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Escândalo do Dossiê - Wikipédia

Escândalo do Dossiê

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Este artigo ou seção é sobre um evento atual.
A informação pode mudar rapidamente.
Segunda-feira, 16 de Abril de 2007
Atenção: Este artigo possui passagens que não respeitam o princípio da imparcialidade. Tenha cuidado ao ler as informações contidas nele. Se sabe alguma coisa sobre este assunto, tente tornar o artigo mais imparcial.

O Escândalo do Dossiê, entre outros nomes[1], é o nome dado às repercussões da prisão em flagrante de integrantes do PT acusados de comprar um dossiê de Luiz Antônio Trevisan Vedoin que acusaria o candidato ao governo do estado de São Paulo pelo PSDB, José Serra e outros políticos tucanos (mascote adotado pelo partido) de terem relação com o escândalo das sanguessugas. O plano seria prejudicar Serra em São Paulo, para destruir em nível nacional o PSDB e ajudar o PT eleger o governador naquele estado. Supostamente, não só Serra era alvo, também haveria acusações contra o candidato à presidência Geraldo Alckmin e até o governador reeleito de Minas Gerais, Aécio Neves. Mas as investigações e depoimentos dos suspeitos demonstram que o dossiê contra políticos do PSDB era falso.

Esse é um entre os muitos escândalos que se sucedem desde fevereiro de 2004 no Governo Lula (PT), ligado diretamente ao escândalo das sanguessugas.

O novo escândalo é 4º o mais grave enfrentado do governo Lula. O 1º foi o Escândalo dos Bingos (também conhecido como caso Waldomiro Diniz), ocorrida em 13 de fevereiro de 2004 e também é a primeira crise política do Lula; o 2º foi o Escândalo dos Correios (também conhecido como caso Maurício Marinho), ocorrida em 14 de maio de 2005, que gerou o Escândalo do Mensalão no mês seguinte, em 6 de junho, com as denúncias do então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) ao jornal Folha de S. Paulo; o 3º foi Escândalo das Ambulâncias, que gerou o Escândalo dos Sanguessugas, deflagrada pela Polícia Federal na "Operação Sanguessuga" em 4 de maio de 2006.

Segundo a imprensa, este escândalo relembra o caso Dossiê Cayman, uma tentativa de prejudicar o então candidato à reeleição ao estado de São Paulo, Mário Covas e outros políticos do PSDB em 1998. O caso são as supostas contas não-declaradas no exterior pelos candidatos e que seria financiada nas campanhas, mas investigações demonstraram que o dossiê era falso e era armado por adversários políticos.

Índice

[editar] Antecedentes

Nos dias 8 e 9 de agosto, Luiz Antônio Trevisan Vedoin fez o último depoimento à CPI dos Sanguessugas, antes da negociação do dossiê. No depoimento do dia 8, apontou mais 5 deputados envolvidos, mas contradiz o que deu o depoimento à PF em julho, chegando ter risco perder "delação premiada", termo dado para quem denunciar em troca da prisão, o que volta das contradições. No depoimento reservado à CPI no dia 9, ele inocentou mais 10 parlamentares. Só no dia 10 de agosto, a CPI pedia a cassação dos 69 parlamentares e inocentava outros 18 deputados.

No dia 15 de agosto de 2006, enquanto começava a propaganda eleitoral dos parlamentares, governadores e presidentes em rádio e TV, iniciava os contatos entre os sete integrantes do PT (Valdebran Padilha, Gedimar Passos, Freud Godoy, Jorge Lorenzetti, Ricardo Bezoini, Osvaldo Bargas, Expedito Veloso e Hamilton Lacerda) e a família Vedoin, segundo a PF. Dela surge nos dias seguintes, um oferecimento de Darci Vedoin e Luiz Vedoin, um dossiê contra políticos do PSDB, contra o então o candidato o governo do estado de São Paulo, José Serra e também contra o candidato à Presidência da República, do mesmo partido Geraldo Alckmin. Ao mesmo tempo já estava auge o escândalo dos sanguessugas, que são os parlamentares acusados de envolvimento de emendas com ambulâncias.

Até a véspera da eleição (30 de setembro), dos 69 parlamentares (66 deputados e 3 senadores) acusados de sanguessugas, só 56 tentam a reeleição (a maioria desistiu só 2 renunciaram, enquanto outros partidos expulsaram os deputados) ao longo do mês. Os senadores Magno Malta (PL-ES) e a Serys Slhessarenko (PT-MT) foram eleitos em 2002 com mandatos de 8 anos e ela tentava concorrer para governadora do Mato Grosso e não consegue, mesmo assim, fica no cargo como senadora. Só apenas o senador Ney Suassuna (PMDB-PB), que tentava concorrer à reeleição (foi eleito em 1998) é derrotado. Inclusive dos 55 deputados que tentaram concorrer à reeleição por mais 4 anos só cinco conseguem em 1 de outubro.

