Manaus
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Município de Manaus | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
"Mãe dos deuses" | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Manaus é a capital do maior estado do Brasil, o Amazonas e situa-se na confluência do rio Negro com o rio Amazonas.
Foi elevada a cidade no dia 24 de outubro de 1848 com o nome de Cidade da Barra do Rio Negro e em 1670 recebeu o nome de Manaus, que significa Mãe dos deuses, em homenagem à nação indígena dos Manaós. A cidade é a maior e a mais rica cidade do Norte do Brasil sendo uma das cidades brasileiras mais conhecidas mundialmente, principalmente pelo seu potencial turístico e por se encontrar no centro da fantástica Amazônia, a maior e mais cobiçada floresta tropical do planeta.
Índice |
[editar] História
A história da colonização européia na região de Manaus começou em 1669, como um pequeno forte em pedra e barro, com quatro canhões guardando as cortinas. O Forte de São José da barra do rio Negro foi construído para garantir o domínio da coroa portuguesa na região, principalmente contra a invasão de holandeses, na época aquartelados onde hoje é o Suriname, função que desempenhou por mais que 114 anos. Próximo ao forte havia vários povos indígenas (Barés, Banibas, Passés Manaós), que ajudaram na sua construção e passaram a morar à sua volta.
A população cresceu tanto que para ajudar na catequese, em 1695 os missionários (carmelitas, jesuítas, mercedários e franciscanos) resolveram erguer uma capela, próxima ao forte com o nome de Nossa Senhora da Conceição, que foi adotada como a padroeira da cidade.
A Carta Régia de 3 de março de 1755, criou a Capitania de São José do Rio Negro, com sede em Mariuá (atual Barcelos, município próximo a Manaus), mas o governador Lobo D'Almada, temendo invasões espanholas, passou a sede novamente para o Lugar da Barra em 1791, por se localizar na confluência dos rios Negro e Amazonas, que era um ponto estratégico. A sede volta a Mariuá em 1799 e em 1808 passa definitivamente ao Lugar da Barra.
Em 13 de novembro de 1832, o Lugar da Barra passou a categoria de vila, com o nome de Vila de Manaus e em 24 de outubro de 1848, com a Lei 145 da Assembléia Provincial Paraense, adquiriu o nome de Cidade da Barra do Rio Negro. No dia 4 de setembro de 1856 o governador Herculano Ferreira Pena dá-lhe finalmente o nome de Cidade de Manaus.
[editar] Demografia
- Indicadores principais
- População total: 1.644.690 habitantes (94% urbana; 52,07% mulheres e 47,93% homens)
- Densidade demográfica: 144,2 hab./km² (na área urbana é de 3.914 hab./km²)
- Mortalidade infantil até cinco anos de idade: 22,26 a cada mil crianças
- Taxa de fecundidade: 4,74 filhos por mulher
- Taxa de alfabetização: 96,63%
- Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,774
- IDH-M Renda: 0,703
- IDH-M Longevidade: 0,711
- IDH-M Educação: 0,909
- Renda per capita (dados de 2000): R$ 20.965,82
A população de Manaus é de 1.644.690 habitantes, conforme atualização do IBGE em 2006, o que a coloca na posição de oitava maior cidade brasileira, perdendo somente para Curitiba, Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo.
A maioria da população encontra-se nas zonas Leste, Norte e Oeste da cidade, sendo a Cidade Nova o bairro mais populoso, com 500.000 habitantes, em 2006.
Segundo os resultados dos últimos censos, a população da cidade elevou-se de 343.038 habitantes, em 1960, para 622.733 habitantes em 1970. Daí até 1990 a população cresceu para 1.025.979 habitantes, elevando sua densidade para 90,0 hab./km². Em termos percentuais, o aumento populacional da cidade entre 1960 e 1970 foi de 40% enquanto que de 1970 a 1980 foi de 94%.
A cidade apresenta bons índices, constituindo-se um ótimo lugar para concentração de investimentos. O IDH-M é de 0,774 e o ICV é de 0,835 , o segundo maior entre as metrópoles brasileiras. A esperança de vida na cidade é superior a 73 anos. 86,9% dos domicílios são atendidos pela rede de distribuição de energia elétrica, 74,61% pela rede de esgoto e 96,54% são atendidos pela coleta de lixo. 68,61% contam com abastecimento de água.
