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Cronologia dos desdobramentos do escândalo do dossiê - Wikipédia

Cronologia dos desdobramentos do escândalo do dossiê

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Atenção: Este artigo possui passagens que não respeitam o princípio da imparcialidade. Tenha cuidado ao ler as informações contidas nele. Se sabe alguma coisa sobre este assunto, tente tornar o artigo mais imparcial.


O escândalo do dossiê foi um escândalo brasileiro relacionado à suposta compra por parte de integrantes do PT de um dossiê que prejudicaria os candidatos do PSDB nas eleições brasileiras de 2006, afirmando que estes estariam envolvidos com o escândalo das sanguessugas. Segue-se agora uma cronologia dos desdobramentos do escândalo:

Índice

[editar] Cronologia dos Fatos de 2006

[editar] 15 de setembro de 2006

  • Horas depois da prisão do filho e o primo Vedoin, a revista Isto É, nº. 1926, datada do dia 20 de setembro, em que os donos da Planam, o pai e filho Vedoin, afirmam que o ex-ministro José Serra está envolvido com a máfia das ambulâncias e entregam novos documentos sobre a distribuição de propinas. Segundo eles, Barjas Negri, ex-secretário executivo e ministro sucessor no Ministério da Saúde, também está envolvido no caso. Os Vedoin acusam o empresário Abel Pereira de agir em nome do então ministro Negri e de receber propina por meio de cheques e em depósitos nas empresas Império e Kanguru. Os Vedoin afirmam que em 2002 foi o melhor ano da Planam na gestão de Serra e Negri e que Geraldo Alckmin também está envolvido, junto com Serra, no esquema.
  • Horas depois, Alckmin e Serra negam as acusações dos Vedoin da revista Isto É e atribuem em "véspera de eleição". Eles afirmam que isto já havia sido divulgado pela imprensa naquela época, sem que nada de irregularidade. [5] [6] [7]
  • O candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante diz que dará direito de defesa ao também candidato ao mesmo estado José Serra sobre acusação de sanguessuga. [8]
  • O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) diz que CPI dos Sanguessugas não vai entrar em tiroteio eleitoral. [9]
Orestes Quércia e o presidente Lula em 6 de junho de 2006. O candidato ao governo do estado de São Paulo pelo PMDB, Orestes Quércia, utilizou a denúncia da revista "Isto É" para atacar o candidato rival José Serra (PSDB)
Orestes Quércia e o presidente Lula em 6 de junho de 2006. O candidato ao governo do estado de São Paulo pelo PMDB, Orestes Quércia, utilizou a denúncia da revista "Isto É" para atacar o candidato rival José Serra (PSDB)
  • Horas depois da denúncia da Isto É, a propaganda política do estado de São Paulo de Orestes Quércia (PMDB), que tem apoio de Lula, põe no ar informação de que José Serra é o mais um político envolvido do escândalo das sanguessugas. [10]

[editar] 16 de setembro de 2006

  • São presos na madrugada no Hotel Íbis, na cidade de São Paulo, o empresário e tesoureiro de campanha do PT em Mato Grosso em 2004, filiado ao partido há 2 anos, Valdebran Padilha e o ex-agente da Polícia Federal e advogado do PT, Gedimar Passos, junto com dinheiro vivo de R$ 1,7 milhões reais. Segundo a polícia, seriam usados para a compra de um dossiê contra os candidatos do PSDB, Geraldo Alckmin e José Serra. As fotos e o vídeo conteriam o material contra o então ministro da Saúde, José Serra, numa cerimônia de entrega de ambulâncias na Planan em 2002. A polícia afirma que só falta a investigação da origem dinheiro apreendida. Um dos presos, Gedimar Pereira Passos, recebeu na tarde, a visita do advogado de defesa, que veio a pedido da família, mas saiu na PF sem dizer se vai aceitar o caso. O advogado preso, Pereira Passos, diz à PF que dinheiro veio do PT. [11]
  • De acordo com as investigações, na capital paulista, o dossiê seria comprado por dois homens, que também foram presos. Valdebran Padilha é filiado ao PT do Mato Grosso e atuou como arrecadador de recursos na campanha do partido à prefeitura de Cuiabá em 2004. Gedimar Pereira Passos, agente da Polícia Federal aposentado, se apresentou como advogado. Com eles, foram apreendidos mais de R$ 1,7 milhões de reais, dinheiro segundo a polícia seria usado na compra do dossiê oferecido pelo Vedoin. Valdebran e Gedimar vão ficar presos pelo menos 5 dias, que é o fim de prazo para a prisão temporária. Os dois prestaram o depoimento à Polícia Federal em São Paulo e podem ser ouvidos novamente pela justiça em Mato Grosso. A Polícia Federal afirma que poderá solicitar a prorrogação da prisão de suspeitos de negociar dossiê. [12]
  • Integrantes do PSDB-SP afirmam ao jornal Folha de S. Paulo, que o PMDB esteja ligado em suposta operação montada para acusar o candidato José Serra de envolvimento com a máfia dos sanguessugas, já que ontem, na propaganda do PMDB, foi exibida horas depois da denúncia da capa da revista "IstoÉ". [13]
  • Na manhã, em campanha eleitoral em Blumenau e Brusque, ambos em Santa Catarina, Geraldo Alckmin (PSDB) cobra em Brusque, explicações sobre a tentativa de venda do dossiê: “É inacreditável, não é, que a política brasileira se converta nisso. E o PT sempre por traz desse submundo do crime. Não é possível mostrar o dinheiro, de onde veio isso, mostrar os criminosos, quem é o corruptor e a quem serve isso”.
  • Na manhã, em campanha eleitoral em Aracaju, Sergipe, o presidente Lula condena a venda do dossiê contra Serra: “Eu acho que, o dossiê contra o Serra, é o igual de tantos dossiês que circulam por esse país. (...) Eu acho abominável às pessoas tentarem comprar notícias e já tem gente que acha que pode ser melhor que outro, se tiver uma denúncia maior do que aquele foi vítima. Eu acho que isso é uma coisa absurda, na política brasileira, isso não ajuda o eleitorado a decidir no dia 1º de outubro, pelo contrário, vai deixar a sociedade com nojo da política, vai deixando a sociedade afastada das pessoas. Ah, não conheço o teor do depoimento das pessoas, ou seja, e essa coisa quando se trata de investigação da Polícia Federal, eu acho que um pouco de cautela e caldo de galinha, não faz mal a ninguém, esperar o resultado pra vê o que acontece”. [14]
  • O Presidente Nacional do PSDB, o senador Tasso Jereissati, sugere para o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que uma entidade não vinculada ao governo e nem a partidos políticos, acompanhe de perto a investigação da Polícia Federal. Mais tarde, para o ministro, em uma entrevista concedida ao Jornal Nacional, da Rede Globo, esse tipo de acompanhamento já é feito pelo Ministério Público Federal: “Ele vem acompanhando a operação de desvendamento no caso das sanguessugas desde começo e continua acompanhando. Aliás eu acredito, que a Polícia Federal tenha se credenciado a confiança à população brasileira, pela quantidade de desvendamentos, de grandes quadrilhas, de grandes crimes”. O ministro também falou sobre o comportamento da PF, que costuma apresentar os suspeitos e provas, mas nesse caso, ainda não mostrou os presos e o dinheiro apreendido: “Acho que essa é um critério, foi usado pela Polícia Federal à luz das conveniências e das perspectivas da investigação, que só ela que está investigando, pode saber.”.
  • O candidato pelo PSDB ao governo do estado de São Paulo, José Serra, reagiu ao episódio e classifica como “montagem” e "baixaria" de um dossiê contra ele: “Foi organizado uma baixaria, contra a minha campanha, por quê? Por que estou bastante à frente das pesquisas aqui em São Paulo. Então os adversários, eh, organizaram uma grande baixaria” [um homem grita “Maurício!!”]. “Essa baixaria agora, está sendo investigada pela Polícia Federal e pela Justiça, que representa um caminho adequado para isso. Existe já um vírgula sete milhão de reais, que apareceram, não é? Transportado por gente, ligado à partidos políticos e a eles, vai caber explicar, de onde veio esse dinheiro e qual era a finalidade”. Serra diz não ter evidências de que dossiê seja iniciativa de um único partido. [16]
  • O governador do estado São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), chama a tentativa de vender material contra José Serra de "armação triste", o suposto envolvimento do ex-prefeito e candidato ao governo com a máfia dos sanguessugas.
  • A prisão de Valdebran Padilha, empresário e tesoureiro de campanha do PT em Mato Grosso em 2004 e do Gedimar Pereira Passos, ex-agente da Polícia Federal e advogado do PT, provoca a queda de Gedimar, que é Analista de Risco e Mídia do Partido dos Trabalhadores, é o primeiro ligado ao PT a cair.
  • Trechos do chamado "o vídeo do dossiê" é divulgada pela imprensa, aparece José Serra elogiando a bancada de Mato Grosso por emendas. O vídeo é um DVD de 23 minutos e 44 segundos, com imagens editadas. [17] [18]
  • O presidente do PSDB de São Paulo, Sidney Beraldo, defende que a Polícia Federal seja rapidez e transparência na apuração do caso dossiê. [19]
  • A coligação PSDB-PFL utiliza parte do tempo no horário eleitoral da TV na noite, a tentativa de envolver políticos do PSDB no dossiê. [20]

[editar] 17 de setembro de 2006

  • Mais de 24 horas depois de serem detidos pela Polícia Federal, o empresário e tesoureiro de campanha do PT em Mato Grosso em 2004, Valdebran Padilha e o ex-agente da Polícia Federal e advogado do PT, Gedimar Passos, presos no quatro de Hotel Íbis, na cidade de São Paulo, prestam o depoimento à PF. Segundo novas informações, o dinheiro aprendido eram dólares e reais e que era usado para comprar o dossiê contra os candidatos do PSDB, Geraldo Alckmin e José Serra. As fotos e o vídeo conteriam o material contra o então ministro da Saúde, José Serra, numa cerimônia de entrega de ambulâncias na Planan em 2002. No depoimento à PF, o ex-agente da Polícia Federal e advogado do PT, Gedimar Passos, afirma que ele mesmo e Valdebran, foram encontrados pelo Assessor Especial da Presidência da República, do presidente Lula, "Froud Godoy" ou "Freud Godoy". Gedimar afirma que Freud teria encomendado a compra do dossiê. A afirmação cai como uma nova denúncia contra mais um assessor do presidente. Afirma que integrantes do PT tem a ver com o caso na tentativa da compra para incriminar os adversários políticos.
  • Consultado pelas imprensas ao site do governo federal, consta mesmo que Freud Godoy, nome correto no site, é mesmo Assessor Especial da Presidência da República, do presidente Lula.
  • Mercadante nega conhecer suspeitos de negociar dossiê anti-tucanos (ave-símbolo do partido PSDB). [21]
  • A Polícia Federal começa as investigações para identificar o homem que entregou cerca de R$ 1,7 milhão ao Passos e Padilha, que permanecem detidos na PF, para compra de dossiê. [22]
  • O TRE-SP (Tribunal Regional de São Paulo) concede liminar do PSDB para a suspensão propaganda de Quércia que associa Serra as sanguessugas. Na propaganda, veiculado no dia 15 (prisão dos Vedoin e a denúncia da revista "Isto É"), Quércia associa Serra ao esquema dos sanguessugas e se utiliza de expressões ofensivas, segundo o tribunal que julgou o caso. [23]
  • Segundo o Blog do Josias, a CPI dos Sanguessugas quer investigar documentos do dossiê contra Serra, segundo o vice-presidente da CPI, Raul Jungmann (PPS-PE). A comissão quer ver as cópias do vídeo, do DVD e das fotos do suposto dossiê que Luiz Antoio Vedoin, dono da Planam, tentou vender contra José Serra. [24]
  • O ministro das Relações Institucionais, Tasso Genro diz que denúncias sobre dossiê são de responsabilidade individual, não de partidos. [25]
  • O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, acusa petistas de utilizarem "dinheiro do submundo do crime" para comprar um dossiê contra ele e o candidato tucano ao governo de São Paulo, José Serra. [26]
  • Na tarde, o diretório nacional do PT diz "estranhar notícias" que vinculam PT-SP a compra de dossiê. [27]
  • Enquanto integrantes do PSDB exploram o "caso dossiê", Lula chama oposionistas de aves "predadoras". [28]
  • O advogado e ex-policial federal Gedimar Pereira Passos, preso no dia 16, afirma que o PT pagou entrevista dos Vedoin à revista Isto É contra Serra. [29]
  • Membros do PSDB (mais conhecidos como tucanos) anunciam que vão acionar amanhã, contra a chapa de apoio ao Lula no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). [30]
  • A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) nega contato com os Vedoin detidos, após depoimento deles. [31]
  • A CPI dos Sanguessugas anuncia que vai solicitará ainda nesta semana, os documentos das gestões Serra e Barjas na Saúde. [32]
  • O advogado criminalista Cristiano Ávila Maronna, que defende uns dos integrantes presos, representa PT em ação na Justiça Eleitoral. [33]

[editar] 18 de setembro de 2006

  • O Presidente do Diretório Nacional do PT, Ricardo Berzoini, diz em coletiva de imprensa de manhã sobre o caso do dossiê. “Colocando a questão da quebra de confiança e ele ficou preocupado com isso. Muito preocupado realmente, por que for, eu não tô entendendo, que, que é isso, qual a profundidade. Eu coloquei fala: se o senhor tá, com qual, esse problema, de senhor governar e de campanha for, o senhor pode colocar a cabeça no travesseiro e dormir muito tranquilo, por que tenho como afirma e como provar que eu não tenho nada ver a isso”.
  • Os presidentes do PFL e PSDB entram ao TSE, para pedir a cassação da candidatura de Lula. [34]
  • A PF anuncia que vai realizar acareação entre presos envolvidos com dossiê, [35] Passos e Padilha. Eles poderão ser transferidos hoje de noite em Cuiabá. [36]
  • O candidato a governador de São Paulo, Aloízo Mercadante (que é também senador do PT desde 2003), diz que o presidente Lula não tem envolvimento com o caso: “Se tiver alguém, eh, de fato do PT nesse episódio, participando uma coisa tão irresponsável, que tenha pelo menos a coragem a vim à público e assumir o que fez. O que, o presidente Lula, estava com uma eleição, está com eleição ganha. Presidente Lula tem um governo com a grande aprovação popular. Como é que ele ia permitir uma atitude como essa? Que ele nunca fez ao longo da vida dele nem quando estava perdendo a eleição?!”. Mercadante diz que está "enojado" com dossiê e os culpados têm que aparecer. Ele condena a compra do dossiê contra o rival eleitoral José Serra. [37]
  • A candidata do PSOL à Presidência, a senadora Heloísa Helena, pede uma "ampla investigação" sobre o dossiê com supostas provas do envolvimento do candidato Serra ao governo paulista e que o dinheiro do dossiê deve ter saído do narcotráfico. [38]
  • Na tarde, o Jornal Hoje, da Rede Globo de Televisão, exibe a entrevista com o Assessor Especial da Presidência da República, Freud Godoy, feita de manhã, afirmando reunião com uns dos suspeitos: Gedimar Passos. Ele afirma que se encontrou com ele 4 vezes, mas só tratar de assuntos relacionados à segurança do comitê de campanha de Lula e nega o envolvimento com o dossiê, antes de ir depor à Polícia Federal.
  • O Assessor Especial da Presidência da República, do presidente Lula, Freud Godoy, depõe na tarde, a sede da PF em São Paulo, por 20 minutos. Após o depoimento, Godoy anuncia ao governo “que deixa temporariamente o cargo”, que é aceito de imediato pelo Lula. Godoy disponibiliza à PF o sigilo telefônico e admite que a quebra revelará “4 ou 5 conversas com Gedimar Pereira Passos”, que é “poucas” na opinião dele. Ele negou as afirmações de Gedimar afirma que teria encomendado a compra do dossiê. Houve uma tentativa de acareação entre Godoy e Gedimar Passos, mas Gedimar afirmou direito constitucional e ficou calado. O nome de Freud Godoy apareceu com o depoimento de Valdebran Padilha ontem. É o segundo integrante ligado ao PT a cair. [39] Após acareação, advogado de Freud Godoy diz que acusações contra ele são inverídicas e absurdas. [40]
  • A CPI dos Sanguessugas se divide sobre necessidade de convocar ou não José Serra. [41] O vice-presidente da CPI dos Sanguessugas, Raul Jungmann (PPS-PE), defende a convocação dos envolvidos na elaboração e na compra do dossiê contra candidatos tucanos, referindo o ex-assessor de Lula e acusados de comprar dossiê anti-Serra. [42]
  • É revelado à imprensa o conteúdo do depoimento à PF do agora ex-Assessor Especial da Presidência da República, Freud Godoy, que aponta mais um nome envolvido: Jorge Lorenzetti, que é amigo do presidente Lula, um dos chefes do comitê de reeleição e é uma espécie de “churrasqueiro oficial do presidente Lula”, foi quem o apresentou ao Gedimar Passos. O churrasqueiro Lorenzetti teria sido o mentor da operação.
  • Assessores do Palácio do Planalto confirmam que o presidente Lula aceitou a demissão do assessor Freud Godoy. A demissão poderá ser publicada amanhã no "Diário Oficial" da União. Freud teve seu nome envolvido no episódio da suposta compra de um dossiê contra o ex-ministro José Serra. [43]
  • Poucas horas depois da demissão do assessor Freud Godoy, a oposição afirma que ele é o novo "Waldomiro Diniz" do chefe de gabinete de Lula, em referência ao então sub-chefe da Casa Civil e amigo pessoal do então ministro José Dirceu, que gerou a primeira crise política em 2004. [44]
  • A revista "Isto É" nega na nota, o envolvimento em suposta compra de dossiê contra Serra. [45]
  • A Polícia Federal afirma que a prisão de envolvidos com dossiê pode ser prorrogada automaticamente, já que amanhã termina o prazo da prisão. [46]
  • O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, afirma de forma indireta, que o dinheiro para a compra do dossiê que poderia prejudicar tucanos provém de desvio de verbas públicas. [47]
  • O presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini (SP), diz que PT é vítima de armação no caso do dossiê. [48] [49]
  • No Rio de Janeiro os presidentes nacionais dos partidos, PSDB, PFL e PPS (partidos de oposição), protocolam juntos, a formalização ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que assuma as investigações sobre a denúncia do dossiê. [50] Os presidentes dos partidos, Tasso Jereissaiti (PSDB), Jorge Bornhausen (PFL), Roberto Freire (PPS), entregaram uma cópia do protocolo ao presidente do TSE, o ministro Marco Aurélio Mello. A oposição quer que a justiça eleitoral investigue se há envolvimento do presidente Lula no material que incriminaria Serra e Alckmin. O presidente do TSE, já adiantou que a solução do caso não será rápida. Jereissati diz: “Da onde veio 1 milhão e 800 mil, 2 milhões, quase 2 milhões de reais? Essa é a questão. E se tem envolvido ou não, pessoas da intimidade do Presidente da República nesse ato ILEGAL. Absolutamente ilegal como coisa de submundo de crime, que liga se a tudo, a todo de jogo sujo e a lavragem de dinheiro”. Bornhausen foi duro e questiona a isenção da PF e quer o TSE comande toda a investigação do caso: “É muito grave a acusação, vem, portanto, eh, do Palácio do Planalto à vista. E nós queremos que o Tribunal Superior Eleitoral, que é obrigado zelar a vigilância do pleito, faça a investigação criminal, já que não confiamos na imparcialidade do ministro da Justiça. O que ele já tem demonstrado que ele é o advogado criminalista do Presidente da República!”. Logo depois de receber o documento, o ministro Aurélio de Mello, diz que é preciso analisar o pedido da oposição, para saber se cabe ou não a abertura de um processo de investigação, que segundo ele, costumar ser bem demorado, pode levar 1 ano para ser concluído: “Temos que caminhar com muita calma, sem açodamento. Paga-se um preço por se viver em uma democracia e é módico é o respeito às regras!”. [51]
  • Ao saber da declaração pela imprensa do senador Bornhausen, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos reagiu: “Eu poderia dizer que não confio no senador Bornhausen. Não vou dizer isso. O que eu digo é que, a Polícia Federal, é credora da população brasileira. Eu conversei com o presidente hoje e já se mostrado indignado nas conversas que eu tive por telefone com ele. Ele não compactua com isso, usou essa expressão ‘não contem comigo’ para fazer o uso de dossiês. O presidente tem uma tradição de recusar isso.”, Bastos diz que PF vai investigar Freud e que Lula está "indignado" com dossiê. [52]
  • Em Cuiabá, Mato Grosso, a Polícia Federal abre um inquérito sobre a origem do dinheiro encontrado com Gedimar Pereira Passos e Valdebran Padilha. Eles devem depor à PF e ao Ministério Público Federal e podem ser submetidos à uma acareação com Luiz Antônio Verdoin e com Paulo Roberto Trevisan. [53] Na noite, eles começam a serem transferidos pela PF de São Paulo para Cuiabá. [54]
  • A PF divulga teor das escutas telefônicas, com autorização judicial, revelam que Vedoin negociava provas do dossiê anti-tucano de Serra e Alckmin. [55] As escutas revela que ele negociou mais material. [56]
  • No início da noite, o Presidente Nacional do PT e Coordenador da Campanha do presidente Lula, Ricardo Berzoini, ao contrário ter afirmado na manhã, voltar a falar à imprensa e afirma que Gedimar Passos é funcionário de Comitê de Reeleição e que tem o mesmo cargo de Jorge Lorenzetti: Analista de Risco e Mídia. Berzoini diz que foi surpreendido: “O Jorge trabalha defenso [sic] para min. Mas no, jamais fiz qualquer tipo de informação ou pedido de orientação, em relação à busca de informações sobre, eh, políticos adversários. Gedimar eu não conheço pessoalmente, trabalha sobre o senador José Jorge. Não há por parte da Coordenação Nacional, nenhuma autorização para mexer com dinheiro, a atividade de informações”.
  • Jorge Lorenzetti, apontado como intermediário do encontro entre o ex-agente da Polícia Federal e advogado do PT, Gedimar Passos, construiu ponte entre CUT e Dirceu. [57]
  • Empresa da mulher de assessor Freud Godoy, fez campanha de Lula e atua para o PT, segundo novas investigações. [58]
  • Lula se diz pronto para confronto caso oposição tente ligá-lo ao dossiê. [59]
  • O candidato a governador de São Paulo, José Serra (candidato ao governador pelo PSDB-SP) e líder das pesquisas, concede a entrevista, exibida no Jornal Nacional, na Rede Globo, cobrando uma investigação rigorosa com o caso. “O fundamental para o Brasil nesse momento, pra o processo democrático, pra normalidade da [sic] das eleições, é que isso esteja esclarecido. Quer dizer: de onde veio esse dinheiro? Quem são as pessoas? Qual era o propósito? Por que isso está contra as regras de jogo democrático.”.
  • Na propaganda eleitoral da TV ao estado de São Paulo, Mercadante repudia dossiê; Serra pergunta de onde veio o dinheiro. [60]