[editar] Estopim

No dia 15 de setembro, são presos na manhã, pela Polícia Federal em Cuiabá, Mato Grosso, Luiz Antônio Verdoin e o primo Paulo Roberto Trevisan, acusados por chantagem e ocultação de documentos. Paulo Trevisan foi preso pela PF, com provas da fita de vídeo VHS e documentos que poderiam ser usados contra políticos. Já o Vedoin foi preso por duas acusações. [1] [2] [3] [4] Horas depois das prisões, a revista Isto É, nº. 1926, datada do dia 20 de setembro, trazendo a capa "Os Vedoin Acusam Serra"[2], afirma que os donos da Planam, o pai e filho Vedoin, acusam o ex-ministro José Serra de está envolvido com a máfia das ambulâncias e entregam à revista novos documentos sobre a distribuição de propinas. Eles dizem que em 2002 foi o melhor ano em que a empresa Planan foi beneficiada na gestão. Segundo eles, Barjas Negri, ex-secretário executivo e ministro sucessor no Ministério da Saúde, também está envolvido no caso. Os Vedoin acusam o empresário Abel Pereira de agir em nome do então ministro Barjas Negri e de receber propina por meio de cheques e em depósitos nas empresas Império e Kanguru. Eles afirmam que Geraldo Alckmin também está envolvido, junto com Serra, no esquema. Horas depois, Alckmin e Serra reagem e negam as acusações deles e atribuem em "véspera de eleição". Eles afirmam que isto já havia sido divulgado pela imprensa naquela época, mas nada de irregularidade. [5] [6] [7] Chegou a se afirmar que a denúncia dos Vedoin à revista IstoÉ foi estopim para a prisão, mas a Polícia Federal negou a ligação e também foi desmentido em apenas um dia, devido aos desdobramentos dos fatos do dia. Surpreendido com nova denúncia da revista, o ministro da CGU (Controladoria Geral da União), Jorge Hage, chegou a dizer que há mais provas contra Serra além de denúncia dos Vedoin. [8] Horas depois da denúncia da Isto É, a propaganda política no estado de São Paulo de Orestes Quércia (PMDB), que tem apoio de Lula, põe no ar, numa rapidez sem precedentes, que José Serra é o mais um político envolvido do escândalo das sanguessugas [9], sem mesmo esperar das investigações sérias, mas na prática tem um significado: qualquer denúncia contra políticos do PSDB-PFL seria melhor para PT e a ala do PMDB governista, para destruir em nível nacional, o PSDB.

Paulo Trevisan, que serviria como courier, foi preso antes de embarque a noite para vôo rumo ao São Paulo portando uma fita de vídeo VHS [3] [4], um disco de DVD, papéis e seis fotos que mostravam o então Ministro da Saúde Serra e o então governador Alckmin em solenidades de entregas de ambulâncias de 2002.

No dia 16 de setembro, são presos na madrugada no Hotel Íbis, na cidade de São Paulo, o empresário e tesoureiro de campanha do PT em Mato Grosso em 2004, filiado ao partido há 2 anos, Valdebran Padilha e o ex-agente da Polícia Federal e advogado do PT, Gedimar Passos, junto com dinheiro vivo de R$ 1,7 milhões reais. Segundo a polícia, seriam usados para a compra de um dossiê contra os candidatos do PSDB, Geraldo Alckmin e José Serra. As fotos e o vídeo conteriam o material contra o então ministro da Saúde, José Serra, numa cerimônia de entrega de ambulâncias na Planan em 2002. A polícia afirma que só falta a investigação da origem dinheiro apreendida. Um dos presos, Gedimar Pereira Passos, recebeu na tarde, a visita do advogado de defesa, que veio a pedido da família, mas saiu na PF sem dizer se vai aceitar o caso. O advogado de Passos, diz à PF que dinheiro veio "do PT". [10]

De acordo com as investigações, na capital paulista, o dossiê seria comprado por dois homens, que também foram presos. Valdebran Padilha é filiado ao PT do Mato Grosso e atuou como arrecadador de recursos na campanha do partido à prefeitura de Cuiabá em 2004. Gedimar Pereira Passos, agente da Polícia Federal aposentado, se apresentou como advogado. Com eles, foram apreendidos mais de R$ 1,7 milhões de reais, dinheiro segundo a polícia seria usado na compra do dossiê oferecido pelo Vedoin. Valdebran e Gedimar vão ficar presos pelo menos 5 dias, que é o fim de prazo para a prisão temporária. Os dois prestaram o depoimento à Polícia Federal em São Paulo e podem ser ouvidos novamente pela justiça em Mato Grosso. A Polícia Federal afirma que poderá solicitar a prorrogação da prisão de suspeitos de negociar dossiê. [11] No mesmo dia 16, o jornal Folha de S. Paulo, traz entrevista com os integrantes do PSDB-SP, afirmando que o PMDB-SP esteja ligado em suposta operação montada para acusar o candidato José Serra de envolvimento com a máfia dos sanguessugas, já que ontem, na propaganda do PMDB, foi exibida horas depois da denúncia da capa da revista "IstoÉ". [12]

Na manhã, em campanha eleitoral em Aracaju, Sergipe, o presidente Lula condena a venda do dossiê contra Serra e ao decorrer do dia, os candidatos à sucessão estadual de São Paulo, José Serra e Aloizio Mercadante, diversos políticos governistas e oposição, condenam a compra do dossiê.

[editar] Envolvimento e Queda dos Integrantes do PT

No dia 16 de setembro, em nota assinada pelo presidente do PT, Ricardo Berzoini no site oficial do Partido dos Trabalhadores às 15h59min[5], divulgada na imprensa, afirmando que o "PT sempre rejeitou (...) a produção ilegal de dossiês (...)". Na nota, Berzoini considera graves as novas acusações relativas ao escândalo dos sanguessugas publicadas pela revista "Isto É" e que envolvem o governo anterior. Segundo a nota, diz que “o PT sempre rejeitou o denuncismo eleitoral e a produção ilegal de dossiês” e confia “na apuração da Polícia Federal”, em que o partido encaminhou ao diretório nacional, o pedido de suspensão do filiado envolvido no episódio, Gedimar Pereira Passos. Berzoini atribui o suposto dossiê à tentativa de desestabilizar PT e Lula e nega que PT tenha pagado por dossiê. A prisão de Valdebran Padilha e do Gedimar Pereira Passos, provoca a queda de Passos, torna o primeiro ligado ao PT a cair.

A Polícia Federal divulga no dia 17 de setembro, partes dos depoimentos do empresário Valdebran Padilha e ex-agente Gedimar Passos. O ex-agente afirma uma existência no gabinete pessoal próxima ao presidente Lula do chamado "Freud" ou "Froud". Consultado pelas imprensas ao site do governo federal, mostra de fato um novo nome: Freud[6] Godoy, Assessor Especial da Presidência da República, do presidente Lula. [7] O anúncio de que um assessor próximo ao presidente Lula suscita suspeitas de mais um envolvimento de pessoas próximas ao presidente Lula. Godoy é obrigado a depor para o dia seguinte à PF de tarde.

