Rodoanel Mário Covas
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Rodoanel Metropolitano Mário Covas (SP-21) é uma auto-estrada que está sendo construída em torno do centro da Região Metropolitana de São Paulo na tentativa de aliviar o intenso tráfego de caminhões nas duas vias marginais da cidade (Pinheiros e Tietê), cujo reflexo no tráfego urbano vem provocando uma grave situação de congestionamentos monstruosos.
É previsto como uma estrada de acesso restrito, com largas faixas vazias ou a ser preenchidas com arvoredos, nas proximidades de áreas residenciais no seu entorno, visando a evitar a ocupação das áreas lindeiras. Não obstante, a simples presença do Rodoanel provocou um intenso movimento de especulação imobiliária nessas regiões. Sua execução foi dividida em quatro trechos, Oeste, Sul, Leste e Norte. Somente o trecho Oeste foi concluído até o momento. O trecho Sul encontra-se em construção.
O Rodoanel atualmente não é pedagiado, mas existem projetos do governo do estado de São Paulo para a instalação de praças de pedágio. A receita do pedágio também garantiria as expansões dos trechos ainda não construídos e em projeto.
Índice |
[editar] Trecho oeste
Inaugurado em 11 de outubro de 2002, este trecho tem 32 km de extensão, indo da Estrada Velha de Campinas (SP-332), na zona norte de São Paulo até a Rodovia Régis Bittencourt, no município de Embu. Corta as rodovias Bandeirantes, Anhangüera, Castelo Branco e Raposo Tavares. Entre estas duas últimas, há um acesso urbano, na altura do Jardim Padroeira na cidade de Osasco.
A obra tem o objetivo de evitar que veículos que queiram se deslocar entre estas rodovias passem pelo trecho final da Marginal Tietê e pela Marginal Pinheiros, sem falar em outras avenidas que cruzam a região oeste da Capital, tais como a Corifeu de Azevedo Marques e a Francisco Morato, entre outras.
[editar] Trecho sul
Em 27 de abril de 2006, a Dersa assinou o contrato com cinco consórcios que farão a licitação para o início das obras do trecho sul. Com a extensão de 57km, o custo total da obra será de R$ 2,58 bilhões. As obras iniciaram em 19 de setembro. A interligação será feita a partir do final do trecho oeste, no trevo da Rodovia Régis Bittencourt, passando pelas rodovias Imigrantes e Anchieta e nos municípios de Embu, Itapecerica da Serra, São Paulo, São Bernardo do Campo, Santo André, Ribeirão Pires e Mauá. O atraso para iniciar a obra ocorreu pela necessidade de aquisição de licenças ambientais junto à Secretaria do Meio Ambiente, principalmente por causa das pontes que deverão ser construídas sobre as represas Guarapiranga e Billings e nos trechos de Mata Atlântica em Parelheiros, as quais só foram obtidas no início do mês de setembro, de 2006.
Sua construção será importantíssima para aliviar o tráfego da Marginal Pinheiros e da Avenida dos Bandeirantes, gargalo obrigatório por onde passam os veículos que vêm de outras partes do Estado de São Paulo, do Triângulo Mineiro e da Região Centro-Oeste com destino à Baixada Santista.
[editar] Trecho leste
O início das obras do trecho leste do Rodoanel Mário Covas está previsto para 2010. Seu projeto prevê a passagem deste trecho pelos municípios de Ribeirão Pires, Mauá, Ferraz de Vasconcelos, Poá, Itaquaquecetuba e Guarulhos. Servirá como ligação entre as rodovias que servem a Baixada Santista com a Ayrton Senna e Via Dutra, desafogando o trafego das Avenidas Juntas Provisórias, Anhaia Melo e Salim Farah Maluf, que cortam os bairros do Ipiranga, Vila Prudente e Tatuapé em São Paulo. Estima-se que o trecho leste terá um custo elevado, pois atravessará regiões densamente povoadas, especialmente em Ferraz de Vasconcelos, Poá e Itaquaquecetuba, onde a via cruzará regiões quase que centrais desses municípios.
[editar] Trecho norte
Sem previsão para o início de construção (dizem algumas autoridades que isso se dará em 2014), o trecho norte ligará as rodovias Dutra e Fernão Dias às Rodovias dos Bandeirantes, Anhangüera, Castelo Branco, Raposo Tavares e Rodovia Régis Bittencourt de forma mais direta. Porém, é o trecho que apresenta o projeto mais custoso, tanto financeiramente, como ambientalmente.
Embora serva para retirar da Marginal Tietê os veículos que partem de Minas Gerais, do Vale do Paraíba e do Rio de Janeiro para o Sul do país, o trecho norte apresenta fatores que não sugerem a sua construção em curto prazo.
O primeiro deles diz respeito à Serra da Cantareira, reserva de Mata Atlântica existente na Zona Norte do Município de São Paulo junto aos municípios de Guarulhos, Mairiporã, Franco da Rocha e Caieiras, que provalemente obrigará a construção a ser elaborada de forma diferenciada, com a presença de vários quilômetros de túneis. Outro fator diz respeito à Rodovia Dom Pedro I, que liga a Dutra à Campinas, correndo a menos de 50 quilômetros ao norte do local para onde está prevista a construção do tramo. Esta rodovia é considerada sub-utilizada para a infra-estrutura que possui, e já carrega praticamente todo o fluxo que circula de Minas, Vale do Paraíba e Rio de Janeiro até as regiões oeste e norte de São Paulo. Uma ligação mais eficiente daquelas regiões com a Região Sul do Brasil poderia ser feita através da cosntrução de uma pista nos padrões do Rodoanel entre as rodovias Dom Pedro e Bandeirantes, ou, daquela até o início do tramo oeste do Rodoanel.