Problemas urbanos
O crescimento populacional e urbanístico de Manaus, a par de transformar a cidade em moderna metrópole, acarretou também alguns problemas característicos das grandes cidades.
[editar] Entrada na Cabanagem
A entrada da Comarca do Alto Amazonas (hoje Manaus, a qual foi o berço do manifesto na Amazônia Ocidental) na cabanagem foi fundamental para o nascimento do atual estado do Amazonas. Durante o período da revolução, os cabanos da Comarca do Alto Amazonas se desbravaram por todo o espaço do estado onde houvesse um povoado dentro dos limites do para assim conseguir um número maior de adeptos ao movimento. Com isso ocorreu uma integração das populações circunvizinhas formando assim o estado, graças à Cabanagem.
[editar] Ciclo da Borracha
A capital do Amazonas era um lugar esquecido e praticamente inexistente nos mapas, até que a industria européia passou a utilizar o látex extraído das seringueiras. No período de 1879 a 1920 a Região Norte brasileira viveria o seu melhor momento e o Brasil experimentaria também um dos seus grandes ciclos econômicos, o primeiro Ciclo da Borracha. Naquela época o mundo voltou-se para a Amazônia, que abençoadamente possuía grande abundância de seringais nativos e que passariam a ser incansavelmente explorados comercialmente. Com o sonho de enriquecer, milhares de imigrantes brasileiros instalaram-se nos seringais, principalmente ex-escravos e nordestinos que fugiam das secas. Outros trabalhadores de diferentes nacionalidades, entre eles portugueses, ingleses, espanhóis, italianos, alemães, americanos, gregos, sírios e libaneses, também constituíam a cadeia produtiva da borracha e faziam o intercâmbio econômico entre Manaus, Belém, os seringais e os grandes centros industriais e financeiros da Europa e dos Estados Unidos.
Manaus era o centro de todo esse processo, uma boa parcela dos seus habitantes tornava-se muito rica e os “Barões da Borracha” financiavam imponentes construções. Em 1880 foi inaugurado o Mercado Municipal Adolpho Lisboa, com pavilhões em estilo art nouveau, com suas peças importadas prontas da Europa, e em 1896 houve a inauguração do imponente e suntuoso Teatro Amazonas que por duas décadas recebeu óperas, orquestras e grandes artistas internacionais, do nível de Sarah Bernhardt, Margot Fonteyn e Enrico Caruso, que também freqüentaram seu palco.
O Tesouro estadual vivia acentuado aumento de arrecadação e Manaus se transformou em um canteiro de obras. Foi a primeira cidade a ser urbanizada no Brasil e a segunda a possuir energia elétrica. Ao receber novo traçado foram abertas praças, ruas e avenidas, feitos aterros e escavações e construídas magníficas pontes, duas delas em estrutura metálica, da Cachoeirinha e da Cachoeira Grande, importadas da Europa e montadas no local. Iniciaram-se as construções do Palácio da Justiça, inaugurado em 1900, e outras ricas edificações, como o prédio da Alfândega, importado da Inglaterra, pedra por pedra, e inaugurado em 1909. No momento em que praticamente todas as grandes cidades brasileiras viviam quase de modo rural, em Manaus já existia luz elétrica, redes de água encanada e esgotos, o Porto de Manaus e bondes elétricos, o que a tornava verdadeiramente cosmopolita e uma das mais importantes do mundo, chamada de “Paris dos Trópicos”. Os amazonenses filhos das abastadas famílias estudavam nas melhores universidades européias e, embora em outros estados já existissem cursos isolados de nível superior, a Escola Universitária Livre de Manaós, depois Universidade de Manaós e hoje Universidade Federal do Amazonas, foi criada em 17 de janeiro de 1909, tornando-se a primeira universidade brasileira.
Em 1849 Manaus tinha aproximadamente 5 mil habitantes e, em meio século, cresceu para 70 mil habitantes. Para servir de referência, em 1900 a cidade de São Paulo possuía cerca de 240 mil habitantes. Também não se pode esquecer que naquela época não existiam aviões e o único meio de transporte intercontinental eram navios, o que concorria para que Manaus e Belém estivessem mais próximas dos grandes centros da Europa e dos Estados Unidos do que o Rio de Janeiro ou São Paulo.
