Maria Isabel da Baviera
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Maria Isabel Francisca Teresa Josefa de Wittelsbach e Croy-Solre (alemão: Maria Elisabeth Franziska Theresia Josepha von Wittelsbach und Croy-Solre), (Munique, 9 de setembro de 1914) princesa da Baviera e imperatriz-mãe presuntiva do Brasil.
Nasceu no castelo de Nymphenburg, Munique, então a capital do então Reino da Baviera, pertencente ao Império Alemão. Era a segunda filha de Francisco de Wittelsbach (1875-1957), príncipe real da Baviera, filho de Luís III da Baviera, último rei soberano da Baviera, e de Isabelle (1890-1982), princesa de Croy.
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[editar] Infância e juventude
A princesa nasceu no início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Grande parte de seus familiares combateram no evento, inclusive seu pai. Teve infância e juventude bastante problemáticas em função dos regimes que foram se estabelecendo na Alemanha após o fim da guerra.
A princesa viveu até a maioridade no Castelo de Sarvar, na Hungria, propriedade de sua avó, a rainha Maria Teresa, que era nascida arquiduquesa da Áustria, princesa da Hungria e de Módena, entre outros. A Família Real Bávara retornou à Baviera na década de 1930. O governo republicano foi pressionado a devolver a grande parte dos bens e castelos que foram confiscados em 1918.
Os tempos na Alemanha entre–guerras (1918-1938) foram sombrios, haja vista a Grande Depressão de 1929 e a ascensão dos nazistas, na pessoa de Adolf Hitler, no governo alemão. O tio da princesa, príncipe Rupprecht (1869-1955), chefe da Casa Real da Baviera, declarou-se inimigo de Hitler. Tal fato custou caro à Família Real, pois foram obrigados à fugir para a Itália, porém a segunda esposa do príncipe Rupprecht, a princesa Antônia de Luxemburgo (1899-1955), foi interceptada pela milícia nazista, que a torturou impiedosamente. Em decorrência disso, ela faleceu alguns anos depois.
A princesa Maria recebeu uma educação esmerada dos pais, além de pintora, especializada em porcelanas, arte tradicional da Baviera.
[editar] Casamento e partida para o Brasil
Foi desposada em 19 de agosto de 1937, na capela do castelo de Nymphenburg por D. Pedro Henrique de Orleans e Bragança, chefe da Casa Imperial do Brasil, fazendo-a princesa e imperatriz consorte do Brasil. O casamento serviu de pretexto para o duque da Baviera confrontar o governo nazista; afinal compareceram dois soberanos e vários chefes de Casas Reais da Europa, menos os altos comandantes alemães.
O casal imperial viveu primeiramente na França; tentaram inúmeras vezes embarcar para o Brasil, porém, devido à Segunda Guerra Mundial (1938-1945), eles ficaram impedidos. Somente em 1945 a Família Imperial consegue embarcar para o Brasil; chegando no país se instalam primeiramente no Palácio do Grão-Pará, em Petrópolis, Rio de Janeiro, e depois em uma casa no bairro do Retiro. Em 1951, D. Pedro Henrique adquire a Fazenda Santa Maria, em Jacarezinho, interior do Paraná, onde a família vai residir até 1964. Em 1965, a Família Imperial vai morar em Vassouras, no interior do Rio de Janeiro.
[editar] Após o falecimento do marido
Em 1985, falece em Vassouras D. Pedro Henrique, fazendo com que seu filho primogênito se tornasse o novo Chefe da Casa Imperial do Brasil, e D. Maria da Baviera a Imperatriz Mãe do Brasil. D. Maria passa a viver entre a fazenda Santa Maria e o apartamento da filha, D. Isabel, no bairro da Lagoa, Rio de Janeiro]]. Visita ainda a Baviera e a Bélgica onde vivem outras filhas suas.
