Tibete
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
O Tibete é uma região na Ásia, que hoje é pela maior parte coberta pela Região Autônoma do Tibete da República Popular da China. A Região Autônoma tem uma área de aproximadamente 1,2 milhões de km².
[editar] História do Tibete
A história do Tibet começa cerca de 2.300 anos atrás quando em 127 a.C. uma dinastia militar se fixou no vale de Yarlung. Esta dinastia reinou sobre o país durante cerca de oito séculos. Após centenas de anos voltados para campanhas militares que investiam sobre as terras vizinhas, em 617 o Imperador Songtsen Gampo - o 33º rei do Tibet – começou a transformar a civilização feudo-militar em um império mais pacífico. Seu reinado durou até 701, e seu legado foi imenso. Criou o alfabeto tibetano; estabeleceu e escreveu o sistema legal tibetano baseado no princípio moral, que naquela época já mencionava a importância da proteção do ambiente e natureza; patroneou o budismo e construiu vários templos, dentre eles o Jokhang e o Ramoche.
Seus sucessores continuaram a transformação cultural, custeando traduções e criando instituições. O próximo rei do Tibet foi Tride Tsukden (704 – 754), pai do futuro rei Trisong Detsen.
O Tibete é hoje uma região autônoma chinesa (Xizang) conhecida como o teto do mundo pela altitude: as suas montanhas têm, em média, 4875 m, com destaque para a Cordilheira do Himalaia.
A partir do século VII, torna-se o centro do Lamaísmo, religião originária do budismo, que transforma o país num poderoso reinado. Motivo de cobiça dos chineses desde o século XVII, quando é declarado território soberano da China, o Tibete luta durante séculos pela independência, obtida em 1912.
Em 1950, o regime comunista da China ordena a invasão da região, que é anexada como província. A oposição tibetana é derrotada numa revolta armada, em 1959. Em conseqüência, o 14° Dalai-Lama Tenzin Gyatso, líder espiritual e político dos tibetanos, retira-se para o norte da Índia, onde instala um governo em exílio.
O país torna-se região autônoma da China em setembro de 1965 contra a vontade popular. Entre 1987 e 1989, tropas comunistas reprimem, com violência, qualquer manifestação contrária à sua presença. Há denúncias de violação dos direitos humanos pelos chineses, resultantes de uma política de genocídio cultural. Em agosto de 1993, iniciam-se conversações entre representantes do Dalai Lama, prêmio Nobel da Paz em 1989, e os chineses, mas mostram-se infrutíferas.
Em maio de 1995 é anunciado, pelo Dalai Lama, o novo Panchen Lama, o segundo na hierarquia religiosa do país: Choekyi Nyima, de 6 anos. O governo de Pequim reage e afirma ter reconhecido em Gyaincain Norbu, também de 6 anos, filho de um membro do Partido Comunista, a verdadeira encarnação da alma do Panchen Lama.
Ugyen Tranley, o karmapa-lama, terceiro mais importante líder budista tibetano, que era reconhecido tanto pelo governo da China como pelos oposicionistas, seguidores do dalai-lama, foge do país em dezembro de 1999 e pede asilo à Índia. A China tenta negociar seu retorno, mas Tranley, de 14 anos, critica a ocupação chinesa no Tibet.
A causa da independência do Tibet ganha força perante a opinião pública ocidental após o massacre de manifestantes pelo Exército chinês na praça da Paz Celestial e a concessão do Prêmio Nobel da Paz a Tenzin Gyatso, ambos em 1989. O dalai-lama passa a ser recebido por chefes de Estado, o que provoca protestos chineses. No início de 1999, o governo chinês lança uma campanha de difusão do ateísmo no Tibet. A fuga do karmapa-lama, bem-visto pelos ocupantes, causa embaraço à China.
A ONG Students for a free Tibet luta há alguns anos para tentar livrar vários tibetanos que foram presos injustamente pelo governo chinês. Veja o site http://www.studentsforafreetibet.org/