Mas os seringais da Malásia passaram a produzir a preços muito menores que os do Brasil e interromperam o próspero mercado amazônico, estagnando a economia da região. A falta de visão dos “Barões da Borracha”, e dos governos envolvidos, resultou na completa ausência de alternativas para a continuação do desenvolvimento.
O segundo Ciclo da Borracha aconteceu no período correspondente à 2ª guerra mundial, pois os seringais malaios foram interditados pelas forças japonesas no Pacífico e o governo americano propôs comprar tudo o que o Brasil pudesse produzir. O grande desafio do governo brasileiro era aumentar a produção de 18 mil para até 70 mil toneladas e necessitava da mão de obra de mais 100 mil homens. Estabeleceu-se o que foi chamado de “Batalha da Borracha”, com o alistamento de voluntários que receberam a promessa de serem tratados no mesmo nível dos combatentes que integravam as forças brasileiras na Europa. O Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia (SEMTA), tinha sede em Fortaleza-CE, pois o governo esperava resolver também outro problema nacional, uma devastadora seca que assolava o Nordeste. Milhares de trabalhadores de todas as regiões atenderam ao apelo do governo e envolveram-se na extração do cobiçado látex e foram chamados de “soldados da borracha”, em uma página inglória da história brasileira. Só do Nordeste foram para a Amazônia 54 mil trabalhadores, sendo a maioria do Estado do Ceará, mais precisamente para o então Território Federal do Acre. Quase todos aqueles trabalhadores jamais retornariam para a sua terra, mas a Amazônia voltou a experimentar a sensação de pujança e riqueza. Manaus e Belém tiveram muito dinheiro em circulação e a economia regional revigorou-se.
Porém, tão logo terminou a 2ª grande guerra, os seringais da Malásia foram reorganizados e novamente se reduziram as atividades nos velhos seringais da Amazônia.
[editar] Zona Franca de Manaus
Em 28 de fevereiro de 1967 o governo brasileiro reformulou e ampliou o modelo da Zona Franca de Manaus, que já existia desde o ano de 1957, estendeu os seus benefícios fiscais a toda a Amazônia Ocidental (Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima) e implantou de imediato o Pólo Comercial em Manaus, transformando-o em um grande shopping center para os brasileiros de todas as regiões, que encontravam ali as novidades importadas do primeiro mundo e que ainda não estavam disponíveis no mercado interno. Em conseqüência dessa corrida às compras a cidade teve uma explosão em todas as atividades, principalmente na comercial, e só no ano de 1967 foram registradas 1.339 novas empresas, conforme dados da Junta Comercial do Amazonas.
Os primeiros projetos industriais foram implantados a partir de 1972 e hoje compõem o Pólo Industrial de Manaus (PIM), com mais de 450 indústrias de grande, médio e pequeno porte, a maioria delas fabricante de produtos das maiores marcas mundiais, com faturamento anual de 18,9 bilhões de dólares e exportações superiores a 2,2 bilhões de dólares (ano 2005). No Distrito Industrial de Manaus são produzidos os equipamentos eletro-eletrônicos que estão nas casas e escritórios dos brasileiros de todas as regiões, como televisores e monitores para PC, inclusive de LCD e plasma, computadores, cinescópios, telefones celulares, aparelhos de som, DVD players, relógios de pulso e aparelhos de ar condicionado, além de bicicletas e motocicletas, e outros, viabilizando mais de 100 mil postos de trabalho. Ao todo são aproximadamente 500 mil empregos diretos e indiretos (Fonte: SUFRAMA). A Constituição Federal de 1988 previa a manutenção dos incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus até o ano de 2013, mas a Emenda Constitucional nº. 42, de 19 de dezembro de 2003, estabeleceu a sua prorrogação até o ano de 2023. Também compõem a economia local o processamento e a comercialização de petróleo e gás natural, que são extraídos do campo de Urucu, no município de Coari-AM, o Pólo Agropecuário, que abriga projetos voltados para produção de alimentos, agroindústria, piscicultura, turismo, beneficiamento de madeira e outras atividades, e o Pólo de Biotecnologia, que possui o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), base para o pólo de desenvolvimento sustentável e biotecnologia, que certamente estará plena prosperidade nos próximos anos.
