Maceió
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Município de Maceió | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
"Paraíso das águas" | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Maceió é a capital do estado brasileiro de Alagoas. Tem uma população de 922 458 habitantes (2006) e um território de, aproximadamente, 511 km². Forma com outros dez municípios a Região Metropolitana de Maceió, somando um total de cerca de 1,14 milhão de habitantes (est. 2005). Sua altitude média é de sete metros acima do nível do mar, e tem uma temperatura média de 25°C. A cidade se situa entre o Oceano Atlântico, que presenteia a cidade com belas praias, e a Lagoa Mundaú, que tem grande importância econômica para os povoados de pescadores que vivem em sua margem. É sede da Universidade Federal de Alagoas.
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[editar] Histórico
Seu nome se origina de um engenho, às margens da lagoa Mundaú, chamado maçaio, nome este vindo do tupi "Massayó-k", ou "o que tapa o alagadiço". Sua data de fundação é 5 de dezembro de 1815, quando o município foi desmembrado do município de Alagoas (atual Marechal Deodoro). Em 29 de dezembro de 1816 ocorre a elevação da condição de povoado a vila, principalmente por causa do desenvolvimento vindo do porto de Jaraguá, um "porto natural" que facilitava o atracamento de embarcações, por onde eram exportados açúcar, fumo, coco e especiarias. Com o contínuo processo de desenvolvimento da cidade, se torna a capital da província de Alagoas em 9 de dezembro de 1839, com o simbólico ato da transferência do Tesouro da Província para Maceió.
[editar] Geografia
Há vários anos formavam-se terrenos alagados, criados da vinda de sedimentos e vegetais dos rios Mundaú e Paraíba do Meio, o mar também mandou sedimentos, fechando as fozes dos respectivos rios, formando assim o que hoje conhecemos por Lagoas Mundaú e Manguaba, um dos maiores complexos estuarinos do Brasil.
Foi sobre esses alagadiços e restingas que a cidade de Maceió cresceu. Dois bairros da capital abrigam pouco menos da metade da população, são eles: Benedito Bentes e Jacintinho, ambos com 200 mil habitantes cada, o Jacintinho é um complexo de favelas, já o Benedito Bentes é um Conjunto Habitacional criado há vinte anos que, atualmente, abriga muitos outros conjuntos ao seu redor, que juntos às favelas e grotas formam o bairro. Já tramitou na Câmara Municipal de Maceió uma proposta para o desmembramento do Benedito Bentes de Maceió, transformando-o em uma nova cidade.
Segundo os próprios investidores do setor, a construção civil na capital é uma das mais bem-sucedidas do país, o número máximo de andares na parte que vai do Pontal da Barra à parte de Cruz das Almas é de oito andares na beira-mar, motivo: O Farol da Marinha do Brasil localizado no bairro do Jacintinho. É sabido que quanto menos andares um edifício tem, mais caro é o preço dos apartamentos; mas hoje a especulação imobiliária está no Litoral Norte da cidade, bairros como Riacho Doce, Guaxuma e Ipioca estão com os terrenos super-valorizados, o que preocupa tanto os moradores do local, quanto as autoridades, que vêem que lá não existe a infra-estrutura necessária para uma grande urbanização, tal como se pretende. Por isso, este local ganhou grande destaque na criação do Plano Diretor, que está tramitando na câmara municipal. Entre as principais propostas de estruturação do lugar, pretende-se: Sanear a região, para proteger os rios que a cortam; duplicar as rodovias de acesso; e é claro, o ponto mais crítico do Plano, o número de andares que cada prédio poderá ter, os construtores divergem com a prefeitura a altura máxima e afastamento mínimo dos edifícios, vale lembrar que o bem-estar físico, mental e econômico da população é o que deveria pesar.
[editar] Localização
Localizada na parte central da faixa litorânea do estado de Alagoas, inserida na mesorregião do leste alagoano e microrregião que leva seu nome, o município de Maceió estende-se entre os paralelos 09°21’31” e 09°42’49” de latitude sul e os meridianos 35°33’56” e 35°38’36” de longitude oeste, ocupando uma área de aproximadamente 511 Km2, o que corresponde a 1,76% do território alagoano.
Capital do estado de Alagoas, Maceió limita-se ao norte com os municípios de Paripueira, Barra de Santo Antônio, São Luís do Quitunde, Flexeiras e Messias; ao sul, com o município de Marechal Deodoro e Oceano Atlântico; a oeste faz fronteira com Rio Largo, Satuba, Santa Luzia do Norte e Coqueiro Seco; a leste, com o Oceano Atlântico.