No dia 18 de setembro, antes de depor, Freud Godoy concede entrevista exclusiva à TV Globo na manhã (o Jornal Hoje, exibe a entrevista dele na tarde) em que admite reunião com Gedimar Passos. Ele afirma que se encontrou com ele 4 vezes, mas só tratar de assuntos relacionados à segurança do comitê de campanha de Lula e nega o envolvimento com o dossiê. Após o depoimento de 20 minutos, Godoy afirma à imprensa que anunciou ao governo “que deixa temporariamente o cargo” e que foi aceito de imediato pelo Lula. Ele disponibilizou à PF o sigilo telefônico e admite que a quebra revelará “4 ou 5 conversas com Gedimar Pereira Passos”, que é “poucas” na opinião dele. Negou as afirmações de Gedimar ter afirmado na PF que teria encomendado a compra do dossiê. Houve uma tentativa de acareação entre Godoy e Gedimar Passos, mas Gedimar afirmou direito constitucional e ficou calado. O advogado de Godoy afirma que acusações contra ele são inverídicas e absurdas. [8] Só no dia seguinte que a exoneração de Godoy é publicada no Diário Oficial. Godoy é o segundo integrante do PT a cair.

A PF revela à imprensa o conteúdo do depoimento do agora ex-Assessor Especial da Presidência da República, Freud Godoy, que aponta mais um nome envolvido: Jorge Lorenzetti, que é amigo do presidente Lula, um dos chefes do comitê de reeleição e é uma espécie de “churrasqueiro oficial do presidente Lula”, que apresentou ao Gedimar Passos. No início da noite, o Presidente Nacional do PT e Coordenador da Campanha do presidente Lula, Ricardo Berzoini, declara à imprensa que Gedimar Passos é funcionário de Comitê de Reeleição e que tem o mesmo cargo de Jorge Lorenzetti: Analista de Risco e Mídia.

Na madrugada do dia 19 de setembro, chegam algemados em Cuiabá, Mato Grosso, Valdebran Padilha e Gedimar Passos. Na manhã, o jornal Folha de S. Paulo, afirma que Passos foi segurança da campanha de Lula em 2002. A Polícia Federal faz acareação (mais tarde o conteúdo divulgado) dos quatro presos no caso dossiê: Gedimar Passos, Valdebran Padilha, Luiz Antônio Vedoin e Paulo Roberto Dalcol Trevisan.[9] [10] Valdebran Padilha disse que foi procurado por Vedoin. Gedimar Passos cita revista Época ter sido contratado pelo PT para negociar um dossiê com denúncias contra o candidato José Serra. Valdebran Padilha declara à PF que o dinheiro do dossiê "veio do PT".

Horas depois, o Blog da Revista Época publica às 15:39:15 o "Esclarecimento"[11], afirmando que a revista foi procurada para publicar as denúncias contra José Serra e Barjas Negri. O blog cita que Oswaldo Bargas[12], ex-secretário do Ministério do Trabalho e atual responsável pelo capítulo de Trabalho e Emprego do programa de governo de Lula, procurou há duas semanas o jornalista da revista, Ricardo Mendonça. O encontro foi marcado pelo Bargas na suíte do hotel Crowne Plaza, em São Paulo, no final da tarde do dia 6 de setembro e nessa reunião estava Jorge Lorenzetti. Bargas afirmou ter sido procurado por alguém que tinha denúncias sérias contra políticos de renome, as acusações, segundo ele, poderiam ser comprovadas por meio de fotos, vídeos e de uma "farta documentação" e perguntou se havia interesse da revista em publicá-las. O repórter queria saber do teor da denúncia, mas que Bargas não poderia mostrar agora, mas antecipou que era contra os ex-ministros da Saúde, Serra e Negri. O blog afirma que o presidente Nacional do PT, Ricardo Berzoini, sabia da reunião, mas não às denúncias e a conversa durou 30 minutos, Bargas telefonou para avisar ao repórter que o denunciante voltara atrás e não queria mais apresentar o material e nem dar entrevista. A página do blog recebe mais de 300 comentários.

Na tarde, o juiz federal Marcos Alves Tavares nega todos os pedidos de prisões temporárias contra Freud Godoy, Paulo Roberto Trevisan, Gedimar Passos e Valdebran Padilha, Darci Vedoin, mas a PF indicia Gedimar Passos por supressão de documentos. O pedido foi feito pela Procuradoria da República na manhã. Na madrugada do dia seguinte, eles são soltos.

Um dia depois ter sido citado como envolvido, Jorge Lorenzetti anuncia em uma carta o afastamento da campanha eleitoral pela reeleição do presidente Lula, afirmando “que extrapolou limites de suas atribuições na campanha ao tratar do dossiê” e "Afirmo taxativamente que em momento algum autorizei o emprenho de qualquer tipo de negociação financeira.". Com o afastamento, ele volta a ser o Diretor Administrativo do Banco do Estado de Santa Catarina (BESC), mas fica até o dia 28 de setembro. Ele é o terceiro integrante do PT cair.

O Blog de Noblat publica às 23:13, mais um envolvido no escândalo do dossiê: Expedito Afonso Veloso, diretor de Gestão de Risco do Banco do Brasil, que foi citado pelo empresário Valdebran Padilha à PF.[13] Segundo Padilha, o diretor Expedito Veloso e Gedimar Passos, contratado para trabalhar na campanha de Lula, o recepcionaram na semana passada no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, que os três seguiram para o hotel Íbis, nas vizinhanças do aeroporto. Foi nesse hotel que Valdebran e Gedimar acabaram presos pela Polícia Federal. Padilha confirma que no dia 6 de setembro, Osvaldo Bargas e o churrasqueiro presidencial Jorge Lorenzetti se reuniram em São Paulo com um repórter da revista Época, Ricardo Mendonça, em uma suíte do hotel Crowne Plaza. Na ocasião, Bargas perguntou ao repórter se a revista teria interesse em publicar "denúncias fortes o suficiente para desmoralizar o candidato do PSDB ao governo do Estado de São Paulo, José Serra, e o ex-ministro da Saúde Barjas Negri". A notícia recebeu quase 200 comentários.

