Olívio Dutra
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Governador do Rio Grande do Sul ![]() |
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Mandato: | de 1 de janeiro de 1999 a 1 de janeiro de 2003 |
Precedido por: | Antônio Britto |
Sucedido por: | Germano Rigotto |
Data de nascimento: | 10 de junho de 1941 |
Local de nascimento: | Bossoroca, RS |
Primeira-dama: | Judite Dutra |
Partido político: | PT |
Profissão: | bancário |
Olívio de Oliveira Dutra (Bossoroca, 10 de junho de 1941) é um sindicalita e político brasileiro, com base política no Rio Grande do Sul, tendo sido prefeito de Porto Alegre, governador do Estado e Ministros das Cidades.
Formado em Letras, Olívio foi um funcionário concursado do Banrisul, banco estatal gaúcho, a partir de 1961. Nesta condição, começa a militar no Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, e chega à presidência da entidade em 1975. Comandou a greve geral do funcionarismo público de setembro de 1979, motivo pelo qual foi preso pelo Regime Militar e perdeu seu mandto sindical.
No contexto da redemocratização brasileira, participa da fundação da seção gaúcha do Partido dos Trabalhadores, da qual foi presidente de 1980 à 1986. Em 1982, na primeira eleição direta para governador de estado em 20 anos, é lançado candidato pelo PT, ficando em último lugar, com 50.713 votos.
Em 1986, é eleito deputado federal constituinte, e, enquanto morou em Brasília, dividiu um apartamento funcional com Luís Inácio Lula da Silva, também deputado, liderança nacional do PT e futuro presidente da nação. Desde então, ambos são amigos íntimos.
Em 1988, contrariando todas as pesquisas, vence as eleições para a Prefeitura de Porto Alegre, derrotando o candidato favorito, Antônio Britto. Seria o primeiro mandato do PT na capital gaúcha, de um total de quatro, totalizando 16 anos de administração petista. Porto Alegre se tornou a vitrine do PT no Brasil, com uma política fortemente popular e iniciativas como o Orçamento Participativo. Medida controversa do governo Olívio foi a intervenção no sistema de transportes público, que gerou atritos com as empresas concessionárias.
Em 1994 candidata-se pela segunda vez ao governo do estado, conseguindo 25% dos votos no segundo turno e sendo derrotado por Antônio Britto. Em 1998, Britto tenta a reeleição e enfrenta Olívio nas urnas pela terceira vez. Numa eleição em que o PT atacou as políticas neoliberais de Britto, como a privatização da CEEE e da CRT, Olívio sagrou-se vencedor, conquistando 50,8% dos votos no segundo turno.
Seu governo, de 1999 à 2003, foi marcando tanto por políticas sociais, como a criação da UERGS e o apoio ao pequeno produtor, quanto por atritos com o funcionarismo público e a Brigada Militar. Sofrendo oposição da principal empresa de comunicações do estado, a RBS, retransmissora da TV Globo e dona do jornal Zero Hora; e sem maioria na Assembléia Legislativa, sofreu derrotas como a não aprovação do aumento do ICMS. Outro fator de desgaste foram denúncias de um esquema de desvio de verbas envolvendo o Jogo do Bicho e o PT.
Em 2002, ano de eleições, Olívio teve negada a tentativa de reeleição nas prévias do partido, que escolheram como candidato Tarso Genro, então prefeito de Porto Alegre. Genro seria derrotado nas urnas por Germano Rigotto, do PMDB.
Em 2003, com a posse de Lula como presidente, Olívio Dutra é empossado no recém-criado Ministério das Cidades. Ficaria no cargo por dois anos, até ser substituído por Márcio Fortes, do PP, numa negociação do governo com o então presidente da Câmara Severino Cavalcanti.
Nas eleições de 2006, Olívio foi o candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul pela quarta vez, quando foi derrotado por Yeda Crusius do PSDB no segundo turno, tendo conquistado 46% dos votos no segundo turno. Encontra-se atualmente sem cargo público, e presidindo o diretório gaúcho do PT.
Precedido por Alceu Collares |
Prefeito de Porto Alegre 1989 — 1992 |
Sucedido por Tarso Genro |
Precedido por Antônio Britto |
Governador do Rio Grande do Sul 1999 — 2002 |
Sucedido por Germano Rigotto |
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