[editar] 19 de setembro de 2006

  • Chegam de madrugada com algemados em Cuiabá, Mato Grosso, o empresário Valdebran Padilha (tesoureiro de campanha do PT em Mato Grosso em 2004) e o ex-agente da Polícia Federal Gedimar Passos (advogado do PT). Os dois estavam presos em São Paulo desde semana passada com R$ 1,7 milhões reais, no hotel, que segundo a polícia, seriam usados para a compra de um dossiê contra candidatos do PSDB, Geraldo Alckmin e José Serra. As fotos e o vídeo conteriam o material contra o então ministro da Saúde, José Serra, numa cerimônia de entrega de ambulâncias na Planan em 2002. A investigação não respondeu até agora qual é a origem do dinheiro apreendido. [61] [62]
  • O jornal Folha de S. Paulo, afirma que o advogado e ex-policial federal, Gedimar Pereira Passos, foi segurança da campanha de Lula em 2002. [63]
  • Além do Brasil, o dossiê contra Serra ganha destaque em jornais no exterior. [64]
  • O Diário Oficial publica no início da manhã, a exoneração do Assessor Especial da Presidência da República, do presidente Lula, Freud Godoy, que pediu a saída ontem. Agora como ex-assessor, ele é acusado de negociar a compra do dossiê contra os candidatos Alckmin e Serra. A Procuradoria da República entra o pedido de prisão temporária contra o ex-assessor.
  • A Polícia Federal realiza hoje a acareação entre os quatro presos no caso dossiê anti-Serra: Gedimar Passos, Valdebran Padilha, Luiz Antônio Vedoin e Paulo Roberto Dalcol Trevisan. [65] [66] O empreiteiro Valdebran Padilha, preso junto com Gedimar Passos, disse que foi procurado por Vedoin. [67] PF pretende rastrear os dólares que supostamente seriam usados pelo PT para comprar um dossiê contra políticos do PSDB. [68]
  • José Serra volta a rebater o dossiê que supostamente liga tucanos à máfia dos sanguessugas e ganha apoio de Alckmin e os membros do PSDB. [69]
  • O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, candidato à reeleição pelo PSDB cobra investigações sobre dossiê, mas pede "cautela e serenidade" da oposição em relação ao episódio da suposta compra por pessoas ligadas ao PT de dossiê que comprovaria o envolvimento de membros do PSDB com a máfia dos sanguessugas. [70]
  • O Procurador da República em Cuiabá, Mário Lúcio Avelar, analisa na manhã, pedir a prisão temporária do ex-assessor especial da Presidência da República, Freud Godoy, ex-assessor de Lula [71] e pede ampliação de prisão temporária de envolvidos com dossiê. [72]
  • Parlamentares da oposição cobram do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) investigação rigorosa sobre dossiê. [73]
  • O relator contra Ney Suassuna no caso do escândalo das sanguessugas, o senador Jefferson Peres (PDT-AM), afirma que a crise do dossiê chegou ao presidente Lula. [74]
  • O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) defende que o próprio PT investigue caso de compra de dossiê. [75]
  • ACPI dos Sanguessugas se reúne para discutir dossiê. A reunião acontece na tarde para decidir sobre a convocação dos envolvidos na compra do dossiê contra candidatos tucanos, [76] inclusive se acompanha depoimento de envolvidos em dossiê. [77] No final, a CPI adia convocação de envolvidos no dossiê para depois das eleições. [78] A CPI anuncia que pode convocar Osvaldo Bargas e Ricardo Berzoini para explicarem dossiê, devido a nova denúncia que ocorreu na tarde. [79]
  • Na campanha presidencial na Grande Rio de Janeiro, Geraldo Alckmin fala sobre o caso do dossiê, que “é preciso ir atrás dos peixes graúdos” e a PF prendeu "bagrinhos" e quer saber origem do dinheiro. [80] [81] “Agora é o ‘mensalama’, 1 milhão e 700 mil reais, as pessoas foram presas por ter esse dinheiro, é óbvio. Quem deu esse dinheiro? Quem é o mandante disso tudo? (...) Eu acho muito triste que o Brasil tenha um presidente da República, que não sabe de nada, não ouve nada, que tem os assessores ligados ao crime, cinco ministros denunciados ou indiciados pela polícia. É uma história triste essa de fim de governo”.
  • O diretório nacional planeja reduzir impacto do escândalo do dossiê na campanha de Lula. [82]
  • Após o discurso de abertura da ONU, conversar com ex e atuais presidentes em Nova Iorque, o presidente Lula quebra o silêncio e fala sobre novo escândalo. Ele voltou a dizer que a atitude é condenável e que os envolvidos devem ser investigados e punidos, não aceitou insinuações contra o próprio governo: “Temos que levar em conta: A quem interessa, nessas alturas do campeonato, melar o processo eleitoral? O que eu não posso permitir é aceitar, que alguém tente fazer qualquer insinuação, qualquer insinuação, contra o governo”. O presidente afirmou que está a 10 dias de uma eleição altamente favorável e perguntou “por que alguém que quer me ajudar faria um ato insano como esse?”. O presidente falou que a ele, só cabe investigar a fundo “doa a quem doer”. “Eu já participei de muitas campanhas. Eu já pedi eleições, estive com situações altamente desfavoráveis e nenhum momento eu utilizei qualquer tipo de denúncias contra qualquer candidato, mesmo quando havia gente me achando que eu deveria fazer, não fiz. Eu fico lembrando de um goleiro chileno que uma vez, uma disputa final com o Brasil, sabe, finge que está machucado, para tentar melar o jogo. Graças a Deus, as investigações descobriram que ele está fingido. Neste caso, a mim como Presidente da República, só cabe investigar. Fazer que a Polícia Federal ir ao fundo para saber o que aconteceu nesse país”. O presidente aproveitou a acusar a oposição: "A oposição quer melar o processo eleitoral.". A entrevista foi interrompida pelos seguranças da ONU que não deixaram o presidente responder outras perguntas. O goleiro que o presidente afirma é o Rojas que atualmente mora no Brasil. O presidente determina à PF que investigue conteúdo do dossiê contra Alckmin e Serra, não só quem e de onde partiu o dinheiro para a compra de um suposto dossiê contra políticos tucanos, como também o conteúdo do material. [83]
  • Na propaganda eleitoral da TV na tarde, o candidato à presidência, Geraldo Alckmin, usa dossiê para atacar o candidato à reeleição Lula; presidente tem horário reduzido. [84]
  • O ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, tentou explicar à imprensa, por que até agora não permitiu imagem do dinheiro apreendido dos dois petistas no hotel, que nos últimos dias, os políticos e imprensa põem dúvida a não divulgação afetaria a candidatura do Lula: “Hoje já não é mais como aquele tempo que se faziam imagens para jogar na televisão e destruir candidaturas. Não vamos fazer isso nesse momento. Ninguém está fora da lei, nem acima da lei, a Constituição é a baliza que significa e que marca e isso tudo e vai continuar sendo assim!”. [85]
  • A Força Sindical pede "apuração imparcial, rigorosa e imediata" sobre a investigação dos envolvidos com dossiê anti-Serra. [86]
  • Em coletiva de imprensa, o ministro das Relações Institucionais, Tasso Genro, afirmou que o presidente Lula está indignado e determinou as investigações e que quer a punição dos envolvidos na venda do dossiê. “Esses atos, não tem nenhum tipo do comando da campanha do presidente, nem do presidente e nem do Palácio. O presidente condena veemente e quer a punição exemplar, para as pessoas que cometeram esse delito”. [87] [88]
  • O Advogado de Freud Godoy, entra com petição para se prevenir contra prisão de ex-assessor de Lula. [89]
  • O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo suspende propaganda do PMDB que ligava Serra aos sanguessugas. [90]
  • O PT de Cuiabá (MT), anuncia a suspensão de Valdebran Padilha do partido, devido ao envolvimento do dossiê contra políticos do PSDB e instaura comissão de ética para apurar compra de dossiê. Ele foi suspenso por 60 dias de filiação. [91]
  • O candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Aloizio Mercadante, insinua que candidatura de José Serra poderia ser impugnada. [92]
  • O Blog da revista Época publica no meio da tarde, horas depois que Gedimar Pereira Passos, que afirma ter sido contratado pelo PT para negociar um dossiê com denúncias contra o candidato José Serra, ter citado a revista. O blog afirma que Osvaldo Bargas, ex-secretário do Ministério do Trabalho, atual responsável pelo capítulo de Trabalho e Emprego do programa de governo de Lula, procurou há duas semanas o jornalista Ricardo Mendonça, da revista Época. Ele pediu um encontro marcado com o repórter na suíte do hotel Crowne Plaza, em São Paulo, no final da tarde do dia 6 de setembro. Nessa reunião estava Jorge Lorenzetti, Analista de Risco e Mídia da campanha de Lula. Bargas afirmou ter sido procurado por alguém que tinha denúncias sérias contra políticos de renome. As acusações, segundo ele, poderiam ser comprovadas por meio de fotos, vídeos e de uma "farta documentação". Bargas perguntou se havia interesse da revista em publicá-las. O repórter queria saber do teor da denúncia, mas que Bargas não poderia mostrar agora, mas antecipou que era contra os ex-ministros da Saúde, Serra e Barjas Negri. O blog afirma que o presidente Nacional do PT, Ricardo Berzoini, sabia da reunião, mas não às denúncias e a conversa durou 30 minutos, Bargas telefonou para avisar ao repórter que o denunciante voltara atrás e não queria mais apresentar o material e nem dar entrevista.
  • Ex-secretário do presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, é envolvido em venda de dossiê contra tucanos. [93]
  • Cristóvam Buarque (PDT), em campanha em Belo Horizonte (Minas Gerais), reage sobre o suposto dossiê contra candidatos do PSDB. Ele afirma que depois das suspeitas sobre o assessor direto do presidente, fica difícil de acreditar que o Lula não soubesse do caso: “Quem nomeou o assessor dele foi ele. Não foram os outros não. Ou se senhor foi nomeado por ele. Como é que é possível, depois que, todo dia tem um escândalo, as pesquisas dão aí uma idéia de que os mesmos serão reeleitos?”.
  • A candidata do PSOL à Presidência da República, Heloísa Helena, em campanha eleitoral em Aracaju (SE), acusa PT de ter envolvimento com dossiê e relaciona a campanha do presidente Lula à negociação do dossiê contra os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin. [94]
  • No plenário do Senado, ocupado com maioria oposicionista por toda a tarde, os senadores aproveitaram para criticar o novo escândalo e acusar o governo. Athur Virgílio, líder do PSDB, tentou fazer mais uma ligação dos autores do dossiê e presidente Lula, afirmando que a secretária do presidente é a mulher de Osvaldo Bagas, ele tentou vender o dossiê a revista Época. O senador Heráclito Fortes (PFL-PI), leu à nota em que a revista Época informa que o ex-secretário do Ministério do Trabalho, Osvaldo Bargas, tentou vender o material contra os candidatos: “Já chegaram da hora. Esta Casa ficar de alerta. Alerta contra atitude como essa!”. O senador e presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati, do estado do Ceará, pediu a explicação da origem de R$ 1,7 milhão de reais: “Enquanto não houver uma explicação clara desse dinheiro, nós não podemos nos calar aqui nesta Casa. O que está em jogo é a moral da Nação. É a saúde como Vossa Excelência disse da alma da Nação!”. Já Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), aproveitou para atacar o Lula de “corrupto” e o governo “incompetente” e rebateu o ataque de Lula que fez em Salvador no dia 15, quando em campanha eleitoral, chamou sem citar o nome, que ele era o rato de "hamster do Nordeste". [95] [96] Apenas dois senadores, Sibá Machado (AC) e Roberto Saturnino (RJ), ambos do PT, defenderam o governo: Machado afirma que “eu espero que nesse momento, os nomes que tiveram vinculados, de quem é que seja, pague com todo o que for rigor da lei pelos atos que fez”; Saturnino afirma “eu acho que foi nunca a ação da Polícia Federal foi tão efetiva, tão transparente, tão republicana”. [97]
  • O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) responde aos ataques da oposição, que tem acusado o governo pela compra de um dossiê contra políticos tucanos, chamando os presidentes nacionais do PSDB e PFL de "desterrados". [98]
  • O coordenador da campanha de Lula diz que coloca "mão no fogo por Freud". [99]
  • Em depoimento à Polícia Federal do Mato Grosso, divulgado à imprensa, o empresário Valdebran Padilha da Silva (tesoureiro de campanha do PT em Mato Grosso em 2004), atual integrante da campanha eleitoral pela reeleição do presidente Lula, confirma à PF em Mato Grosso que o dinheiro para dossiê contra políticos do PSDB veio do PT. [100]
  • O candidato ao governo do Estado de São Paulo pelo PMDB, Orestes Quércia, diz que José Serra deveria "se defender" de dossiê. [101]
  • O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini, divulga a nota em que admite que sabia o encontro de assessor com jornalistas. [102]
  • O juiz federal Marcos Alves Tavares nega o pedido de prisão temporária contra o ex-assessor especial da Presidência da República, Freud Godoy. Ele é acusado de negociar a compra do dossiê contra Alckmin e Serra. O juiz alegou que não há necessidade de prisão, já que ele compareceu espontaneamente à PF. O pedido foi feito pela Procuradoria da República na manhã. [103] [104]
  • Também foi negada pela Justiça Federal, a prorrogação da prisão temporária de Paulo Roberto Trevisan, Gedimar Passos e Valdebran Padilha; eles estão presos desde o dia 16 sob acusação de participar na negociação de venda do dossiê. [105] Mas a PF indicia Gedimar Passos por supressão de documentos. [106] [107] O empresário Valdebran Padilha confirma que documentos iriam para o PT [108]
  • Também foi negada, outra decisão prisão temporária do empresário, Darci Vedoin, também envolvido no caso.
  • A Justiça Federal decide colocar em segredo de justiça, o processo do dossiê contra os candidatos do PSDB.
  • Jorge Lorenzetti anuncia o afastamento da campanha eleitoral pela reeleição do presidente Lula. Em uma carta, ele dizia “que extrapolou limites de suas atribuições na campanha ao tratar do dossiê”, "Afirmo taxativamente que em momento algum autorizei o emprenho de qualquer tipo de negociação financeira.". Com o afastamento, ele volta a ser o Diretor Administrativo do Banco do Estado de Santa Catarina (BESC), que no final de julho pediu licença ao banco para trabalhar na campanha. Depoimento do Freud Godoy à Polícia Federal no dia 18, afirma que ele o apresentou ao Gedimar Passos e que teria sido o mentor da operação. É o terceiro integrante ligado ao PT a cair. [109] A carta foi enviada ao Ricardo Berzoini [110]
  • O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) abre a investigação para apurar se o presidente Lula foi beneficiado com o dossiê contra candidatos do PSDB. O pedido foi feito pela coligação que apóia Alckmin, sob alegação que a máquina administrativa do governo, foi utilizada para favorecer Lula. O TSE determinou que a Polícia Federal faça perícia nas células apreendidas, dólares e reais. [111] [112]
  • O ex-prefeito de Jaciara (MT) admite ter recebido dinheiro de empresário de Piracicaba (SP). A cidade de Piracicaba foi apontado pelos Vedoin como "operador" dentro do Ministério da Saúde no esquema dos sanguessugas após Barjas Negri (PSDB) (atual prefeito de Piracicaba) ter assumido o ministério. [114]
  • O presidente do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE), condena a suposta compra de dossiê contra tucanos pelo PT e diz que a denúncia coloca o presidente Lula sob suspeita. [115]
  • O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Marco Aurélio de Mello, diz que TSE vai investigar dossiê com isenção. [116]
  • Rede ligada a amigo de Lula ganha 21 vezes mais na atual gestão. [117]
  • O Presidente Nacional do PT, Ricardo Berzoini, divulga a nota à imprensa em que o blog da revista Época aponta como mais um suposto envolvimento no caso do dossiê. [118]
  • Na propaganda política na TV, tanto Lula quanto Alckmin perguntam a quem interessa o dossiê contra políticos do PSDB. [119]
  • O Blog de Noblat, publica por volta das 23h, mais um envolvido no escândalo do dossiê: Expedito Afonso Veloso, diretor de Gestão de Risco do Banco do Brasil, que foi citado pelo empresário Valdebran Padilha à PF. Segundo Padilha, Expedito e ex-agente federal Gedimar Passos, contratado para trabalhar na campanha de Lula, o recepcionaram na semana passada no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, que os três seguiram para o hotel Íbis, nas vizinhanças do aeroporto. Foi nesse hotel que Valdebran e Gedimar acabaram presos pela Polícia Federal na madrugada do dia 16. Padilha confirma que no dia 6 de setembro, Osvaldo Bargas e o churrasqueiro presidencial Jorge Lorenzetti se reuniram em São Paulo com um repórter da revista Época, Ricardo Mendonça, em uma suíte do hotel Crowne Plaza.
  • O fato da prisão de dois integrantes do PT, ligado à campanha presidencial à reeleição de Lula; a denúncia da Isto É do pai e filho Vedoin contra os candidatos do PSDB; a tentativa de entregar provas para serem publicadas na revista Época, que acontece duas semanas antes das eleições; por último, novamente membros próximos ao presidente Lula sendo envolvidos em novo escândalo, em repetência ao mensalão, provoca a partir disso, uma nova e grave crise política. Começaram ao mesmo tempo as reações negativas da opinião pública, os partidos de oposição ao governo, inclusive até os adversários presidenciais e governistas, o que suspeita que possa ser uma falsa denúncia para prejudicar Alckmin e Serra. A prisão provoca a mais uma nova e grave crise política desde a Polícia Federal realizou “Operação Sanguessuga”, em 4 de maio. [120]

[editar] 20 de setembro de 2006

  • São soltos na madrugada, Gedimar Pereira, Valdebran Padilha e Paulo Roberto Trevisan, acusados de tentarem usar o suposto dossiê que iria ser usado contra os candidatos do PSDB, Serra e Alckmin. Luiz Antônio Verdoin é o único que está preso por ter quebrado delação premiada.
  • Depois de ignorar noticiário sobre o Brasil por três dias, a imprensa estrangeira começa a dar mais um espaço da nova crise política do Brasil. Elas afirmam que a nova crise acontece apenas duas semanas antes das eleições e que poderá inviabilizar o primeiro turno presidencial. [121] [122]
  • O consultor sindical Wagner Cinchetto, 43, afirma em entrevista à Folha de S. Paulo, que o "PT já fazia dossiês em 2002". [123]
  • Na propaganda eleitoral de rádio para o estado de São Paulo, o candidato Serra volta citar o dossiê para atacar Mercadante. [124]
  • Segundo Folha Online, "República de Sindicalistas" de Lula forjou laços na CUT. [125]
  • O delegado da Polícia Federal, Diógenes Curado, vai intimar novos petistas envolvidos em dossiê anti-Serra. [126] PF deve ouvir ex-secretário de Berzoini em Brasília. [127]
  • PT quer saber de Berzoini informações sobre participação de seus subordinados. [128]
  • O prédio onde Jorge Lorenzetti mora em Florianópolis, Santa Catarina, não há informação sobre o destino dele, como afirma o porteiro do prédio à imprensa: “Viajar, não sei se ele foi pra Brasília, para resolver alguma coisa aí”. Um repórter chegou a perguntar: “Você me diz a família dele aí?”. Lorenzetti é dono de vários imóveis da cidade, faz parte de grupos de amigos do Lula. Foi sócio de um açougue e é conhecido como “churrasqueiro oficial do presidente”. Lorenzetti é formado enfermagem e também professor, mesmo assim, se tornou o Diretor Administrativo do Banco do Estado de Santa Catarina (BESC), que no final de julho pediu licença ao banco para trabalhar na campanha do Lula, mas se afastou ontem.
  • O Ciaf, órgão do Ministério da Fazenda, que acompanha movimentações bancárias, divulga documentos em que aparece Jorge Lorenzetti, que é uns dos fundadores da ONG Uni Trabalho, em Santa Catarina, recebeu R$ 18,5 milhões no governo Lula. É mais do que dez vezes do governo anterior, Fernando Henrique Cardoso, quando foi fundada em 1998. A ONG Uni Trabalho é uma rede que atua junto com as universidades em pesquisas para área do trabalho. Segundo Ciaf, os últimos repasses de dinheiro foi na semana passada: Ministério do Trabalho R$ 3.404.000 e do Finep R$ 650.000.
  • O candidato à reeleição ao governador do estado de Minas Gerais, Aécio Neves, evita falar de envolvimento de Lula com dossiê e que é preciso investigar a origem do R$ 1,7 milhão para compra dos dossiê. [129]
  • A candidata do PSOL à Presidência, Heloísa Helena, acusa Lula de chefiar organização, mas não acredita em impeachment e evita comentar o episódio da tentativa de compra do dossiê contra os candidatos do PSDB. [130]
  • Banco do Brasil discute situação de diretor que estaria envolvido em dossiê contra Serra. [131]
  • O procurador da República em Cuiabá, Mário Lúcio Avelar, afirma que "é possível" que Ricardo Berzoini, seja um dos próximos a serem ouvidos sobre o caso da tentativa de venda de dossiê contra políticos tucanos. [132]
  • O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, chama de "baixaria eleitoral" episódio sobre dossiê que o incrimina. [133]
  • Na propaganda eleitoral de TV para o estado de São Paulo, Dossiê contra tucanos é usado por três primeiros candidatos colocados nas pesquisas de intenção de voto ao governo do estado falaram do caso da compra do dossiê preparado pelos Vedoin, proprietários da Planam. [134]
  • Surgem rumores durante a tarde, de que o presidente do PT, Ricardo Berzoini, seria afastado da coordenação da campanha eleitoral do presidente Lula. O governo não confirma, mas Berzoini teria sido chamado novamente pelo Lula e esse afastamento poderá acontecer a qualquer momento. Caso isso ocorra, o novo coordenador da campanha do Lula deverá ser o deputado José Pimentel (PT-CE). Lula estaria exigindo explicações imediatas sobre a origem do dinheiro e Berzoini sustenta que não foi do PT. [135]. Berzoini diz que fica no cargo e só sai da campanha se Lula quiser. [136] Surge a informação de que o prefeito de Belo Horizonte seria o outro substituto.[137]
  • Geraldo Alckmin acusa PT de liderar organização criminosa. [138]
  • O deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ), integrante da CPI dos Sanguessugas, viaja ao Cuiabá (MT) para acompanhar investigação sobre dossiê. Ele é uns dos fortes candidatos a deputado pelo Rio de Janeiro à reeleição. [139]
  • O candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, defende Ricardo Berzoini e diz que José Serra não responde acusações. [140]
  • Jornalistas são barrados em evento de campanha de Lula no Palácio da Alvorada. Há suspeita de que seria da cobertura da imprensa sobre o caso do dossiê. [141]
  • No meio da tarde, um site de jornalistas que já trabalharam na revista Isto É, divulga mais um nome que surge na história do dossiê: Hamilton Lacerda. Ele esteve na editora oferecendo e negociando a entrevista com Luiz Antônio Vedoin que envolveria os políticos do PSDB com a máfia das sanguesssugas, que depois ele mesmo teria marcado essa entrevista, que foi acompanhada pelos membros do PT: Osvaldo Bargas e Expedito Afonso Veloso. Hamilton Lacerda, ex-vereador do PT e atualmente Coordenador de Comunicação da Campanha de Aloizo Mercadante para governo do estado de São Paulo.
  • O prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, insinua que PT formou "governo de bandidos". [142]
  • Assinaturas da oposição para criação de uma nova CPI para investigar repasses para ONG Uni Trabalho ligada ao Lorenzetti, liderado desde ontem pelo senador Heráclito Fortes (PFL-PI), supera 27 assinaturas. [143]
  • O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 a 2002, rebate em Nova York, Estados Unidos, as acusações do presidente Lula de ontem sobre a suposta acusação de que "a oposição quer melar o processo eleitoral." e as acusações dos políticos do PSDB no dossiê e vê "deterioração da República". [144] "A oposição não quer melar nada, o governo é que tem de tirar esse melaço que está em cima dele.".
  • Horas depois que o Banco do Brasil (BB) discutir sobre a situação de diretor que estaria envolvido em dossiê contra Serra, pede afastamento do cargo. O diretor de Gestão de Riscos do Banco do Brasil, Expedito Afonso Veloso, comunica em nota o afastamento do cargo, diante das provas que o envolve em que teria participado na compra do dossiê contra políticos tucanos com supostas provas de envolvimento na máfia dos sanguessugas. Ele teria participado da negociação da compra do dossiê. [145] É o quatro integrante ligado ao PT a cair. [146]
  • Horas depois, coordenador da campanha do Aloísio Mercadante no São Paulo (estado), Hamilton Lacerda, divulga a nota em que admite fez a intermediação da entrevista de Vedoin para a revista Isto É: "É importante informar que nenhum momento houve qualquer oferta de dinheiro.", diz a nota, ignorando as denúncias. [147]
  • O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PC do B-SP), defende investigação da compra do dossiê e das denúncias contra tucanos. [148]
  • A informação do blog da revista Época, publicada ontem, que um membro do PT ter procurado a revista para publicar denúncias contra os candidatos do PSDB, provoca a queda do Osvaldo Bargas, que é ex-secretário do Ministério do Trabalho, atual responsável pelo capítulo de Trabalho e Emprego do programa de governo de Lula. Ele é o quinto integrante ligado ao PT a cair. Segundo a revista, Bargas procurou o jornalista Ricardo Mendonça, para negociar a reportagem, junto com o ex-Analista de Risco e Mídia da campanha de Lula, Jorge Lorenzetti, no hotel Crowne Plaza, em São Paulo, no final da tarde do dia 6 de setembro. O blog da revista afirma que Ricardo Berzoini, ex-ministro de Trabalho, atual presidente nacional do PT e coordenador geral da campanha de Lula, sabia do encontro de Bargas e o repórter, embora não soubesse do conteúdo.
  • O ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, contradiz Berzoini e diz que cabe ao PT decidir se ele continua na campanha. [150]
  • A "Crise do Dossiê" contribui com a queda da Bovespa e a alta do dólar. [151] [152]
  • O presidente Lula afasta no início da noite, Ricardo Berzoini, como o Coordenador Geral da Campanha à reeleição do presidente e também como Presidente Nacional do PT. Ele é substituído pelo Marco Aurélio Garcia [153], que é Assessor Especial da Presidência. [154] Aurélio Garcia é o quinto presidente nacional do PT desde 2002. Berzoini é o sexto integrante ligado ao PT a cair por causa do dossiê. [155] [156] [157]
  • O PT divulga a nota à imprensa sobre a saída de Berzoini. [158]
  • Pesquisa eleitoral feita pela Datafolha, à primeira de um instituto de pesquisa depois da crise do dossiê, divulgada pelo telejornal local "SP TV", da Rede Globo (São Paulo) mostra a subida de Mercadante, mas Serra lidera disputa pelo governo de SP. [159]
  • Analistas políticos ouvidos pela BBC Brasil, acham que o escândalo do dossiê, não influencia eleições. [160]
  • Diante da informação que Hamilton Lacerda, esteve na editora da revista Isto É para intermediação da entrevista de Vedoin contra políticos do PSDB e estar acompanhado com membros do PT, o candidato ao governo do Estado de São Paulo, Aloizo Mercadante, diz que “houve quebra de confiança” e decide afastar na noite Lacerda da campanha do governo de São Paulo. Um repórter da revista Isto É, revelou que Hamilton Lacerda, coordenador de campanha de Aloizio Mercadante no estado de São Paulo, negociou a entrevista dos Vedoin publicada no dia 15 pela revista. Lacerda é o sétimo homem de cargo de confiança no PT a perder o emprego em menos de 7 dias (ou 1 semana). [161] [162] [163]
  • O corregedor-geral eleitoral, ministro César Asfor Rocha, do TSE, pede cópia do inquérito que investiga o dossiê anti-tucano à Polícia Federal. [164]
  • O Jornal Nacional, da Rede Globo, divulga dois documentos em que aparecem Gedimar Pereira e Valdebran Padilha, que se encontraram no Hotel Íbis, local onde eles foram presos com R$ 1,7 milhão de reais, aparecem encontros entre 12 e 13 de setembro.
  • Escutas telefônicas indicam que diretor do BB, Expedito Veloso, negociou com Vedoin. [166]
  • O presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati afirma na noite, que afastamento de Berzoini é "pouco" e cobra origem de dinheiro. [167]
  • Empresa fechada em dezembro de 2003, que recebeu da Planam pode ter usado "laranjas". [168]
  • Segundo novas revelações feitas pela Polícia Federal, maior parte do dinheiro, em reais, que seria usado por integrantes do PT para comprar o dossiê contra o candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, José Serra, foi sacado dos bancos Safra, Bradesco e BankBoston [169]
  • Segundo as investigações, negociações sobre dossiê começaram com Vedoin ainda na cadeia. [170]
  • O empresário Valdebran Carlos Padilha da Silva, diz que homem que se identificou como Expedito Afonso Veloso estava em hotel. [171]
  • Em propaganda eleitoral de TV, Mercadante pede investigação sobre Serra. [172]
  • A Câmara Municipal de Piracicaba (SP) anuncia que pretende investigar Abel Pereira e prefeito Barjas Negri. [173]
  • O empresário Abel Pereira, de Piracicaba (SP), informa que se nega a comentar grampo da PF. [174]

[editar] 21 de setembro de 2006

  • Jornais estrangeiros dão cobertura ao novo escândalo. [175] [176]
  • Na propaganda eleitoral nas emissoras de rádio da manhã, os adversários atacam Lula sobre compra de dossiê contra tucanos. [177]
  • Em entrevista ao “Bom Dia Brasil”, da Rede Globo, o presidente Lula concede entrevista de 20 minutos, dos quais 12 deles, dedicados à nova crise do dossiê. A entrevista é uma série de candidatos à presidência que dão ao telejornal. Lula deu entrevista horas depois ter definido a saída do presidente do PT, Ricardo Berzoini da coordenação da campanha. O presidente considera os “insanos” os petistas envolvidos na compra do dossiê contra políticos do PSDB e que colocaria “mão no fogo” pelo candidato do PT no estado de São Paulo, Aloizio Mercadante. O presidente chamou “abominável” e “imoral” a negociação dos documentos, mas que determinou que o governo investigasse o conteúdo do dossiê contra José Serra. Sobre o afastamento de Ricardo Berzoini, como o Coordenador Geral da Campanha à reeleição do presidente, Lula afirma que Berzoini não deixa a coordenação por conta dos indícios de participação do escândalo, mas sim para afastar a campanha da crise. Ele chamou os petistas envolvidos como “meninos” e “companheiros”, que não poderia fazer “milagre” para prevenir os outros escândalos. Durante a entrevista, o presidente Lula, mostrou tenso para responder às perguntas sobre a crise. [178]
Trechos da Entrevista do Presidente Lula ao "Bom Dia Brasil", da Rede Globo, no Palácio da Alvorada, em Brasília (DF):

Insanidade: "Veja, essas coisas só podem acontecer porque as pessoas são, eu diria, insanas quando têm esse comportamento político. Eu estou numa situação altamente confortável na campanha política. Faltam dez dias para acabar a campanha política. Não sei por que alguém haveria de querer um dossiê contra o candidato a governo de São Paulo. Ou seja: não era nem contra o Alckmin.", sobre o envolvimento de pessoas próximas, disse: "É grave, é lógico que é grave. (...) quando alguém vem te oferecer uma maldade e pede por essa maldade dinheiro, essa pessoa já não merece confiança. (...)".

Conteúdo do Dossiê: "(...) eu quero saber quem é que deu dinheiro, se teve dinheiro, o que tem nesse dossiê. Porque esse dossiê também é uma coisa que eu quero saber o que é que ele tem, por que ele valia tanto, por que tantas pessoas se envolveram numa coisa que, para mim, não tem nenhum sentido. Esse dossiê, (...), não me ajuda um milímetro na campanha eleitoral. (...)".

Biografia à Prova: "(...) acho abominável, muito abominável (...). Se tem uma coisa que as pessoas sabem, mesmo que discordem politicamente de mim, é que no comportamento na política é impecável, não por uma reeleição, por todas que eu participei em situações desfavoráveis em que tive comportamento ético, por que respeito as pessoas. (...)".