No dia 20 de setembro, horas depois que o Banco do Brasil (BB) discutir sobre a situação do diretor de Gestão de Riscos do Banco do Brasil, Expedito Afonso Veloso, o diretor pede afastamento do cargo em uma nota à imprensa. Ele é o quatro integrante do PT cair.

Um dia depois que o blog da revista Época ter publicado que um membro do PT, o ex-secretário do Ministério do Trabalho Osvaldo Bargas, ter procurado a revista para publicar denúncias contra Serra, o ex-secretário perde o cargo de Trabalho e Emprego do programa de governo de Lula. Ele é o quinto integrante ligado ao PT a cair.

Surgem rumores durante a tarde, de que o presidente do PT, Ricardo Berzoini, seria afastado da coordenação da campanha eleitoral do presidente Lula. Apesar do governo não confirmar, Berzoini teria sido chamado novamente pelo Lula e que poderá ser afastado hoje a qualquer momento. O presidente estaria exigindo explicações imediatas sobre a origem do dinheiro e Berzoini sustenta que não foi do PT. No entanto, Berzoini diz à imprensa que fica no cargo e só sai da campanha se Lula quiser. Mesmo assim, Lula afasta Berzoini da campanha no início da noite e nomeia o Assessor Especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia no comando. Ele é o sexto integrante do PT cair.

No meio da tarde, um site de jornalista que já trabalha na revista Isto É, divulga mais um nome que surge na história do dossiê: Hamilton Lacerda. Ele esteve na Editora Três oferecendo e negociando a entrevista com Luiz Antônio Vedoin que envolveria os políticos do PSDB com a máfia das sanguesssugas, que depois ele mesmo teria marcado essa entrevista, que foi acompanhada pelos membros do PT: Osvaldo Bargas e Expedito Afonso Veloso. Hamilton Lacerda é ex-vereador do PT e atualmente Coordenador de Comunicação da Campanha de Aloizo Mercadante para governo do estado de São Paulo. Horas depois, Lacerda, divulga a nota em que admite fez a intermediação da entrevista de Vedoin para a revista Isto É, mas "é importante informar que nenhum momento houve qualquer oferta de dinheiro".

Na noite, horas depois da informação do repórter da revista, de que Hamilton Lacerda esteve na editora da revista Isto É para intermediação da entrevista de Vedoin contra políticos do PSDB e estar acompanhado com membros do PT, o candidato ao governo do Estado de São Paulo, Aloizo Mercadante, diz que “houve quebra de confiança” e decide afastar da campanha. Lacerda é o sétimo homem de cargo de confiança no PT a perder o emprego em menos de uma semana.

[editar] O Dinheiro do Dossiê

No dia 21 de setembro, a Polícia Federal afirma ter indícios que partes dos dólares encontrados no Hotel Íbis com Gedimar Passos e Valdebran Padilha, entrou ilegalmente no Brasil. As informações foram passadas à PF por autoridades americanas, com base o número da série das notas. Os números do dinheiro na tentativa de compra do dossiê se referem aos 2 maços de 10 mil dólares a cada um, de um total de 248.800 mil dólares apreendidos. Com Valdebran Padilha estavam 109.800 mil dólares, flagrado também com 758 mil reais. Gedimar Passos foi preso com 139 mil dólares e mais de 400 mil reais. Ao todo foi encontrado equivalente ao 1.700.000 reais. Os maços de dólares estavam com etiquetas iguais que se podem ler a sigla da Casa de Moeda americana e pela conclusão da PF, as aparências das notas indica que elas nunca circularam antes. De acordo com as investigações, os números de séries levantados até agora, não correspondem a dólares registrados pelo Banco Central, o que indicaria que pelo menos parte do dinheiro apreendido, entrou ilegalmente no Brasil: veio de avião ou foi parar em algum país vizinho e cruzou a fronteira de carro. Entre o material apreendido também estão os registros de somas feitas em máquina de calcular, onde se lê "119 Campo Grande" e com dificuldade se pode enxergar o nome de "Cláudio Márcio S Silva" e as palavras "arrecadação caixa Caxias 118". De uma relação de passageiros, em outra informação, a lista de vôo de 14 de setembro, o dia em que Gedimar Passos diz ter recebido o dinheiro para pagar o dossiê. Naquele dia, uns dos ocupantes do avião que saiu de Brasília para São Paulo era Jorge Lorenzetti, apontado como uns dos principais nomes em torno da negociata.

  • Dinheiro Apreendido:
    • R$ 1.168.000,00 em notas de 50 reais.
    • US$ 248.800,00 em notas de 100 dólares.
  • Total de cédulas encontradas:
    • 23.360 cédulas de R$ 50.
    • 2.480 cédulas de R$ 100.
  • Peso do dinheiro
    • 24k de reais
    • 2,5 de dólares
  • Volume
    • Três malas de 007
  • Fonte: revista Veja do dia 23 de setembro, datada no dia 27.

[editar] "O Dossiê era Falso"

No entanto, os desdobramentos mudam a partir do depoimento do dia 21 de setembro à Polícia Federal, Luiz Antônio Vedoin. Ele afirma que não há indícios de ligação ou participação com a "máfia das sanguessugas", o ex-Ministro da Saúde e candidato ao governador do estado de São Paulo, José Serra. Vedoin disse também no depoimento que Geraldo Alckmin, candidato à presidência, também não tem relação nenhuma com a máfia das sanguessugas. Segundo Vedoin, a idéia do dossiê partiu de Valdebran Padilha, que devia R$ 700.000 reais a ele e pretendia pagar a dívida com a venda de informações.