[editar] Hoje
A cidade elevou-se à 8ª posição no ranking das maiores cidades brasileiras em população e, em 2004, à 4ª posição no ranking das cidades mais ricas do Brasil. A Zona Franca tornou-se o Pólo Industrial de Manaus resultando em uma mudança do foco dos incentivos fiscais. Até a década de 90 era possível comprar produtos eletrônicos por um preço muito reduzido, mas desde a migração para o Pólo Industrial o principal objetivo passou a ser a exportação, e as vendas internas não têm redução significativa de preço com relação a outras cidades brasileiras. As indústrias instaladas em Manaus possuem isenção de alguns tributos que compensam os custos de transporte de insumos e de distribuição no Brasil e para as exportações.
Manaus é conhecida como uma Metrópole, mas a cidade não conurba com nenhum município vizinho. Os municípios mais próximos de Manaus são Iranduba, Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo, Careiro, Careiro da Várzea, Itacoatiara, Manacapuru e Manaquiri.
Durante todo o ano a cidade recebe grandes quantidades de navios de cruzeiro, pois há acesso para transatlânticos através do Rio Amazonas. Seus prédios históricos são famosos, como o Teatro Amazonas, um dos mais belos do mundo, inaugurado em 1896, quando Manaus vivia o auge do Ciclo da Borracha e era uma das mais prósperas cidades do mundo, chamada de “Paris dos Trópicos”, embalada pela riqueza advinda do látex da seringueira, o Porto de Manaus , com o prédio da Alfândega, importado da Inglaterra pedra por pedra, e o seu cais flutuante, que permite atracação de grandes navios de alto-mar durante todo o ano, o Palácio da Justiça, o Palácio Rio Negro, que hoje abriga um centro de artes, com museu e a pinacoteca do Estado, e o Mercado Municipal Adolpho Lisboa, inaugurado em 1882, cópia do famoso Le Halles , de Paris. Há inúmeras outras atrações e destacam-se Shopping Centers, centros de arte, vários museus, parques ecológicos e municipais, o zoológico do CIGS, área urbanizada e de lazer da Ponta Negra, passeios de barco ao encontro das águas, onde os rios Negro e Amazonas seguem lado a lado por 6km e não se misturam, praias fluviais da região e balneários próximos com belíssimas cachoeiras, e os hotéis de selva, que são uma iniciativa pioneira do turismo do Estado do Amazonas.
O Centro Histórico possui edificações do início do século XX e ruas tomadas por calçadões, em áreas voltadas para a atividade comercial. A Rua Marechal Deodoro é totalmente coberta, como um shopping center aberto, e é chamada de “rua do bate-palma”, pois há pessoas à frente das lojas, que batem as palmas das mãos e informam sobre suas promoções.
Manaus continua sendo uma das cidades que mais recebe migrantes de outros estados e de outros paises, dando assim um aspecto multicultural a cultura manauara. A maior colonia de Beleneses fora de Belém encontra-se em Manaus,sem esquecer dos paulistas e muitos outros,um reflexo da forte economia manauara.
Manaus é servida pelo Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, o maior e mais movimentado aeroporto do Norte do país e o segundo do Brasil em movimentação de cargas.
[editar] Aeroporto Eduardo Gomes
O Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, que serve a cidade de Manaus, tem características que o equiparam em qualidade aos melhores e mais modernos aeroportos do mundo, sendo capaz de comportar qualquer tipo de avião comercial ou militar em operação ou em projeto, hoje e nos próximos anos. Pode-se dizer que o Aeroporto Eduardo Gomes representa para a Região Amazônica o elo de seu desenvolvimento e integração com o resto do Brasil e do mundo, devidamente administrado por uma organização destinada a proporcionar alto padrão de eficiência dos seus serviços e cobertura de seus custos operacionais. O Aeroporto Internacional Eduardo Gomes está situado a 14 km do centro da cidade de Manaus, possui uma pista para pouso e decolagem com 2.700m por 45m de largura (com duas cabeceiras de nºs 10 e nº 28), dois Terminais de Carga Aérea (sendo o Terminal de Carga Aérea I inaugurado em 1976, juntamente com o Aeroporto e o Terminal de Carga Aérea II inaugurado em 1980), seis pontes de embarque/desembarque (sendo cinco fixas e uma móvel), sete hangares, três salas de desembarque doméstico e uma de desembarque internacional, seis salas de pré-embarque doméstico e duas salas de pré-embarque internacional, dois terminais de passageiros (sendo um para aviação regular e outro para aviação geral), estacionamento com vagas para 341 veículos (distribuídas em onze corredores) e nove guaritas de segurança. O Aeroporto recebe cerca de 4,6 milhões de passageiros anualmente, e é considerado o maior e mais movimentado aeroporto da Região Norte do Brasil, além de ser o quinto aeroporto mais movimentado do país e o segundo em movimentação de cargas.