Prevenção: Questionado se há como prevenir o envolvimento de petistas em escândalos, afirmou: "(...) não existe milagre nisso. Ou seja: você tem uma orientação política, você tem um comportamento político. O papel do presidente da República é afastar as pessoas. Eu não posso julgar e não posso prender. (...)".

Saída de Bezoini: "Quando eu afasto um companheiro como Ricardo Berzoini, não é que eu tenho que, acho que o Ricardo Berzoini tem culpa no que ele está envolvido. É porque eu não posso, faltando dez dias para a campanha, ter como coordenador da campanha uma pessoa que vai passar dez dias respondendo sobre dossiê. (...)".

Ironias ao Alckmin: "Como é que um candidato que tem 50% de votos já há algum tempo, voto que está, praticamente, fixado, 46% espontâneo. Como é que um candidato que está prestes, com muita possibilidade de ganhar umas eleições, em que o meu adversário não está fazendo com que eu corra nenhum risco. Qual é o interesse meu e da minha coordenação de fazer isso?". [179]

  • Comissão pretende reexaminar dados da CPI dos Correios, por conta do envolvimento de Freud Godoy. [180]
  • O candidato à presidência, Geraldo Alckmin, volta a se defender do dossiê que supostamente o incrimina e pede: "Mais alto, o representante do povo, mais responsabilidade ele tem, perante a sociedade.", que o governo deu motivos para pedido de impeachment de Lula: "Razões para o impeachment, o Brasil teve todas" [181]. Alckmin compara Lula a um ladrão de carro [182] e que seria mais prático afastar o Lula. [183]
  • O novo coordenador da campanha do presidente Lula, Marco Aurélio Garcia, que assumiu no lugar de Ricardo Berzoini, afastado pelo presidente Lula ontem à noite, anunciou a primeira medida de mudança como coordenador: acabou com o Núcleo de Análise de Risco e Mídia (apontada como o responsável pela crise provocada pelo dossiê contra os candidatos do PSDB). [184] Aurélio Garcia provocou risos dos jornalistas ao falar que: "Esse setor eu nem conhecia e pelo, pelo desempenho, se é que teve não me parece muito inteligente o desempenho". Garcia diz que a ordem é o trabalhar pela vitória de Lula no primeiro turno, para ele o episódio do dossiê, não deve afetar a campanha da reeleição. Aurélio Garcia reconhece a existência do dossiê e critica presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ministro Marco Aurélio Mello, ao declarar que o "caso dossiê" é mais grave do que o Escândalo do Watergate, que derrubou o presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon em 1974, quando se concluiu que ele mesmo ordenou colocar escutas aos adversários políticos. [185]
  • O presidente do PT, Ricardo Berzoini, divulga carta aberta, em que afirma que a oposição foi tomada por "onda de histeria" e aciona militância do PT. Ele e o partido afirmam que defendem uma apuração rigorosa dos fatos relacionados ao dossiê que vincula José Serra, Barjas Negri e Geraldo Alckmin à máfia das sanguessugas. [186]
  • A senadora pelo PT, Ideli Salvati, afirma que a Executiva Nacional do PT deve decidir se Berzoini fica na presidência do PT. Ela evitou opinar sobre mudanças no comando do PT. [187]
  • O Palácio do Planalto sinaliza a defesa de Berzoini, que fica, por enquanto, na presidência do PT. [189]
  • O candidato ao governo do estado de São Paulo pelo PSDB, José Serra, uns dos alvos do dossiê, volta a defender o rigor das investigações: "A Justiça Eleitoral tem que investigar. A Polícia tem que investigar. A Justiça Federal tem que investigar. Né, eles são os órgãos corretos adequados, eh, para fazer isso e a opinião pública deve julgar diante todos esses fatos escandalosos, realmente escandalosos, que atentam contra a democracia.". Afirma que dinheiro para dossiê veio do "governo" e "grupos privados". [190]
  • Para o Ministro de Relações Institucionais, Tasso Genro, a estratégica do Palácio do Planalto é mostrar que o presidente Lula agiu rápido ao afastar Ricardo Berzoini da coordenação da campanha e tentar separar as ações de petistas no caso do dossiê contra Serra e Alckmin da figura do presidente Lula: "A nossa convicção é que nós temos um só argumentos suficientes, hã? Para mostrar que esta crise é uma crise normal, processo democrático, que ela não atinge em nada o presidente e nem aquilo de tudo bem, do bom que fez pelo país.", mas admite que pode afetar Lula.
  • O governador de Minas Gerais e candidato à reeleição, Aécio Neves (PSDB), diz que Lula teve "pouco cuidado" em escolher pessoas para cargos de confiança. [191]
  • Um grupo de 55 movimentos sociais lançam manifesto contra "perdedores" que querem "melar" eleição, como forma diminuir ao escândalo da tentativa de compra de dossiê, na prática, em claro apoio total ao Lula. [192] Foi o PT que acionou os movimentos. [193]
  • O senador Heráclito Fortes (PFL-PI) anuncia que já coletou oito assinaturas e garante que há outros 18, em um requerimento para criar CPI das ONGs. A criação da CPI foi sugerida pelo senador Heráclito Fortes no dia 19 e que investiga sobre a ligação das ONGs com o dossiê. [194]
  • Os candidatos à Presidência da República continuaram a atacar o presidente Lula por causa da crise do dossiê contra políticos Alckmin e Serra, na propaganda política da TV de tarde. [195]
  • A Polícia Federal de Mato Grosso começa a ouvir na tarde, o depoimento de Luiz Antônio Vedoin, principal envolvido no esquema dos sanguessugas e suspeito de ter produzido e tentado vender o dossiê para o PT contra os candidatos do PSDB. Depoimento dos integrantes do PT só vai ser amanhã. [196]
  • A Força Sindical divulga nota em que desautoriza a citação da CUT há poucas horas em lista de 55 movimentos sociais e nega apoio ao governo Lula. A Força Sindical critica a parcialidade das investigações sobre o escândalo do dossiê e pede que sejam apurados os fatos envolvendo José Serra ao escândalo. [197]
  • O Ministério do Trabalho nega envolvimento de assessor, o funcionário André Bucar, em "escândalo do dossiê". [198] O Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirma que os recursos apreendidos pela Polícia Federal em São Paulo para compra do dossiê contra tucanos não saíram de seu ministério. [199] Marinho nega as informações que o dinheiro público destinado ao ONG Uni Trabalho, Fundação Inter-Universitária de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho. O ministro diz que os repasses de verbas federais para a fundação não aumentaram 20 vezes durante o governo Lula. Lula já negou que tenha repassado 18 milhões de reais, afirma que são 14 milhões, ou seja, em menos de 4 anos, o dobro do que tinha destinado à fundação em um período de 7 anos. A Uni Trabalho, responde que obteve os números no SIAF (Sistema Integrado de Administração Financeira), é o órgão do Ministério da Fazenda que centraliza as informações sobre os gastos no governo, mas a ONG alega que dados relativos ao período do governo anterior, não registram as verbas primeiramente do governo federal para os estados e depois dos estados para a fundação.
  • Para o coordenador da campanha do Alckmin, o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), o caso do dossiê, pode provocar o segundo turno: "Eu não tenho dúvida de que, esses episódios vão impactar também esse processo que deve agravá-lo. E devem interferir sobre as intenções de voto do presidente e as intenções de voto do candidato Geraldo Alckmin. O coordenador da campanha, responde ao Lula e diz que dossiê interessava ao PT. [200] Campanha de Alckmin vai explorar envolvimento de petistas com dossiê. [201]
  • Quase um dia depois de afastar Ricardo Berzoini da campanha eleitoral e horas depois de conceder entrevista ao vivo à TV Globo na manhã, Lula evita dar declarações sobre a compra do dossiê anti-tucano por membros do PT. [202]
  • O Partido Popular Socialista - PPS (partido de oposição) convoca 400 mil militantes do partido e os candidatos da legenda para protestar contra "escândalo do dossiê". O protesto é contra a suposta participação do PT e do governo Lula no escândalo. [203]
  • O jornalista Clóvis Rossi, 63, colunista e membro do conselho editorial da Folha de S. Paulo, afirma em um bate-papo com internautas que não acredita que a reação do mercado financeiro à crise do dossiê contra tucanos indique o desmantelamento do governo Lula. Para Rossi, o único dossiê "aceitável foi produzido pela CPI dos Sanguessugas e não incrimina" o ex-ministro José Serra ou o ex-governador Geraldo Alckmin. [204] [205] [206]
  • O candidato ao governo do estado de São Paulo pelo PT, Aloísio Mercadante, que afastou ontem à noite, o coordenador da campanha Hamilton Lacerda, por envolvimento com o caso dossiê, volta a defender também, o mesmo de Serra, as investigações: "Infelizmente alguns militantes petistas, afoitos, tomaram iniciativas, que eu acho absolutamente incompatíveis com a nossa cultura com a nossa trajetória. E vão ter que responder por isso!". Para o candidato Mercadante, a crise do dossiê revela "duas caras" do PSDB. [207] e aciona no STF contra o vice-governador de São Paulo pelo PSDB, Alberto Goldman, sobre suposto dossiê, que ele nega acusações. [208]
  • O candidato à presidência, Cristovám Buarque (PDT) afirma que o escândalo do dossiê vai influenciar a corrida presidencial:"Eu creio que isso vai ter um impacto eleitoral, nem que esteja para viabilizar o segundo turno. Se eu fosse o presidente Lula, eu hoje o mais interessado em segundo turno: Eu não gostaria de ser eleito sob a suspeição de que as pessoas ao meu lado cometeram um crime." e que Berzoini deveria deixar a presidência do PT. [209]
  • Para o presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Roberto Busato, o escândalo da suposta compra de dossiê anti-tucano pelo PT revela uma "decomposição moral da República". [210]
  • Horas depois das acusações do novo coordenador da campanha do presidente Lula, Marco Aurélio Garcia, contra o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Marco Aurélio de Mello, de dar declarações "com conotação política", o Presidente do TSE minimiza declarações contra dossiê anti-tucano. [211]
  • O delegado Luiz Flávio Zampronha, que investigou o mensalão, entra na investigação da PF sobre dossiê. [212]
  • O ex-ministro Ciro Gomes (PSB-CE) critica os políticos paulistas ao falar do caso da compra de um dossiê por petistas de São Paulo e fala em provincianismo. [213]
  • A candidata à Presidência, Heloísa Helena (PSOL), afirma que a saída de Berzoini é manobra eleitoreira. [214] Para ela, o objetivo dessa "estratégia" é "isentar qualquer discussão" sobre a compra de um dossiê por petistas contra tucanos e defende "investigações asseguradas legalmente, investigar e punir".
  • A Polícia Federal afirma ter indícios que partes dos dólares encontrados no Hotel Íbis com Gedimar Passos e Valdebran Padilha, entrou ilegalmente no Brasil.
  • A Bovespa fecha em queda, a cotação real/dólar chega aos R$ 2,20 (o maior desde julho) e o risco-país (índice que mede a desconfiança do investidor estrangeiro) sobe 7%, devido ao escândalo do dossiê e os fatos externos. [215] [216] [217]
  • Hamilton Laderda, ex-coordenador de campanha do Aloizio Mercadante, que foi afastado ontem à noite, divulga a nota na noite, declarando que nunca ofereceu dinheiro a políticos ou órgãos da imprensa e que não conhece a família Vedoin e que nunca viu o dossiê.
  • Primeira pesquisa de opinião, realizada pelo Ibope após a crise política deflagrada pela tentativa de compra do dossiê anti-tucanos por integrantes do PT, indica que o presidente Lula mantém liderança e seria eleito no 1º turno. [218]
  • O presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati (CE), afirma à Rede Globo, que "os petistas devem explicações" da origem de 1 milhão e 700 mil reais que seriam usados na compra do dossiê: "O Brasil exige isso nesse momento, com a seguinte explicação: 'da onde veio esse dinheiro' e se esse dinheiro está registrado, nas contas da campanha do senhor Presidente da República, contas essas, pela qual, o senhor presidente é legalmente responsável.".
  • O Jornal Nacional, da Rede Globo, mostra novas imagens do caso dossiê. Entre o material apreendido também estão os registros de somas feitas em máquina de calcular, onde se lê "119 Campo Grande" e com dificuldade se pode enxergar o nome de "Cláudio Márcio S Silva" e as palavras "arrecadação caixa Caxias 118", horas depois que a Polícia Federal afirmou ter indícios que partes dos dólares encontrados no Hotel Íbis com Gedimar e Valdebran, entrou ilegalmente no Brasil. [219]
  • A Crise do Dossiê volta a repercutir no horário eleitoral da TV de noite. Lula diz estar decepcionado. [220]
  • Termina na noite, o depoimento de Luiz Antônio Vedoin na Polícia Federal de Mato Grosso. O delegado diz que depoimentos sobre dossiê estão sob segredo de Justiça. [221] Vedoin afirma no depoimento que o candidato à presidência Geraldo Alckmin (PSDB) "não tem relação com a máfia dos sanguessugas" e "que não há indícios" da participação, "na máfia", do ex-ministro e atual candidato ao governador de São Paulo, José Serra e acusa sucessor do ministério Barjas Negri. [222] Ele afirma que o empresário ligado ao tucano, Abel Pereira, tentou falar no dia da venda do dossiê. [223]
  • Petistas articulam a saída do presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini. [224]
  • Poucas horas depois, o empresário ligado ao PSDB, Abel Pereira, informa por meio de sua assessoria jurídica, que não vai falar sobre ligações com a "máfia dos sanguessugas" e que "tomará as medidas cabíveis" contra os Vedoin. [225]

[editar] 22 de setembro de 2006

  • Jornais estrangeiros, principalmente europeus e americanos dão destaque ao caso dossiê, após praticamente ignorar por vários dias o novo escândalo político brasileiro. [226] [227]
  • Segundo o jornal Folha de S.Paulo, PF afasta delegado e faz intervenção branca para controlar investigações. [228] e que a Polícia Federal pretende inocentar o ex-assessor do presidente Lula, Freud Godoy. [229]
  • Na propaganda eleitoral nas emissoras de rádio da manhã para o estado de São Paulo, o escândalo do dossiê volta ser citado pelo José Serra, que afirma que o único propósito é prejudicar a sua campanha. [230]
  • Depoimentos de mais de 15 horas de Jorge Lorenzetti, Barjas Negri e Expedito Veloso na sede da Polícia Federal em Brasília, da manhã até a noite.
  • Em entrevista na manhã à rádio CBN, o presidente Lula chama de "loucos" os petistas que tentaram comprar o dossiê: "Se nós pudéssemos transformar ele numa obra, a uma construção, ele ao terminar seria chamado 'monumento à insanidade', por que ah, o que as pessoas fizeram foi um ato de insanidade. Todo mundo sabe que tenho uma coisa que eu prezo que é, a disputa limpa que é o debate político, debate programado, debate de idéias, não faz parte do meu, do meu currículo, esse tipo de comportamento.". O presidente admite nomeações dos assessores próximos à presidência e volta a condenar a prática dos membros do PT contra PSDB. Ele pediu para que o novo escândalo não seja usado por meio eleitoral. [231]
  • Segundo a Folha Online, governo tem meio rápido para saber nomes de sacadores [232] e o Banco do Brasil continua "partidarizado". [233]
  • Surge nova acusação contra o empresário Abel Pereira: ele ganhou licitação de construtora Cicat do prefeito de Piracicaba, Barjas Negri em MT. [234]
  • Segunda pesquisa de opinião, realizada pelo Vox Populi após a crise política deflagrada pela tentativa de compra do dossiê anti-tucanos por integrantes do PT, indica que o presidente Lula mantém liderança e que seria eleito no 1º turno. [235]
O deputado federal, Fernando Gabeira, do PV-RJ, dando entrevista à imprensa sobre o Escândalo do Dossiê no dia 22 de setembro.
O deputado federal, Fernando Gabeira, do PV-RJ, dando entrevista à imprensa sobre o Escândalo do Dossiê no dia 22 de setembro.
  • O sub-relator da CPI dos Sanguessugas, o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ) começa a encontrar na manhã com delegado e procurador do caso dossiê. [236]
  • O governador do estado de Minas Gerais e candidato favorito à reeleição, Aécio Neves diz que governo federal foi composto de maneira equivocada. [237]
  • O vice-presidente da República, José Alencar, volta a defender o presidente Lula: "Nós estamos absolutamente tranquilos, por que jamais alguém pode imaginar ou poderia imaginar que uma, uma ação dessa natureza pudesse partir do presidente Lula. Jamais." e que ele foi vítima de "ações insanas". [238]
  • Em Brasília, em encontro de prefeitos e 10 ministros, o presidente Lula recebe um manifesto de apoio de 2100 prefeitos pela reeleição, ao referir sobre o escândalo, diz que envolvidos na compra de dossiê são "bandidos" e considerou "deplorável" a negociação de membros do PT para a compra de um dossiê contra políticos tucanos. [239] Admite pela primeira vez, a possibilidade de disputar segundo turno: "E se, sabe, não deu o primeiro turno, que se tiver o segundo turno, não tenho nenhum problema, por que o mundo é assim mesmo e é bom seja dois turno [sic], sabe nós vamos disputar.". [240] Na noite, no comício na Praça da Biquínia, em São Vicente, litoral do estado de São Paulo, volta criticar duramente sobre o falso dossiê que incriminava adversários políticos, chamando os criminosos de 'companheiros': "Todo mundo aqui sabe, que houve uma imbecilidade de companheiros nossos. Todo mundo sabe. Por que tem gente que acha mais esperto. Tem gente que acha que é malandro. Malandragem pra nós vale, pros outros não vale!". O presidente Lula prometeu que os acusados serão punidos: "Os companheiros que se acharem espertos e que fizeram negociação com o bandido, vão ter que pagar. Vão ter que pagar!". Lula diz que não quer admitir que o patrimônio moral do partido seja dilapidado: "A gente não pode permitir que companheiros, sabe, joguem fora o patrimônio que nós construímos. Que joguem fora o patrimônio extraordinário, que foi a conquista de andar com cabeça erguida, que é a maior conquista que o povo pode ter!". [241]
  • O articulador político do governo, o ministro das Relações Institucionais, Tasso Genro, rebate no discurso do encontro de prefeitos, as suspeitas da oposição nos últimos dias, de que haveria plano para dificultar as investigações do escândalo do dossiê montado por petistas contra os políticos tucanos (ou PSDB), que responsabilizou a disputa eleitoral pelo clima tenso. Ele sugeriu que as denúncias são "uma tentativa de golpe eleitoral" e defende Lula: "A via democrática do povo brasileiro não permitirá que o resultado das urnas, seja fraudado pela manipulação na informação. Pela informação unilateral e pela informação arbitrária em seu governo está sendo atacado em todas as atitudes!". Genro acusa oposição de querer "melar" eleição e pede ajuda contra "fraude". [242] Ele sugeriu que as denúncias "são uma tentativa de golpe eleitoral": "A manipulação da informação, sempre foi muito clara. A unilateralidade da divulgação dos fatos sempre foi muito proclamada. E a vontade política do conservadorismo. A vontade política de deixar como estar. A vontade política das elites, sempre concentrou, sempre concentrou-se de forma mais agressiva nesse momento. Nos grandes momentos de decisão de um processo histórico de transformação democrática-revolucionária de nosso país.", sem apontar no entanto quem seriam os golpistas e as informações unilaterais que refere, já que todos os lados tiveram amplo acesso à mídia e a informação, como foi o próprio ministro.
  • Termina no início da tarde, o depoimento do ex-Analista de Mídia e Risco da campanha à reeleição de Lula do PT à Presidência, Jorge Lorenzetti, à Polícia Federal em Brasília. O depoimento começou por volta das 9h30 e durou cerca de 3 horas. Ele saiu sem dar entrevista. [243] Jorge Lorenzetti admite no depoimento a negociação do dossiê contra José Serra, seria entregue ao assessor do candidato rival do PSDB em São Paulo, Aloisio Mercadante. Segundo o advogado de Lorenzetti, ele afirmou no depoimento que tinha interesse na divulgação do dossiê, mas que jamais soube que ele seria negociado em troca de dinheiro. Ele esperava obter os documentos de graça. Lorenzetti afirmou que o dossiê contra José Serra seria entregue ao assessor do candidato rival de Serra em São Paulo, Aloizio Mercadante. O advogado diz que Lorenzetti ele admite que tentou obter dossiê, mas inocenta Lula e Berzoini no caso do dossiê: "Não há nenhum telefonema, nenhum envolvimento, nenhum contato do presidente ou de órgãos da presidência de [sic] da república, de forma alguma.". [244] Ele afirma que Valdebran tomou iniciativa de oferecer dossiê. [245] No primeiro depoimento do dia, Lorenzetti, disse que mandou Expedito Veloso e Gerdimar Passos ao Cuiabá para analisar o conteúdo do dossiê, com passagens pagas pelo PT. Lorenzetti admitiu que tentou conseguir o dossiê contra Serra, que segundo Lorenzetti, ele tinha informações de que Abel Pereira, também estaria em Cuiabá para tentar comprar o dossiê de Vedoin, assegurou no entanto, que não pagou pelo dossiê. O advogado de Lorenzetti afirma: "Foi dito por parte da família Vedoin, que haveria um interesse de negociar esses valores. Isso foi prontamente, ah, repudiado pelo meu cliente...". no depoimento, Lorenzetti assumiu a negociação do dossiê.
  • Começa o depoimento do ex-diretor do Banco do Brasil, Expedito Afonso Veloso.
  • Segunda pesquisa do Ibope divulgado na tarde pelo telejornal "SP TV", da Rede Globo (São Paulo) mostra que o ex-prefeito José Serra mantém liderança em SP após crise do dossiê. [246]
  • Brasilianista não vê abalo na imagem externa de Lula. [247] [248]
  • Na propaganda eleitoral nas TVs na tarde para o estado de São Paulo, o escândalo do dossiê volta ser citado pelo Mercadante. [249]
  • Para Rodrigo Maia, líder do PFL na Câmara, critica o escândalo: "É a forma de atuação desse governo foi diferente do governo anterior. Nesse governo se transportou para Brasília, as piores práticas de fazer política, por que foi criado o mensalão e a CPI [sic], e a máfia dos sanguessugas, nada mais foi no governo Lula do que foi uma variável do mensalão!".
  • O presidente nacional do PFL, o senador Jorge Bornhausen (SC), volta a cobrar a explicação para a origem do dinheiro apreendido. "Ainda vai aparecer muito mais coisas, nessa questão, principalmente vamos ter que saber a origem e quem entregou o dinheiro".
  • O Presidente do PSDB-SP, Beraldo diz que PT não tem espírito democrático. [250]
  • O Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, afirma em coletiva de imprensa que a Polícia Federal está trabalhando, tem "condições de esclarecer rapidamente todo o episódio do dossiê", descobrir logo a origem de quase 2 milhões, entre dólares e reais que seriam usadas na compra do dossiê e que o Banco Central americano já foi acionado. Ao ser perguntado pelo repórter da Rede Record, de que "uma operação simples de identificar através da série dos reais, de que bancos e contas saíram?", ele responde: "Isso está sendo feito, claro, é simples, é mais não...". E o repórter pergunta "Está demorando?". Bastos responde: "Não, não está demorando, tá demorando pela tua ansiedade, pela minha ansiedade, pela nossa ansiedade de resolver isso.". Apesar de que há investigação para saber a origem do dinheiro, ele afirma que o caso do dossiê está praticamente resolvido: "Cadeia causa dia [sic] autoria já foi desvendada até por confissão de pessoas. A Polícia Federal fez um trabalho extremamente eficiente. Agora, o que não se pode é condicionar a investigação policial a lógica e o tempo de uma campanha eleitoral. Isso não tem sentido e não é possível de fazer.". [251]
  • A CPI dos Sanguessugas anuncia que vai cobrar agilidade da Polícia Federal sobre origem do dinheiro do dossiê. [252] Com a cópia do "Dossiê Anti-Tucano" em mãos, a CPI vai pedir ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que repasse à PF "o mais rápido possível" as informações sobre a origem do dinheiro que seria usado na compra do material. O Coaf e Banco Central são informados pelos bancos quando os saques superiores à R$100 mil reais são efetuados, entre os dados enviados estão a agência, o número da conta, o nome do titular e o motivo da operação. As informações só podem ser divulgadas a pedido da Justiça. Sobre o mistério da origem do dinheiro para a compra do dossiê para a compra do dossiê contra os tucanos, o sub-relator da CPI, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), acha que "essas informações" já deveriam estar com a Polícia Federal: "O Coaf sabe tanto de saque quanto o povisionamento. Então se o povisionamento houve e de fato houve, o Coaf também tem condições de obter as informações e como não são, com [sic] como não é número o grande de agências, essas informações já poderiam estar dispostas estão a Polícia Federal.".
  • A FBI (Federal Bureau Investigation), a Polícia Federal dos Estados Unidos, está investigando nos últimos dias, a origem do dinheiro apreendido com Gedimar Passos e Valdebram Padilha, se os dólares saíram ilegalmente no país, já que é possível que o Coaf não conheça toda a quantidade de dinheiro apreendida. Há quem afirme que a PF já conhece os donos das contas e que a informação dos dólares supostamente falsos são a maneira de adiar a divulgação das informações. Mas oficialmente ninguém fala nada, mas que a orientação que tenha tudo sigilo absoluto, principalmente com agora com o surgimento de outros dossiês que incriminam outros partidos, inclusive o próprio PT. A Polícia Federal ainda quer a segunda parte do dossiê que envolveria outras prefeituras e outros partidos (inclusive o próprio PT) com a máfia dos sanguessugas. Luiz Antônio Vedoin é quem deveria revelar onde estar essa documentação com mais de 2 mil páginas. A PF quer saber quem é exatamente o doleiro André, citado pelo depoimento de Gedimar Passos. Ele poderá dar novas pistas sobre a origem do dinheiro que pagaria o dossiê.
  • O candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, José Serra, afirma que PT "deu um tiro no próprio pé" no caso do dossiê contra tucanos encomendado por lideranças do partido, ao querer comprar dossiê que tentara incriminá-lo. [253]
  • O delegado que mandou fazer as prisões de Padilha e Passos no quatro de Hotel Íbis, diz à imprensa que eles negociaram a compra de um dossiê "muito maior do que foi apreendido em Cuiabá". De acordo com o delegado da Polícia Federal, Edmilson Bruno, Valdebram Padilha e Gedimar Passos afirmaram em depoimento, que pessoas do PT tiveram acesso do "dossiê mais completo": seriam 2 mil páginas em que envolveriam União, Estados e municípios em vários partidos, incluindo o próprio PT: "O que eu pressenti, é que uma isca: ele jogou um pouco para ver se realmente não ia ser interceptado e foi. Luiz Vedoin e Darci mandou uma parte, já tinha 1 milhão, para ver se não acontecer nada e outra parte viria depois.".
  • Em campanha eleitoral nas cidades de Muiaé, Barbacena e Guveilo (onde discursou e visitou a Basílica de São Geraldo, uns dos centros de romaria do estado), todas no estado de Minas Gerais, o candidato Geraldo Alckmin volta a falar sobre o falso dossiê que o incriminou junto com Serra e diz que "espera rapidez nas investigações". "A festa da democracia, que é a eleição, eh virou problema policial. E mal resolvido. Por que até agora não se disse de onde veio o dinheiro!". Alckmin afirma: "A sociedade espera saber. Primeiro: De quem é o dinheiro? Como é que esse dólar entrou no Brasil? Toda suspeita que entrou de forma ilegal, como é que entrou? Quem são os corruptores?". Ele afirma que o presidente teve a participação efetiva no caso do dossiê e que não adianta Lula tentar se desvincular do PT do escândalo: "O PT é o Lula. Quem é que são as pessoas estão envolvidas nisso? Diretor do Banco do Brasil, diretor do Banco do Estado de Santa Catarina, que aliás é o churrasqueiro do presidente. São as pessoas de sua intimidade!". [254] Alckmin diz que governo é fraco no combate à corrupção e que sua campanha está caminhando para o "segundo turno". [255] Ele diz que equipe de governo deve ser escolhida por mérito. [256]
  • Em campanha eleitoral em Salvador, Bahia, após participar na Universidade Federal de Salvador em defesa de escola pública, acompanhar com os partidos que apóiam a candidatura nas ruas do centro da cidade ao receber flores, a candidata pelo PSOL, Heloísa Helena, volta a falar sobre o dossiê falso que incriminou os candidatos do PSDB: "Algo fundamental para o povo brasileiro é conhecer a origem do dinheiro, para que nós possamos impedir novas circunstâncias de banditismo político como vem acontecendo.", ela diz que dinheiro de paraísos fiscais paga dívidas de Lula [257] Ao chegar na noite, à cidade do Rio de Janeiro, volta a falar sobre o caso: "O governo federal já sabe, quem sacou o dinheiro. Já sabe quem operacionalizou o suporte financeiro nos caixas dos bancos para promover o pagamento (...) Precisa de disponibilizar os nomes ao povo brasileiro.". Ela afirma em "não acreditar" que o presidente "desconhecesse a negociação" do dossiê contra os tucanos: "Claro que ele sabia. Só acha que o presidente não sabia quem tem dele uma visão elitista preconceituosa e achar que ele é um burro e incapaz e ele não é. Ele é muito esperto e sabe muito bem comandar uma organização criminosa como essa.".
  • Em campanha eleitoral em Fortaleza, Ceará, enquanto reunia com os estudantes e profissionais de administração, apresentar o programa de governo e participar o debate com representantes do comércio e da indústria do Ceará, o candidato pelo PDT, Cristovám Buarque, critica em discurso, a maneira que Lula afastou alguns incriminados nos escândalos: "Ele afastou, pedindo desculpas, afastou dando abraçinhos, no que afastou chamando de 'companheiros' de bi e [sic] depois que a imprensa forçou. Não foi uma coisa sistemática, de exemplo de clareza, interna dele próprio.", Buarque usou o caso dossiê para atacar Lula: "E se for a origem que vincule ao PT ou próprio presidente ele é eleito com essa suspeição. Eu tenho dúvida de que há um grande risco de que ele caia nas tentações autoritárias que ele mesmo reconheceu na semana passada que carrega dentro dele.". Falou na Rede Globo, sobre a crise gerada pelo falso dossiê ao comparar o mensalão e o grande número de traição: "Da maneira que tudo aconteceu durante o período do mensalão, o presidente disse uma vez que não sabia e foi traído. Mas caramba, ele está sendo traído vezes demais! Ele está sendo traído a cada mês! Ele gosta de ser traído? Ele aceita ser traído ou ele é omisso nas traições?". No fim de tarde, Buarque fez caminhada pelo centro da cidade.
  • Segunda pesquisa do Ibope divulgada pelo "SP TV", da TV Globo (SP), mostra que o ex-prefeito José Serra mantém liderança em SP após crise do dossiê. [258]
  • Termina o depoimento à PF, o ex-diretor do Banco do Brasil, Expedito Veloso, que durou quase 7 horas. Veloso é suspeito de ter viajado para Cuiabá (MT) por ordem do comitê de campanha de Lula para negociar o dossiê oferecido pelo Luiz Vedoin, mas ao sair, deu outra versão à imprensa: "Lapa cumpriu uma função técnica.". Perguntado pelo repórter da Rede Globo, "essa função técnica tinha a ver com as operações bancárias?", ele responde: "Tinha. Depósitos na conta de pessoas [sic], indicadas pelo Abel Pereira.". O empresário Abel Pereira é acusado pelo Luiz Vedoin de ter recebido dinheiro para liberar as emendas na gestão de Barjas Negri no Ministério da Saúde. Vedoin afirmou, no entanto de que os candidatos do PSDB, Alckmin e Serra, não tem relação nenhuma com a máfia das ambulâncias. Veloso confirma ter ido ao Cuiabá com Bargas para analisar conteúdo de suposto dossiê oferecido pelo Vedoin [259] Dossiê foi montado para acertar dívida de propina. [260]
  • O advogado do empresário Valdebran Padilha, Luiz Antônio, afirma que o cliente negou que deva dinheiro de propina ao Vedoin. [261]
  • O ministro da Fazenda, Guido Mantega, minimizou o caso da compra de dossiê contra tucanos e negou que a crise política instaurada com a suspeita de que o PT tentou comprar o dossiê e que mercado está tenso por conta da economia americana – [262]
  • Aloizio Mercadante pede punição "dos dois lados" na TV; Quércia perde tempo. [263]
  • Promotores do estado de São Paulo chegam à sede da ONG Unitrabalho, por conta de suspeitas de envolvimento da ONG com o caso do dossiê. Jorge Lorenzetti, "o churrasqueiro do Lula", era uns dos fundadores a ONG em 1996 e que desde o governo Lula, lucrou mais do que o governo anterior de FHC. A ONG Unitrabalho afirma hoje que "há quase 2 anos que não tem vínculo com Jorge Lorenzetti".
  • A bancada de vereadores aliados ao prefeito de Piracicaba-SP, ex-ministro da Saúde, Barjas Negri, arquivam na noite o processo de investigação sobre o prefeito. [264]
  • O ex-ministro da Saúde, Barjas Negri, atual prefeito de Piracicaba, interior do estado de São Paulo, classifica em nota, de "descabidas e fantasiosas" as informações prestadas pelos Vedoin que o ligariam à máfia das sanguessugas. Negri afirma que Abel Pereira não operava no Ministério da Saúde e "que não conhece os Vedoin e que não esteve com eles ou com representantes deles". Já outro empresário, Abel Pereira, não foi encontrado.
  • Mercadante fala em "cortar na carne" no caso dossiê. [265]
  • O professor de engenharia da Universidade Estadual Paulista, o diretor-executivo Nasri Nascimento, esclarece à imprensa: "a Unitrabalho não é uma ONG e sim uma fundação administrada por 93 reitores das principais universidades públicas e privadas do país.", Nasri Nascimento disse que todo o dinheiro que a fundação recebe é para o pagamento dos custos e das pesquisas. Ele mostra o extrato de bancário para provar que a Unitrabalho recebeu o dinheiro legalmente. Criada em 1996, a Unitrabalho desenvolve projetos de capacidade técnica em diversas áreas. Atua como elo entre poder público e as universidades.
  • Termina o depoimento à PF, Oswaldo Bargas, que durou aproximadamente 4 horas e meia, que esteve na sala do delegado em que reler o depoimento para depois assinar. Bargas é acusado de oferecer o material de denúncias contra o PSDB ao veículo da mídia às revistas Época e Isto É.
  • O Jornal Nacional, da Rede Globo, divulga os documentos da Polícia Federal. O relatório da PF em que o JN teve acesso, aparecem 30 telefonemas de Luiz Vedoin entre 13 e 14 setembro, quase todos tratam da negociação do material. A maior parte das conversas de Vedoin foi com Valdebram Padilha, que estava em São Paulo, intermediando a venda.
  • O empresário Darci José Vedoin, fundador da Planam e um dos acusados de chefiar a máfia dos sanguessugas, visita o filho Luiz Antônio Vedoin na prisão, o único preso no escândalo do dossiê. [266]
  • A Polícia Federal relaciona funcionário da campanha de Lula ao Vedoin. [267]
  • O Jornal da Globo, da Rede Globo, divulga outros trechos dos documentos da Polícia Federal, horas depois que o Jornal Nacional, da mesma emissora teve acesso o relatório da PF.