O dossiê que seria usado para atacar os políticos do PSDB foi descoberto através pela escuta da PF e foi em Cuiabá em que Luiz Vedoin recebeu as ligações monitoradas pela PF. A declaração de Luiz Vedoin à PF, contraria a denúncia feita com o pai Darci Vedoin, à revista IstoÉ, quando foi publicada no dia 15, datada do dia 20, já que confirma a declaração deles à CPI dos Sanguessugas em agosto. Foi em Cuiabá em que Luiz Vedoin recebeu as ligações monitoradas pela PF. Os telefonemas interceptados com autorização judicial é que revelou a tentativa dos Vedoin, de vender o dossiê contra o candidato pelo PSDB ao governo do estado de São Paulo, José Serra, mas nas conversas desconfiaram a negociação com os envolvidos, de receber o calote pelo PT. O empresário Abel Pereira foi incriminado pelo Luiz Vedoin no depoimento. Ele disse que o Abel é um dos que receberam o dinheiro para liberar recursos na gestão de Barjas Negri no Ministério da Saúde.

[editar] Lista das Autoridades Derrubadas Pelo Escândalo do Dossiê

  1. Valdebran Padilha, empresário e tesoureiro de campanha do PT em Mato Grosso em 2004. Foi detido pela Polícia Federal no Hotel Íbis, na cidade de São Paulo, junto com Gerdimar Passos, acusados de tentarem pagar com dinheiro vivo, R$ 1,7 milhões reais na madrugada do dia 16 de setembro. Segundo a polícia, seriam usados para a compra de um dossiê contra os candidatos do PSDB, à presidência Geraldo Alckmin e ao governador José Serra.
  2. Gedimar Passos, ex-agente da Polícia Federal e advogado do PT. Foi preso pela Polícia Federal no início da madrugada do dia 16, junto com Valdebran Padilha, empresário e tesoureiro de campanha do PT em Mato Grosso em 2004. Gedimar Passos, era Analista de Risco e Mídia do Partido dos Trabalhadores, que perdeu o cargo de analista no dia 16 de setembro.
  3. Freud Godoy, Assessor Especial da Presidência da República, do presidente Lula. Foi apontado no dia anterior pelo Gedimar Passos, preso no dia 16 de setembro, como envolvido do dossiê contra Alckmin e Serra. Após o depoimento à PF, ele anuncia ao governo “que deixa temporariamente o cargo”, que é aceito de imediato pelo Lula no dia 18 de setembro. O Diário Oficial publicou no dia seguinte a exoneração de Godoy.
  4. Jorge Lorenzetti, amigo do presidente Lula e um dos chefes do comitê de reeleição de Analista de Risco e Mídia, anuncia o afastamento da campanha eleitoral pela reeleição do presidente Lula. Em uma carta, ele dizia “que extrapolou limites de suas atribuições na campanha ao tratar do dossiê”. Com o afastamento, ele volta a ser o Diretor Administrativo do Banco do Estado de Santa Catarina (BESC), que no final de julho pediu licença ao banco para trabalhar na campanha. Depoimento do Freud Godói à Polícia Federal no dia 18, afirma que ele o apresentou ao Gedimar Passos e que teria sido o mentor da operação.
  5. Ricardo Berzoini, Coordenador Geral da Campanha à reeleição do presidente e também presidente nacional do PT. Bezoini é afastado da campanha pelo presidente Lula devido à denúncia sobre o dossiê em que envolvia o nome, devido à reunião entre Oswaldo Bargas e Jorge Lorenzetti na sede nacional do PT, em que negociava o dossiê contra políticos do PSDB para ser publicada na revista Época. No dia 6 de outubro, Bezoini é substituído da presidência do PT pelo Marco Aurélio Garcia, Assessor Especial da Presidência. Aurélio Garcia é o 5º presidente nacional do PT desde 2002. Berzoini volta à presidência do PT em 2 de janeiro de 2007, sob protestos da oposição e de até governistas e do próprio PT.
  6. Expedito Veloso, diretor de Gestão de Riscos do Banco do Brasil. Ele se afasta da direção no dia 20 de setembro, um dia depois que o blog de Noblat ter publicado por volta das 23hs, o nome dele que foi citado no depoimento do empresário Valdebran Padilha à PF e também horas depois que o Banco do Brasil (BB) discutir sobre a situação de diretor. Segundo Padilha, Expedito e Gedimar Passos, contratado para trabalhar na campanha de Lula, recepcionaram no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, que os três seguiram para o Hotel Íbis, nas vizinhanças do aeroporto, uma semana antes que Valdebran e Gedimar fossem presos pela PF nesse hotel. Padilha confirmou que no dia 6 de setembro, Osvaldo Bargas e o churrasqueiro presidencial Jorge Lorenzetti se reuniram em São Paulo com um repórter da revista Época em uma suíte do hotel Crowne Plaza. Veloso divulgou nota de afastamento.
  7. Oswaldo Bargas, ex-Secretário do Ministério do Trabalho e responsável pelo Trabalho e Emprego do programa de governo de Lula, é afastado do cargo no dia 20 de setembro. O blog da revista Época, publicou na tarde do dia 19 que ele procurou o jornalista Ricardo Mendonça, para negociar a reportagem, junto com Jorge Lorenzetti, no hotel Crowne Plaza, em São Paulo, no final da tarde do dia 6 de setembro. Bargas foi o primeiro oferecer denúncias para serem publicada contra os candidatos do PSDB, especialmente o candidato ao governo do estado de São Paulo, José Serra. O blog da revista afirma que Ricardo Berzoini, ex-ministro de Trabalho, atual presidente nacional do PT e coordenador geral da campanha de Lula, sabia do encontro de Bargas e o repórter, embora não soubesse do conteúdo.
  8. Hamilton Lacerda, da campanha eleitoral de Aloíso Mercadante governo de São Paulo. Foi afastado pelo candidato ao governo do Estado de São Paulo, Aloizo Mercadante, dizendo que “houve quebra de confiança”.