Na época de sua inauguração chegou a ser o aeroporto mais moderno do Brasil, sendo o primeiro aeroporto brasileiro a possuir fingers (pontes de embarque). Na época era conhecido como Aeroporto Supersônico.
[editar] Subdivisões
Manaus é uma cidade com 1.644.690 habitantes. O município de Manaus é dividido em 222 bairros, 14 distritos e 6 zonas: Zona Leste; Zona Norte; Zona Oeste; Zona Centro-Oeste; Zona Sul; Zona Centro-Sul, além da Zona Rural.
[editar] Zona Metropolitana
Apesar de não possuir uma Região Metropolitana, a zona urbana do município de Manaus é chamada de Zona Metropolitana.
[editar] Aspectos Culturais
A culinária manauense é caracterizada pela utilização de uma grande variedade de peixes provenientes da própria bacia do rio Amazonas. Entre os destaques, podemos encontrar o "pirarucu de casaca" feito com o peixe pirarucu e banana pacovã, o tambaqui grelhado outra espécie de peixe encontrada na região, e a tapioca, tipo de crepe feito com goma de mandioca. Ingredientes como coentro, óleo de dendê, além da farinha de mandioca, também denominada de farinha d'água ou amarela, são frequentemente utilizados. Uma grande variedade de frutas da região também são bastante apreciadas na cidade, como a graviola, o cupuaçu, o açaí, o jenipapo, o bacuri, a pupunha e o tucumã.
Na música, os destaques da capital são: o boi-bumbá, o forró, o samba e o axé.
- O Boi-bumbá é um estilo musical proveniente de Parintins, cidade no interior do Amazonas, que conta com danças folclóricas com temática indígena e ribeirinha e com um Festival Folcórico no mês de junho; em Manaus ocorrem o ensaio dos bois Garantido e Caprichoso antes do Festival Folclórico de Parintins em junho, o Carnaboi logo antes do Carnaval e com o Boi Manaus no mês de outubro, quando se comemora oficialmente o aniversário da cidade (24 de outubro).
- O forró é um estilo musical que foi trazido pelos nordestinos que vieram na época da borracha. Em Manaus recebeu uma nova roupagem com danças acrobáticas só encontradas na capital. Existem várias casas noturnas e bandas locais que são especializadas no estilo.
- Manaus é tida como a segunda capital mundial do samba, após o Rio de Janeiro. No carnaval há o Desfile das Escolas de Samba de Manaus e no final do ano há o maior evento de samba do Brasil, o Samba Manaus, com 18 atrações locais e nacionais. Os desfiles ocorrem no Centro de Convenções, o Sambódromo de Manaus, com capacidade para mais de 100 mil pessoas.
- O Axé, ritmo baiano derivado do samba-de-roda, começou com as "bandas" na época do carnaval, mas agora é constante o ano todo, trazendo bandas baianas, algumas das quais se mudam para a cidade, e com bandas locais.
Durante os meses de abril e maio acontece o Festival Amazonas de Ópera, com a montagem de obras famosas, envolvendo artistas renomados e com apresentações no Teatro Amazonas e no Largo de São Sebastião.
No futebol, entre os principais clubes de Manaus e do Amazonas temos: o São Raimundo Esporte Clube, participante da Série B do Campeonato Brasileiro desde o ano 2000, quatro vezes campeão da Copa Norte (1957, 1999, 2000 e 2001), vice-campeão brasileiro da Série C e 3º colocado da Copa Conmebol em 1999 e proprietário do estádio Ismael Benigno (a Colina); o Nacional Futebol Clube, fundado em 9 de janeiro de 1913, chamado de "Leão da Vila Municipal", clube de maior torcida, de mais títulos e de maior tradição no Estado; o Atlético Rio Negro Clube, denominado de "Galo da Praça da Saudade" ou clube "Barriga Preta", também fundado em 1913, mas no mês de novembro, que é o segundo maior detentor de títulos estaduais; e o Nacional Fast Club, o "Tricolor do Boulevard" ou "Rolo Compressor", fundado no início dos anos 40 a partir de uma dissidência do Nacional Futebol Clube, que já conquistou seis campeonatos amazonenses, além de ter sido Campeão do Norte e vice-campeão do Norte-Nordeste em 1970. Além da "Colina", que tem capacidade para 18.000 pessoas, o maior estádio do Amazonas é o Vivaldo Lima (Vivaldão), que foi inaugurado em 1970 pela Seleção Brasileira, em seu último jogo no território nacional antes da conquista do tricampeonato mundial no México, e que pode receber até 45.000 torcedores.
