História da Arménia
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A Arménia foi um império regional com uma cultura rica nos anos que antecederam o século I.
Em 301, a Arménia foi o primeiro estado a adoptar formalmente o cristianismo como religião oficial de estado, doze anos antes de Roma. Oscilou entre diversas dinastias, mas depois de uma sucessão de ocupações (partiana (iraniana), romana, árabe, mongol e persa), a Arménia enfraqueceu substancialmente. Em 1454, o Império Otomano e a Pérsia Safavide dividiram a Arménia entre si.
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[editar] Antiguidade
O primeiro estado a surgir na Arménia foi o reino de Urartu, que nasceu à volta do Lago Van no século XIII a.C.. Depois do reino de Urartu ter sido conquistado pelos Assírios e ter sido dominado pelos Citas no final do século VII a.C. o planalto arménio foi invadido por populações indo-europeias que se autodenominavam "Hayk" (Arménios).
Em 189 a.C., depois da derrota do rei selêucida Antíoco III pelos Romanos na Batalha da Magnésia, dois dos seus dois generais, Artáxias e Zariadris, fundam com o consentimento de Roma dois reinos, a Grande Arménia e a Pequena Arménia respectivamente. Em 165 a.C. Artáxias tentou unir sem sucesso unir os dois reinos, tarefa que seria conseguida pelo seu sucessor Tigranes II (95-55 a.C.).
[editar] Independência
Em 1813 e em 1828, a Arménia actual (que consistia dos canatos de Erevan e de Karabakh) foi temporariamente incorporada no Império Russo. O mesmo voltou a suceder com a incorporação da Arménia na URSS em 1920, na condição de RSS da Arménia, depois de existir brevemente como estado independente.
[editar] Genocídio armênio
Durante os anos finais do Império Otomano (1915-1923), As estimativas para o número de armênios que terão perdido a vida durante esses acontecimentos variam entre 1 milhão e 2 milhões, mas há um consenso entre historiadores do mundo todo na cifra de 1,5 milhão de armênios mortos. A morte dessas pessoas é lembrada pelos armênios em todo o mundo a 24 de Abril.Historia
Embora as reformas de 8 de fevereiro de 1914 não satisfizessem as exigências do povo armênio, pelo menos abriam o caminho para realizar o ideal pelo que havia lutado durante gerações, com sacrifico de inumeráveis mártires. "Uma Armênia autônoma dentro das fronteiras do Império Otomano" era o alceio unânime de todos os armênios. Exatamente um mês mais tarde , em 28 de julho, começava a Primeira Guerra Mundial.
A Primeira Guerra Mundial resultou trágica para os armênios, pos deu oportunidade aos Jovens Turcos de realizarem seu premeditado projeto de liquidar o povo armênio. Na noite de 24 de abril de 1915 foram aprisionados em Constantinopla mais de seiscentos intelectuais, políticos, escritores, religiosos e profissionais armênios,que foram deportados ao interior do país e selvagemente assassinados no caminho. Depois de privar o povo de seus dirigentes, começou a deportação e o massacre dos armênios que habitavam os territórios asiáticos do Império. Mewlazada Rifar, membro do Comitê de União e Progresso, em seu livro "Bastidores obscuros da revolução turca", disse:
" Em princípios de 1915 a Comitê de União e Progresso, em uma sessão secreta presidia por Talat, decide o extermínio dos armênios. Participaram da reunião Talat, Enver, o Dr. Behaeddin Shakir, Kara Kemal, o Dr. Nazim Shavid, Hassan Fehmi e Agha Oghlu Amed. Designou-se uma comissão executora do programa de extermínio integrada pelo Dr. Nazim, o Ministro da Educação Shukri e o Dr. Behaeddin Shakir. Esta comissão resolveu libertar da prisão os 12000 criminosos que cumpriam diversas condenações e aos quais se encarregava o massacre dos armênios”.
“O Dr. Nazim bei escreve: “Se não existissem os armênios, com uma só indicação do Comitê de União e Progresso poderíamos colocar a Turquia no caminho requerido”. O Comitê decidiu liberar a pátria desta raça maldita e assumir ante a historia otomana a responsabilidade em que este fato implica. Resolveu exterminar todos os armênios residentes na Turquia, sem deixar vivo a um so deles;nesse sentido foram outorgados amplos poderes ao governo.”.