[editar] Clima
Considerando a localização na Região Nordeste do Brasil, em plena Zona Tropical e banhada pelo Oceano Atlântico, apresenta clima quente e úmido, que segundo a classificação de “Köppen” corresponde ao tipo As’, caracterizando por apresentar-se sem grandes diferenciações térmicas e precipitação concentrada no outono e inverno. As temperaturas médias mensais oscilam em torno de 25,1°C. A máxima mensal atinge 29,9°C e a mínima 20,8°C, apresentando uma amplitude térmica anual de 9°C. A umidade relativa do ar é em média de 79,2%, sendo julho o mês mais úmido e novembro o mais seco. O índice pluviométrico é sempre superior a 1.410mm/ano.
Maceió tem, segundo pesquisas, a segunda melhor água potável do Brasil, possui clima tropical, a menor temperatura registrada na capital foi 11,3ºC, no dia 16 de junho de 1980, o sol aquece a cidade durante 270 dias do ano.
[editar] Vegetação
Maceió apresenta vegetação Herbácea (gramíneas) e Arbustiva (poucas árvores e espaçadas). Além destas, Maceió possui também a Mata Atlântica. Essas vegetações estão associadas a um sistema regulado de chuvas.
A vegetação natural encontra-se bastante degradada. Em algumas áreas isoladas dos Tabuleiros Costeiros e principalmente nas encostas. Ocorrem remanescentes de floresta ombrófila secundária (mata atlântica) e descaracterizada (macega-capoeira). No baixo curso dos rios ocorrem formações pioneiras aluviais e na sua foz, a influência da maré alta, dá origem a formações flúvio-marinhas (mangues) (CALHEIROS, LAGES & SANTOS, 1993), (ASSIS, 1998) e CALHEIROS et. al., 2004).
[editar] Relevo
O relevo do município de Maceió apresenta um predomínio de terras baixas com altitudes inferiores a 100 metros, ocorrendo, no entanto na porção norte-noroeste áreas onde alcança mais de 160 metros. Na Serra da Saudinha alcança 300 metros.
Estruturalmente são encontradas três unidades: a Planície ou Baixada Litorânea, os Tabuleiros Costeiros e o Maciço Cristalino da Saudinha.
A Planície Litorânea compreende a área de menor expressão espacial e de menor altitude, 0 a 10 metros. De origem recente (quaternária), nela predominam as formas de acumulação marinha, fluvial, flúvio-marinha, flúvio-lacustre e eólica, representadas por terraços, pontas arenosas, restingas, cordões litorâneos, ilhas flúvio-marinhas, recifes e lagunas.
Os Tabuleiros Costeiros são uma superfície de agradação composta basicamente por terrenos plio-pleistocênicos, também conhecidos como baixo planalto sedimentar costeiro. Apresenta relevo tipicamente plano com suaves ondulações e altitudes em geral inferiores a 100 metros.
Na faixa costeira, o trabalho de abrasão marinha (antes do presente), estabelecia contato direto do oceano sobre as encostas do tabuleiro deram origem às falésias fósseis, separadas atualmente do oceano por depósitos quaternários.
São cortados transversalmente por rios que correm em cursos paralelos, separados por interflúvios tabuliformes (dissecados e aplanados), formando vales e encostas fluviais, várzeas e lagunas. Destacam-se o Prataji e seus afluentes Messias ou Prata (integrante do Sistema Pratagy), Meirim e seu afluente o Saúde, o Estiva e o Sapucaí (divisa com Paripueira); além dos riachos: Carrapatinho, do Silva (que já abasteceu Maceió até a década de 50), Reginaldo, Jacarecica, Garça Torta, Doce, Nos baixos cursos dos rios a ação das marés dão origem a manguezais que ocorrem ao longo de todo litoral, principalmente na ilha do Lisboa e na foz dos rios Prataji, Meirim, Estiva e Sapucaí.
No extremo norte-noroeste do município, cercado pelos Tabuleiros Costeiros, ocorre uma área de rochas cristalina (serra da Saudinha), formada por um esporão granítico, profundamente dissecados em encostas com níveis entre 160 e 300 metros, que corresponde a borda residual da porção meridional do Planalto da Borborema comandada pela referida serra, uma rede hidrográfica divergente drena suas águas diretamente para o Oceano Atlântico.