[editar] 23 de setembro de 2006

  • Primeira pesquisa realizada pela Datafolha, a segunda após a crise política do dossiê, mostra que Lula mantém vantagem e seria eleito no 1º turno. [268]
  • A revista Veja, edição 1975, nº. 38, datada no dia 27 de setembro, divulga trechos do grampo feito pela Polícia Federal, realizado entre os dias 9 e 15 de setembro. A PF iniciou o processo de monitoramento e gravações de conversas do celular de Luiz Vedoin, dono da Planam, empresário foco do escândalo da máfia das ambulâncias. Dois dias antes da operação que prendeu Gedimar Passos e Valdebran Padilha, houve 36 ligações de Luiz Vedoin, Passos, Padilha e Expedito Veloso (que negociou a compra do material em Cuiabá e São Paulo). Os seis trechos de diálogos publicados pela Veja mostra o clima de desconfiança mútua em que eles conversam. Na gravação, o pai e filho Vedoin (Darci e Luiz) queriam vender o dossiê, mas estavam desconfiados de que poderia levar calote do PT.
  • Também na revista Veja, afirma que passada uma semana depois dos envolvidos, após a PF ter divulgado ao público ter identificado três bancos onde saíram o dinheiro do dossiê, Bank Boston (atual Itaú Personalité), Bradesco e Safra, ter conversado com os gerentes e funcionários da agência do Bank Boston, jamais entrou ou fez contato nesses três bancos.
  • Também na revista Veja, a investigação da Polícia Federal sobre a origem de R$ 1.168.000 reais e US$ 248.800 caminha em passos lentos "e finge em investigar", suponha que há uma suposta "Operação Tartaruga" para não influenciar as eleições, enquanto o PT tenta achar alguém do próprio partido para assumir a responsabilidade de mais de 1 milhão de reais.
  • Também na revista Veja, o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), ligado ao Ministério da Fazenda, não forneceu até hoje, os dados bancários às investigações da PF. A revista insinua que o caso dossiê tem o tratamento muito bem diferente ao caso do caseiro Francenildo da Costa. Três dias depois de o caseiro ter denunciado ao jornal O Estado de S. Paulo em 14 de março desse ano, as idas do então Ministro da Fazenda, Antonio Palocci à mansão nº. 25, aos amigos da chamada da "República do Ribeirão Preto", teve o sigilo bancário violado e exposto à imprensa pela revista Época. O resultado foi o repúdio da opinião pública, os governistas e oposição, até mesmo a imprensa, quando o saldo de R$ 29.990 reais era legal, que levou a queda no único dia o ministro, o presidente da Caixa Jorge Mattoso e o assessor de imprensa do ministro Marcelo Netto (que era o jornalista da revista Época).
  • Segundo a Folha Online, mesmo oficialmente afastado, Berzoini continua na campanha de Lula. [269]
  • Pesquisa mostra que para 52% dos eleitores, o ex-assessor de Lula, Freud Godói, participou de compra de dossiê. [270]
  • Polícia Federal anuncia que identificou as retiradas e tenta achar correntistas. [271]
  • O governador de Minas Gerais e candidato à reeleição, Aécio Neves (PSDB), diz sentir "clima de virada" na eleição presidencial. [272]
  • A candidata à Presidência da República pelo PSOL, Heloísa Helena, chama de "incompetente" e "burro" aos que acham que Lula desconhecia dossiê. [273]
  • O candidato do PDT à Presidência da República, Cristovam Buarque, critica a Polícia Federal e chama o presidente Lula de manipulador. [274]
  • O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, considera "sem cabimento" os pedidos de explicações feitos por petistas a respeito de um suposto dossiê contra o PT, que teria sido oferecido aos tucanos, um dia depois que Aloizio Mercadante, por pedir explicações sobre suposto dossiê contra o PT. [275]
  • Na propaganda eleitoral na TV, Alckmin volta falar do dossiê e critica Lula e o PT, enquanto ele apresenta propostas. [276]
  • O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, diz que Lula vive "crise de credibilidade" após escândalo do dossiê. [277]
  • O prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, diz que episódio sobre dossiê mudará o voto da classe média. [278]
  • A candidata do PSOL à Presidência, Heloísa Helena ataca Lula e Alckmin na reta final, da campanha. Mas o alvo foi ao Lula, quando ela rebate as declarações de ontem dele que haveria um clima de "golpismo da oposição" nas denúncias de suposta compra de dossiê contra tucanos pelo PT. [279]
  • O presidente e candidato à reeleição, Lula evita falar em dossiê; Mercadante chama envolvidos de "pequeno grupo". [280] [281]
  • O Clube Militar, que congrega as três forças armadas, publica a nota, em que afirma que há "perigo iminente à democracia" por causa de escândalos. [282]
  • Num discurso predominado por críticas ao PSDB tucanos e à oposição, Lula diz que na ética, vale mais que PSDB num balaio. [283]
  • Integrantes da CPI dos Sanguessugas, suspeitam que ex-diretor do BB usou cargo para ver conta. [284]
  • O empresário Luiz Antonio Vedoin, chefe da máfia dos sanguessugas, entrega à Justiça Federal em Cuiabá-MT, documentos com acusações contra o empresário Abel Pereira. [285] A PF abrirá inquérito sobre participação de Pereira no caso do dossiê. [286]
  • O procurador da República em Mato Grosso, Mário Lúcio Avelar, afirma que os petistas acusados omitiram a verdade. [287]
  • O governador do estado de São Paulo, Cláudio Lembo, defende investigação de conteúdo de dossiês. [288]

[editar] 24 de setembro de 2006

  • Segundo a Folha Online, a PF abrirá inquérito sobre participação de Abel Pereira no caso do dossiê. [289]
  • Segundo a Folha Online, TSE pode comprometer 2º mandato de Lula. [290]
  • PSDB e PFL marcam ato contra Lula na reta final. [291] [292]
  • O ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Marcelo Ribeiro nega para coligação de "Lula de Novo com a Força do Povo", o direito de resposta contra programa de Alckmin "Por um Brasil Decente" (PSDB/PFL). [293]
  • O presidente Lula diz que mesmo com denúncia do falso dossiê vai ser reeleito no 1º turno. [294]
  • O governador do estado de São Paulo, Cláudio Lembo, defende investigação de conteúdo de dossiês. [295]
  • A integrante da CPI dos Sanguessugas e candidata à presidência pelo PSOL, a senadora Heloísa Helena (AL), acusa Lula de se jogar "nos braços dos banqueiros, do capital financeiro, dos mensaleiros e dos sanguessugas" e cobra mais uma vez a participação dele nos debates. [296]
  • Em João Pessoa, Paraíba, Alckmin diz que vai disputar o segundo turno e cobra as explicações da origem do dinheiro. [297]
  • A Polícia Federal requisita ao Coaf, a informação sobre a origem do dinheiro nos quatro diferentes bancos sobre os saques que podem estar ligados à compra do dossiê contra o tucano José Serra. [298]
  • Presidente Lula acena à oposição para evitar crise de governabilidade caso seja reeleito. [299]
  • Na prisão, Luiz Vedoin tem direito a TV e visita diária da esposa. [300]
  • O procurador da República em Mato Grosso, Mário Lúcio Avelar, critica a ação lenta da Polícia Federal. E diz: "Pode, isso é fato. Mas não quero especular sobre isso". [301]
  • Investigações aponta que Lula, Mercadante e Lorenzetti são sócios em ONG de São Paulo. [302]
  • O coordenador-geral da campanha de Lula, Marco Aurélio Garcia, afirma que vai se reunir amanhã com o Presidente do Tribunal, Marco Aurélio de Mello, ambos com nomes iguais e sobrenomes diferentes. Na semana passada, Aurélio Garcia chegou a acusar Mello de "agir contra o PT" sobre o dossiê.

[editar] 25 de setembro de 2006

  • Os jornais estrangeiros afirmam que Lula está perdendo terreno. [303] [304] [305]
  • O jornal O Tempo, de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais, publica a entrevista do ex-diretor do Banco do Brasil, Expedito Veloso, uns dos acusados de negociar o dossiê, diz que a operação foi chefiado pelo ex-Analista de Risco e Mídia do presidente Lula, Jorge Lorenzetti, que agia como interlocutor do ex-presidente do PT, Ricardo Bezoini. [306] A acusação do ex-diretor do Banco do Brasil, complica a situação de Bezoini e Lorenzetti, repercute na imprensa. [307]
  • Em entrevista a três emissoras de rádio, o presidente Lula diz que o ex-coordenador da campanha e atual Presidente Nacional do PT, Ricardo Berzoini foi o responsável pela escolha a equipe da campanha na tentativa de compra do dossiê: "Você escolhe um companheiro ah, pra determinado função no caso do pessoal que cuidava das, seu [sic] inteligência da minha campanha, nem fui que eu escolhi, quem escolheu foi o presidente do partido [Bezoini] que era coordenador da campanha eleitoral.", Lula que já tinha se referindo a operação dossiê "como uma imbecilidade", voltou a fazer críticas fortes aos envolvidos: "O que eu quero saber não é apenas da onde veio o dinheiro. Eu quero saber quem montou a engenharia política para essa barbárie foi feita.", ele chama todos os envolvidos com dossiê (Valdebran Padilha, Gedimar Passos, Freud Godoy, Jorge Lorenzetti, Ricardo Bezoini, Osvaldo Bargas, Expedito Veloso e Hamilton Lacerda) de "aloprados": "Veja por que o bando de aloprados resolveram comprar o dossiê é por que alguém vendeu para eles que esse dossiê deve ter coisas do arco da velha!", Na noite, em comício em Porto Alegre (RS), volta a falar do dossiê, acusando a imprensa de "bater demais por que o caso é com PT" e se compara ao Getúlio Vargas, JK e Jango. Ele volta dizer, como fez no escândalo do mensalão, que "não sabia de nada" sobre o escândalo: "Pra que uma campanha como a minha, precisava de dossiê? Como é que vou saber que um companheiro que tá, no meio de vocês, tá pensando em fazer alguma coisa? Como é que vou saber? Qual é o poder de mágica que eu tenho? Nenhum!".
  • O candidato à presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, participa de comício em São Paulo. Ele e o José Serra lideram ato "fora Lula" [308]. Alckmin cobra "a agilidade e transparência" na apuração do escândalo, ao lado de políticos do mesmo partido, afirma que Lula é o chefe e sócio daqueles que chamam de aloprados: "O que falta o governo Lula são princípios e valores. Isso não tem conserto. E esse pessoal que diz que era aloprado, são sócios dele!". Serra pediu aos eleitores não votem em branco [309] Membros do PSDB e PFL afirmam no palanque que Lula é responsável pelo dossiê. [310]
  • O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo diz, em tom favorável ao governo, que cassar novo mandato de Lula seria um "golpe" [311] e acusa oposição de forçar segundo turno contra vontade popular. [312]
  • O candidato à presidência pelo PDT, Cristovám Buarque, participa de debate em São Paulo para depois ir para Brasília, que fez carreata. Buarque comentou sobre a entrevista de Lula a três rádios que chama "aloprados" os envolvidos no dossiê e cita Bezoini: "Eu não tenho prova para, dizer que Lula que mandou. Agora, o Bezoini seria tão irresponsável para fazer isso, sem ao menos consultar o presidente? Se foi, é de uma irresponsabilidade doentia!". Ele afirma que Lula se comporta como um "imperador-metalúrgico". [313]
  • A candidata à presidência pelo PSOL, Heloísa Helena, em visita às universidades de Contagem e Belo Horizonte, ambas de Minas Gerais. Ela afirma que chegará ao segundo turno e comentou sobre a declaração de Lula que foi traído como Jesus Cristo: "São sempre, declarações tristes né, pelo cinismo. E se comparar com Jesus é demais né? As declarações sempre cínicas dissimuladas e se vinculando à personalidades históricas e agora até Jesus realmente são muito constrangedoras." e que ele está mais para "Judas e Pilatos". [314] Helena foi para São Paulo.
  • A gerência do Hotel Íbis, disponibiliza à Polícia Federal, os 28 DVD's que estão gravadas que anteciparam as prisões dos petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos.
  • Na propaganda eleitoral da TV para o estado de São Paulo na tarde, Serra fala de manobra política do PT para prejudicar sua candidatura no caso do dossiê fajuto. Já o Mercadante, desta vez, não citou o caso da compra do dossiê que derrubou um de seus coordenadores de campanha e apresentou as propostas. [315]
  • A CPI dos Sanguessugas anuncia que vai requisitar documentação ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) informações referente aos saques feitos para pagar dossiê. [316]
  • O governador de Minas Gerais e candidato à reeleição, Aécio Neves (PSDB) diz na tarde que PF tem que revelar origem do dinheiro para dossiê antes do dia 1º de outubro. [317] Aécio Neves classifica como "ação criminosa" o escândalo de dossiê. [318]
  • O ex-integrante da campanha de Lula, atual presidente do PT e candidato à reeleição ao deputado, Ricardo Bezoini é multado junto com Paulo Renato por propaganda irregular pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo. [319]
  • Defesa de Luiz Vedoin pede revogação da prisão preventiva. Ele está preso desde dia 15 enquanto tentava vender um dossiê que supostamente envolveria Serra e Alckmin. [320]
  • A Polícia Federal reúne com o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), ligado ao Ministério da Fazenda, para pedir ajuda no rastreamento do dinheiro do dossiê.
  • A Polícia Federal requisita ao Coaf, informações de quatro diferentes bancos sobre os saques que podem estar ligados à compra do dossiê. [321]
  • A Polícia Federal envia ao Judiciário (Justiça Federal), a quebra dos sigilos bancário e telefônico aos seis envolvidos na compra do dossiê, todos ligados ao PT.
  • A Polícia Federal (PF) já admite que será difícil descobrir origem do dinheiro para compra de dossiê até eleições. [322]
  • A direção nacional do PT anuncia que só vai discutir o envolvimento de filiados no episódio da compra do dossiê contra tucanos depois das eleições. [323]
  • A Comissão de Ética Pública, vinculada ao governo pede explicações ao Expedito Veloso e Jorge Lorenzetti, acusados de participação na compra do dossiê contra candidatos tucanos. [324]
  • Justiça de Mato Grosso manda PF dar documentos de dossiê antitucano ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). [325]
  • O prefeito do Rio de Janeiro, César Maia diz em São Paulo que Lula tem falta de caráter e é "dedo-duro", referindo ao escândalo. [326]
  • Militantes de movimentos sociais realizam ato pró-Lula em Fortaleza, Ceará, com o objetivo de fortalecer a candidatura do Lula após o escândalo do dossiê. [328]
  • O Ministério Público anuncia que vai investigar se Expedito Veloso, usou o cargo do diretor do Banco do Brasil, para aproveitar depois, violar o sigilo bancário de adversários políticos. "É pessoa, pertenceu um sistema de inteligência, ocupava um cargo de proeminência no Banco do Brasil. É possível.", diz Mário Lúcio, Procurador-Geral da República. [329]
  • Na noite, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) notifica o presidente Lula sobre investigação do dossiê antitucano, para que ele apresente a defesa de 5 dias sobre o novo escândalo. [330] Além do presidente, o ex-presidente do PT, Ricardo Bezoini; o Ministro da Justiça, Macio Thomaz Bastos; Valdebran Padilha e Gedimar Passos, que foram presos com o dinheiro; o ex-assessor especial da presidência Freud Godoy. Sobre o ministro da Justiça, Thomaz Bastos, terá que explicar se a PF teria beneficiado o PT por não exibir, como faz outras operações, o dinheiro apreendido pelos emissários do PT. O TSE abriu a investigação depois de acolher a representação dos partidos PSDB e PFL. O prazo de defesa é de 10 dias, só começa a contar quando todos tiverem sido notificados. [331]
  • Depois de trocarem críticas públicas na semana passada, o coordenador-geral da campanha de Lula, Marco Aurélio Garcia, se reúne com o Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Marco Aurélio de Mello, no TSE. O encontro tem como objetivo desfazer o mal-estar causado pelas críticas de ambos sobre o dossiê contra políticos tucanos que seria comprado por membros do PT. [332] [333]
  • Horas depois que Lula deu entrevista a três emissoras de rádio, Ricardo Bezoini declara por meio de assessores que: "Se o Presidente da República assim falou, está falado.".
  • O Banco do Brasil afirma que entre julho e setembro o ex-diretor do mesmo banco, Expedito Veloso, não acessou diretamente nenhuma das contas bancárias de pessoas envolvidas com o dossiê.
  • A Polícia Federal afirma que já enviou ao TSE, tudo o que foi apurado no inquérito sobre o escândalo. Até agora, não há pista sobre a origem do dinheiro.
  • Candidatos ao governo do estado de São Paulo deixam escândalo do dossiê de lado na propaganda eleitoral da TV. [334]