[editar] Escândalo do Vazamento das Fotos do Dinheiro do Dossiê

Até o fim de setembro, ao contrário do que vem sempre praticando nas operações anteriores, a Polícia Federal não disponibilizou voluntariamente a imagem do dinheiro apreendido. Porém, as seis fotos, uma pasta de documentos, VHS e DVD, que supostamente comprometeriam José Serra e Geraldo Alckmin, foram disponibilizadas. A Polícia Federal prossegue as investigações junto ao TSE e o inquérito permanece com o status de SIGILO para que não influencie as eleições.

Mas no dia 29 de setembro, uma pessoa entrega na manhã aos jornalistas em caráter sigiloso, CD que conteria as fotos do dossiê, dizendo ser de uma "fonte graduada dentro da Polícia Federal, que não quis se identificar". Havia 23 imagens de fotos no CD. A conversa dessa pessoa dentro da PF com os jornalistas durou 10 minutos.

O site do "O Estado de S. Paulo" mostra quase no meio da tarde, 23 fotos do dinheiro apreendido que foi usado para comprar o dossiê.[14] Segundo o site, uma fonte anônima dentro da Polícia Federal, que pediu não ser identificado, entregou a cópia das fotos num CD aos jornalistas de manhã. [13]

  • Os maços de reais apreendidos trazem etiquetas da Caixa Econômica Federal, onde R$ 1.168.000 reais foram apreendidos. As notas de dólares aparecem com etiquetas do Banco Central de US$ 248.800. O total de dólares e reais é de cerca de R$ 1.700.000. É a primeira vez que vem ao público, o dinheiro apreendido pela Polícia Federal há 2 semanas, mas não mostrado depois da operação, o que contraria em operações anteriores, a PF mostre provas do crime para não ter dúvidas, mas a não divulgação do dinheiro suscitou suspeitas da oposição e até governistas de que poderia desmoralizar a candidatura de Lula.

O diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, determina a instalação imediata de sindicância interna na Superintendência Regional do Órgão em São Paulo, para apurar o responsável pela divulgação das fotos, no caso do vazamento de fotos do dinheiro do dossiê.[15]

A Polícia Federal divulga nota à imprensa no site, sobre o vazamento de 23 fotos: "Para esclarecer o episódio da divulgação das imagens do dinheiro apreendido, o que contraria decisão da Justiça Federal do Mato Grosso, a PF irá instaurar um procedimento disciplinar para averiguar as circunstâncias em que as fotos foram produzidas e divulgadas, e ainda se há algum servidor envolvido. A PF esclarece que as fotos da apreensão realizada no dia 15 de setembro pemanecem [sic] [permanecem] sob segredo no inquérito que apura o caso.".[16]

Existe uma suspeita que credita o vazamento ao Delegado Edmilson Pereira Bruno que teria sido alocado para outras atividades já que o inquérito era de alçada da PF de Mato Grosso.

O Delegado da Polícia Federal de São Paulo, Edmilson Pereira Bruno, afirma à tarde, que foi vítima de furto, ao referir que as fotos vazadas foram roubadas e nega que a acusação do envolvido com o vazamento das fotos do dossiê: "Esse CD desapareceram aí e vinculou na imprensa. (...) Tão veiculando que eu cedi esse CD. Não fui eu que cedi esse CD. (...) Eu participei dessa perícia, vou dizer a verdade. Eu participei da mesma no Banco Central, na Caixa Econômica Federal com de [sic] mais alguns peritos. E essas fotos sumiram do meu arquivo. Só isso!".

As fotos do dinheiro supostamente provenientes do Delegado Edmilson Bruno foram inicialmente exibidas pelo portal do jornal Estado de São Paulo e outros portais de notícias na parte da tarde, a noite ganharia destaque em diversos telejornais.[17]

Ocorre assim o vazamento das fotos para a opinião pública, o PT se enfurece publicamente e dispara contra o PSDB e acusa-o de estar ligado ao Delegado Edmilson Bruno.[18] Os integrantes do PT reagem contra a divulgação: o Ministro de Relações Institucionais, Tasso Genro, que acusou o PSDB sobre as fotos e o coordenador de campanha de Lula, Marco Aurélio Garcia, chegando a acusar a oposição, referindo o PSDB. Horas depois, presidente do PSDB, Tasso Jereissati, rebate as acusações do partido e da Polícia Federal que estejam envolvidos e que eles deveriam "(...) se preocupar mesmo é explicar 'da onde veio esse montão de dinheiro que tá aí'. A imagem é muito forte. (...)". Agripino Maia, líder do PFL no Senado, afirma que a publicação das fotos complica a situação do PT: "Ninguém pode agora dizer, do PT, nem do Lula, nem ninguém, que essa armação de quem é que seja. A prova do crime está mostrada!". Os candidatos à presidência reagiram e afirmaram que não a divulgação favoreceria o presidente Lula. Já o próprio Lula se manifesta contra e acusou os adversários.

A tentativa do presidente nacional do PT, Ricardo Bezoini de entrar impedir no TSE a imprensa divulgar as imagens das fotos do dossiê no início da noite é rejeitada pelo STF.

No dia seguinte, dia 30 de setembro, o coordenador da campanha de reeleição do presidente Lula, Marco Aurélio Garcia, dá uma coletiva de imprensa de manhã, volta a dizer que o vazamento das fotografias teve o objetivo político e reclama da imprensa.