[editar] Hidrografia
Os cursos d’água, que drenam o município, apresentam-se perenes com direcionamento conseqüente de extensão aproximada de 12Km (TENÓRIO & ALMEIDA, 1979). Suas principais cabeceiras localizam-se na serra da Saudinha (rios Meirim, Saúde e Prataji) nos tabuleiros (riachos Reginaldo, Jacarecica, Doce e o rio Suaçaui), alguns próximos à área urbana do município, nas proximidades dos conjuntos residenciais: Henrique Equelman, Moacir Andrade e do Parque Residencial Benedito Bentes I e II. As bacias hidrográficas destes rios apresentam na sua maioria um padrão de drenagem dendrítico, tendendo a paralelo em escoamento, exorreico; formando canais distribuídos de 1ª, 2ª, 3ª e 4ª ordens, cada uma recebe dos tributários de ordens inferiores. Quanto à forma de seus vales, no alto curso é marcado por vale em "V" agargantado. No médio curso assemelha se ao anterior, mas com fundo chato e margens um pouco afastadas e altas dos tabuleiros que os rodeiam. O baixo curso apresenta se na forma de uma baixada larga típica de "rias", com vale em calha, leito raso, entulhado e de foz flutuante pelas vagas que movimentam os bancos arenosos. Os riachos são paralelos, com regime de enxurradas de outuno inverno ou por chuvas ocasionais de primavera e originam se em uma estrutura monoclinal, entalhada, por ocasião dos movimentos eustáticos negativos que os levaram a tangenciar o nível do mar (TENÓRIO & ALMEIDA, op. cit.).
[editar] Macromodelados
Na área são encontrados três tipos de macromodelados: acumulação, aplanamento e dissecação. Não existindo modelados de dissolução, devido à ausência rochas calcárias, indicando assim a não ocorrência de Karsts.
Nesses macromodelados predominam na sua maioria, ambientes instáveis (correspondendo aos modelados de acumulação e dissecação), ocorrendo ainda ambientes em transição (relacionando as superfícies de aplanamento).
Nos ambientes instáveis, predominam os processos erosivos sobre os processos de alteração e de acréscimo de materiais superficiais. De modo geral, correspondem as partes mais atingidas pela atividade humana onde o relevo e o clima são mais agressivos.
Nos ambientes em transição, predominam características que indicam interferência dos processos de agradação e degradação do relevo, os quais produzem modificações poucos sensíveis com tendência do predomínio da pedogênese ou da morfogênese, conforme o grau de intervenção humana.
Não ocorrem no município, de forma contínua, ambientes estáveis, ambientes cujas características indicam interferências dos processos de agradação e degradação do relevo, os quais produzem modificações pouco sensíveis, com tendência para o predomínio da pedogênese ou morfogênese, conforme o grau de intervenção humana.
Sob essas condições a ocupação humana se estabeleceu decisivamente sobre os terrenos quaternários, retrabalhados pelo mar e ventos, expandindo-se para o interior do município sobre os tabuleiros terciários. Esse processo de ocupação resultou em duas áreas distintas de uso: o meio urbano e o meio agrícola. A primeira ocupa uma área aproximada de 211 Km2, representando 41% da área do município; é caracterizada pela construção civil e forte adensamento populacional, com 3.790 hab/km2. Por sua vez, a segunda compreende 301 Km2, e 59% da área total do município; caracteriza-se pela cultura da cana-de-açúcar, ampla presença de solo desnudo e pouca presença de mata nativa, contando com uma densidade demográfica de 8 hab/Km2.
[editar] Altitude
Sua altimetria varia entre 0 metro ao nível do mar e 20 metros na planície litorânea, passando entre 20 e 180 metros nas encostas e nos topos dos tabuleiros e 300 metros no topo da serra da Saudinha, extremo norte do município.
[editar] Tipos de Solos
Os solos são caracterizados pela predominância dos Latossolos Vermelho Amarelo Distróficos e Alissoslos nas áreas dos Tabuleiros Costeiros, ambos constituídos pelos sedimentos terciários do Grupo Barreiras. Existe em escala menor, os Neossolos Flúvicos, e Gleissolos Melânicos (Hidromórficos) e Gleissolos Tiomórficos (Halomórficos) na área da Planície Litorânea, constituída por sedimentos quaternários de Praia e Aluvião. Os Hidromórficos dominam os vales dos rios associados ao seu leito, formados por sedimentos flúvios marinhos. Os Gleissolos Tiomórficos (Halomórficos) ocorrem na zona costeira próximo à foz dos principais rios e ilhas flúvio-lagunares, formados por sedimentos marinhos, constituindo as areias quartzosas profundas (JACOMINE, 1975), (WAKE & SOUZA, 1983) e (BRASIL, 2000).