[editar] 26 de setembro de 2006

  • O Jornal do Brasil publica mais um suspeito no escândalo: trata-se do prefeito de Paracambi, a 75 quilômetros do Rio, na Baixada Fluminense, André Ceciliano (PT). As investigações da PF indicam que o dinheiro foi sacado em Duque de Caxias. Ceciliano, já citado nas investigações das CPIs do Banestado e dos Sanguessugas, teria se ausentado do gabinete nos três dias que antecederam à prisão, em 15 de setembro, de emissários petistas portando R$ 1,75 milhão de origem ainda não identificada. Ele seria um "homem branco de 45 anos, cabelos castanhos" citado pelo advogado Gedimar Passos como o personagem que entregou R$ 1 milhão em dinheiro para a compra dos documentos. [335]
  • Na propaganda eleitoral de rádio na manhã, o candidato à reeleição presidencial Lula, faz crítica a governo de FHC, citando que é "essencial que se apure também a participação dos políticos do PSDB neste escândalo dos sanguessugas. Foi na gestão deles que 70% das ambulâncias foram vendidas."; Já o candidato Alckmin volta a falar de escândalos que envolvem PT, que incluem desde o caso Waldomiro Diniz e os bingos, ambos de 2004, até o dossiê fajuto que tentou incriminá-lo junto com o candidato ao governador do estado de São Paulo, Serra. [336]
  • A Polícia Federal de Cuiabá abre o inquérito para investigar a participação do empresário Abel Pereira no escândalo. A abertura do inquérito havia sido antecipada pela Folha Online no domingo, dia 24. [337] A PF descobriu que ele hospedou no hotel em Cuiabá, dias antes de Luiz Vedoin ser preso e investiga a hipótese de que o empresário tentou comprar o dossiê. [338] Horas depois, a PF afirma que continua com dificuldades para rastrear os reais, mas sabe parte dos dólares. Segundo a FBI (Federal Bureau Investigation), a Polícia Federal americana (ou estadunidense), os dólares saíram de Miami, nos Estados Unidos, foram enviados legalmente para o banco de São Paulo. A PF investiga no banco quem pegou o dinheiro. [339] A PF afirma que só pode identificar amanhã. [340]
  • O ex-presidente nacional do PT, Ricardo Bezoini, rebate as acusações de FHC, que chamou ontem o presidente Lula de "demônio": "Primeiro diz que não acredita em Deus. Agora parece que quer acreditar no demônio. Ele deixa em falar de vampiro e daí passa a falar em demônio. Firme para distrair também a tensão à respeito das responsabilidades no seu governo nesta questão do governo.".
  • O candidato à presidência pelo PDT, Cristovám Buarque, faz campanha eleitoral nos arredores de Brasília. Depois de distribuir santinhos, cumprimentou os moradores de Ceilândia e ouviu os pedidos de eleitores; fazer panfletagem nos estudantes na porta da universidade particular e comer salada de frutas; receber o diretório central de estudantes da Universidade de Brasília e conversando os estudantes no programa de governo baseada na revolução da educação, Cristovám Buarque volta a insistir a investigação do dossiê e que é importante haver das eleições: "O segundo turno ajuda na governabilidade, por que haverá a discussão, haverá debate e qualquer maneira, aquele que sair, sairá muito fortalecido no segundo turno. Sem o segundo turno, eu não tenho clareza como vai ser a governabilidade.", afirmou Buarque.
  • A candidata à presidência pelo PSOL, Heloísa Helena, vestindo pela primeira vez a camisa vermelha desde que foi oficializada como candidata, faz campanha eleitoral em São Paulo. Depois de visitar o terreno para construção da universidade pública e receber nas mãos dos estudantes o documento em defesa da obra; dar caminhada no Lago 13, em Santo Amaro, Zona Sul de São Paulo, diz na coletiva de imprensa, ao estranhar a demora da investigação na identificação dos envolvidos nos saques do dinheiro usado para tentar comprar o dossiê contra os adversários do PT: "Qualquer movimentação bancária considerada atípica, o gerente do banco, obrigatoriamente comunica o Coaf, que comunica a Polícia Federal, ao Banco Central, ao Ministério Público, que quebra o sigilo bancário, fiscal e telefônico e descobre tudo!". Ela responsabiliza Lula por demora na investigação do dossiê. [341] Na tarde, a candidata atravessou a cidade: foi ao corpo-a-corpo com eleitores em Perus, extremo oeste de São Paulo.
  • A assessoria da presidência do PSDB informa à imprensa que o partido vai pedir ao TSE quebra do sigilo telefônico de Freud Godoy. [342]
  • Primeira pesquisa de CNT/Sensus e quatro após a crise do dossiê, mostra que Alckmin cresceu 7,9 pontos, mas Lula venceria no primeiro turno. [343] [344] [345]
  • O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, critica a Polícia Federal pela demora na investigação do suposto dossiê e minimiza pesquisa CNT/Census e diz que vai para o segundo turno. [346] [347]
  • Em Brasília, o presidente da CPI dos Sanguessugas, o deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), cobra agilidade do Coaf sobre dossiê e quer investigações em dois grupos nos próximos meses: as prefeituras envolvidas na máfia dos sanguessugas e o episódio de elaboração e compra do dossiê. [348] Ele afirma que há provas contundentes do envolvimento do ex-ministro da Saúde, Barjas Negri, do empresário Abel Pereira, com a fraude das ambulâncias. O deputado Biscaia analisou os documentos fornecidos pelo chefe da máfia, Luiz Antônio Vedoin, à Justiça Federal. [349] A CPI afirma que quer ouvir o presidente nacional do PT, o deputado Ricardo Berzoini. [350]
  • O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) notifica o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, sobre a investigação da suposta compra de um dossiê pelo PT contra tucanos e também o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, também sobre investigação de dossiê e pela demora das investigações. [351]
  • O FBI (Federal Bureau Investigation), a Polícia Federal dos Estados Unidos, afirma que deve entregar amanhã relatório sobre os dólares do dossiê. A Polícia Federal espera para amanhã documentos do FBI sobre os dólares que seriam utilizados por petistas na compra de um dossiê contra políticos tucanos. [352]
  • A coligação PSDB-PFL anuncia que vai pedir ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o novo pedido de investigação para que o tribunal apure se o Banco do Brasil está envolvido na compra do dossiê contra candidatos do PSDB. [353] Os partidos pedem para que o TSE quebre o sigilo telefônico do presidente nacional do PT afastado Ricardo Bezoini, do assessor especial da presidência afastado Freud Godoy, presos com dinheiro de quase 2 milhões de reais na tentativa de compra do dossiê Valdebran Padilha e Gedimar Pereira. [354]
  • O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, candidato do PSDB à reeleição, afirma que o PT cometeu um ato de "desatino" no caso da compra do dossiê [355] e considera "preocupante" a lentidão para esclarecer compra de dossiê. [356]
  • O ministro da Fazenda, Guido Mantega, diz que identificação de origem de dinheiro não será feita às pressas. [357]
  • Horas depois que o Jornal do Brasil ter publicado mais um suspeito no escândalo, o prefeito de Paracambi, André Ceciliano (PT), nega as acusações. O prefeito apresenta comprovantes de que viajou para Brasília, pela Ocean Air, no dia 12 de setembro e que estava de volta ao Rio no dia 13. Disse que nos dois dias seguintes, despachou em seu gabinete em Paracambi, e que o fato pode ser comprovado por várias testemunhas. Apresentou também o comprovante da reserva do Hotel Bonaparte, em Brasília, para os dias 12 e 13.
  • Na propaganda eleitoral de TV na tarde, o candidato à reeleição presidencial Lula (PT), ataca Alckmin, que por vez explora ao máximo escândalos que envolvem PT. [358]
  • O ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, rebate as acusações de FHC contra Lula ontem em que chamou o presidente de "demônio" e afirma que ele aprendeu a acreditar no demônio. [359] O ministro diz que oposição tenta dar "golpe branco" ao envolver Lula no dossiê. [360]
  • O juiz Marcos Alves Tavares, da 1ª Vara Federal em Mato Grosso, nega o pedido de revogação da prisão de Luiz Antônio Vedoin, único ainda preso no caso do dossiê. Luiz Vedoin está preso há 11 dias enquanto tentava vender um dossiê que supostamente envolveria Serra e Alckmin na cerimônia de entrega de ambulâncias em 2002. [361]
  • O presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Roberto Busato, diz que o envolvimento de pessoas intimamente ligadas ao presidente Lula no escândalo de suposta compra de dossiê antitucano pelo PT. "São pessoas que privam da amizade e da intimidade do presidente. (..)" e que ele está em "má situação". [362]
  • Horas depois, o ex-ministro da Saúde, Barjas Negri, volta a negar que seja envolvido na máfia dos sanguessugas. Afirma que ainda não viu os documentos que estão com o deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ) e que por isso não pode se defender.
  • Horas depois, o advogado do empresário Abel Pereira, afirma que as declarações do deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ) "não são verdadeiras, mas frutos de disputa política". O empresário, mais uma vez, não quer gravar entrevista para defender das acusações.
  • Os ministros da Ciência e Tecnologia e das Cidades, afirmam que a crise do dossiê não impedirá eleição de Lula. [363]
  • O coordenador-geral da campanha de Lula à presidência, Marco Aurélio Garcia, dá coletiva de imprensa como foi o encontro de ontem à noite com o Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Marco Aurélio de Mello, no TSE. Ele afirmou que não conversaram sobre a investigação do TSE que notificou na noite de ontem, o presidente Lula; o presidente do PT, Ricardo Bezoini; o Ministro da Justiça, Macio Thomaz Bastos; Valdebran Padilha e Gedimar Passos, que foram presos com o R$ 1.100.000 reais e 248 mil dólares. Ele afirmou ao Aurélio Mello que a oposição promove "guerra de nervos", que por vez Marco Mello não recua nas críticas ao episódio da compra do dossiê. [364] Na saída, defendeu uns dos envolvidos: "Haverá um momento em que o, o Freud Godoy vai aparecer como átife.".[365]
  • O Procurador da República, Mário Lúcio Avelar, pede a quebra de sigilo fiscal e bancário do empresário Abel Pereira e das empresas ligadas à ele. Segundo as novas revelações, as escutas afetariam o empresário. [366]
  • A oposição afirma que vai aguardar eleição para definir se pede cassação do presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini, sobre o caso dossiê. [367]
  • O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) recebe inquérito da Polícia Federal sobre a tentativa de compra do dossiê, mas decreta sigilo de Justiça. [368]
  • Na noite, o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) determina a suspensão definitiva da propaganda de Quércia que ligava falsamente Serra aos sanguessugas. [369]
  • Esposa do ex-diretor de Gestão e Risco do Banco do Brasil, Expedito Afonso Veloso, envolvido na negociação do dossiê contra tucanos, cria comunidade no Orkut. [370]
  • A Polícia Federal pede ao Coaf, os dados bancários de prefeito de Paracambi (SP), André Ceciliano (PT), após novas denúncias publicada pelo "Jornal do Brasil". [371]
  • O Superintendente da PF nega influência política e diz que apuração está no prazo. [372]
  • O empresário de Piracicaba (SP) Abel Pereira, diz que está à disposição de PF para investigação de dossiê. Luiz Antonio Vedoin afirmou à Polícia Federal no dia 21 que Abel Pereira agia no esquema dos sanguessugas durante a gestão de Barjas Negri, atual prefeito de Piracicaba A PF quer saber se Abel tentou negociar o dossiê com os Vedoin, donos da Planam, antes de eles venderem o material aos integrantes do PT. [373]
  • A Justiça Federal de Mato Grosso determina prisão preventiva do ex-assessor da Presidência, Freud Godoy, e mais cinco envolvidos no chamado "escândalo do dossiê". [374]
  • A oposição afirma que vai aguardar eleição para definir se pede cassação do presidente nacional do PT, o deputado candidato à reeleição, Ricardo Berzoini. [375]
  • Em entrevista ao "Jornal da Record" na noite, o candidato Alckmin pede que a origem do dinheiro do dossiê seja revelada antes do domingo, dia 1º de outubro e as explicações sobre a origem do R$ 1,7 milhão, que há 12 dias, ainda não foi revelada. [376]
  • O Jornal Nacional, da Rede Globo, divulga uma troca de mensagens em que complica a situação do ex-diretor de Gestão e Risco do Banco do Brasil, Expedito Veloso, que era então licenciado do cargo para trabalhar na campanha de Lula, no inquérito que investiga sobre o escândalo do dossiê. Veloso trocava mensagens com o ex-arrecadador de campanha do PT em Mato Grosso, Valdebran Padilha. Os celulares foram periciados pela Polícia Federal.
  • Na propaganda política da TV, Lula evita falar em dossiê; Alckmin e Cristovam atacam governo. [377]
  • O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nega o direito de resposta ao presidente Lula contra Alckmin. Na propaganda do PSDB, Alckmin fez afirmações sobre o escândalo do suposto dossiê contra candidatos tucanos contra Lula. [378]
  • Começa às 22h10min, o debate dos governadores para o estado de São Paulo, na Rede Globo. O candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, usa debate na TV para se defender contra episódio do dossiê. O candidato disse que o PSDB, o PFL e outros partidos também estavam envolvidos no esquema dos sanguessugas. [379] No entanto, ele e o Orestes Quércia (PMDB) usam o debate para atacar gestão PSDB no estado de São Paulo. [380] Serra se defende das acusações dos dois candidatos.
  • Em campanha eleitoral em Belo Horizonte (MG) na noite, o candidato à reeleição Lula, volta a atacar adversários durante 25 minutos e acusa PSDB e PFL de terem criado os "sanguessugas" e que apesar de ser atacado por esses partidos, "não caio porque o povo me dá pernas". [381]

[editar] 27 de setembro de 2006

  • No início da madrugada, após terminar o debate para candidatos à governo do estado de São Paulo, O candidato do PSDB, José Serra, admite que foi ao debate para pressionar Lula ir ao debate de hoje: "(...) Se ele [Lula] me perguntar, eu acho que ele deveria ir.", sobre a crise do dossiê, ele minimizou a influência do episódio. [382]
  • Em entrevista à Rádio Tupi 1280 AM, do Rio de Janeiro (RJ), Geraldo Alckimin diz que vai para o segundo turno e critica o governo Lula: "Se continuar com esse governo gastador, perdulário, 'roubalheiro', o Brasil vai continuar a crescer pouco", disse ao referir aos escândalos políticos e o pouco crescimento econômico. Ele voltou se defender junto com Serra o envolvimento com dossiê. [383]
  • O presidente nacional do PSDB, Athur Virgílio, diz que vai pedir ao PSDB abertura de processo de cassação contra o ex-presidente do PT e deputado Ricardo Berzoini. O PSDB já afirmar que estuda apresentar ao Conselho de Ética esse processo, só depois das eleições. [384]
  • A Polícia Federal volta fazer novamente o depoimento do empresário Luiz Antônio Vedoin que está preso há 12 dias e único ser detido por causa do novo escândalo político do dossiê. [385] Após terminar o depoimento, empresário Luiz Antonio Vedoin, chefe da máfia dos sanguessugas, reafirma as acusações de congressistas em depoimento aberto pelo STF (Supremo Tribunal Federal). [386]
  • A Polícia Federal busca na gerência do Hotel Íbis, os 28 DVD's que estão gravadas que anteciparam as prisões dos petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos, que estavam disponibiliza há dois dias.
  • O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Roberto Busato, afirma que a OAB pode voltar a discutir impeachment de Lula. [387]
  • A decisão da Justiça de pedir ontem a prisão de seis supostos envolvidos na compra de dossiê contra políticos do PSDB é duramente criticada por entidades e políticos da oposição por causa do período eleitoral que impede prisões de eleitores. [388]
  • O candidato do PDT à Presidência, Cristovam Buarque, acusa o presidente Lula de manipular eleitorado para vencer no 1º turno, ao querer tentar dar um "golpe" para levar a eleição para o segundo turno ao explorar o episódio do "dossiê tucano". [389]
  • A Polícia Federal anuncia que vai investigar casas de câmbio e doleiros, de qual corretora saíram os US$ 248 mil que seriam usados por petistas para comprar um dossiê contra políticos do PSDB. [390]
  • Presidente Lula afirma que críticos têm mais espaço para expor idéias. [391]
  • Candidatos ao governo do estado de São Paulo deixam denúncias de corrupção lado no último dia do horário eleitoral. [392] [393]
  • Aliados de Lula afirmam que o PT e o Lula estão divididos sobre participação de Lula no debate na Rede Globo. [394] [395]
  • O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) notifica o ex-assessor de Lula, Freud Godoy, sobre investigação de dossiê anti-tucano. [396]
  • Advogados pedem regras claras para a Polícia Federal sobre o caso dossiê, por conta da lentidão das investigações em plena véspera das eleições. [397]
  • Pesquisador de Oxford diz que '2º mandato de Lula não terá novidades' e não acredita num impacto negativo do escândalo do dossiê para a candidatura de Lula. [398]
  • O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, critica a demora na conclusão das investigações do escândalo do dossiê. Segundo ele, "é óbvio" que o governo federal está atrapalhando investigações sobre dossiê nas vésperas da eleição. [399]
  • O vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Aristoteles Atheniense, em entrevista à BBC Brasil, critica o presidente Lula por fazer declarações dos últimos dias e que ele estaria constrangido a PF no caso do dossiê. [400] [401]
  • O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo determina a retirada de propaganda de Orestes Quércia por ofensa ao Serra. [402]
  • O candidato do PT ao governo de São Paulo e atual senador desse estado, Aloizio Mercadante, admite pela primeira vez, que a crise deflagrada pela compra do dossiê contra tucanos, "sem dúvida", prejudicou sua campanha. [403]
  • O PT nacional entra com uma reclamação ao Conselho, contra o procurador da República do Mato Grosso, Mário Lúcio Avelar, pela atuação do procurador que investiga dossiê. [404]
  • Os advogados de três suspeitos de participação na compra do dossiê contra candidatos tucanos protocolaram o pedido de habeas-corpus ao TRF para evitar prisão por envolvimento com dossiê. [405]
  • Campanha dos governistas em apoio a Lula, deve ir até sábado, apesar do dossiê. [406]
  • O candidato do PT e presidente Lula, afirma que o pedido de prisão dos envolvidos do dossiê é uma "jogada política". [407]
  • A Polícia Federal afirma que já sabe que US$ 110 mil utilizados por petistas para comprar um dossiê contra políticos tucanos saíram de Miami para o banco Sofisa, em São Paulo. [408] A PF já cogita desvendar origem de todos os dólares antes das eleições. [409]
  • O vice-presidente, José Alencar (PRB), defende Lula diante do escândalo do dossiê, afirmando ter "certeza de que o presidente é absolutamente inocente nisso". [410]
  • Justiça autoriza quebra dos sigilos telefônico e bancário dos seis petistas considerados envolvidos com a compra do dossiê contra Serra. [411]
  • O ex-Ministro da Saúde durante 2002 e atual prefeito de Piracicaba (SP), Barjas Negri (PSDB), nega que esteja ligado com dossiê. Por meio de e-mail para Folha Online, diz que "não é verdade" a ligação dele com "a máfia dos sanguessugas". A Folha pediu uma entrevista ao prefeito ontem, mas Barjas não respondeu todas as perguntas. [412]
  • O Jornal Nacional, da Rede Globo, divulga a pesquisa do Ibope, a terceira pesquisa do mesmo instituto realizada após a crise política do dossiê, mostra que Lula lidera disputa presidencial e que vencerá o primeiro turno. [413]
  • Os advogados dos petistas acusados de envolvimento na a compra do dossiê contra tucanos, anunciam que eles pretendem recorrer do decreto de prisão feita horas depois ao TRF (Tribunal Regional Federal). [414]
  • São suspensos os mandados de prisão contra os seis envolvidos, por ordem do procurador da República Mário Lúcio Avelar, por causa de impossibilidade da prisão às vésperas da eleição. As suspensões ampliam atrito entre PF e procurador. [415]
  • Segundo a Polícia Federal, o ex-assessor de Mercadante, Hamilton Lacerda, entregou o dinheiro do dossiê. [416]
  • PT ingressa no Conselho Nacional do Ministério Público contra o procurador. [417]
  • Em reunião com ministros, Lula afirma que ainda avalia os riscos e só decide amanhã se irá ao debate presidencial à Rede Globo. [418]

[editar] 28 de setembro de 2006

  • No último programa de rádio, Alckmin aborda corrupção e Lula expõe propostas. [421]
  • A Polícia Federal anuncia que vai ouvir amanhã, Hamilton Lacerda e Freud Godoy sobre caso do dossiê. [422]
  • O Banco do Brasil exonera Expedito Veloso do cargo de diretor, antes mesmo ele ser ouvido pela comissão interna do banco. [423]
  • O presidente do PSDB, Tasso Jereissati, acusa PF de atrasar apuração sobre origem do dinheiro do dossiê: "Eu suspeito que a PF tenha todas as informações e esteja postergando as investigações para depois das eleições". [424]
  • Segundo aliados do Lula, o presidente deve participar de debate hoje na TV Globo. [425]
  • O candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante pede pressa na investigação de dossiê e diz que caso é "pesadelo". [426]
  • Jorge Lorenzetti deixa diretoria do Besc (Banco do Estado de Santa Catarina). [427]
  • A Justiça de Mato Grosso autoriza a quebra do sigilo do banco Sofisa. [428]
  • Polícia Federal declara que o Banco Sofisa recebeu, legalmente, remessa de dólares que eram provenientes de Miami e Nova Iorque.
  • O Banco do Brasil é acionado para informar quem comprou os dólares do Banco Sofisa, instituição onde parte do dinheiro de 248 mil dólares saiu e que foram apreendidos pela PF no Hotel Íbis.
  • O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, divulga a nota oficial que afirma que até agora, a Polícia Federal (PF) não pediu informações sobre dinheiro do dossiê à BC. [429]
  • A divulgação da nota de Meirelles, leva a suspeita da oposição de que a PF esteja trabalhando para não influenciar a campanha de Lula.
  • A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) divulga nota em que demonstra a preocupação com o cenário político brasileiro ao novo escândalo e que combate à corrupção não se discute em clima pré-eleitoral. [430]
  • O diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Frateski, rebate por meio da assessoria, as críticas da oposição nos últimos dias sobre a atuação da PF nas investigações do dossiê contra tucanos e que as críticas da oposição são "eleitoreiras" [431]
  • Surgem no meio da tarde, especulações de que Lula não irá comparecer ao debate presidencial na Rede Globo, por conta de adversários presidenciais que iriam usarem os escândalos políticos, palanque contra presidente e também um palanque que irá discursar não foi nem cancelado ou confirmado. [432] No início da noite, por volta das 19hs, por meio da assessoria, Lula confirma à Rede Globo que não vai para debate entre presidenciáveis. [433]
  • O Banco Central afirma que só deve revelar amanhã a informação sobre os nomes das corretoras que compraram dólares. [434]
  • O Banco Sofisa informa em nota que os dólares para pagar o dossiê vieram da cidade de Frankfurt, na Alemanha. Isso contraria a declaração da Polícia Federal que afirmou horas atrás que o banco recebeu legalmente os dólares em Miami e Nova Iorque. [435]
  • O candidato à reeleição ao estado de Minas Gerais, Aécio Neves, chama de "terceirização de responsabilidade" praticada pelo PT, ao referir ao caso do dossiê. [436]
  • A Justiça Federal de Mato Grosso autoriza Polícia Federal a vasculhar operações do banco Sofisa, após o pedido para a quebra parcial do sigilo bancário do banco ter sido feito horas depois. [437]
  • O delegado afirma que Hamilton Lacerda "esclarece" caso de dossiê amanhã. [438]
  • Investigações sobre a origem dos dólares mostra que teriam um só comprador em 4 locais diferentes. [439]
  • Na última propaganda eleitoral na TV de noite, os presidenciáveis trocam críticas. [440]
  • No interior de SP, Serra faz promessas e Quércia provoca ao referir que "Serra quando ele era ministro, e 70% das ambulâncias entregues no esquema dos sanguessugas foi com ele no ministério. Isso ninguém falou". [441]
  • Começa às 22h10 na Rede Globo, o debate presidencial dos candidatos. Os candidatos criticam duramente a ausência de Lula no 1º bloco do debate. [442] Corrupção no governo Lula domina 2º bloco de debate. [443] Durante debate, a ausência de Lula e corrupção dominam debate entre presidenciáveis [444]
  • Enquanto era realizado o debate presidencial dos candidatos, o presidente Lula, faz o no último discurso de campanha eleitoral em São Bernardo do Campo (SP) por cerca de 20 minutos e evitou falar de escândalos como a suposta compra do dossiê contra candidatos tucanos e critica "pequena elite preconceituosa" e volta a falar que se reelege no primeiro turno. [445]