[editar] Etnias
Segundo o IBGE, a população de Manaus está composta por: pardos ou mestiços (63,7%), brancos (34,2%), negros (3,0%), amarelos (2,1%) e indígenas (0,1%).
[editar] Manauenses Ilustres
Entre as personalidades que nasceram em Manaus, podem ser citados:
- Cláudio Santoro, 1919-1989, considerado o maior maestro e compositor da história da música erudita brasileira, após Villa-Lobos;
- Márcio Souza, escritor e romancista, autor de "Mad Maria", recentemente transformado em série da televisão, "Galvez, o imperador do Acre" e "A irresistível ascensão do boto tucuxi", entre outras obras;
- Milton Hatoum, escritor nascido em 1952, professor de literatura na UFAM e na Universidade da Califórnia em Berkeley, autor dos romances "Relato de um Certo Oriente", "Dois Irmãos" (ambos ganhadores do prêmio Jabuti de Melhor Romance) e "Cinzas do Norte";
- Djalma Limongi Batista, cineasta de "Asa Branca, um sonho brasileiro", "Brasa adormecida" e "Bocage, o triunfo do amor";
- Aurélio Michiles, também diretor de cinema ("O cineasta da selva");
- Antônio Pizzonia, um dos poucos pilotos brasileiros que conseguiu chegar à fórmula 1;
- Francisco Xavier de Albuquerque, jurista que foi Procurador Geral da República, Ministro e Presidente do STF entre 1981 e 1983;
- Marcelo Mourão Gomes, solista do 'American Ballet Theatre' de Nova Iorque/EUA, desde 1997;
- Malvino Salvador, José Augusto Branco, Gabriel Azevedo e Giovanna Antonelli, atores da Rede Globo;
- Antônio Calmon, autor de novelas e minisséries na mesma emissora;
- Daniel Pellizzari, escritor e tradutor literário;
- Vinícius Cantuária, cantor e compositor;
- Terezinha Morango, Miss Brasil 1957, primeira Miss Brasil da Região Norte e 2a. colocada no Miss Universo;
- Samuel Benchimol, conhecido estudioso sobre a Amazônia;
- Cosme Alves Netto, 1937-1996, cinéfilo respeitado, era considerado o grande embaixador do Cinemas Brasileiro e Latino Americano.
[editar] Bairros
[editar] Manaus e Meio Ambiente
Um dos maiores atrativos de Manaus é a sua localização geográfica: uma grande cidade construida em plena Floresta Amazônica. Ainda é possível ter acesso a áreas bem preservadas desse bioma a poucos quilômetros da cidade. Diferentes ambientes encontrados na Amazônia podem ser facilmente visitados. Entre eles áreas de floresta de terra firme (florestas não alagáveis), várzea (floresta alagável por água branca) e florestas de igapó (florestas alagáveis por água preta).
O crescimento da cidade, no entanto, não veio sem o aparecimento ou agravamento de alguns problemas. Manaus vem perdendo cada vez mais sua área verde e, com isso, uma importante amostra da grande biodiversidade encontrada na Amazônia. Entre as principais ameaças encontra-se a perda ou diminuição dos poucos fragmentos de floresta nativa na área urbana. Isso se torna uma questão ainda mais relevante levando em conta a existência na área de uma das espécies mais ameaçadas de primatas no Brasil, o sauim-de-coleira (Saguinus bicolor), espécie que vive unicamente na área urbana de Manaus.