[editar] Geologia de Superfície
A área de estudo é constituída basicamente por dois tipos de sedimentos os predominantes da Formação Barreiras, que são os sedimentos Cenozóicos formados por clásticos continentais, não litificados, regularmente compactados em acamamentos mal definidos. A litologia é composta por arenitos com matriz argilosa com intercalações subordinadas de argilas e siltitos, não litificados. As cores são variadas com predominância do amarelo-ocre e vermelho-acastanhado. O topo, exposto a erosão e dissecado por vales em “V” fechado, ou “U” nos rios mais volumosos, apresentam formas tabulares limitadas por encostas escarpadas. A formação é praticamente estéril em fósseis. Sua idade é considerada pliocênica. A espessura máxima aproximada é de 100 metros na área; e os Sedimentos de Praia e Aluvião, sedimentos quaternários, correspondem às acumulações arenosas, argilo-arenosas e os recifes de arenito e de coral. Ao longo das praias predominam areias cinza-claras. Nos ambientes paludiais, de alagadiços e mangues, os sedimentos são freqüentemente argilo-arenosos de cor cinza-escura. As aluviões fluviais são compostas por argilas, areias e, localmente cascalhos. Os recifes em barreira que ocorrem paralelamente à praia são formados de arenito com cimento calcífero. Predominam as areias cinza-claras nas planícies costeiras; sedimentos argilo-arenosos nos ambientes paludiais; depósitos argilo-arenosos com algum cascalho nas planícies aluviais; associação de arenitos e corais nas construções recifais e bancos arenosos (PETROBRAS, DNPM, 1975).
[editar] Demografia
Maceió possui uma população de 922 458 habitantes (2006). Uma densidade demógrafica de 1.533,32 habitantes/km². 99,7% (919.690 habitantes) da população situa-se na chamada zona urbana do município e apenas 0,3% (2.767 habitantes) na área rural. E tem mais de 475.000 Eleitores. O município apresenta uma taxa de natalidade de 2,4% e 0,6% é a taxa de mortalidade; com isto, o crescimento vegetativo é de 1,8% ao ano. Já a mortalidade infantil apresenta um coeficiente de 53,2%o, embora seja um índice elevado, no estado é verificado o de menor valor. Sua população pode ser classificada como jovem; pois 60,5% pertence à faixa etária de 0 a 29 anos de idade. Maceió apresenta ainda uma expectativa de vida de 65 anos (ALAGOAS, 2002).
[editar] Economia
A cidade é rica em sal-gema, e tem um setor industrial diversificado (industrias químicas, açúcareiras e de álcool, de cimento e alimentícias), além da agricultura, pecuária e extração de gás natural e petróleo.
Em 2004, o PIB da capital girava em torno de 6,7 bilhões de reais, o quarto maior entre as capitais da Região Nordeste, número significativo que mereceu destaque por ter vindo antes do "boom" do comércio e turismo em Maceió, que ocorreu com a abertura de diversos hipermercados, hotéis, do Centro de Convenções e do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares. A expectativa é de que os próximos números sejam ainda mais animadores.
O setor primário da economia encontra-se apoiado na monocultura da cana-de-açúcar e ocupa quase toda área rural do município. Contudo, a sua participação na produção, área colhida e economia não é considerada representativa, expressando-se em apenas 0,02% do total estadual (ALAGOAS, 2002). No litoral principalmente, e em algumas áreas isoladas dos tabuleiros e das encostas, destaca se o coqueiro e algumas culturas de pomar como o cajueiro, a mangueira e a jaqueira, doravante denominadas de frutíferas.
Os dados contidos no Censo Agropecuário do IBGE 1995/1996 demonstram pouca diversificação do setor produtivo.
Com relação à utilização das terras para fins agrícolas, segundo o Censo Agropecuário do IBGE 1995/1996, verifica-se um total de 17.715 hectares, onde 10.036 hectares (56,65%) são lavouras permanentes e temporárias, 590 hectares (3,33%) são pastagens naturais e artificiais, 4.303 hectares (24,29%) são matas naturais e/ou plantadas, 2.075 hectares (11,71%) são lavouras em descanso e produtivas não utilizadas e 711 hectares (4,02%) são outros (aglomerações humanas).