O delegado de superintendente PF-SP, Edmilson Pereira Bruno, durante a coletiva por telefone na tarde, confessou que foi mesmo que distribuiu as fotos, mas não quis gravar entrevista. Ele afirma que não há sentido de omitir o próprio nome e que não quer prejudicar os 5 peritos que estavam com ele na empresa de valores, enquanto tirava fotos no dia 28 e que assume toda a responsabilidade pela divulgação das fotos do dinheiro apreendido. Alegou que as mesmas não estavam em "segredo de justiça" por não fazerem parte do inquérito e ressalva sua desconfiança por ter sido afastado do caso.[19]

O Delegado Edmilson Pereira Bruno que disponibilizou a imagem do dinheiro apreendido é submetido a um processo disciplinar. A Federação Nacional dos Policiais Federais protesta contra o fato do processo contra o delegado furar fila e ter sido instaurado em tempo recorde, denunciando intervenção política no caso.[20]

  • No dia 2 de outubro, o delegado Bruno dá coletiva de imprensa num restaurante e dá uma nova versão: pela primeira vez, dizendo que divulgou as fotos para se proteger, por que os três CDs do material sumiu da sala do delegado e que era pra prejudicá-lo. Ele nega que tenha agido por motivos políticos em que esteja ligado ao PSDB e que é apartidário e também negou ter recebido dinheiro em troca da divulgação das fotos.
  • Logo depois, surge mais detalhes que antecederam o vazamento das fotos do dossiê: a quinta-feira dia 28 de setembro, as fotos das pilhas de dinheiro apreendidos pela PF pelos membros do PT, para a compra de dossiê contra os políticos do PSDB, foram tiradas pelo próprio delegado durante a perícia feita na semana passada. Na sexta-feira dia 29, Bruno entregou as cópias das fotos para diversos jornalistas e em seguida, como se não soubesse de nada, deu entrevista dizendo que abriria investigação para descobrir como as fotos foram parar na imprensa, no dia seguinte, sábado dia 30, assumiu a autoria do vazamento das fotos. Ao divulgar as fotos, o delegado contrariou a ordem da cúpula da PF e por causa da divulgação, ele começou na primeira semana de outubro, respondendo ao inquérito criminal e a sindicância interna. O delegado corre risco de ser exonerado pelo cargo.

[editar] Cronologia dos Desdobramentos do Pré-Escândalo do Dossiê

*** Os fatos são das investigações decorrentes da Polícia Federal dos desdobramentos depois dos dias 15 e 16 de setembro e também denunciadas pela imprensa, que posteriormente foram confirmadas ou ainda a confirmar. O primeiro aparece o dia, mês e o fato, depois entre parênteses, o dia de revelação ou denúncia do veículo de imprensa.

[editar] Cronologia dos Desdobramentos do Escândalo do Dossiê

  • Desde que o "Escândalo do Dossiê" foi descoberto pela Polícia Federal e denunciado pela imprensa, as denúncias ligadas diretamente ao escândalo, surgem quase que diariamente.

[editar] Frases

  • "Qual é a origem do dinheiro?" (Políticos governistas e da oposição, imprensa e a opinião pública).
  • "Da onde veio esse dinheiro?" (Tasso Jereissati, presidente do PSDB, durante os meses de setembro e outubro).
  • "A oposição quer melar o processo eleitoral." (presidente Lula, em Nova York, no dia 19 de setembro).
  • “Agora é o ‘mensalama’, 1 milhão e 700 mil reais, as pessoas foram presas por ter esse dinheiro, é óbvio. Quem deu esse dinheiro? Quem é o mandante disso tudo? (...) Eu acho muito triste que o Brasil tenha um presidente da República, que não sabe de nada, não ouve nada, que tem os assessores ligados ao crime, cinco ministros denunciados ou indiciados pela polícia. É uma história triste essa de fim de governo”. (Geraldo Alckmin, candidato à presidência, dia 19 de setembro).
  • “Hoje já não é mais como aquele tempo que se faziam imagens para jogar na televisão e destruir candidaturas. Não vamos fazer isso nesse momento. Ninguém está fora da lei, nem acima da lei, a Constituição é a baliza que significa e que marca e isso tudo e vai continuar sendo assim!” (O ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, tentando explicar à imprensa, que questionou por que até agora não permitiu imagem do dinheiro apreendido dos dois petistas no hotel, contrariando as operações anteriores da PF, se a divulgação afetaria a candidatura do Lula, no dia 19 de setembro).
  • "Cadeia causa dia [sic] autoria já foi desvendada até por confissão de pessoas. A Polícia Federal fez um trabalho extremamente eficiente. Agora, o que não se pode é condicionar a investigação policial a lógica e o tempo de uma campanha eleitoral. Isso não tem sentido e não é possível de fazer." (O mesmo ministro Marcio Thomaz Bastos, afirmando o caso do dossiê está praticamente resolvido, apesar de que há investigação para saber a origem do dinheiro. É bem parecido com a frase dita no dia 19, agora no dia 22 de setembro).
  • "Veja por que o bando de aloprados resolveram comprar o dossiê é por que alguém vendeu para eles que esse dossiê deve ter coisas do arco da velha!" (O candidato à reeleição e presidente Lula, chamando todos os envolvidos com dossiê, Valdebran Padilha, Gedimar Passos, Freud Godoy, Jorge Lorenzetti, Ricardo Bezoini, Osvaldo Bargas, Expedito Veloso e Hamilton Lacerda, de "aloprados", em entrevista a três emissoras de rádio).
  • "O PSDB não é dado a essas práticas e espero que nem a Polícia Federal. Mas o ministro tinha que se preocupar mesmo é explicar 'da onde veio esse montão de dinheiro que tá aí'. A imagem é muito forte. O povo com certeza, diante de uma montanha de dinheiro dessa, o povo fica chocado." (Tasso Jereissati, negando as supostas acusações de Tasso Genro, Marco Garcia e outros membros do PT de que o PSDB esteja envolvido no vazamento das fotos do dinheiro do dossiê. Para Jereissati, Genro acusa o PSDB para desviar atenção de crime dos petistas, em 29 de setembro).