[editar] Cidade Nova
Manaus crescia sem nenhuma perspectiva de acerto. Foi pensando neste crescimento, há 25 anos, que o então governador José Lindoso decidiu prover moradia à população de baixa renda criando o projeto “Cidade Nova”. Nascia, portanto, o maior conglomerado habitacional da América Latina. No início foram 1.800 casas, para atender a população de migrantes que chegavam do Sul do Brasil em busca de emprego no Pólo Industrial de Manaus, além dos habitantes às margens do rio Negro que viviam em palafitas, sem nenhuma estrutura urbanística. Quando foi criado o projeto não havia previsão de maior crescimento, mas, no início do governo Gilberto Mestrinho, o projeto Cidade Nova recebeu novos investimenos para a construção de novas casas e, atualmente, a Cidade Nova é um grande aglomerado humano formado de 20 núcleos, além de abranger outras comunidades em seu entorno, conjuntos e condomínios. Um projeto que tomou proporções além do planejado e sem o mínimo de estrutura urbana. Fazendo parte da Cidade Nova estão vários conjuntos habitacionais, entre eles: Renato Souza Pinto I e II, Ribeiro Júnior, Francisca Mendes, Mundo Novo, Osvaldo Frota I e II, Amazonino Mendes, Oswaldo Américo, Américo Medeiros, Canaranas, Campo Dourdado, Riacho Doce, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Boas Novas e Nova Cidade. A Cidade Nova se tornou o maior conjunto habitacional do Norte do Brasil, com uma população estimada em 500 mil habitantes, dos quais, segundo dados de pesquisa levantada pelo vereador Tony Ferreira, 235 mil são eleitores, sendo o maior colégio eleitoral da capital amazonense, maior que muitas cidades do Estado. Por conseqüência do aumento contínuo e acelerado da ocupação humana, nos últimos anos a Cidade Nova ganhou um terminal de integração de transporte coletivo, implantação de agências bancárias (Banco do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica Federal), um hipermercado (Hiper DB), auto peças, lojas de armarinhos, metalúrgicas, postos de gasolina, lojas de departamentos e eletro domésticos, drogarias, academias de ginásticas e uma praça de alimentação. Esta última, na entrada do Renato Souza Pinto e Canaranas.
A Cidade Nova revela ainda, com seu crescimento, uma grande concentração de templos religiosos. A principal igreja localizada na Cidade Nova é a Católica. A primeira Igreja Católica construída no bairro foi a São Bento (próxima do terminal 3, dividindo a Cidade Nova I e II) e hoje conta com mais de setenta templos. A Igreja dos Mórmons, ou A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, também é destaque na Cidade Nova, que possui 8 capelas e 1 templo religioso dos Mórmons.Em toda a Cidade Nova, existem cerca de 9 mil mórmons.
Até o presente momento, a Cidade Nova, envolvendo todos os seus conjuntos, está classificada em bairro Cidade Nova I,II,III,IV e V.
[editar] Pontos turísticos
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- Teatro Amazonas
- Encontro das águas
- Praia da Ponta Negra
- Largo de São Sebastião
- Parque do Mindú
- Zoológico do Exército - CIGS
- Reservatório do Mocó
- Porto Flutuante (Roadway)
- Bosque da Ciência do INPA
- Museu de Ciências Naturais (Colônia Agrícola Japonesa)
- Palácio Rio Negro
- Mercado Municipal Adolpho Lisboa
- Alfândega
- Biblioteca Pública Estadual
- Catedral de N. S. da Conceição - Igreja da Matriz
- Central de Artesanato Branco e Silva
- Igreja São Sebastião
- Monumento à Abertura dos Portos
- Palácio da Justiça
- Museu do Seringal "Vila Paraíso"
- Estádio Vivaldo Lima (Vivaldão)
- Memorial dos povos da Amazônia. (Bola da Suframa)
- Museu do Indio
- Praias da Lua, Tupé, Grande, Arrombado e Dourada
- Cachoeira do Passarinho
- Teatro Chaminé
[editar] Compras
Shoppings Centers
- Amazonas Shopping
- Studio 5 Festival Mall
- Millennium Shopping Mall
- Tvlandia Mall
- Shopping São José
- Shopping Cecomiz
- Edifício Rio Negro Center
- Shopping Grande Circular
[editar] Ligações externas
- Página da prefeitura
- Página da câmara
- Fundação Municipal de Turismo
- Outras informações de Manaus
- Wikimapia - Manaus
Capital | Manaus |
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Mais de 70.000 habitantes | Manaus | Parintins | Coari | Manacapuru | Itacoatiara | Tefé |
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