As indústrias instaladas no município têm pouca representatividade e influência na economia local e é representada principalmente pela Braskem (exploradora e beneficiadora de salgema) e Distrito Industrial, localizados nos bairros do Pontal da Barra e Tabuleiro do Martins, respectivamente. Este último vem sofrendo constantes baixas de indústrias em decorrência da falta de investimento em infra-estrutura, de atrativos e incentivos fiscais por parte do poder público. Este setor conta ainda com a presença da usina de cana-de-açúcar Cachoeira do Meirim.
A exemplo dos dois primeiros setores econômicos, o comércio vem sofrendo graves crises, tanto pela recessão impregnada no país há alguns anos como pela ausência de riquezas geradas e empregadas na capital advindas da agropecuária e indústrias. Em decorrência disto, ao longo dos anos, percebe-se um crescimento significativo de um “quarto setor” produtivo: o comércio informal, ainda não devidamente regulamentado.
[editar] Turismo
Outro ponto forte na economia da cidade é o turismo, pois a cidade possui um grande potencial de atrair turistas, por suas belezas naturais e grande diversidade cultural, além de oferecer várias opções de lazer e espaços modernos para negócios, tais como o novo Centro Cultural e de Exposições de Maceió, no bairro de Jaraguá. Em setembro de 2005, foi inaugurado o Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, um dos mais modernos do Brasil. O bairro de Jaraguá foi muito frequentado durante o fim dos anos 90, com grandes investimentos da prefeitura de Maceió, hoje em dia é apenas um bairro comercial, dotado de bancos, museus e faculdades.
[editar] Agricultura
Mesmo sendo bastante urbanizada, a cidade possui muitas áreas desocupadas, principalmente na Zona Norte, surgindo espaço para a criação de grandes canaviais, como o que existe no bairro do Benedito Bentes(200 mil habitantes).Os canaviais, como atividade monocultora, são o grande destaque do setor primário em Maceió. A agricultura de subsistência também pode ser achada na Zona Norte, várias famílias pequenas desta localidade produzem o que consomem, em suas propriedades familiares.
[editar] Indústria
A cidade conta com o pólo cloroquímico, que abriga a maior empresa do estado, a Braskem, que extrai sal-gema de uma grande mina, conta também com o Distrito Industrial do Tabuleiro, que há alguns anos possuia 60 indústrias de pequeno e médio porte, mas o que falta para o D.I. atrair novas indústrias são melhorias na infra-estrutura e vantagens oferecidas pelo governo aos investidores. Maceió também conta com diversas indústrias do ramo alimentício. O Pólo Multifabril de Marechal Deodoro, na Região Metropolitana de Maceió, tem atraído muitas indústrias, especialmente das cadeias de produtos químicos e plásticos.
[editar] Indicadores
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IDH | 1991 | 2000 |
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Renda | 0,682 | 0,715 |
Longevidade | 0,636 | 0,667 |
Educação | 0,743 | 0,834 |
Total | 0,687 | 0,739 |
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Ensino | Alunos matriculados | Professores |
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Pré-escola | 15.073 | 721 |
Fundamental | 156.592 | 5.431 |
Médio | 45.591 | 1.858 |
Superior | 29.742 | 2.237 |
Desde a década de 60 Maceió vem crescendo em um ritmo acelerado, na epóca contava com cerca de 184.644 habitantes, 24 anos depois, em 1984, a cidade já tinha cerca de 399.298 habitantes, em 2000, o censo demográfico do IBGE registrou cerca de 796.842 pessoas, hoje são aproximadamente 922 mil habitantes, divididos em 511 km². A cidade tem uma densidade demográfica de 1.805,06 hab./km².
Existem cerca de 124 estabelecimentos de saúde em Maceió, destes, 37 são públicos e 87 são privados, dos 37 públicos 9 têm internação e dos 87 privados, 29 têm internação. São, aproximadamente, 3.698 leitos, dos quais 3.117 são disponíveis ao Sistema Único de Saúde.
[editar] Infra-estrutura
Maceió conta com transporte aéreo, rodoviário, ferroviário e urbano, alguns em situação muito boa e outros em situação não muito animadora, confira logo abaixo.