[editar] 29 de setembro de 2006

  • Por volta da meia-noite, após terminar o debate presidencial na Rede Globo, os candidatos afirmam que o debate foi brando e sem confrontos. [446]
  • A Polícia Federal começa a ouvir Hamilton Lacerda (ex-coordenador de campanha de Aloizio Mercadante em São Paulo) e Freud Godoy (ex-assessor especial do presidente Lula), acusados na compra do dossiê, respectivamente manhã e tarde. Após depoimentos, Godoy deu explicações convincentes, mas Lacerda deixou dúvidas do que certezas. [447]
  • Hamilton Lacerda, ex-coordenador de campanha de Aloizio Mercadante ao governo de SP chega na hora marcada dizendo "Com licença. Com licença!", à imprensa em meio de fotógrafos. Lacerda nega no depoimento à PF, de ter transportado o dinheiro. Ele só falou às autoridades por 5 horas. Segundo o Polícia Federal e o Ministério Público, Hamilton Lacerda não só confirma o envolvimento com dossiê, como só ficou sabendo do dele no dia 4 de setembro, quando se encontrou em Brasília, com Jorge Lorenzetti, Osvaldo Bagas e Expedito Veloso, assessores de campanha do presidente Lula. No dia 7, Lacerda vai para a Isto É, oferecer negociação com a entrevista com Luiz Antônio Vedoin, chefe da máfia das sanguessugas. No dia 13, Lacerda admite à PF, que deixou a mala para depois ir ao hotel. Afirma que foi pela primeira vez ao Hotel Íbis às 8h e que deixou uma mala preta grande e que dentro dela tem só o material de campanha e boletos para quem quiser contribuir com a eleição. Horas depois, a revista IstoÉ entrevista Luiz Antônio Vedoin em Cuiabá. No dia 14, afirmou que deixou outra mala ás 23h com computador portátil. Lacerda implicou a campanha de Lula. [448]
  • A Polícia Federal envia para a perícia, os 28 DVD's gravados no Hotel Íbis, que anteciparam as prisões dos petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos, para o Instituto Nacional Criminalista, em Brasília, depois que estavam disponibilizados pela gerência do Hotel Íbis há quatro dias e da Polícia Federal ter feito busca na gerência do hotel há dois dias atrás.
  • O advogado Alberto Toron, que defende Lacerda, afirma que ele negou à PF ter levado dinheiro para compra e da negociação do dossiê: "Ele não levou o dinheiro", disse o advogado ao sair. [449] [450] "O Gerdimar receberia um DVD e, esse Gerdimar precisaria conferir tecnicamente, a autenticidade o material que receberia.", "Ele não manuseou em qualquer momento dinheiro (...) Ele desconhecia que material fosse pago", disse o advogado.
  • Enquanto o ex-coordenador da campanha de Aloizio Mercadante, Hamilton Lacerda, prestava o depoimento, vem ao público à informação que Lacerda ocupava também a função parlamentar do senador Mercadante, como cargo de comissão no Senado. [451]
  • O ministro das Relações Institucionais, Tasso Genro afirma à imprensa que o presidente Lula considerou acertada decisão de não ir a debate de ontem na Rede Globo. [452]
  • No depoimento, Lacerda disse que não teve o envolvimento com o dinheiro e nem sabia que o dossiê seria pago. O que mais intriga a Polícia Federal e o Ministério Público, é que nada do que ele disse ter deixado no hotel, foi encontrado pelos agentes federais.
  • Mais uma acusação contra o ex-coordenador da campanha de Aloizio Mercadante, Hamilton Lacerda: ele era o homem da mala que pagou o dossiê, antes de ser afastado da campanha.
  • Na tarde, era vez de Freud Godoy, ex-assessor especial do presidente Lula. Godoy repetiu à Polícia Federal e ao Ministério Público, a mesma história contada pela entrevista exclusiva à TV Globo. Por 3 horas de depoimento que durou até a noite, Freud Godoy deixou o prédio da PF-SP. Ele reafirma na entrevista exclusiva à TV Globo no dia 18 de setembro, que se encontrou com Gedimar Passos apenas 4 vezes, mas só tratar de assuntos relacionados à segurança do comitê de campanha de Lula em Brasília e nega o envolvimento com o dossiê. Godoy voltou a negar envolvimento na suposta compra do dossiê contra candidatos tucanos. [453] Godoy afirma ter encontrado Gedimar Passos no dia 29 de agosto, 17 dias antes de prisão. [454]
  • O advogado Agusto Botelho, que defende Godoy, afirma que ele pode ser inocente: "Cada vez mais eles estão convencidos que Freud não teve qualquer participação nesse episódio.".
  • O candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, José Serra, afirma que pode ganhar, mas não quer "cantar vitória". Ele voltou falar sobre o dossiê. [455]
  • A PF afirma que já tem dados sobre quem sacou parte do dinheiro usado na compra do dossiê, após receber os dados do Banco Sofisa. [456] [457]
  • O candidato à Presidência, Geraldo Alckmin (PSDB), critica ausência de Lula em debate, mas não do aliado e candidato à reeleição em MG, Aécio Neves. [458] Alckmin rebate o discurso de Lula de ontem à noite, ao falar que é "um fardo" governar com um país com uma "elite preconceituosa". "O problema do Brasil não são as elites, como afirmou o meu adversário", disse Alckmin. [459]
  • A candidata à Presidência, Heloísa Helena (PSOL) afirma que Lula articulou candidatura de Collor em Alagoas, estado onde a senadora foi eleita, critica a ausência do candidato. [460]
  • O juiz Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, revoga os pedidos de prisão de 6 envolvidos em compra de dossiê, por está três dias das eleições. [461]
  • A Polícia Federal apreende na tarde, os documentos na casa de ex-assessor de Mercadante, Hamilton Lacerda. [462]
  • O advogado do Luiz Antônio Vedoin, afirma que o cliente está preso devido a suspeita de 2º dossiê, ainda não apreendido pela Polícia Federal. [463]
  • A Polícia Federal anuncia que vai convocar para depor o candidato do PT ao governo de São Paulo, o senador Aloizio Mercadante, no caso do dossiê que seria empregado contra seu adversário na eleição, José Serra (PSDB). [464]
  • A PF identifica mais uma casa de câmbio que comprou dólares de petistas: A casa de câmbio Disk Line. [465]
  • Horas depois do depoimento de Hamilton Lacerda, o advogado do empresário Valdebran Carlos Padilha da Silva, nega em nota, que o cliente ter se encontrado com Lacerda durante as negociações para a compra do dossiê contra os tucanos. [466]
  • Vaza pela imprensa, 23 fotos em que aparecem dinheiro dólares e reais. As fotos do dinheiro foram inicialmente exibidas pelo portal do jornal Estado de São Paulo e outros portais de notícias na parte da tarde. Os maços de reais apreendidos trazem etiquetas da Caixa Econômica Federal, onde R$ 1.168.000 reais foram apreendidos. As notas de dólares aparecem com etiquetas do Banco Central de US$ 248.800. O total de dólares e reais é de cerca de R$ 1.700.000. É a primeira vez que vem ao público, o dinheiro apreendido pela Polícia Federal há 2 semanas, mas não mostrado depois da operação, o que contraria em operações anteriores, a PF mostre provas do crime para não ter dúvidas, mas a não divulgação do dinheiro suscitou suspeitas da oposição e até governistas de que poderia desmoralizar a candidatura de Lula. O dinheiro estava na empresa de valores, que foi fotografado durante a perícia da PF dia 28. [468]
  • Existe uma suspeita que credita o vazamento ao Delegado Edmilson Pereira Bruno que teria sido alocado para outras atividades já que o inquérito era de alçada da PF de Mato Grosso.
  • O ministro das Relações Institucionais, Tasso Genro, acusa o partido de oposição PSDB, de estar por trás da divulgação de fotos sobre caso dossiê, onde aparece o dinheiro que seria usado para a compra do falso dossiê contra os candidatos Alckmin e Serra: "A tentativa desesperada de criar um fato novo, eh de maneira ilegale [sic], inclusive que o processo estava em segredo de justiça, está em segredo de justiça, certamente eh, decorreu de um tipo de articulação de alguém do PSDB ou alguém da Polícia Federal que violou as normas processuais e fez essa exibição.", diz Genro. [469]
  • O coordenador da campanha eleitoral do PT à Presidência, Marco Aurélio Garcia afirma que é um ato criminal e tentar influenciar na reeleição de Lula, em um indireto ataque à oposição: "Tá em jogo aqui, é mais do que um ato criminal, mais do que uma violação de segredo de Justiça. É uma tentativa de influenciar o processo eleitoral brasileiro e tentar reverter uma tendência irresistível do presidente Lula à sua reeleição no dia 1º de outubro!". Ele comparou a divulgação de fotos com episódio do sequestro de Abílio Diniz. [470]
  • O delegado da PF-SP, Edmilson Bruno afirma à tarde, que foi vítima de furto, ao referir que as fotos vazadas foram roubadas e nega que a acusação do envolvido com o vazamento das fotos do dossiê: "Esse CD desapareceram aí e vinculou na imprensa. (...) Tão veiculando que eu cedi esse CD. Não fui eu que cedi esse CD. (...) Eu participei dessa perícia, vou dizer a verdade. Eu participei da mesma no Banco Central, na Caixa Econômica Federal com de [sic] mais alguns peritos. E essas fotos sumiram do meu arquivo. Só isso!".
  • O diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, determina a instalação imediata de sindicância interna na Superintendência Regional do Órgão em São Paulo, para apurar o responsável pela divulgação das fotos, no caso do vazamento de fotos do dinheiro do dossiê. [471]
  • A Polícia Federal divulga nota à imprensa no site, sobre o vazamento de 23 fotos: "Para esclarecer o episódio da divulgação das imagens do dinheiro apreendido, o que contraria decisão da Justiça Federal do Mato Grosso, a PF irá instaurar um procedimento disciplinar para averiguar as circunstâncias em que as fotos foram produzidas e divulgadas, e ainda se há algum servidor envolvido.A PF esclarece que as fotos da apreensão realizada no dia 15 de setembro pemanecem [sic] [permanecem] sob segredo no inquérito que apura o caso.". [472] [473]
  • O Superintendente da Polícia Federal de São Paulo, Geraldo José de Araújo Maia, lamenta o episódio do vazamento das fotos do dinheiro do dossiê e classifica como grave o vazamento das fotos do dinheiro do dossiê: "Já são uma foto não tem forma de valor jurídico nenhum. Ela tem valor, fator político e tudo que a Polícia Federal não queria, não quer, é miscurismo [sic] processo eleitoral. Ela tem que ser isenta, ela é polícia de Estado, não é polícia do governo. Isso contrariou a própria Polícia Federal.", afirmou Geraldo Maia. [474]
  • No início da noite, o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, recorre ao ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), José Delgado, o pedido para retirar do ar, fotos do dinheiro do dossiê, para não serem reproduzido por qualquer meio de comunicação [475], mas o pedido é negado de imediato. [476]
  • Horas depois, presidente do PSDB, Tasso Jereissati, nega as acusações de Tasso Genro, Marco Garcia e outros membros do PT. Para Jereissati, Tarso acusa o PSDB para desviar atenção de crime dos petistas. [477] Ele se defende na entrevista no Jornal Nacional, da Rede Globo: "O PSDB não é dado a essas práticas e espero que nem a Polícia Federal. Mas o ministro tinha que se preocupar mesmo é explicar 'da onde veio esse montão de dinheiro que tá aí'. A imagem é muito forte. O povo com certeza, diante de uma montanha de dinheiro dessa, fica chocado.", afirmou o presidente do partido.
  • Agripino Maia, líder do PFL no Senado, afirma que a publicação das fotos complica a situação do PT: "Ninguém pode agora dizer, do PT, nem do Lula, nem ninguém, que essa armação de quem é que seja. A prova do crime está mostrada!".
  • Ocorre assim o vazamento das fotos para a opinião pública. O PT se enfurece publicamente e dispara contra o PSDB e acusa-o de estar ligado ao Delegado Edmilson Bruno.
  • O comitê de campanha do PT, do presidente Lula, anuncia que vai pedir impugnação da candidatura de Geraldo Alckmin por vazamento de fotos. [478]
  • O candidato à reeleição, o presidente Lula, culpa o vazamento das fotos ao baixo nível de adversários: "Cada um mostrou o que sabe e o que pode mostrar. Daí a minha tranquilidade, o baixo nível da campanha. O baixo nível da campanha. Eu não posso falar mais alto por que se não vão dizer que eu estou fazendo discurso. Mas eu acho que o baixo nível dos meus adversários.".
  • Outros candidatos à presidência, comentam o vazamento das fotos da tentativa de compra do dossiê: Heloísa Helena afirma que "Infelizmente não são apenas os milhões de reais e dólares para a compra de dossiê. Só tem milhões de reais e dólares em espécie ou crime organizado, narcotráfico, empresa que faz caixa dois para ajudar candidatos ou dinheiro público que está em triangulação para organização não-governamental."; Cristovám Buarque: "A repercussão, da manipulação, de não ter deixado aparecer antes, acho que pode ser suficiente para levar o segundo turno. A opinião pública deve tá vendo, seguraram para só soltar para depois terminasse o horário eleitoral."; Geraldo Alckmin: Desapública tem que ser pública, isso é crime. Crime grave. Que a sociedade tem o direito de saber das responsabilidades. (...) A mãe da corrupção é a impunidade. (...) Nós não podemos tolerar a impunidade. (...) Há uma série de fatos ainda que não ser explicados.".
  • As fotos do dinheiro, supostamente provenientes do Delegado Edmilson Bruno foram inicialmente exibidas pelo portal do jornal Estado de São Paulo e outros portais de notícias na parte da tarde, a noite ganharia destaque em diversos telejornais. As fotos do dinheiro do dossiê acirram reta final da eleição. [479]
  • O Jornal Nacional, da Rede Globo, divulga as fotos do dossiê. As fotos era uns dos 4 jornalistas que receberam as fotos do delegado da PF, Edmílson Bruno, ontem de manhã. [480]

[editar] 30 de setembro de 2006

  • A revista Veja nº 1976, semana nº 39, datada no dia 4 de outubro, afirma que as tarjas que identificava reais encontrados nos quartos 475 e 479, quando a Polícia Federal prendeu os petistas, estavam identificadas na maioria dos reais apreendidos. Segundo a revista, a PF coletou apenas 5 lacres para amostra e que o restante fez questão em jogar no lixo. A afirmação da revista contraria a PF que afirmou ontem que seria difícil rastrear reais apreendidos nos quartos.
  • Em coletiva de imprensa, o candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Aloizio Mercadante, critica a atuação da imprensa no episódio da tentativa de compra de um dossiê contra tucanos. Para o senador, alguns veículos informativos estão "omitindo" a verdade e cobra atitude "republicana" da imprensa sobre dossiê. [481]
  • Quarta pesquisa de intenção de votos, a segunda feita pelo Vox Populi, mostra que a diferença de Lula para adversários recua para 4 pontos, mas ele se reelege. [482]
  • O delegado de superintendente PF-SP, Edmilson Pereira Bruno, durante a coletiva por telefone na tarde, confessou que foi mesmo que distribuiu as fotos, mas não quis gravar entrevista. Ele afirma que não há sentido de omitir o próprio nome e que não quer prejudicar os 5 peritos que estavam com ele na empresa de valores e que assume toda a responsabilidade pela divulgação das fotos do dinheiro apreendido. O delegado afirma que vai convocar coletiva de imprensa para explicar os motivos. Ao distribuir as fotos à imprensa na manhã de ontem, em uma conversa de 10 minutos, afirma que não fazia por vingança, mas por sentir prejudicado pela Polícia Federal por ter feito as prisões e sido afastado do caso. Alegou que as mesmas não estavam em "segredo de justiça" por não fazerem parte do inquérito e ressalva sua desconfiança por ter sido afastado do caso. [483]
  • A divulgação das fotos novamente provocou protestos do PT e as críticas foram dadas à imprensa e ao PSDB. O coordenador da campanha de reeleição do presidente Lula, Marco Aurélio Garcia, dá uma coletiva de imprensa de manhã, volta a dizer que o vazamento das fotografias teve o objetivo político e reclama que os jornais não contaram toda a história. Aurélio Garcia afirma que o delegado Edmilson Pereira Bruno, repassou o CD com as fotos do dinheiro aos jornalistas com intenção clara de prejudicar a campanha de Lula. O delegado foi o responsável pela prisão dos petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha quando negociaram a compra dossiê. "No momento em que foi passado, foi dito por esse delegado, de que o propósito dele era assim o propósito político. Que ele pretendia, ao difundir essas fotos, usando expressão grosseira que eu não vou reproduzir aí, mas que começa com a letra F, tanto ao governo, quanto ao PT. E retirou-se rapidamente dizendo tenho que lavrar o boletim de ocorrência, dando em conta em que o DVD foi roubado e com isso acobertado!". "Ele já sabia que nós sabíamos disso e que é então, se antecipado de uma certa forma.", Aurélio Garcia atribuiu a operação à oposição, mas se recusou a dizer quais seriam os partidos: "Há informações que não estão confirmadas que haveria, sendo entre uma interferência dos pa.... do, dos dois partidos da oposição, de sentido de estimular essa operação, talvez até estilo material.", afirmando indiretamente dois partidos da oposição, que poderia ser PSDB e PFL. Para Garcia, a imprensa deveria ter revelado a fonte da informação. No entanto é controverso, já que regras de países democráticos garantem fontes anônimas jornalísticas. As fotos foram divulgadas pelo delegado Edmilson Bruno, citado pela imprensa, como "fonte graduada pela Polícia Federal". "Não são quaisquer informações. São informações de caráter delitual. Entende? Quando o delegado disse que 'eu vou subir agora para forjar o boletim de ocorrência', entende? Nosta [sic] a imprensa está sendo informada de um delito!". Ele afirma que tem informações de que o delegado da Polícia Federal, Edmilson Bruno, teria dito aos jornalistas de que estava divulgando as fotos para atingir o PT: "Quando o delegado, fugindo de suas responsabilidades declara, que, vai fazer isso para ferrar, não foi bem essa expressão, eh, eh, o PT e o presidente Lula, ele está saindo a conduta funcional que se espera de um delegado.". Garcia afirmou que o PT pode provar que vazamento de fotos teve motivação política. [484]
  • O candidato à reeleição, o presidente Lula, no último dia da campanha eleitoral em São Bernardo do Campo, em São Paulo. Em 2 meses e meio, Lula visitou 39 cidades, fez 41 comícios. O presidente criticou a divulgação das fotos do dinheiro do dossiê: "Por que o delegado resolveu, quebrar o sigilo decretado pela Justiça e vendeu a informação pela imprensa, mentindo dizendo que, teria sido roubado o dossiê? O que me deixa mais indignado é por que, que a imprensa que estava presente e que ouviu a declaração dele, omitiu isso ontem a noite.".
  • O candidato à presidência, Geraldo Alckmin, faz ultimo dia da campanha. Em 5 meses, Alckmin visitou 117 cidades, participou de mais de 700 eventos de todo o país. Na era de jato da mídia eletrônica e das pesquisas eleitorais, os políticos se transformam em candidatos-relâmpagos. Em vez de comícios, caminhadas, carreatas e muitas entrevistas. Entre elas de hoje, no aeroporto do Rio de Janeiro, Curitiba e depois para São Paulo, onde convocou uma coletiva de imprensa no início da tarde, anunciando a suspensão da campanha eleitoral em respeito às vitimas do desastre aéreo da Gol 1907, ocorrida ontem à tarde. Alckmin volta a defender o aprofundamento das investigações sobre o dossiê: "É preciso descobrir de onde veio o dinheiro. Quem são os donos das contas. Como é que o dólar entrou no país. Eh, quem está por traz disso.". Ele aproveita a negar às acusações feitas horas depois do coordenador da campanha PT de Lula, Marco Aurélio Garcia, sem citar "os dois partidos", de que o PSDB estivesse qualquer envolvimento da divulgação das fotos, ao dizer que o PT quer "ganhar no tapetão". [485] [486]
  • O candidato do PSDB ao governo paulista, José Serra, ironiza acusação de Tarso Genro e elogia trabalho da Polícia Federal. [487]
  • O presidente nacional do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE), afirma à TV Jangadeiro, afiliada da Rede Globo, em Fortaleza, Ceará, que as reclamações de Aurélio Garcia, feitas horas depois, encobrem a questão verdadeira 'a origem do dinheiro': "Isso é o verdadeiro pânico. Ah, sobre divulgação dessas fotos, dessa montanha de dinheiro. Isso me parece quase que uma confissão de crime que o dinheiro era deles e que é um dinheiro ilegal.".
  • O Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Ministro Marco Aurélio Mello afirma que recebeu ameaça de morte e reforçou segurança. [488] O ministro defende a divulgação das fotos do dinheiro que seria utilizado pela compra do falso dossiê. Para o ministro a regra é "a divulgação dos fatos, o sigilo é a exceção". [489] [490]
  • O PT encaminha à Justiça Eleitoral, duas ações ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o pedido de cassação da candidatura de Alckmin, por suposto abuso de poder econômico no episódio do dossiê contra candidatos tucanos e também a investigação de suposto envolvimento do PSDB em ter o envolvimento com o vazamento de fotos. [491]
  • Eventual 2º mandato de Lula deve reduzir espaço do PT, dizem aliados. [492]
  • Redes de emissoras nacionais voltam a divulgarem as fotos do dossiê. As fotos era uns dos 4 jornalistas que receberam as fotos do delegado da PF, Edmílson Bruno, ontem de manhã.
  • O Superintendente da Polícia Federal de São Paulo, afirma ao Jornal Nacional, da Rede Globo, que o delegado Edmílson Bruno Pereira não será afastado de suas funções de imediato, mas diz que no término do processo administrativo, ele poderá perder o cargo. "O delegado não fala pela Polícia Federal. Acho que pode responder pelo seu comportamento, pela sua atitude. Não me passa pela cabeça honestamente nesse primeiro momento, admitir que ele tenha feito por dinheiro ou não, não, não. Agora, posso admitir plenamente que a notoriedade de ter atendido a ocorrência no dia 15, deva ter feito mal a ele.".
  • Também no Jornal Nacional, diz que o repórter da emissora que foi uns dos jornalistas que receberam as fotos, afirma em narração do apresentador Willian Bonner, que: "O repórter da TV Globo que recebeu as fotos, diz que o delegado conversou com os jornalistas durante 10 minutos e que momento nenhum, mencionou qualquer motivação política para a atitude. O delegado disse apenas que se sentia prejudicado pela Polícia Federal por ter sido afastado do caso, mesmo tendo efetuado as prisões.", concluiu o apresentador Bonner.

[editar] 1º de outubro de 2006

  • Para o governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), (que não é candidato à reeleição pelo estado), "certamente" eleição presidencial irá para 2º turno, por causa do caso dossiê. [493]
  • O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, diz que Lula pode vencer no primeiro turno e sobre o escândalo da compra de um dossiê contra tucanos, que envolveu a cúpula da campanha de Lula, afirma que o episódio "atrapalhou um pouco" a campanha dele. [494]
  • Após o término do horário para a votação, às 17hs em diferentes fusos horários, os TSE's de todos os estados começam a apurar os votos.
  • Por volta das 20hs (horário de Brasília), Lula aparece pouco mais de 52% da apuração dos votos contra os adversários, mas a vantagem cai com decorrer dos longos minutos, provocando o segundo turno presidencial. [495] Os votos do Estado de São Paulo levam a eleição presidencial para o segundo turno. [496]
  • O coordenador da campanha pela reeleição do presidente Lula, Marco Garcia, afirma que o PT "está preparado" para segundo turno. [497]

[498]

  • O candidato do PT ao governo do Estado São Paulo, o senador eleito em 2002, Aloizio Mercadante, admite a derrota e que cumprimenta pela vitória. Para Mercadante, o envolvimento de petistas no episódio da tentativa de compra de um dossiê antitucano "prejudicou de forma definitiva" sua campanha. [501] Mercadante chegou a subir nas pesquisas, mas o escândalo da compra do dossiê contra tucanos poucos dias antes da eleição interrompeu sua reação.
  • O vice-presidente da República, José Alencar, admite segundo turno na disputa presidencial. [502]
  • Aliados de Alckmin comemoram 2º turno e se dizem surpresos com votação. [503]
  • O TSE confirma 2º turno entre Lula e Alckmin. [504] [505]
  • Em entrevista à TV por assinatura Band News, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo, às 21hs 45min, que durou cerca de 10 minutos. Entre os trechos, ele afirma que dos 513 deputados, 100 deles estavam de fato envolvidos em corrupção, em referência aos escândalos do mensalão, sanguessugas e de outros do próprio governo e anteriores.

[editar] 2 de outubro de 2006

  • O ministro do STE, Marco Aurélio de Mello, afirma por volta da meia-noite, ao vivo em emissoras de TVs, que está decepcionado com a (re) eleição dos acusados de corrupção do governo atual e anterior. Mas reafirma mesmo que eles tenham o cargo de imunidade parlamentar, não terão os processos de cassação arquivados.
  • O deputado estadual Edson Aparecido (PSDB-SP) afirma que os governadores eleitos terão peso fundamental em campanha. Ele admitiu que o "escândalo do dossiê" ajudou a campanha do presidenciável tucano Geraldo Alckmin. [506]
  • O delegado da Polícia Federal do estado de São Paulo, Edmilson Pereira Bruno, dá uma longa coletiva de imprensa na PF-SP, dando mais uma versão sobre as fotos. Era essa intenção do delegado Edmilson Bruno para explicar os motivos da divulgação das fotos do dinheiro. O pedido de falar dentro do prédio, o delegado conversou com os repórteres num restaurante vizinho. Agora dá uma nova versão, pela primeira vez, dizendo que divulgou as fotos para se proteger, por que os três CDs do material sumiu da sala do delegado. "Se alguém pegou os CD [sic], para que a utilidade seria? Para me prejudicar, para beneficiar, para vender o CD para alguém, para fazer alguma montagem, eu incriminando ou absolvendo alguém, até pra me prejudicar.", ele nega que tenha agido por motivos políticos: "Momento algum me pactuei com qualquer pessoa do PSDB. Sou apartidário. Eu não participo em reuniões políticas com ninguém. Eu não tenho culpa que isso tudo aconteceu nas vésperas das eleições.", ao ser perguntado pelo repórter da Rede Globo, se "o senhor recebeu dinheiro para divulgar essas fotos?", ele nega: "Mas de forma alguma! Oh, antes que queriam quebrar meu sigilo, faço questão de até fornecer tudo que eu tenho.", o delegado Edmílson Bruno insiste que não viu nada de errado em distribuir as fotos aos jornalistas: "Essas fotos não estão no inquérito, então elas não estão sob segredo de Justiça e até posso ser punido por causa disso. Eu não quebrei nenhum sigilo profissional. Foto não é fato e o fato já estava no domínio público. Então qual é o segredo?". O delegado abriu a investigação paralela. [507]
  • O prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT-MG), diz que Lula não foi pego de surpresa com segundo turno. [508]
  • Alckmin afirma que Lula "teve a sua chance, o povo deu a ele a sua chance. Eu acho que ele deixou passar essa chance. O Brasil poderia ter crescido mais, poderia ter tido um governo melhor". [509]
  • Em entrevista coletiva, o presidente Lula diz que vitória vai demorar um pouco mais e "faltou voto" para 1º turno. O presidente evitou apontar o envolvimento de petistas com o episódio do dossiê contra tucanos como responsável pelo segundo turno e que o PT conseguiu foi “dar um tiro no pé”, ao referir o dossiê em que acusava os políticos do PSDB, que impediu vencer no primeiro turno. [510]
  • Em defesa ao TSE, advogados do Lula dizem que não precisava de dossiê anti-tucano. [511] [512] [513]
  • Para cientistas políticos, debate de presidenciáveis será decisivo no 2º turno. [514] [515]
  • A confirmação do segundo turno e o caso dossiê leva Bovespa subir 1,67% e dólar recuar. [516]
  • Políticos do PT culpam os petistas de São Paulo, envolvidos na tentativa de compra do dossiê, pela responsabilidade do 2º turno presidencial. [517] [518]
  • O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nega pedido do PT para investigar PSDB e Geraldo Alckmin, por falta de supostas provas que liguem o vazamento das fotos do delegado Edimílson Bruno ao PSDB. [519]
  • O presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati diz que campanha de Alckmin no 2º turno deve retomar de onde parou "como uma novela", reforçando ainda mais as cobranças sobre a origem do dinheiro do dossiê contra candidatos tucanos. [520]
  • O presidente do PT, Ricardo Berzoini, encaminha ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) o arquivamento da investigação judicial eleitoral contra ele no caso do suposto dossiê negociado por petistas para prejudicar candidatos tucanos. Berzoini pede ao TSE o arquivamento da investigação sobre o dossiê. [521]
  • O doleiro Clóvis Alves da Costa informa que o Banco Central mantém em seu sistema os que permite saber o nome de comprador do dossiê. [522]
  • Após uma reunião do conselho político no Palácio da Alvorada, o PT escala vencedores para abrir fogo contra "retrocesso" tucano. [523] [524]

[editar] 3 de outubro de 2006

  • Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o governador reeleito de Mato Grosso, com 65% dos votos, Blairo Maggi diz que apoio do 2º turno será tomado por lideranças políticas e admite pela primeira vez que o escândalo do dossiê prejudicou a vitória do presidente Lula no primeiro turno. [525]
  • Segundo o jornal El Clarín, de Buenos Aires, Argentina, eleição brasileira deve servir de lição ao presidente argentino Néstor Kirchner, em referência ao escândalo do dossiê. [526]
  • O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-SE), afirma que o próprio partido se mantém rachado no segundo turno e que vai ser um "jogo novo" sobre o dossiê. [527]
  • O comando da campanha de Geraldo Alckmin vai priorizar Estados onde teve votação menor no 1º turno e insistir nos ataques ao Lula sobre o dossiê. [528]
  • No primeiro discurso no Senado depois das eleições para deputados e senadores, o vice de Alckmin acusa Lula de empáfia ao comemorar vitória no 1º turno. [529]
  • O senador Heráclito Fortes (PFL-PI) consegue reunir junto com a oposição dos senadores ao governo Lula, assinaturas para pedir abertura de CPI das ONGs. A nova CPI é vista para investigar as ONGs ligadas ao governo Lula, inclusive ao escândalo do dossiê. [530]
  • O governador eleito da Bahia, Jaques Wagner (PT), que já foi ministro no governo Lula em 2003, classifica a tentativa de petistas de comprar um dossiê para incriminar políticos tucanos como "uma coisa medíocre, uma operação tabajara" e defende expulsão de petistas envolvidos com dossiêgate. [531]
  • O PT divulga a nota da campanha do presidente Lula, em que o candidato vai buscar eleitores que votaram em branco ou nulo. [532]
  • O governador licenciado do Paraná, Roberto Requião (PMDB), adia anúncio de apoio ao Lula. [533]
  • O empresário ligado ao PT, Valdebran Padilha volta depor à Polícia Federal em Cuiabá (MT) na tarde sobre o suposto dossiê contra políticos tucanos que seria comprado por integrantes do PT. [534] O depoimento de Valdebram Padilha durou mais de 5 horas e terminou às 21hs. O empresário conta como foi as primeiras negociações para a compra do dossiê, quando no dia 6 de setembro, se reuniu no Hotel Metropolitan em Brasília com Expedito Veloso e com uns dos chefes da máfia dos sanguessugas, Darci Vedoin. Já no fim da negociação, no dia 13 de setembro, Valdebram Padilha se hospedou no Hotel Íbis, em São Paulo, com outro emissário do PT, Gedimar Passos. Durante o depoimento, a PF mostrou imagens do circuito interno do hotel. Padilha confirma que "o homem da mala de dinheiro" era o ex-coordenador de campanha de Aloizio Mercadante ao governo do estado de São Paulo pelo PT, Hamilton Lacerda. Padilha reconheceu que a mala em que Hamilton Lacerda carregava, quando entrou no hotel e se encontrou com Gedimar Passos e diz que a mala é o mesmo que estava o dinheiro de R$ 1.700.000 reais. No depoimento que deu à PF no dia 29/9, Lacerda teria dito que a mala havia apenas papéis e o computador portátil.
  • A Polícia Federal vai analisar para quem Hamilton Lacerda telefonou durante a negociação de compra do dossiê. A PF quer comparar os nomes de quem recebeu as ligações de Hamilton Lacerda com os nomes de quem comprou dólares em 20 casas de câmbio e operadores de turismo. Foram umas dessas empresas que vendeu partes dos dólares encontrados com Valdebran Padilha e Gedimar Passos. É uma nova frente de investigação, para tentar o que a PF considera difícil de descobrir: de onde veio o dinheiro, o que até agora, os envolvidos não quiseram revelar. A Polícia Federal já afirma que deve pedir a prisão de ex-assessor de Mercadante, Hamilton Lacerda. [535]
  • A Polícia Federal diz que não encontrou indícios de ligação do ex-assessor da Presidência, Freud Godoy com o dossiê, na véspera do inquérito fosse encerrado. Se terminasse amanhã, a PF não indiciaria Freud. [536]
  • Petista diz que bancaria defesa de Vedoin no caso sanguessuga. [537]