Em 2004, foi celebrada na Igreja da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, no Rio de Janeiro, uma missa pelo seu aniversário, celebrada pelo abade emérito de São Bento do Rio de Janeiro, D. Abade José Palmeiro Mendes OSB, e co-celebrada pelos padres Sérgio Costa-Couto, Juiz do Tribunal Eclesiástico da Arquidiocese do Rio de Janeiro e Capelão da Glória do Outeiro, e Jorge Luís Pereira da Silva - carinhosamente conhecido no Rio como Padre Jorjão.
Na ocasião estiveram presentes todos os seus doze filhos e inúmeros netos, fazendo com que o evento fosse noticiado pela imprensa brasileira.
[editar] Descendência
De sua união com D. Pedro Henrique ela teve doze filhos:
- D. Luís Gastão de Orleans e Bragança (1938). Atual Chefe da Casa Imperial do Brasil; sem descendência.
- D. Eudes de Orleans e Bragança (1939). Casou-se em primeiras núpcias em 1967 (div. 1976), com Ana Maria de Moraes Barros (da aristocracia brasileira) e em segundas núpcias (civil) em 1976 com Mercedes Neves da Rocha. Com descendência.
- D. Bertrand de Orleans e Bragança (1941). Atual Príncipe Imperial do Brasil, e segundo na linha de sucessão do trono. Sem descendência.
- D. Isabel Maria de Orleans e Bragança (1944). É a oitava na linha de sucessão no trono. Sem descendência.
- D. Pedro de Alcântara Henrique de Orleans e Bragança (1945). Casou-se em 1974 com Maria de Fátima Rocha. Com descendência.
- D. Fernando Diniz de Orleans e Bragança (1948). Casou-se em 1975 com Maria da Graça Baere de Araújo (da aristocracia brasileira). Com descendência.
- D. Antônio João de Orleans e Bragança (1950). É o terceiro na linha de sucessão; casou-se em 1981 com S.A. Cristina de Ligne, princesa de Ligne. Com descendência.
- D. Eleonora de Orleans e Bragança (1953). É a nona na linha de sucessão; casou-se em 1981 com S.A. Michel de Ligne. Atualmente, ela é a Princesa Titular Consorte de Ligne, desde 2005. Com descendência.
- D. Francisco de Orleans e Bragança (1955). Casou-se em 1980 com Cláudia Godinho. Com descendência.
- D. Alberto de Orleans e Bragança (1957). Casou-se em 1983 com Maritza Bokel. Com descendência.
- D. Maria Thereza de Orleans e Bragança (1959).Casou-se em 1995 com Johannes de Jong (da aristocracia holandesa). Com descendência.
- D. Maria Gabriela de Orleans e Bragança (1959). Gêmea da precedente; casou-se em 2003 com Theodoro de Hungria - Machado (div. 2005).
[editar] Títulos
De seu nascimento até hoje D. Maria teve vários títulos:
- S.A.R. Maria Elisabeth de Wittelsbach, princesa da Baviera.
- S.A.I.R. D. Maria Elisabeth de Orleans e Bragança, imperatriz consorte do Brasil (de jure).
Além desses ela é Dama das Ordens de Santa Isabel e de Santa Teresa, da Baviera e é Dama Grã-Cruz de Justiça de todas as Ordens Imperiais Brasileiras, além da Ordem Constantiniana de São Jorge, da realeza napolitana.
[editar] Ligações externas
- Casa Imperial do Brasil Sítio Oficial
Família Imperial Brasileira |
Precursores: | D.João VI de Portugal | D.Carlota Joaquina |
1ª geração: | D.Pedro I | D.Leopoldina de Áustria | D.Amélia de Leuchtemberg |
2ª geração: | D.Pedro II | D.Teresa de Duas Sicílias | D.Januária Maria | D.Paula Mariana | D.Francisca Carolina | D.Maria II de Portugal | D.Maria Amélia |
3ª geração: | D.Isabel Leopoldina | D.Luís Gastão d'Eu | D.Afonso Pedro | D.Leopoldina Teresa | D.Pedro Afonso |
4ª geração: | D.Luísa Vitória | D.Pedro de Alcântara | D.Luís Maria Filipe | D.Antônio Gastão |
5ª geração em diante: | Ramo de Vassouras | Ramo de Petrópolis |