[editar] Aeroporto internacional
Em setembro de 2005, Maceió passou a contar com um dos mais modernos aeroportos do país, o Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, que conta com sistema de co-geração de energia e capacidade para 1,2 milhão de pessoas. O aeroporto foi construído com recursos da Infraero, Governo Federal e Governo Estadual. Os destinos diários diretos (sem escala/conexão) saindo da capital alagoana são: Salvador (SSA), Aracaju (AJU), São Paulo (GRU), Brasília (BSB), Recife (REC) e Rio de Janeiro (GIG). Em 2006, apresentou um movimento de mais de 870 mil passageiros, dos quais mais de 24.000 provenientes de vôos internacionais. {Fonte: Infraero.}
[editar] Ferrovias
A linha é antiga, assim como os vagões. A passagem,comparada com a de ônibus,é barata e liga o centro de Maceió até Rio Largo,passando pelo bairro histórico, Bebedouro. Hoje o transporte de cargas pelas ferrovias está em desuso devido à falta de manutenção nas linhas, trazendo prejuízo para a economia.
[editar] Porto
O Porto de Maceió, ou de Jaraguá, está localizado na Área Leste da cidade, entre as praias de Pajuçara e Jaraguá; é administrado pela Companhia Docas do Rio Grande do Norte - CODERN por meio da Administração do Porto de Maceió (ADPM) e tem o maior terminal açucareiro do mundo, além de ser um dos mais movimentados do Nordeste. O porto têm obras em andamento por toda a parte, inclusive o novo Cais de Passageiros, que vai aumentar o fluxo de turistas vindos pelo mar na cidade. O porto conta com um arado capaz de operar navios das frotas mais modernas do mundo, do tipo pós-paramax, com cerca de 200m de comprimento. Em 2006, o movimento acumulado foi de mais de 3,6 milhões de toneladas. (Dados da Adm. do Porto de Maceió)
[editar] Rodovias
Maceió é cortada pelas principais rodovias federais, como as BR-104 e BR-101, além de ser ponto de convergência de rodovias estaduais, destaque para a AL-101 Sul e AL-101 Norte, são poucas as rodovias estaduais bem-sinalizadas, as mais bem conservadas e sinalizadas estão no litoral; a cidade também conta com uma rodoviária interestadual um tanto confortável, diariamente ônibus saem em direção a vários pontos do país, como São Paulo.
As avenidas da cidade são, em sua maioria, bem conservadas; como a cidade é cercada por planaltos, uma solução prática para problemas comuns do trânsito foi a construção de várias passagens de nível, que é uma "mistura" de viaduto com túnel, a tática que foi utilizada no passado está em destaque também na nova gestão.
Desde 2004, todos os pardais e radares eletrônicos que existiam na cidade foram retirados, segundo o prefeito, para acabar com a "indústria de multas".
- Veículos em 2004: 120.231 mil (automóveis, caminhões, ônibus...)
[editar] Urbana
Maceió conta com cerca de 1.437 ônibus (2004), grande parte da frota é antiga, mas hoje já existem muitos carros dotados de ar-condicionado, carros articulados e carros com circuladores de ar, que funcionam como um ventilador. Apesar disso, grande parte dos usuários queixam-se da falta de melhores condições dos ônibus em circulação na capital.
Existe um Sistema Semi-Integrado de transporte, todavia muito mal estruturado, pois existem apenas dois Terminais de Integração, um localizado no bairro Benedito Bentes e o outro no Conjunto Residencial Colina dos Eucaliptos no bairro do Tabuleiro do Martins, na prática, a maioria das pessoas que moram longe do trabalho acaba por pagar duas ou mais passagens.
O valor da passagem é alto, 1,70 real, se cogita a possibilidade de aumento em mais trinta centavos, chegando ao mesmo da tarifa na cidade de Curitiba, que tem o melhor sistema de transporte urbano da América do Sul.
Apesar de só existirem duas ciclovias na cidade, uma na Beira-Mar e outra na Orla Lagunar, a maioria dos moradores da periferia se dirige ao trabalho por meio de bicicletas, andando junto aos carros em vias arteriais como a Av. Fernandes Lima e a Via Expressa. São registrados vários acidentes diários com ciclistas, alguns fatais. A questão da ciclovia também é tratada no Plano Diretor, que prevê a construção de várias delas entre as principais avenidas da cidade.