[editar] Protagonistas

  • Luiz Inácio Lula da Silva, eleito Presidente da República em 2002, presidente desde 2003 e reeleito em 2006 para o mandato de 2007-2010.
  • José Serra, Ministro da Saúde de 1999 até 2002, candidato derrotado à Presidência da República em 2002, prefeito eleito em 2004 na cidade de São Paulo para o período de 2005-2009, mas renunciou em 2006 e Governador eleito pelo estado de São Paulo em 2006, para o mandato de 2007-2010.
  • Geraldo Alckmin, governador do estado de São Paulo entre 2001-2002, eleito em 2002 para mandato de 2003-2007, mas renunciou em 2006 e candidato derrotado à Presidência da República de 2006.
  • Luiz Antônio Vedoin, sócio da Planam e líder do esquema de venda superfaturada de ambulâncias por meio de emendas parlamentares ao orçamento da União.
  • Darci Vedoin, pai de Luis Antônio Vedoin e descoberto em escutas da Polícia Federal.
  • Paulo Roberto Dalcol Trevisan, Courier do dossiê e fita VHS, tio de Luis Antônio Vedoin.
  • Valdebran Carlos Padilha da Silva, Empresário e ex-filiado ao PT.
  • Gedimar Pereira Passos, Ex-agente da PF, Ex-Coordenador de Campanha, declarou-se advogado contratado pelo PT.
  • Freud Godoy, Ex-Assessor Especial do Gabinete da Presidência, trabalhou com Lula desde 1989 e participou de todas as campanhas.
  • Jorge Lorenzetti, Ex-Analista de Mídia e Risco do PT, Ex-Diretor-Administrativo do BESC e Churrasqueiro de Lula.
  • Hamilton Lacerda, Ex-Coordenador de Campanha de Aloísio Mercadante.
  • Expedito Afonso Veloso, Ex-Diretor de Gestão de Riscos do Banco do Brasil.
  • Ricardo Berzoini, Ex-Coordenador de Campanha de Lula e Ex-Presidente Nacional do PT.
  • Oswaldo Bargas, Ex-Secretário do então Ministro Ricardo Berzoini e ex-Coordenador de Programa de Governo da Campanha.
  • Executiva Nacional do PT
  • Diretório Estadual do PT-SP
  • Polícia Federal
  • Polícia Federal-SP
  • Polícia Federal-MT
  • Edmilson Pereira Bruno, Delegado da Polícia Federal.
  • Paulo Frateschi, Presidente do Diretório Estadual PT-SP.
  • Abel Pereira, Empresário ligado ao PSDB.
  • Barjas Negri, Ex-Ministro da Saúde que sucedeu José Serra, de fevereiro até dezembro de 2002. Foi eleito prefeito de Piracicaba (SP) em 2004 para o período de mandato para 2005-2008.

[editar] Ver também

[editar] Ligações Internas (Brasil)

[editar] Ligações Externas (Mundo)

[editar] Referências

  1. Os vários nomes dados pela imprensa e políticos ao incidente foram: Dossiêgate, Escândalo do Dossiê Vedoin, Escândalo do Dossiê dos Sanguessugas, Escândalo do Dossiê Vedoin Contra o PSDB, Escândalo do Dossiê Ligando Sanguessugas ao PSDB, Escândalo da Compra do Dossiê, Dossiê Contra Serra, Dossiê Anti-Serra, Crise do Dossiê, Escândalo da Compra do Dossiê Contra Políticos do PSDB, Escândalo do Dossiê Contra Políticos do PSDB, Escândalo do Dossiê Contra os Políticos Tucanos, Dossiê Contra Políticos Tucanos, Dossiê Contra Políticos do PSDB, Dossiê Anti-Tucano, Dossiê Antitucano, Dossiê Anti-PSDB, Escândalo da Compra do Dossiê Falso Contra Políticos do PSDB, Escândalo do Falso Dossiê Contra Políticos do PSDB, Escândalo do Falso Dossiê Contra Políticos Tucanos, Dossiê Tabajara, Escândalo da Compra do Falso Dossiê, Escândalo do Falso Dossiê, Escândalo do Falso Dossiê Contra Políticos do PSDB ou Escândalo do Falso Dossiê Contra Políticos Tucanos
  2. "Os Vedoin Acusam Serra, IstoÉ"
  3. "Vídeo - Cerimônia de Entrega de Ambulâncias - Parte 1"
  4. "Vídeo - Cerimônia de Entrega de Ambulâncias - Parte 2"
  5. "PT – Nota à Imprensa"
  6. Leia-se "Fróidi"
  7. "Gabinete Pessoal, Quem é Quem"
  8. "Após a acareação, advogado de Freud diz que acusações são inverídicas e absurdas, Folha Online."
  9. "PF realiza acareação entre presos envolvidos com dossiê anti-Serra, Folha Online"
  10. "Presos suspeitos de envolvimento com dossiê prestam depoimento na PF, Folha Online"
  11. "Esclarecimento"
  12. Há divergência da imprensa escrita sobre o nome correto de Osvaldo Bargas (ou Osvaldo Bargas), já que o "Blog da Revista Época" grafa o nome Oswaldo com a letra "w" e outros meios como Osvaldo com "v".
  13. Expedito recepcionou Valdebran em Congonhas
  14. Escândalo do Dossiê: As Fotos do Dossiê
  15. "PF investigará vazamento de fotos do dinheiro do dossiê, Folha Online".
  16. "PF - Nota de Esclarecimento sobre o vazamento das fotos, Departamento de Comunicação PF"
  17. "Vídeo - Dossiê e Fotos do dinheiro, Jornal Nacional"
  18. "PT vai pedir impugnação da candidatura de Alckmin por vazamento de fotos, Folha Online"
  19. "Delegado que vazou fotos abre investigação paralela, Folha Online"
  20. "Processo contra delegado Bruno fura fila e é instaurado em tempo recorde FENAPF"



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