Wilhelm Gustloff (navio)

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O Wilhelm Gustloff foi um navio alemão de passageiros, que fazia parte da organização “Força pela Alegria”, tendo sido construído nos estaleiros Blohm & Voss de Hamburgo. Recebeu esse nome em homenagem ao líder do NSDAP da Suíça. O navio foi lançado ao mar em 5 de maio de 1937.

Em uma missão para ajudar as multidões de alemães que fugiam do cerco do exercito vermelho no leste, ele foi atingido por três torpedos soviéticos e afundou no Mar Báltico em 30 de Janeiro de 1945. Tinha a bordo cerca de 9600 passageiros na sua maioria mulheres e crianças, para além de cerca de 1000 tripulantes. Representa até hoje o maior desastre naval de todos os tempos.

[editar] História

O navio - deslocando 25484 toneladas à velocidade mantida de 15 nós e com capacidade original para 1463 passageiros e 417 tripulantes - foi construído nos estaleiros Blohm & Voss de Hamburgo, para a Kraft durch Freude (KdF) (Força pela Alegria), uma organização que promovia atividades culturais e recreativas, incluindo concertos e outras festividades para os trabalhadores alemães de todas as classes. Os trabalhos iniciaram-se em 1 de Maio de 1936 e o lançamento ao mar ocorreu em 5 de Maio de 1937, seguindo-se as operações de apetrechamento e finalmente a entrega à KDF, que aconteceu em 15 de Março de 1938 sendo Carl Lubbe o seu primeiro comandante. Em 4 de Abril de 38, durante uma das primeiras viagens, efectuou sob péssimas condições de mar, o salvamento da tripulação de um cargueiro britânicos - o SS Pegaway - o que foi muito noticiado na Imprensa Britânica. Em 20 de Abril de 1938, parte, junto com outros navios da frota KDF para a viagem inaugural como navio de cruzeiro rumo ao Arquipélago da Madeira, com escala em Lisboa. O tamanho do navio, o luxo sóbrio e o facto de permitir viagens em classe única para todos, impressionou. Os fiordes Noruegueses, tal como Lisboa e o Funchal, na Madeira, tornaram-se destinos de eleição. O navio efectuou cerca de 50 viagens em tempo de Paz, transportando cerca de setenta mil passageiros sempre com grande sucesso. Em 25 de Maio de 1939, colaborou, junto com outras unidades da KDF, no repatriamento da Legião Condor após o fim da Guerra Civil Espanhola.

Com o início da Segunda Guerra Mundial foi transformado em Navio-Hospital, colaborando na evacuação de feridos da Polónia e mais tarde, após a invasão da Dinamarca e Noruega pelas tropas alemãs, de Oslo. A 17 de Novembro de 1940 é transferido para Gotenhafen ( hoje, Gdynia) e colocado fora de serviço como navio-hospital, passando a navio-alojamento em 20 de Novembro de 1940.

[editar] Naufrágio

Modelo do Navio

A 12 de Janeiro de 1945, Hitler e Donitz reconhecendo a situação militar insustentável na Prússia Oriental, elaboram o plano de evacuação por mar, partindo de Gotenhafen, dos muitos milhares de refugiados que se acumulam na cidade. Comandado por Friederich Petersen e Wilhelm Zahn e com uma tripulação de recurso, apesar de imobilizado no porto há quatro anos, recebe a bordo cerca de 9600 refugiados - a capacidade estudada era de aproximadamente 1500 passageiros... - que se juntam a cerca de 1000 tripulantes, saindo do porto de Gotenhafen a 30 de Janeiro de 1945. Interceptado pelo submarino soviético S13 comandado por Alexander Marinesko, é atingido por três torpedos em pleno Báltico. No pânico que se seguiu, alguns refugiados acabaram pisoteados quando todos corriam para os botes salva-vidas. O navio afundou 62 minutos depois de atingido, pelas 22h18 do dia 30 de Janeiro de 1945. Dos mais de 10582 passageiros e tripulantes a bordo, cerca de 9000 - seis vezes o numero de mortes no Titanic - morreram no mar, no que constitui até hoje o maior desastre naval de todos os tempos.