Um outro problema do Transporte Urbano em Maceió são os táxis-lotação, que não pagam impostos e concorrem diretamente com as empresas de ônibus, cobram o mesmo preço e aceitam vale-transporte. A atividade é ilegal, mas ainda assim é bastante praticada e aceita pela maioria da população, principalmente pela rapidez no deslocamento comparado ao ônibus.
Não é difícil encontrar táxis na cidade, mas a tarifa é uma das mais caras do Brasil. Ao entrar no táxi já se paga três reais, e a maioria da frota é associada a empresas que, na sua maioria, atendem ao cliente via telefone. A maioria dos taxis da cidade estão em condição boa ou ótima, devido as facilidades de compra de um veículo novo, por parte das vendedoras de automóveis.
[editar] Cultura
Maceió tem uma cultura marcante, representada principalmente pelo seu rico folclore. Dentre as manifestações folclóricas há os folguedos, tais como: Caboclinho, Carvalhada, Chegança, Coco Alagoano, Festa de Reis, Guerreiro, Pastoril, Reisado, Quilombo, Zabumba, e, também, o artesanato representado pelo filé e pela cerâmica que encanta a todos por sua criatividade, originalidade e beleza.
A cidade conta com vários locais de comercialização de sua cultura e artesanato, como a Feirinha da Pajuçara, Feirinha do Mercado , este que após um incêndio em dezembro de 2005, foi transferido da Jatiuca para a Ponta Verde e agora tem um futuro incerto.
Em novembro é realizado um dos maiores carnavais fora de época do país, o Maceió Fest, que em 2005 adotou o formato Indoor, o que causou vários protestos e muita polêmica, se cogita a volta dos foliões a rua.
[editar] Museus
Possui um grande acervo de arte popular que foi doado pelo patrono Théo Brandão. É composto por peças de vários países como: Espanha, Portugal, México, além de obras brasileiras constituem o acervo do museu. Durante período natalino, desde 2005, o Museu recebe uma iluminação especial, dentro do programa Natal de Luz, da Eletrobrás.
- Museu do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas
O rico acervo é composto basicamente por: telas de pintores famosos, documentos históricos, objetos e peças pertencentes aos cultos afro-brasileiros do começo do século XX, utensílios indígenas, armas que pertenceram a Lampião, móveis em variados estilos etc. No museu também encontra-se o mais completo acervo afro-brasileiro do país.
- Museu Pierre Chalita
Acervo composto de imagens, em sua maioria, nordestinas dos séculos XVII, XVII e XIX. Cerâmica, prataria, mobiliário, desenhos, pinturas brasileiras e estrangeiras formam o acervo do museu. Localizado em um antigo armazém, no bairro de Jaraguá.
- Museu do Esporte
O acervo é formado por fotografias do futebol alagoano, brasilero e mundial, além de revistas, jornais, camisas, taças, medalhas e outros objetos que contam a história do futebol, é possível conferir os melhores dribles, lançes e gols, com os diversos vídeos que lá estão.
- Museu da Imagem e do Som - MISA
Em seu acervo está parte da memória maceioense, registrado em fotos, fitas K-7 e fitas de vídeo, lá se ponde encontrar dados sobre os principais acontecimentos políticos, sociais e artísticos do Estado. O prédio foi construído no século XIV, mais precisamente, em 1869.
[editar] Igrejas
- Catedral Metropolitana
Também chamada pelo nome da padroeira de Maceió: Nossa Senhora dos Prazeres, a pedra fundamental foi lançada em 1821. O altar-mor foi fabricado em cedro, possui dois altares laterais, de São Sebastião e de São Miguel, além da bela obra do Santíssimo Sacramento.
- Igreja de Nossa Sra. dos Rosários Pretos
Construída em 1836, com formas geométricas puras e paredes externas revestidas com dois tipos de azulejos. Em 1864 foi dado o ponta-pé inicial para transformar a pequena capela, num suntuoso templo.
- Igreja de São Gonçalo do Amarante
Resultado de uma adaptação feita de um paiol de pólvora. Para deixar o lugar mais parecido com um templo religioso acrescentou-se alguns elementos da arquitetura religiosa, a igreja fica localizada no Planalto da Jacutinga.
- Igreja de Nossa Sra. do Livramento
Essa igreja começou com o telhado coberto por palhas, depois foi sendo gradativamente melhorada. No final do século XVIII, foi transformada num pequeno templo, já em 1870, o Capuchinho Frei Cataniceta incentivou a população a colaborar na construção da igreja atual, que só foi inaugurada em 1883.
