivos atuais pode-se extrapolar algo sobre os fósseis, como o modo de vida, alimentação, de locomoção e de reprodução, dentre outros. A partir dos fósseis pode-se fazer a datação relativa das rochas sedimentos sedimentares] e correlações entre rochas de locais distantes.
[editar] Divisões
Por vezes, divide-se a paleontologia em dois ramos:
- a paleozoologia - estudo dos fósseis de animais, e
- a paleobotânica - estudo dos fósseis de plantas.
Também é possivel dividir a paleontologia em:
- Macropaleontologia - que estuda os fósseis visíveis a olho nú.
- Micropaleontologia - que estuda os fósseis de organismos que necessitem de microscópio para serem visualizados.
Ainda se faz uma subdivisão da paleobotânica e da micropaleontologia constituindo a palinologia, que se dedica ao estudo de pólen e esporos fossilizados.
Esta divisão provém do facto de durante muitos anos os seres vivos serem classificados quer como plantas - e estudados pelos botânicos - quer como animais - estudados pelos zoologistas.
Vale lembrar que ainda há outra especialidade da paleontologia que é a paleoecologia, que estuda como foram as interações entre os seres vivos entre si e com o seu ambiente.
[editar] Diferença da arqueologia
Os arqueólogos diferenciam-se dos paleontólogos porque trabalham com restos de seres humanos e vestigios da sua atividades. Normalmente, procuram comprender as atividades humanas em determinado período da história da Terra. A paleontologia estuda todos os organismos que viveram na Terra, incluindo a evolução primata-homem, mas não o ser humano como o conhecemos hoje, pois o estudo antropológico e cultural se restringe à arqueologia. A paleontologia estuda organismos mortos ate 11.000 anos, pois nem todo resto de ser vivo preservado em sedimentos, rochas, gelo e âmbar é um fóssil.
[editar] Cronologia
- 1824, Reino Unido - A primeira espécie de dinossauro é descrita: Megalosaurus bucklandi, um carnívoro de 9 metros.
- 1825, Reino Unido - O segundo dino é descrito. Chama-se Iguanodon bernissartensis. Ainda não havia a palavra "dinossauro" para nomear a espécie.
- 1833, Reino Unido - O terceiro dinossauro descrito é um herbívoro encouraçado, tratando-se do britânico Hylaeosaurus armatus.
- 1842, Reino Unido - Sir Richard Owen cunha a palavra "dinossauro" ("lagarto terrível") para agrupar animais como o Megalosaurus, o Iguanodon e o Hylaeosaurus.
- 1861, Alemanha - Foi descrito o fóssil da Archaeopteryx lithographica, considerada até então a mais antiga ave conhecida.
- 1905, EUA - Tyrannosaurus rex é descrito, após seus restos serem coletados no oeste norte-americano. Especialistas ficaram tão espantados com o tamanho e a aparência deste carnívoro que colocaram o nome de "lagarto tirano rei".
- 1915, Egito - Paleontólogos europeus resgatam toneladas de fósseis de dinossauros. Um dos mais curiosos é o Spinosaurus aegyptiacus, dotado de longo focinho e vela dorsal. O material original --o mais completo já resgatado desta espécie-- foi destruído durante a Segunda Guerra Mundial, num bombardeio ao museu alemão onde estava guardado.
Década de 1940 e de 50, Brasil - Llewellyn Ivor Price registra os primeiros fósseis de dinossauros encontrados em território brasileiro.
- 1969, EUA - John Ostrom, paleontólogo norte-americano, descreve um pequeno e ágil dinossauro carnívoro, o Deinonychus antirrophus. Ostrom encontrou incríveis semelhanças entre o Deinonychus e o Archaeopteryx, retomando a questão da afinidade entre aves e dinossauros.
- 1970, Brasil - O primeiro dinossauro brasileiro ganha nome e sobrenome: Staurikosaurus pricei. É um dos mais antigos dinossauros conhecidos e importante no debate sobre a origem desse grupo de animais no planeta.
- 1978, EUA - Centenas de fósseis de uma mesma espécie de dinossauro, juntamente com ninhos e filhotes recém-nascidos, são encontrados num vale. Os animais morreram juntos por conta de uma grande erupção vulcânica. O achado indica que algumas espécies viviam em grupos sociais e cuidavam de seus filhotes. Ganhou o nome de Maiasaura ("lagarto boa mãe").
- 1993, Argentina - O maior dinossauro descoberto até então é anunciado por paleontólogos argentinos: Argentinosaurus huinculensis. Estima-se que tenha ultrapassado os 35m de comprimento e as 100 toneladas.
- 1995, Argentina - Paleontólogos argentinos descrevem o Giganotosaurus carolini, um carnívoro gigante, cujo tamanho ultrapassava o do próprio Tyrannosaurus rex.
- 1996, China - Paleontólogos chineses descrevem o Sinosauropteryx prima. Este pequeno carnívoro, encontrado em rochas de 135 milhões de anos, tinha em seus fósseis impressões de uma fina penugem.
- 1999, China - Outro importante dino chinês é descrito: o Sinornithosaurus milenii. Era do grupo dos dromeossauros, ao qual pertencem o Velociraptor e o Deinonychus. O pequeno animal tinha o corpo coberto por penas. Pensou-se pela primeira vez na possibilidade de que seus 'primos' também as tivessem.
- 2005, Alemanha - Um novo exemplar de Archaeopteryx é descrito por norte-americanos. A similaridade com o grupo dos dromessouros demonstra que alguns dinos teriam sido ancestrais diretos das aves.
- 2006, Brasil - Mais um dinossauro ancestral é descoberto : O Sacissaurus. O nome é bem sugestivo, já que o dinossauro foi encontrado com uma perna ! O Sacissaurus era carnívoro.
[editar] Ver também
- Fóssil
- Sedimentação
- Paleomastozoologia
- Geologia
- Museu Histórico e Paleontológico de Monte Alto
- Museu de Paleontologia de Marília