[editar] 4 de outubro de 2006

  • A ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, assume a campanha de Lula em São Paulo. [538]
  • A CPI dos Sanguessugas não consegue reunir quorum e adia para a próxima semana votação de mais de 100 requerimentos de convocação de envolvidos na compra do dossiê contra candidatos tucanos. É a terceira vez que a comissão se reúne na tentativa de votar os requerimentos ser adiada. [539]
  • O presidente do diretório do PT-SP, Paulo Frateschi, critica duramente a postura de Lula no episódio do dossiê. Em sua opinião, os envolvidos não devem ser classificados de "aloprados" ou de "meninos". [540]
  • A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, segunda aliada do presidente Lula, defende "medidas drásticas" a expulsão dos petistas acusados de comprar um dossiê contra políticos tucanos por R$ 1,7 milhão

[541]

  • Pressionado por todos os lados e alvo de ataques de lideranças do PT, o presidente nacional do partido, Ricardo Berzoini, convoca executiva do PT para reunião. [542] Apesar disso, petistas pressionam para que Berzoini deixe o cargo após o fim da reunião. [543]
  • A deputada federal Zulaiê Cobra (PSDB-SP) defende a abertura de processo de impeachment contra o presidente Lula em razão da tentativa de compra de um dossiê contra tucanos e quer "acabar definitivamente" com o PT. [544]
  • A Polícia Federal abre inquérito para investigar o empresário Abel Pereira, também alvo do dossiê conta tucanos e acusado por Luiz Antonio Vedoin, chefe da máfia dos sanguessugas, de agir em nome do PSDB com ligação com Barjas Negri. O empresário alega ser vítima de trama política. [545]

[editar] 5 de outubro de 2006

  • Parlamentares que são membros da CPI dos Sanguessugas anunciam que vão viajar no próximo domingo dia 8 à noite ao Cuiabá (MT), para acompanhar as investigações sobre a compra de um dossiê pelo PT contra políticos tucanos. [546]
  • Integrantes de várias correntes do PT afirmam que vão aproveitar a reunião extraordinária de hoje, para pedir a suspensão de filiados acusados de envolvimento com a compra do dossiê contra políticos do PSDB. [548]
  • Responsável por denunciar o mensalão ao jornal Folha de S. Paulo, no dia 6 de junho do ano passado, que foi estopim para grave crise política iniciada em 14 de maio desde então, com sucessivas denúncias de corrupção, o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson diz que dinheiro do dossiêgate veio do valerioduto. Uma prova, segundo ele, é o uso de R$ 1,7 milhão para a compra de um dossiê contra políticos tucanos. [549]
  • A operadora de telefonia celular Claro, atrasa informações sobre sigilos telefônicos de envolvidos no dossiê contra tucanos. Há uma semana, a Justiça Federal de Mato Grosso determinou a quebra de sigilo telefônico dos envolvidos. [550]

[editar] 6 de outubro de 2006

  • Segundo o jornal "Le Figaro", de Paris, França, Lula tem que reconquistar a classe média para o segundo turno das eleições. [551] [552]
  • Em entrevista às 4 emissoras de rádios da Bahia, o presidente Lula admite que o excesso de confiança e o escândalo do dossiê prejudicaram a campanha no 1º turno. Ele defende a permanência de Bezoini e que não via necessidade nesse momento o presidente do PT deixar o cargo. [553] [554]
  • A Executiva Nacional do PT reúne disposto a afastar Berzoini e outros envolvidos no caso dossiê e também para traçar estratégias do segundo turno. O debate central porém, será a crise do dossiê. [555]
  • Hamilton Lacerda e Jorge Lorenzetti, dois dos petistas envolvidos no escândalo da compra de dossiê contra candidatos do PSDB, anunciam a própria desfiliação do PT. [556]
  • Diversas lideranças do PT anunciam que vão preservar campanha afastando envolvidos com dossiê. [557]
  • Na entrada da reunião da Executiva Nacional do PT, Walter Pomar, um dos coordenadores de campanha de Lula, defende a saída de todos petistas envolvidos: "Esse seria bom por demais fizessem isso reconhecendo de público, o que ele fizeram. Além de prejudicar enormemente o partido a campanha, também os colocou na prática fora do partido.".
  • A Executiva Nacional do PT anuncia que dois petistas foram desfiliados do partido: Jorge Lortenzetti, ex-chefe de grupo de análises Análise de Rico e Mídia e Hamilton Lacerda, ex-assessor de imprensa da campanha de Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo. A decisão foi comunicada no fim de tarde e quem não se desfiliou vai ser encaminhada a Comissão de Ética e expulso do PT: Valdebran Padilha, Osvaldo Bargas e Expedito Veloso. Ou seja: o PT decide expulsar todos os envolvidos do dossiê. [558]
  • O presidente nacional do PT, Ricardo Bezoini, afirma que ouviu as ponderações dos colegas da executiva nacional do PT e decide no final da reunião, licenciar do cargo presidência nacional do PT e que fica fora da presidência "pelo tempo necessário para o completo esclarecimento do envolvimento de petistas" na tentativa de compra do dossiê: "Ao meu afastamento nesse caso tem único objetivo, não deixar nenhum embaraço para o pleno funcionamento da executiva nesse momento.", ele afirma que fica fora da presidência do PT, pelo tempo necessário pra o completo esclarecimento envolvimento dos envolvidos: "Minha licença tem com objetivo demonstrar nosso compromisso com o caráter coletivo com o nosso projeto. Reafirmo que jamais incentivei, determinei ou concordei com forma de ilegalidade, ou irregularidade nos assunto que tiveram sob a minha responsabilidade.", disse ao se afastar. Ao saber de que Lula disse à quatro emissoras da Bahia a favor da permanência no cargo ele comenta: "Recebi com satisfação da manifestação do presidente, eh, mas foi decisão tomada a partir num debate com os membros do executivo.". Quem assume no lugar de Bezoini é o coordenador de campanha de Lula, Marco Aurélio Garcia, que é o 5º presidente do PT desde 2002: "Eu tenho absoluta certeza que, rapidamente será lançada a luz necessária sobre esse episódio e que, eh, eu vou ver livre desse abacaxi no Freud devolvendo, ao meu, eh, querido amigo e companheiro.".
  • Inicialmente Bezoini não queria se afastar da presidência, mas a revelação dos envolvidos do dossiê com ligação do PT, levou a situação dele insustentável e as pessoas mais próximas dele afirmaram que mesmo não esteja envolvido, ele era responsável direto pelo grupo de inteligência da campanha. Houve uma tentativa de não crucificar Bezoini sem nenhuma investigação mais rigorosa e alguns dirigentes do PT chegaram a propor o prazo da licença com prazo determinado, mas o próprio Bezoini afirmou que isso não teria sentido. A saída dele à presidência seria para não prejudicar a campanha de Lula. [559]
  • O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), coordenador geral da campanha do Geraldo Alckmin, passa o ataque do partido PSDB contra Lula por conta do escândalo do dossiê por duas semanas antes do primeiro turno, passar a se defender contra o PT. O motivo é a acusação do próprio PT em que se Alckmin seja eleito, irá privatizar empresas estatais feitas pelo governo anterior, Fernando Henrique Cardoso. [560]
  • Lula abre campanha em Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), a primeira para o segundo turno. [561]
  • A Polícia Federal anuncia em Cuiabá, que vai convidar Bezoini para prestar o depoimento para esclarecer sobre participação do escândalo. Segundo a PF, o número de telefone de Berzoini aparece várias ligações feitas pelos principais envolvidos na tentativa da compra do dossiê. [562]
  • A PF afirma que recebeu da operadora de telefonia Claro, a relação de ligação feita por Hamilton Lacerda nos dias próximos da negociação em setembro. Os dados estão sendo analisados.
  • A coordenadora da campanha do presidente Lula, Marta Suplicy, diz que afastamento de Berzoini foi uma medida de "bom senso". [563]
  • Maior surpresa do primeiro turno, o governador eleito da Bahia, Jaques Wagner (PT), 55, afirma que dossiês existem de porretadas, ao referir os envolvidos do dossiê. [564]
  • O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso diz que no Brasil é difícil não fazer alianças com pessoas acusadas e comenta resultado das eleições: "Primeiro, seu grupo cometeu muitos erros, construindo esse dossiê contra nosso candidato em São Paulo, José Serra. Depois, ele [Lula] não foi ao debate, (...)". [565]

[editar] 7 de outubro de 2006

  • Segundo o jornal Folha de S. Paulo, elogio de Lula foi senha para tirar Berzoini da presidência do PT. [566]
  • Segundo o candidato Alckmin, "Patota" petista deixa governo ineficiente e corrupto. Ele afirma que vai levar para o debate deste domingo na Band, o primeiro do segundo turno, o tema da crise do dossiê, [567] nega que fará privatizações e reprova petistas. [568]

[editar] 8 de outubro de 2006

  • PF (Polícia Federal) anuncia vai pedir à justiça quebra de sigilos de 500 telefones de envolvidos com dossiê. [569]
  • Os candidatos Lula e Alckmin fazem 1º debate presidencial na TV, só que na Rede Bandeirantes. [570] Lula e Alckmin começam debate com ataques mútuos. Alckmin questionou de onde veio o dinheiro do dossiê contra políticos tucanos. [571] Lula responde que Alckmin foi o único a ganhar com caso dossiê e o não-instalação de 69 CPIs no governo estadual (2001-2006) [572] O debate termina com acusações e ataques dominam debate entre eles. [573]

[574] [575]

  • Após debate, Lula diz que Alckmin é "samba de uma nota só". [576]
  • O presidente do PSDB, Tasso Jereissati, confirma estratégia de atacar governo por escândalos. [577] [578]

[editar] 9 de outubro de 2006

  • A candidata ao governo do estado do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, comparar Alckmin com FHC é uma "canoa furada" para Lula. [581]
  • A CPI dos sanguessugas afirma que vai se reunir amanhã para votar cerca de 170 pedidos de quebra de sigilo telefônicos [582]
  • O vice-presidente da República, José Alencar diz que Alckmin mostrou "comportamento desesperado". [583]
  • Membros da CPI das Sanguessugas chegam ao Cuiabá, Mato Grosso na manhã para se encontrar com o delegado da PF que investiga o caso e a Justiça Federal. [584] O delegado afirma que a tentativa de buscas bancária foi um fracasso e que vai pedir quebra do sigilo telefônico de mais de 500 linhas.
  • De encontro com o delegado que comanda as investigações, os parlamentares da CPI dos Sanguessugas disseram que a Polícia Federal tem uma nova linha de investigação a partir dos papéis encontrados com partes dos reais apreendidos com Gedimar Passos e Valdebran Padilha. Segundo os deputados, a Polícia Federal fez exames nas cintas de dinheiro e papéis, encontrados junto com as notas do dossiê, vieram no jogo do bicho e de casas de bingos. Segundo os deputados, a polícia acredita que as anotações e os carimbos onde se lê "CAXIAS" e "CAMPO GRANDE" não seriam de instituições bancárias. [585] [586]
  • Segundo o deputado Paulo, afirma sobre a investigação: "Pelo volume de recursos em notas miúdas, isso pode ter vindo de casas de bingos, jogo de bicho, casas lotéricas, grandes armazéns que negociam os centros comerciais das principais cidades do Centro-Sul e do Sudeste, nós entendemos que toda pista tem que ser apurada, deve ser investigada.", para descobrir a origem desses reais, a PF já solicitou a quebra de sigilo de 650 linhas telefônicas. É uma grande operação de cruzamentos de ligações entre os envolvidos do caso. [587]
  • Já as buscas da origem dos dólares, o delegado Diógenes Curado, pediu que a 26 casas de câmbio e corretoras de valores que compraram dólares do Banco Sofisa, que informem: quanto compraram, para quem venderam e se ainda há estoque a alguma quantia.
  • Antes de saírem em Cuiabá, os integrantes da CPI anunciaram: vão convocar para prestar esclarecimentos o empresário Abel Pereira, acusado de intermediar a venda das ambulâncias da Planam de Luiz Antônio Vedoin para gestão do ministro da Saúde, Barjas Negri, do último ano do governo de Fernando Henrique Cardoso. "Que nós estamos estabelecer é exatamente que tipo de relação Abel tinha com o Vedoin. Se era relação negocial, se era negociação de amizade, se era negociação promíscua, na qual favorecia o Vedoin. É importante saibamos qual é o nível de relacionamento.", afirmou o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).
  • Os parlamentares da CPI dos Sanguessugas que estiveram em Cuiabá, afirmam que vão convidar o deputado federal reeleito Ricardo Bezoini (PT-SP) para prestar esclarecimento na CPI, sobre o possível envolvimento dele na compra do dossiê
  • Debate da Band repercute na CPI dos Sanguessugas. [588]
  • A coordenadora da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Marta Suplicy, chama Alckmin de "caçador de marajá atual". [589]
  • O último Ministro da Saúde do governo FHC e atual prefeito de Piracicaba (SP), Barjas Negri anuncia que vai processar Lula por causa das acusações no debate. Lula afirmou que "transação obscura é a compra do dossiê" contra os tucanos. [590]
  • O ex-assessor da Presidência da República, Freud Godoy, volta a negar participação na compra do dossiê contra tucanos e encaminha ao TSE, para se defender das acusações. [591]
  • O agente aposentado da Polícia Federal, Gedimar Passos, nega conhecer a origem do dinheiro do dossiê. [592]
  • O líder do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo, Ênio Tatto, disse que Lula errou em acusação sobre dossiê na TV. [593]
  • Lula chama dossiê de "coisa imbecil" e diz que tinha chance de vencer no 1º turno. [594]

[editar] 10 de outubro de 2006

  • CPI dos Sanguessugas se reúne para votar mais de 200 requerimentos. [595] Em uma reunião tumultuada, O presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia, adia requerimentos de convocação e quebras de sigilo dos suspeitos de envolvimento na compra do dossiê contra candidatos do PSDB. [596] Mas a votação dos requerimentos é adiada pela 4ª vez por conta por clima eleitoral. [597]
  • As equipes da Polícia Federal do Mato Grosso e de São Paulo, responsáveis pelas investigações sobre a compra do dossiê contra candidatos tucanos, se reúnem para trocar informações sobre dólares do dossiê, em Cuiabá. [598]
  • O Coordenador de Lula e presidente nacional do PT, Marco Aurélio Garcia, nega a existência de conflito entre presidente Lula e o candidato derrotado ao governo de São Paulo, Mercadante. Segundos rumores, as relações entre Lula e Mercadante estariam estremecidas surgiram após o episódio do dossiê, quando um assessor de campanha do senador admitiu envolvimento no escândalo e foi afastado. [599]
  • Senadores governistas e oposição trocam acusações no Senado na campanha presidencial. [600] Suspeita-se que o discurso sobre privatização do PT contra PSDB quer desviar foco do dossiê. [601]
  • Alckmin sugere que o governador reeleito de MG, Aécio Neves, seja presidente em 2010. [602]
  • A Justiça manda quebrar os sigilos bancário e fiscal de empresário Abel Pereira. Dessa vez, eles serão questionados sobre a suposta tentativa de Abel Pereira de comprar o dossiê que seria utilizado pelos petistas para atacar a campanha do hoje governador eleito José Serra. [603]
  • Ex-assessor de Lula, Freud Godoy, segue sob investigação, dizem a Polícia Federal de Cuiabá (MT) e o Ministério Público Federal. [604]

[editar] 11 de outubro de 2006

  • Vários jornais em circulação nacional, acusam o presidente licenciado do PT, o deputado federal pelo PT, Ricardo Berzoini, de ser o mentor do dossiê.
  • Alckmin promete se caso seja eleito, o Aerolula vai mesmo ser vendido para construir hospitais e chama a corrupção "a companheirada" do PT. [605] e acusa Lula de uso da máquina. [606]
  • PF tem indícios de que Berzoini sabia do dossiê, diz membro da CPI. [607]
  • Berzoini rebate acusações de que seria o mentor da compra do dossiê, em publicações dos jornais. [608]
  • A Polícia Federal marca para dia 13 em São Paulo, o presidente licenciado do PT, Ricardo Berzoini, e o empresário Abel Pereira, sobre a compra de um dossiê pelo PT contra políticos tucanos. [609] [610]
  • Apesar de ter sido convidado a depor na Superintendência da Polícia Federal dia 13 sobre o escândalo do dossiê, Ricardo Berzoini, só será ouvido pela Polícia Federal no dia 17. [611] [612] [613]
  • A Polícia Federal quer ouvir o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) sobre a negociação de emissários petistas para a compra do dossiê contra tucanos montado pelos empresários Darci e Luiz Antonio Vedoin. [614]
  • Defesa de ex-policial Gedimar Passos é inverossímil, diz chefe da PF-SP. [615]

[editar] 12 de outubro de 2006

  • Segundo analistas entrevistados pelo jornal Folha de S. Paulo, crise do dossiê perde fôlego e patrocina a recuperação de Lula. [616]
  • No primeiro dia de campanha de rádio, Lula promete melhorias e Alckmin fala de ética e educação. [617]
  • PF afirma que investiga pelo menos 200 mil saques acima de R$ 10 mil. [618]
  • O Ministério Público Federal diz que vai pedir à Justiça a quebra de sigilos de Freud Godoy. [619]
  • Depoimento de Abel Pereira é prorrogado na próxima semana. A data e o local ainda não foram definidos. Ele será ouvido sobre a compra de um dossiê pelo PT contra políticos tucanos. [620]
  • O presidente e candidato à reeleição Lula, se defende na Justiça e alega que não seria beneficiado com material do dossiê. [621]
  • No primeiro dia de campanha de TV, Lula e Alckmin usam novas estratégicas. Lula volta a usar "Lulinha paz e amor" e Alckmin volta a falar pelo "voto por um Brasil decente". [622] [623]

[editar] 13 de outubro de 2006

  • Lula se defende do caso dossiê e Alckmin volta citá-lo na campanha na TV. [624] [625]
  • A PF diz que vai enviar na próxima semana à CPI, dados sobre dossiê e sanguessugas, [626] depois entra na Justiça com 100 pedidos de quebra de sigilos telefônicos. [627]
  • O senador Sérgio Guerra, coordenador da campanha de Alckmin, diz que Lula foge de debate para evitar dossiê. Segundo Guerra, o presidente não vai ao debate para evitar questionamentos sobre o dossiê neste momento em que as investigações avançaram. [628]
  • Em depoimento, o empresário Valdebran Padilha afirma que sua tarefa era certificar existência do dinheiro do dossiê contra candidatos tucanos. [629]
  • Segundo a PF, petistas ligaram para órgãos federais antes da entrega do dossiê. [630]
  • O senador e candidato derrotado ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, admite encontro com petistas antes de operação. [631]

[editar] 14 de outubro de 2006

  • Após eleição, partidos começam a discutir disputa interna. [632]
  • O PSDB entra uma ação no TSE contra Lula por conta das acusações feitas pelo candidato à reeleição contra o partido e Alckmin nos últimos dias que fazem "campanha de ódio", [633] mas o TSE concede parte do direito de resposta. [634] Horas depois, o partido nega no TSE que gastou menos no social que Lula. [635]
  • O PT reage: entra uma ação no TSE contra a campanha de Alckmin por mostrar as fotos do dinheiro do dossiê, [636] mas o pedido é negado. [637]
  • A revista Veja, nº. 1978, nº. 41, datada do dia 18 de outubro, afirma que Freud Godói, se encontrou Gedimar Passos no dia 18 de setembro, fora do horário de expediente da Polícia Federal em São Paulo. Segundo a revista, a revelação do encontro foi feita pelos 3 delegados da PF que pediram anonimamente das identidades. Na mesma reportagem, a revista afirma que está ocorrendo uma “Operação Abafa” nas investigações que envolvem os ex-membros do PT, sob liderança do ministro da Justiça, Macio Thomaz Bastos sobre o dossiê, que poderia evitar revelações que atingem diretamente contra o governo Lula às vésperas do segundo turno.
Operação Abafa

Nas últimas semanas, uma operação abafa foi deflagrada para tentar apagar as chamas mais destruidoras levantadas pelo escândalo da compra do dossiê Depois de acusar Freud de ser o mandante da compra do dossiê em seu depoimento inicial, Gedimar recuou, retirando a única referência a Freud feita até agora na investigação do caso.[...] Tudo graças ao "novo" Gedimar, que agora diz ter sido pressionado a entregar o nome de Freud por métodos de tortura psicológica praticadas pelo delegado que o prendeu – Edmilson Bruno, o mesmo que divulgou as fotos do dinheiro usado para comprar o dossiê.

Segundo um relato escrito por três delegados da Polícia Federal e encaminhado a VEJA, Espinoza e Freud, acompanhados de dois homens não identificados, fizeram uma visita a Gedimar na noite de 18 de setembro, quando ele ainda estava preso na carceragem da PF em São Paulo. A visita ocorreu fora do horário regular e sem um memorando interno a autorizando. Um encontro com um preso nessas condições é ilegal. Ele pode ser encarado como obstrução das investigações ou coação de testemunha. De acordo com o relato dos policiais, o encontro foi facilitado por Severino Alexandre, diretor executivo da PF paulista. O encontro ocorreu logo depois da acareação regular entre Freud e Gedimar, um encontro de cinco minutos que, segundo o relato oficial, transcorreu em silêncio da parte de Gedimar. O mais interessante, no relato dos policiais, viria a seguir. Severino teria acomodado os petistas em seu gabinete e determinado a Jorge Luiz Herculano, chefe do núcleo de custódia da PF, que retirasse Gedimar de sua cela. Herculano resistiu, pretextando corretamente que o preso estava sob sua guarda e que não havia um "memorando de retirada".

A PF é uma organização altamente profissional mas seus delegados são pessoas, eleitores e têm lá suas ligações políticas com o PT e com seu adversário, o PSDB. VEJA procurou esclarecer se os delegados que narraram as cenas citadas o fizeram por motivação política e, principalmente, se elas podiam ser levadas a sério. Em conversas telefônicas com os três delegados da PF, duas delas presenciadas por repórteres de VEJA, Herculano disse ter obedecido a ordem do delegado Severino de levar o preso Gedimar para um encontro com os petistas. Ele alegou na conversa presenciada pelos repórteres que o fez por receio de problemas futuros com seu superior hierárquico. Disse também que receava confirmar o caso a jornalistas e deu a seguinte explicação: 'Depois nossos chefes vão dizer que sou louco e vão tentar me demitir, como fizeram com o delegado Bruno', disse ele. [638]

Tesoureiro do PT reuniu-se com Freud

O tesoureiro do diretório nacional do PT e coordenador de infra-estrutura da campanha do candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Paulo Ferreira, reuniu-se com Freud Godoy, ex-assessor especial da Presidência, após o depoimento que este prestou à Polícia Federal sobre a tentativa frustrada de compra de um dossiê contra o governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB). [639]

  • Horas depois, o ministro Thomaz Bastos nega que esteja liderando o abafamento das investigações sobre o dossiê.
  • Horas depois, a Polícia Federal de São Paulo, nega a visita de Freud Godói ao Gedimar Passos [640] e anuncia a abertura de inquérito para saber quem seria os três delegados, que revelaram a suposta visita deles.
  • A leitura das 30 páginas de depoimentos prestados pelos protagonistas da tentativa frustrada de compra do dossiê contra José Serra (PSDB), governador eleito de São Paulo, revela que os acusados se contradizem sobre dossiê. [641]

[editar] 15 de outubro de 2006

  • Na campanha da TV, Alckmin critica a demora da Polícia Federal pela demora para investigar o dossiê e lembra que hoje completou 1 mês do aniversário do novo escândalo envolvendo PT. [642] [643] [644]
  • PT e PSDB voltam a pedir o direito de resposta em propaganda eleitoral. [645] [646]

[editar] 16 de outubro de 2006

  • Em uma nota à imprensa, a Polícia Federal, considera a nova denúncia da revista Veja a dois dias atrás, de “leviana e fantasiosa” e que afirma que todas às vezes “tem o nome de pessoas registradas na entrada e saída no livro”. Nega que eles teriam se encontrado fora do horário de expediente, ao afirmar que isto ocorreu apenas uma vez, quando foram para depor. Na nota, a PF diz que abriu investigação interna para saber quem são os três delegados que afirmaram o encontro entre Freud Godói e Gedimar Passos.
  • A direção nacional do PDT, liderado pelo presidente nacional, Carlos Lupi, anuncia no Rio de Janeiro, que não vai apoiar Geraldo Alckmin e decide ficar neutro na disputa do segundo turno. "Todos estão livres para seu exercício de voto, sem no entanto ter, ninguém, nenhum filiado ao PDT ao norte e sul de ousa sigla, a bandeira e a imagem do partido.".
  • Na manhã, o candidato Alckmin volta a fazer campanha, gravando campanha no horário eleitoral em São Paulo. Ele afirma à imprensa na mesma cidade, que a investigação para descobrir a origem do dinheiro para tentar pagar o falso dossiê “está em passos de tartaruga”. Ele defendeu que a OAB que acompanhe as investigações da Polícia Federal: "Eu acho que é uma segurança para a sociedade. Por que essas investigações vão a passos de tartaruga. A Polícia Federal é uma boa polícia. Agora o PT está escondendo é óvio.", depois foi para o Nordeste. Chegando ao São Luís, Maranhão, teria que administrar uma situação delicada na corrida eleitoral: a candidata local Roseana Sarney (PFL-MA), partido aliado ao cenário nacional ao PSDB, nem foi se encontrar com Alckmin e já declarou apoio ao Lula e corre risco de ser expulsa do partido. Alckmin foi recebido por eleitores e lideranças locais e declarou voto ao adversário dela: "E se eu votasse no Maranhão, eu voto no Jackson Lago!". Lago é do PDT e que a visita seria para atrair o apoio do partido, mas o PDT nacional decidiu ficar neutro.
  • A TV Cultura, da cidade de São Paulo, revela no fim de manhã, uma entrevista gravada na manhã, em que Lula dá mais uma versão a saída do presidente nacional do PT, Ricardo Bezoini. Antes da entrevista, o presidente recebeu a visita do ministro Márcio Thomaz Bastos no Palácio da Alvorada e nem saiu do local. O presidente afirmou na entrevista sobre o caso dossiê, chamou Ricardo Bezoini para falar pessoalmente, “para saber quem do PT teria feito a burrice na compra do dossiê”. Bezoini teria dito que "não sabia", mas as respostas dadas por ele sobre o caso foram insuficientes para convencer Lula e mandou que saísse da presidência do PT, após uma única alternativa de fazê-lo. No meio da tarde, o presidente foi para Campina Grande, Paraíba, para cumprir a agenda de campanha para pedir os votos: "Não esqueça, que eu preciso de um votinho também, para ganhar as eleições!".
  • O presidente da CPI, Antônio Carlos Biscaia, afirma que o dinheiro da tentativa da compra do dossiê “é ilícito”.
  • O ex-presidente nacional do PT, Ricardo Bezoini, é convocado para depor na Polícia Federal para amanhã, sobre o caso da compra do dossiê.
  • O presidente do STF, Marco Aurélio de Mello, cobra em discurso, em São Paulo, a rapidez das investigações sobre o dossiê, que para ele, “está demorando há mais de um mês”.
  • O direito de informações obtidas com a quebra de sigilos bancários e telefônicos dos acusados. Algumas ligações feitas pelos envolvidos chamam atenção: vários telefonemas foram dados em frequência poucos dias antes das prisões de Passos e Padilha para o diretório do PT e um ministério (que não teve nome divulgado) em Brasília.
  • Partidos de oposição se reúnem em Brasília para pedirem a convocação de todos os envolvidos na nova denúncia sobre o caso do dossiê, feita pela revista Veja há dois dias. Os presidentes nacionais de PSDB, PFL e PPS decidem pedir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que investigue os envolvidos na denúncia em que a revista afirma que está ocorrendo uma “Operação Abafa” nas investigações, sob liderança do ministro da Justiça, Macio Thomaz Bastos, com a colaboração de delegados. A oposição quer a OAB acompanhe as investigações: "Não existe mais credibilidade no Ministério da Justiça para levar a investigação sozinha, da maneira como está acontecendo, já estava ficando cada vez mais claro e recorrente, com a participação do Ministério da Justiça na tentativa de deputar os fatos.", disse o presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati.
  • A coordenação de campanha de Lula reage com os ataques da oposição e convoca para amanhã, uma reunião com os partidos aliados para discutir o que chama de tentativa da oposição de desestabilizar o processo eleitoral: "Impactados por essa impossibilidade de resolver a coisa nas urnas, estão querendo resolver com tapetão. (...) Isso em linguagem futebolística.", afirmou Marco Aurélio Garcia, coordenador de campanha do Lula.
  • O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, afirma na noite ao telejornal SBT Brasil, do SBT, que tem informações da Polícia Federal de que não houve o encontro entre Gedimar Passos e Freud Godoy citado na reportagem. Segundo Thomaz Bastos, os dois só tiveram juntos em uma acareação feita em São Paulo. O ministro diz que a denúncia é uma tentativa de privatizar a investigação sobre o caso, que está sendo conduzindo de maneira exemplar pela Polícia Federal.