- Igreja do Nosso Sr. Bom Jesus dos Martírios
Sua construção demorou algumas décadas, por isso não se pode dizer que a igreja tem na sua arquitetura o estilo barroco ou o neoclássico, ela é considerada um templo de linhas ecléticas.
- Igreja de Nossa Sra. Mãe do Povo
A primeira igreja do bairro do Jaraguá, era pequena feita em taipa e coberta por telhas. Sua construção data de 1888 e no início dos anos 30 a igreja foi inaugurada.
[editar] Teatros
- Teatro Deodoro
Tendo sua construção iniciada em 1905 e terminada em 1910, o Teatro Deodoro conta com um belo aspecto arquitetônico, possui estilo neoclássico com reflexos do barroco, em cada um dos lados da fachada principal do teatro, encontram-se as seguintes frases em latim:
- "Castigat ridendo moraes" ("É rindo que se castigam os costumes");
- "Ars longa, vita brevis" ("A arte supera a vida").
- Teatro Gustavo Leite
Localizado no interior do Centro Cultural e de Exposições de Maceió, o Teatro Gustavo Leite é o maior de Maceió e possui capacidade para 1.251 pessoas sentadas e uma moderna caixa cênica de 482 m², estacionamento para 600 veículos, ar-condicionado, e fácil acesso para deficientes.
- Teatro de Arena - Praça Mal. Deodoro - Centro
- Teatro do SESC (Jofre Soares) - Rua Barão de Alagoas, 229
- Teatro de Bolso Lima Filho - Rua Pedro Monteiro, 108
- Teatro do Colégio Marista - Av. Dom Antônio Brandão, 564 - Farol
[editar] Bibliotecas
Em péssimas condições de estrutura e funcionamento, as bibliotecas públicas são um dos poucos meios de pesquisas bibliográficas em Alagoas. Abaixo estão listadas algumas.
- Biblioteca Pública Estadual de Alagoas - Endereço: Praça Dom Pedro II - Centro
- Universidade Federal de Alagoas - Biblioteca Central - Campus A. C. Simões - BR 104 Norte, km 14 - Tabuleiro do Martins
- Biblioteca Pública e Arquivo Público Estadual - Sobrado do Barão de Jaraguá.
[editar] Universidades e faculdades
Lista de algumas das universidades e faculdades de Maceió:
- Universidade Federal de Alagoas - UFAL
- Universidade Estadual de Alagoas - UNEAL (antiga FUNESA)
- Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL (antiga ECMAL)
- Centro Federal de Eduação Tecnológica - CEFET-AL[1]
- Centro de Ensino Superior de Maceió - CESMAC
- Escola Superior de Adm., Marketing e Comunicação - ESAMC
- União das Faculdades de Alagoas - UNIFAL
- Faculdade de Alagoas - FAL
- Universidade Tiradentes - UNIT
- Faculdade Integrada Tiradentes - FITS
- Faculdade de Maceió - FAMA
- Faculdade Alagoana de Administração - FAA
- Faculdade da Cidade de Maceió - FACIMA
- Instituto Batista de Educação Superior - IBESA
- Faculdade Alagoana de Tecnologia - FAT
[editar] Comunicação
Maceió é servida por 04 redes nacionais de TV Aberta, representadas pela TV Gazeta (Globo), TV Pajuçara (Record), TV Alagoas (SBT) e TV Educativa (Cultura), além de possuir retransmissoras das redes Bandeirantes, Mulher, Canção Nova, Vida, MTV, RIT e RBN.
[editar] Distritos
Existem, hoje, cerca de 53 bairros em Maceió, todos eles estão listados abaixo:
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[editar] Filhos ilustres de Maceió
- Cacá Diegues (cineasta)
- Djavan Caetano Viana (músico)
- Guimarães Passos (escritor - um dos fundadores da ABL)
- Mário Jorge Lobo Zagallo (treinador de futebol)
- Miss Paripueira (figura folclórica de Maceió)
- Nise da Silveira (psiquiatra)
- Pontes de Miranda (jurista)
- Nelson da Rabeca (instrumentista e compositor brasileiro)
[editar] Ligações externas
- Prefeitura de Maceió
- Atlas Digital de Alagoas (em PDF), dados detalhados
sobre municípios alagoanos, inclusive com mapa detalhado.
- Centro Cultural e de Exposições de Maceió
- Coisas de Maceió.com.br - O Portal dos Alagoanos
- A feira do povo
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