A cidade de Alepo caio nas mãos dos ingleses e foi encontrado muitos documentos que confirmavam o extermínio dos armênios ido organizada pelos turcos. Um destes documentos é um telegrama circular dirigido a todos os governadores:
“À Prefeitura de Alepo: Já foi comunicado que o governo decidiu exterminar totalmente s armênios habitantes da Turquia. Os que se opuserem a esta ordem não poderão pertencer então à administração. Sem considerações pelas mulheres, as crianças e os enfermos, por mais trágicos que possam ser os meios de extermínio, sem executar os sentimentos da conseqüência, é necessário por fim à sua existência. 13 de setembro de 1915. O Ministro do Interior, Talat.”
Alguns testemunhos, René Pineau escreve: “Em geral, as caravanas de armênios deportados não chegavam muito longe. À medida em que avançavam, seu numero diminuía com conseqüência da ação dos fuzis, dos sabres, da fome e do esgotamento... Os mais repulsivos instituo animal era feito com essas desgraçadas criaturas. Torturavam e matavam. Se alguns chegavam a Mesopotâmia, eram abandonados sem defesa, sem viveres, em lugares pantanosos do deserto: o calor , a umidade e as enfermidades acabavam, sem divida, com a vida deles”.
Uma viajante alemã escutou o seguinte de uma armênia, em uma das estações do padecimento de um grupo de montanheses armênios: “Por que não nos matam logo? De dia não temos água e nossos filhos choram de sede;e pela noite os maometanos vem a nossos leitos e roubam roupas nossas, violam a nossas filhas e mulheres. Quando já não podemos mais caminhar, os soldados nos espancam . Para não serem violentadas , as mulheres se lançam à água, muitas abraçando a crianças de peito”.
Alem de todas as brutalidades exercidas contra o povo armênio, o governo cometeu outra vileza: a maioria dos jovem armênios mobilizados ao começar a guerra não foram enviados à frente, mas que integraram brigadas para construção de caminhos. Ao terminar o trabalho todos eles foram fuzilados por soldados turcos.
Jacques de Morgan assim se refere às deportações, aos massacres e aos sofrimento padecidos pelos armênios:
“Não há no mundo um idioma tão rico, tão colorido, que possa descrever os horrores armênios, para expressar os padecimentos físicos e orais de tão inocentes mártires. Os restos dos terríveis massacres, todos testemunhos da morde sues entes queridos, foram concentrados em determinados lugares a submetido a torturas indescritíveis e a humilhações que faziam preferir a morte”.
Nos anos de 1915-16 foi exterminado mais de um milhão de armênios, a Armênia Ocidental foi devastada e despovoada, e o povo armênio perdeu inúmeras riquezas e inapreciáveis tesouros culturais.
Depois da guerra tudo isto foi esquecido, e os criminosos turcos nunca tiveram seu Nuremberg.
O povo armênio não desapareceu quando estavam nos desertos da mesopotâmia as mães armênias ensinavam a ler aos seus filhos desenhando as letras do alfabeto armênio na areia
Até hoje é relembrado o dia 24 de abril e e eles nunca esqueceram do que aconteceu e sempre lutaram para recuperar as terras que foram dominadas pelos turcos.
[editar] Guerra pelo Nagorno-Karabakh
A Arménia continua envolvida num longo conflito com o Azerbaijão a propósito de Nagorno-Karabakh, um enclave povoado por arménios que foi incluído por Estaline no Azerbaijão soviético. A Arménia e o Azerbaijão começaram a lutar pelo enclave em 1998 e a guerra escalou depois de os dois países terem obtido a independência da União Soviética em 1991. Em Maio de 1994, quando um cessar-fogo foi implementado, as forças arménias controlavam não só o Nagorno-Karabakh mas também uma porção do próprio Azerbaijão. As economias de ambos os lados foram afectadas pela sua incapacidade em fazer um qualquer tipo de prograsso substancial no sentido da resolução pacífica do conflito, e por bloqueios económicos mútuos.
[editar] Ligações externas
- Armenica.org: História da Arménia (inglês e sueco)