[editar] 17 de outubro de 2006

  • A seção da CPI dos Sanguessugas, marcada para votar os requerimentos de convocação e quebras de sigilos, se transformou em palanque eleitoral. Houve discussão e bate-boca entre governistas e opositores: entre eles está deputado Antônio Carlos Biscaia e a senadora Ideli Salvati, ambos do PT. Salvati: "Quem teria afinado no voto?"; Outro parlamentar: "A senhora quer cultuar..."; Outro parlamentar: "Nós temos..." Biscaia: "Não! A senhora não vai ganhar no grito não. Não vai abrir recessão!"; Salvati: "Quem vai gritar... Ganhar no grito?"; Biscaia: "Não grito não!". E teve que ser interrompida pelo Biscaia: "Eu vou suspender os trabalhos por 10 minutos pra ver se quando fica calmo.", mesmo assim houve bate-boca. Apesar dos gritos dos parlamentares do PSDB e PT, terminaram em um acordo. A oposição ganhou os governistas e aprovou a convocação do ex-coordenador da campanha presidencial e ex-presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, para a CPI dos Sanguessugas e outros sete envolvidos na tentativa da compra do dossiê foram também convocados: Gedimar Passos, Valdebran Padilha, Jorge Lorenzetti, Expedito Veloso, Osvaldo Bargas, Hamilton Lacerda e Freud Godoy. A CPI pediu a quebra de sigilo bancário e fiscal de Godoy. O governo tentou aprovar a convocação do ex-secretário Abel Pereira na gestão de José Serra no Ministério da Saúde, ligado ao PSDB, mas não conseguiu. Ele é acusado de participar na máfia das sanguessugas, intermediando a liberação de emendas durante a gestão de Negri. A senadora Ideli Salvati (PT) reclamou: "Bastou chegar um requerimento que causa constrangimento à oposição por barraco se instalar!"; já o senador, Athur Virgílio (PSDB), também reclamou: "Iniciado ao no dia, as comissões todas, inclusive ao inquérito, tem que parar!". Os integrantes da CPI também aprovaram o convite e não a convocação, aos 4 ex-ministros da Saúde para o depoimento na comissão: José Serra e Barjas Negri, no governo de Fernando Henrique Cardoso; Humberto Costa e Saraiva Felipe no governo Lula. A sessão acabou antes. Apenas os depoimentos de Gedimar Passos, Valdebran Padilha e Jorge Lorenzetti, foram marcados pelos parlamentares para o dia 31 de outubro.
  • "Já estão perto do fim", a informação sobre origem de dinheiro do dossiê, segundo o diretor Paulo Lacerda, que promete uma resposta à sociedade antes do segundo turno das eleições.
  • Em Cuiabá, Mato Grosso, o Procurador-Geral da República, Mário Lúcio Alencar, pediu a quebra do sigilo bancário e do registro de negócios de Bolsa de Valores do ex-assessor da presidência, Freud Godoy, da esposa dele e Hamilton Lacerda, acusados no envolvimento do dossiê.
  • Em Brasília, o ex-presidente do PT, Ricardo Berzoini, entra escondido na Polícia Federal do carro com vidros escuros, para ser ouvido na Policia Federal. Desde que os emissários do PT foram presos com R$ 1,7 milhão de reais, Berzoini deu várias explicações sobre o dossiê: primeiro negou qualquer ligação do partido; chegou a dizer que ninguém do comitê do PT poderia viajar e buscar informações sem autorização; depois o braço-direito de Berzoini do comitê, Jorge Lorenzetti, admitiu que viajou com passagens pagas pelo PT para buscar o dossiê em Cuiabá; Bezoini acabou admitindo que sabia que os integrantes do comitê estariam oferecendo informações para a revista. Ricardo Berzoini depôs à PF no depoimento como testemunha, que durou por cerca de 2 horas, que contratou Lorenzetti para fazer Análise de Risco da campanha, mas não sabia nada sobre a negociação do dossiê e que não sabe a origem do dinheiro, ao negar a negociação para a compra do dossiê. Segundo a PF, o dinheiro estava na mala do ex-coordenador de campanha do PT em São Paulo, Hamilton Lacerda, que já se defendeu. Segundo Lacerda, disse que havia boletos de arrecadação de campanha presidencial, mas Berzoini estranhou a explicação de Lacerda, que foi visto entrando no hotel onde foram presos os petistas com o dinheiro e que carregava uma maleta, disse que ele não tinha função de pedir o dinheiro para a campanha.
  • Os cruzamentos das informações obtidas com as quebras de sigilos telefônicos e bancários, dados obtidas de informantes já levaram a PF a várias conclusões. Os investigadores fecharam o quebra-cabeça do dossiê, já encontraram a origem e a parte do caminho percorrido pelo montante de R$ 1,7 milhão de reais que seria usado para comprar os documentos. Essas informações permanecem sob segredo de justiça e ainda não podem ser revelados. A polícia agora concentra esforços em operações de inteligência: casas de cambio, de bingo e bancas do jogo do bicho estão sendo investigadas. Os principais pontos percorridos pelos investigadores estaria em Rio de Janeiro, São Paulo (...) caras mãos para a tese montada pela PF que pode permitir a conclusão do inquérito: "Falta essas provas materiais. Agora se a nossa tese é a melhor, é aquela realmente vai esclarecer o caso, somente o pulso das investigações vão demonstrar.", afirmou Daniel Lorenz superintendente da PF-MT.
  • A oposição vai para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cobrar a agilidade da investigação sobre o dossiê. Enquanto isso, os governistas protestam contra o que eles chamam de "manobras dos adversários". Os partidos que apóiam a reeleição de Lula decidiram que a partir de agora não haverá trégua. A coordenação de campanha tem afirmado que os oposicionistas querem ganhar eleição no tapetão: "Nós vamos está extremamente atentos, pra evitar qualquer atitude, manobra em que a oposição tente desestabilizar o processo político da escolha do povo brasileiro.", afirmou Henrique Fontana (PT-RS) líder do governo do PT.
  • Os partidos da oposição que foram ao TSE para pedir a ampliação da investigação sobre o dossiê contra tucanos reagiu: "Desestabilizar o país é usar de meios escuros, discursos de dinheiro criminoso durante a campanha eleitoral e depois abusar o poder da Polícia Federal, instituição fundamental à democracia para abafar o mesmo caso.", afirmou Tasso Jereissati, presidente nacional do PSDB.
  • A oposição se reuniu também com o presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal, Sandro Torres Avelar. O presidente defendeu o projeto que defende a autonomia para a PF, mas ao contrário do que diz a oposição, afirmou que a investigação sobre o dossiê está sendo conduzida com isenção: "Não existe 'Operação Abafa'. Eu acredito que a investigação esteja sendo conduzida eh, da forma com [sic], como ter conduzida em termos policiais.", afirmou Sandro Avelar.
  • Os partidos de oposição pedem para Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que investigue uma possível liberação de verbas do governo federal para o governo de Mato Grosso, com o objetivo de apoio eleitoral e o PT reagiu. A oposição acusa o presidente Lula de abuso de poder, por que ele teria prometido R$ 1 milhão de reais aos agricultores de Mato Grosso em troca de apoio ao governador reeleito Blario Maggi. O governo anunciou que a Medida Provisória só será assinada no dia 30 de outubro, um dia depois das eleições. "Se o governo tá dizendo que vai fazer e só mudou a data, é uma confissão de que vai fazer. Ou seja, que conseguir o apoio em troca daquelas medidas!", afirmou Tasso Jereissati, presidente nacional do PSDB. Já o coordenador da campanha de reeleição de Lula, se defende: "Recursos pro agro-negócio não estão vinculados. Eh, nenhum, de forma alguma a campanha eleitoral. O governo fica sempre entre a cruz e a caldeir. Eh, ou ele, tome iniciativas e acusado de uso eleitoreiro da máquina administradora ele não toma iniciativa é acusado de paralisia do governo!".
  • Os presidentes nacionais dos partidos PSDB, PFL e PPS, pressionaram o corregedor-geral do TSE para que o tribunal investigue a suposta "Operação Abafa" no caso do dossiê. Segundo a denúncia da revista Veja, a manobra teria sido comandado pelo Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. "A Polícia Federal não pode ser transformar em polícia política, de perseguir em quem dependente quem é pura.", afirmou Roberto Freire, presidente do PPS.
  • O governador reeleito pelo Mato Grosso, Blario Maggi, pede desfiliação do PPS por apoiar a reeleição Lula. O pedido foi aceito pelo presidente do PPS, Roberto Freire.

[editar] 18 de outubro de 2006

  • A Polícia Federal faz a operação em casa de jogo do bicho na cidade do Rio de Janeiro, que aponta indícios que o dinheiro teria vindo para prejudicar os políticos do PSDB.

[editar] 19 de outubro de 2006

  • A Polícia Federal afirma que uma pessoa "conhecida nacionalmente" é entre uns dos que trocaram telefonemas com os acusados da tentativa de compra do material do dossiê contra os candidatos do PSDB, Alckmin e Serra, Jorge Lorenzetti.

[editar] 20 de outubro de 2006

Desmorona a versão de que Gedimar houvera sido pressionado pelo delegado Edmilson Bruno

Cara a cara com Freud Godoy e diante de uma delegada e dois agentes federais, o advogado petista Gedimar Pereira Passos sustentou a versão de que o ex-guarda-costas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve no comando da trama do dossiê Vedoin. Foi no final da tarde de 18 de setembro que Freud e Gedimar foram colocados na mesma sala da Delegacia de Defesa Institucional da Polícia Federal, em São Paulo. Na primeira etapa da sessão, ele não retirou nada daquilo que tinha declarado. Manteve sua denúncia - o envolvimento de Freud na negociata. Na parte final da acareação, Gedimar invocou o direito constitucional de só falar à Justiça. Alegou que seus advogados “não tiveram acesso aos autos”. Na explicação entregue posteriormente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que investiga suposto envolvimento do presidente na farsa do dossiê, Gedimar, que é ex-agente da PF, disse que havia apontado Freud porque o delegado que o prendeu, Edmilson Bruno, o submetera a forte pressão. [647]

Freud se reúne com assessor de Lula por quase 3 horas em SP. [648]

  • O jornalista Bob Fernandes, do site Terra Magazine, noticia às 12h31min, em primeira mão, a possibilidade de que ex-presidente do PT, Ricardo Berzoini e ex-ministro da Casa Civil e deputado cassado José Dirceu possam ser envolvidos nas ligações telefônicas com Jorge Lorenzetti, mas pede cautela: "O cuidado é extremo porque os assuntos podem ser muitos em mais de 600 telefonemas cruzados, mas o fato inquestionável é que as ligações foram feitas e estão sendo apuradas as motivações. Como dezenas de dados cruzados são de contatos feitos em instituições públicas, não se descarta terem sido de natureza corriqueira os telefonemas e, por isso, o cuidado em não divulgar uma informação de maneira leviana. Entende-se que o caso está politizado e partidarizado ao extremo por conta do afunilamento da eleição presidencial e que, portanto, a conexão precipitada de nomes com fatos ainda não devidamente esclarecidos contribui apenas para a ainda maior partidarização do caso. (...)", conclui o jornalista Fernandes.
  • A Polícia Federal revela que uma pessoa "conhecida nacionalmente" que afirmou ontem, é também ligada ao PT: José Dirceu. Ele era Ministro da Casa Civil (2003-2005) e deputado cassado por participação no Escândalo do Mensalão: segundo a PF, ele trocou telefonemas com uns dos acusados da tentativa de compra do falso dossiê, Jorge Lorenzetti. O anúncio confirma a notícia do jornalista Bob Fernandes, do site Terra Magazine.
  • Horas depois, o ex-ministro e deputado cassado José Dirceu, nega que seja ligado ao Escândalo do Dossiê no próprio e até então desconhecido no chamado “Blog de José Dirceu” que mantém no ar desde 8 de agosto, afirma ser uma "onda de boatos", que nega que seja mais um integrante do PT ligado ao escândalo: “Preparem-se para a onda de boatos, que só crescerá até o dia 29. (...) Evidentemente não tenho nada a declarar, até porque não fui demandado por nenhuma autoridade. Mas quero reiterar que não tive nenhuma participação no caso do dossiê, assim como não tive participação na campanha majoritária em São Paulo ou na campanha nacional.”. A notícia postada pelo Dirceu negando a ligação, recebeu em poucas horas, quase 300 mensagens. Horas depois, o próprio blog dele cita o site do Jornal Nacional dizendo: "O advogado de Jorge Lorenzetti, Aldo de Campos Costa, afirmou que seu cliente negou ter feito qualquer ligação para José Dirceu às vésperas da tentativa de compra do dossiê. Segundo o advogado, Lorenzetti afirmou ter feito contato com o ex-ministro somente em agosto", mas não diz qual o dia desse mês.
  • O “Blog de José Dirceu” é muito usado para fazer propaganda de reeleição de Lula e os integrantes do PT acusados ou não de corrupção, contra os integrantes de partidos de oposição, especialmente o PSDB e PFL. Mas desde a estréia em agosto, o blog sofre constantes ataques pesados de internautas com ofensas pessoais e públicas contra ex-deputado e palavras de baixo calão (palavrões são comuns nas mensagens deixadas).

[editar] 21 de outubro de 2006

[editar] 22 de outubro de 2006

  • O deputado Raul Jungmann (PPS-PE), convoca coletiva de imprensa, anunciando que entrou horas depois em recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar que a Polícia Federal acelere as investigações sobre o escândalo do falso dossiê contra políticos do PSDB, que dura há mais de 30 dias.

[editar] 23 de outubro de 2006

[editar] 24 de outubro de 2006

[editar] 25 de outubro de 2006

[editar] 26 de outubro de 2006

  • Em sabatina ao jornal “O Estado de S. Paulo”, Geraldo Alckmin cobra novamente a origem do dinheiro do dossiê, que foi usado contra ele mesmo e políticos do PSDB.
Ao contrário do que diz Bastos, PF descumpriu norma ao omitir foto do dinheiro

A Polícia Federal descumpriu a instrução normativa 006/DG/DPF -assinada em 26 de agosto de 2004 pelo seu próprio diretor-geral, Paulo Lacerda- ao proibir a apresentação de imagens do dinheiro apreendido com ex-petistas na operação do dossiê contra o candidatos do PSDB. O documento, que ‘institui a política de Comunicação Social do Departamento de Polícia Federal’, determina que materiais apreendidos sejam exibidos para ilustrar reportagens e evitar estimativas equivocadas. O inciso VII do artigo 31 da norma é explícito: "Em consonância com os princípios, diretrizes e fundamentos jurídicos e regimentais da política de Comunicação Social do DPF, deverão ser adotadas as seguintes condutas na divulgação: A apresentação de material apreendido em operações policiais, visando ilustrar reportagens, evitando-se em tais atribuir-se valores estimativos."A instrução descumprida está em vigor, segundo a assessoria de imprensa da PF e delegados consultados pela Folha. [649]

[editar] 27 de outubro de 2006

[editar] 28 de outubro de 2006

[editar] 29 de outubro de 2006

[editar] 30 de outubro de 2006

[editar] 31 de outubro de 2006

Jornalistas constrangidos na PF

A pretexto de obter informações para uma investigação interna da corregedoria sobre delitos funcionais de seus agentes e delegados, a Polícia Federal intimou cinco jornalistas de VEJA a prestar depoimentos. Eles foram os profissionais responsáveis pela apuração de reportagens que relataram o envolvimento de policiais em atos descritos pela revista como "uma operação abafa" destinada a afastar Freud Godoy, assessor da presidência da República, da tentativa de compra do dossiê falso que seria usado para incriminar políticos adversários do governo. Três dos cinco jornalistas intimados – Júlia Duailibi, Camila Pereira e Marcelo Carneiro – foram ouvidos na tarde de terça-feira pelo delegado Moysés Eduardo Ferreira. Para surpresa dos repórteres sua inquirição se deu não na qualidade de testemunhas, mas de suspeitos. As perguntas giraram em torno da própria revista que, por sua vez, pareceu aos repórteres ser ela, sim, o objeto da investigação policial. Não houve violência física. O relato dos repórteres e da advogada que os acompanhou deixa claro, no entanto, que foram cometidos abusos, constrangimentos e ameaças em um claro e inaceitável ataque à liberdade de expressão garantida na Constituição. [650][651]

[editar] 1º de novembro de 2006

[editar] 2 de novembro de 2006

Em depoimento à PF, Gedimar nega ter se reunido com Freud na sede da polícia. [652]

[editar] 3 de novembro de 2006

  • A Vicatur entrega documentos à Polícia Federal (PF), dizendo que não tem como saber a saída de 1,7 milhão US$ (dólares) por que não tem o cadastro dos clientes.

[editar] 4 de novembro de 2006

[editar] 5 de novembro de 2006

[editar] 6 de novembro de 2006

[editar] 7 de novembro de 2006

  • O ex-ministro da Saúde no governo de FHC, Barjas Negri, começa a depor à CPI das Sanguessugas, que nega o envolvimento com a máfia das sanguessugas.
  • Também depõe à CPI, Luiz Antônio Vedoin, que reafirma as acusações de Abel Pereira. Ele inocentou 4 deputados acusados de sanguessugas e acusou o deputado presente na sessão, em que Vedoin até pediu a quebra de sigilo telefônico em que falou com o deputado. O deputado nega.

[editar] 8 de novembro de 2006

Delegado confirma operação da PF para isolar o governo do escândalo do dossiê

Em depoimento ao Ministério Público Federal, o delegado confirmou a operação abafa denunciada por VEJA no dia 14, em sua edição de 18 de outubro. Essa operação, deflagrada na PF em São Paulo, consistiu em afastar do escândalo do dossiê o nome de Freud Godoy, ex-assessor especial do presidente Lula. De acordo com Bruno, o governo não só interferiu na condução do caso como os chefes da Polícia Federal em São Paulo cercearam a investigação As declarações de Bruno também deixam patente toda a articulação da cúpula da polícia e do governo para evitar que o caso respingasse no presidente Lula. [653]

Sociedade reage a intimidação de jornalistas pela PF

O constrangimento e as ilegalidades impostas aos jornalistas de VEJA nas dependências da Polícia Federal, em São Paulo, suscitaram manifestações de repúdio de jornais, colunistas, políticos e entidades de classe. [654][655][656][657][658]

  • O piloto Tito Lívio Ferreira depõe por 2 horas na PF em Campo Grande (MS) e após o depoimento, confirma a imprensa que voaria no dia 16 de setembro, o dia da prisão de Padilha e Passos, foi cancelado e que retornou para a cidade de São Paulo.

[editar] 9 de novembro de 2006

  • Segundo o Blog de Josias de Souza, vai haver "Acordão" para antecipar fim da CPI em um mês. Segundo o blog de Josias de Souza, o presidente da CPI das Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), informou reservadamente a alguns parlamentares que a comissão deve ser encerrada bem antes do previsto.

[editar] 10 de novembro de 2006

[editar] 11 de novembro de 2006

Fita de Godoy no Ibis

Colegas solidários ao delegado Edmilson Bruno, da Polícia Federal, que corre o risco de ser punido por vazar para jornalistas as fotos da dinheirama da gangue do dossiê, garantem a existência de imagens de Freud Godoy, amigão do presidente Lula e seu ex-assessor, conversando ao celular, no Hotel Íbis, em São Paulo, dez minutos antes da prisão dos “aloprados”. Os petistas foram presos nesse hotel com R$ 1,7 milhão. A fita não tem som. [659]

Dinheiro do dossiê seria incinerado, crê PF. [660]

Repórteres Sem Fronteira condena quebra do sigilo telefônico da Folha a pedido da Polícia Federal. [661]

Pefelista pede providências contra delegado e juiz por quebra de sigilo. [662]

[editar] 12 de novembro de 2006

Ao depor na Polícia Federal, Arlindo Barbosa, dono da MS Táxi Aéreo, negou conhecer Valdebran Padilha, da gangue do dossiê, mas descobriu-se depois que eles são sócios na Airtechs Indústria Aeronáutica, que presta serviços aeromédicos para órgãos federais e a secretaria de Saúde do Mato Grosso do Sul. [663]

[editar] 13 de novembro de 2006

[editar] 14 de novembro de 2006

[editar] 15 de novembro de 2006

PF diz não ter elementos para indiciar envolvidos no dossiê

"A Polícia Federal de Cuiabá afirma agora não ter elementos suficientes para indiciar os ex-petistas envolvidos na negociação do dossiê antitucano e vai pedir que a Justiça Federal prorrogue as investigações por pelo menos mais 30 dias. Tanto o delegado federal Diógenes Curado quanto o procurador da República Mário Lúcio Avelar avaliam que ainda há diversas situações a serem esclarecidas no caso. O prazo para a conclusão do inquérito sobre a tentativa de venda do dossiê termina no dia 26. As apurações já foram prorrogadas uma vez. Há três semanas, a PF chegou a anunciar que poderia indiciar os envolvidos." [664]

[editar] 16 de novembro de 2006

  • O jornal diário Folha de S. Paulo divulga que mais um envolvido no escândalo do dossiê: é o deputado federal Carlos Abicalil, do PT-MT. Segundo o jornal, citado pelas fontes da Polícia Federal e da CPI, Abicalil é mais um que teve o próprio nome à negociação em torno do dossiê da empresa Planam da família Vedoim, em agosto. Foram ligações que ocorreram em datas em que a negociação da compra do dossiê estava se iniciando ou em datas que a compra do dossiê e a negociação em si estava sendo finalizada. Segundo a CPI, o deputado Abicalil ligou também duas vezes para Valdebran Padilha, o emissário de Luiz Vedoin, preso no hotel em São Paulo com o dinheiro que seria usado na compra do dossiê.
Carlos Abicalil (MT), deputado federal do PT, trocou pelo menos 20 ligações com Expedito Veloso, um dos negociadores da documentação. A denúncia é o jornal Folha de S. Paulo, citando fontes da PF. [665]
  • Horas depois, em nota, o deputado Carlos Abicalil não desmente os telefonemas. Admite as ligações com Padilha nos dias citados pelo jornal. Disse que vai analisar a quebra de sigilo telefônico e que está disposto a dar esclarecimentos à CPI.
  • Poucas horas depois, a Assessoria de Imprensa do Deputado Federal Carlos Abicalil PT-MT, divulga no site oficial do deputado, que ele não conhece qualquer dado do sigilo telefônico da CPI dos Sanguessugas, que não foi notificado pela Polícia Federal, Ministério Público Federal ou pela própria CPI. A assessoria afirma que fez contato com o deputado federal Antônio Carlos Biscaia, Presidente da CPMI, anunciou vai pedir "a cópia dos dados mencionados e antecipou sua disposição para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários".
  • Segundo o Jornal Nacional, da Rede Globo, a CPI das Sanguessugas vai investigar ligações do deputado Carlos Abicalil durante a negociação frustrada para a compra do dossiê contra tucanos. [666]

[editar] 17 de novembro de 2006

Bastos tem dúvida sobre gravidade do dossiê Vedoin

A Polícia Federal está investigando, é preciso ver realmente se isso tem uma grande gravidade ou se não tem uma grande gravidade

Ontem Bastos adotou a cautela ao falar da questão do dinheiro do dossiê. 'Agora, por todos os meios que tem e com toda sua carga de êxito de 300 operações bem-sucedidas em quatro anos, a PF vai tentar descobrir a origem do dinheiro', afirmou. [667]

[editar] 18 de novembro de 2006

[editar] 19 de novembro de 2006

[editar] 20 de novembro de 2006

  • O Presidente da CPMI, o deputado federal Antônio Carlos Biscaia retorna para Brasília e que deverá ser protocolado o requerimento e obtido o acesso ao processamento eletrônico desenvolvido pela própria Comissão, ainda não concluído sobre Abicalil.

[editar] 21 de novembro de 2006

[editar] 22 de novembro de 2006

[editar] 23 de novembro de 2006

[editar] 24 de novembro de 2006

[editar] 25 de novembro de 2006

[editar] 26 de novembro de 2006

Para PF, Berzoini ordenou a petistas compra de dossiê

Após dois meses de investigação, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal firmaram a convicção de que a decisão de compra do dossiê contra tucanos partiu de Ricardo Berzoini, então presidente do PT e coordenador-geral da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. [668]

[editar] 27 de novembro de 2006

[editar] 28 de novembro de 2006

[editar] 29 de novembro de 2006

[editar] 30 de novembro de 2006

[editar] 1º de dezembro de 2006

[editar] 2 de dezembro de 2006

[editar] 3 de dezembro de 2006

[editar] 4 de dezembro de 2006

  • A Justiça Federal dá à Polícia Federal que conclua as investigações sobre o escândalo do dossiê até o dia 23 de dezembro e também dá 20 dias para que também conclua as investigações contra o empresário Abel Pereira.

[editar] 5 de dezembro de 2006

[editar] 6 de dezembro de 2006

[editar] 7 de dezembro de 2006

[editar] 8 de dezembro de 2006

[editar] 9 de dezembro de 2006

[editar] 10 de dezembro de 2006

[editar] 11 de dezembro de 2006

[editar] 12 de dezembro de 2006

[editar] 13 de dezembro de 2006

[editar] 14 de dezembro de 2006

  • A CPI dos Sanguessugas aprova o relatório final em que pede o indiciamento de apenas 10 pessoas. Ficam de fora os 71 parlamentares que a CPI pedir a cassação dos mandatos, sem nenhum protesto de parlamentares que compõem a CPI. Dos 10 indiciados pela CPI, 6 são integrantes do PT acusados na tentativa da compra do dossiê e que foram chamados de "aloprados" pelo presidente Lula. As 58 prefeituras foram colocadas suspeitas e isenta os 4 ex-ministros, cada um no governo atual e anterior.
  • Raul Jungmann nega que houve "acordão" na aprovação do relatório final.
  • O relator da CPI, Amir Lando, afirmou que a isenção dos parlamentares e os ex-ministros foi devido a falta de acordo com a oposição ontem, caso não incluísse o caso do dossiê que supostamente teria vindo caixa 2 do PT, hoje fez que incluir por outro motivo: o dinheiro teria sido crime eleitoral.

[editar] 15 de dezembro de 2006

[editar] 16 de dezembro de 2006

[editar] 17 de dezembro de 2006

[editar] 18 de dezembro de 2006

[editar] 19 de dezembro de 2006

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[editar] Cronologia dos Fatos de 2007

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