História do Fluminense Football Club
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A História do Fluminense Football Club, clube de futebol do Rio de Janeiro, iniciou-se em 1902, com a sua fundação.
[editar] História
[editar] Primeiros passos
O Fluminense Football Club foi inicialmente fundado no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro. A seção de fundação, realizada em 21 de julho de 1902, foi presidida por Manuel Rios e secretariada por Oscar Cox e Américo Couto. Oscar Cox foi escolhido o primeiro presidente do clube a partir da proposta de João Carlos de Mello e Virgílio Leite. Dessa maneira, Manoel Rios tornou-se secretário da entidade.
O Fluminense foi o primeiro clube a ser criado no futebol carioca, sendo o mais velho entre os grandes clubes brasileiros. Inicialmente, o time de futebol utilizava uniforme nas cores branco e cinza e era composto em grande parte pelo sócios do clube, grande parte estrangeiros.
Em 1903, o Fluminense trocou a camisa anterior pela tricolor. Passou a adotar as três cores presentes no hino composto por Lamartine Babo: verde, branco e grená, que passaram a ser as cores oficiais do clube até hoje[1].
[editar] 1902-1911: Pioneirismo
Após introduzir o futebol no Rio de Janeiro de forma organizada, Oscar Cox[2] e mais dezenove entusiastas fundaram o Fluminense Football Club em 21 de Julho de 1902. A primeira partida oficial realizou-se no campo do Paysandú Cricket Club, quando o Fluminense venceu o Rio Football Club por 8 a 0.
Em setembro de 1903, o Fluminense fez a sua estréia em jogos inter-estaduais, disputando três jogos na capital paulista. Após enfrentar quatorze horas de viagem, dirigiu-se à campo para enfrentar o Sport Club Internacional, empatando de 0 a 0 no dia 6. Já descansado, no dia 8 daquele mês, derrotou o Club Athletico Paulistano por 2 a 1 no dia 7 e o São Paulo Athletic por 3 a 0.
No fim deste mesmo ano o Fluminense começou os esforços para fundar a Liga Carioca, o que se concretizou no dia 8 de Junho de 1905.
O Fluminense promoveu a visita do Club Athletico Paulistano em julho de 1905, tendo disputado duas partidas, nos dias 14 e 16, vencendo o primeiro jogo por 2 a 0 e perdendo o segundo por 3 a 2, com cerca de 2.500 pessoas assistindo cada partida, contando inclusive com a presença do Presidente da República, Rodrigues Alves. Presidentes da República durante décadas compareceriam aos grandes eventos no Fluminense e alguns deles foram associados deste clube.
Em 22 de outubro de 1905, aconteceu a primeira partida entre Fluminense e Botafogo, data esta que marca o clássico de futebol mais antigo do Brasil, o Clássico Vovô. Nesta ocasião, o Fluminense venceu por 6 a 0.[3].
A primeira partida da história do Campeonato Carioca deu-se no dia 3 de Maio de 1906, quando o Fluminense derrotou o Payssandu por 7 a 1.
Entre 1906 e 1911, o Fluminense dominou amplamente o futebol carioca, vencendo 6 dos 5 primeiros campeonatos. Nestes seis primeiros campeonatos, o Fluminense obteve 43 vitórias, 5 empates e apenas 4 derrotas, com 217 gols pró e 49 contra. Em 1907, quando terminou o campeonato empatado em pontos com o Botafogo, tinha o melhor saldo de gols no campeonato e no confronto direto, tendo sido ainda campeão invicto em 1908, 1909 e 1911, neste último sem perder nenhum ponto.
Em 1911, Edwin Cox e o alemão Bruno Schuback, dois de seus principais jogadores, deixaram o clube para defender o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, para onde levaram também elevados conceitos de organização, implantando algumas modificações no clube gaúcho. No final deste ano, mais nove de seus titulares saíram do clube após grave cisão, indo fundar o departamento de futebol do Clube de Regatas do Flamengo[4]. Neste ano o Fluminense, torna-se o primeiro clube do Brasil, a contratar um técnico profissional, o inglês Charles Williams, recrutado em Londres.
[editar] 1912-1924: Nascimento de uma segunda geração
Enfraquecido, o Fluminense ainda encontrou forças para vencer o primeiro Fla-Flu por 3 a 2 [5] [6], mas já não tinha mais o forte elenco do período anterior, só voltando a conquistar um título expressivo em 1917.
No ano de 1914, o América Football Club, campeão carioca de 1913, sofreu uma crise em alguns pontos semelhantes à do Fluminense em 1911, pois setenta ex-americanos, entre jogadores e sócios, resolveram abandonar o clube, alguns deles migraram para o Fluminense. Neste mesmo ano, a Seleção Brasileira faz o primeiro jogo de sua história, no campo do Fluminense, derrotando o Exeter City, da Inglaterra por 2 a 0, com o tricolor Oswaldo Gomes fazendo o primeiro gol da história da Seleção, com cerca de 10.000 pessoas comparecendo ao campo do Fluminense, com a maioria assistindo o jogo de pé.
Em 1915, o Fluminense amplia significativamente a sua sede, incluindo um aumento da capacidade de suas arquibancadas para 5.000 pessoas, e o Clube Atlético Paulistano, cujos ideais eram iguais aos seus, considera como sócios-temporários os sócios do Fluminense de passagem por São Paulo.
O Triênio de 1917 a 1919 foi repleto de acontecimentos significativos. Em 2 de outubro, a Confederação Sul-Americana de Futebol indicou o Brasil como sede do Campeonato Sul-Americano de Seleções de 1918. Como o governo brasileiro não tinha condições de realizar um evento de tal magnitude, recorreu ao Fluminense, que contraiu vultoso empréstimo junto ao Banco do Brasil, além de receber grandes contribuições de seus abastados sócios e de seus torcedores. Em função da epidemia de Gripe Espanhola em vários países da América do Sul, este campeonato acabou sendo transferido para o ano de 1919. Finalmente, no dia 11 de Maio deste ano, o Estádio de Laranjeiras [7], com capacidade prevista para 18.000 espectadores era inaugurado na vitória da Seleção do Brasil sobre a do Chile por 6 a 0, e logo no primeiro jogo a lotação atingiu a marca de 25.000 pessoas.
O Fluminense foi tricampão carioca em 1917, 1918 e 1919 [8] tendo disputado 54 partidas nestes campeonatos, vencendo 44, empatando 5 e perdendo apenas 5, fazendo 178 gols e sofrendo 56, o mesmo número de gols marcados por seu artilheiro Henry Welfare neste período.
Nos Jogos Olímpicos de 1920, o atleta tricolor Afrânio Antônio da Costa ganhou a primeira medalha olímpica da história para o Brasil, ao levar a medalha de prata na competição de tiro. Ainda neste dia, Afrânio e o também atleta tricolor, Guilherme Paraense, fizeram parte da equipe brasileira que conquistou a medalha de bronze por equipes na modalidade tiro-livre-pistola ou revólver.
Em 1922, o Fluminense, com apoio ainda que parcial do governo brasileiro, abrigou parte do Campeonato Sul-Americano de Seleções e pelos Jogos Olímpicos Latino-Americanos, um dos jogos precurssores dos Jogos Pan-Americanos. Os altos custos na adaptação de sua sede se refletiu nos resultados do futebol durante muitos anos, já que o Fluminense após ganhar o Campeonato Carioca de 1924 só iria conquistá-lo novamente em 1936. Na campanha vencedora de 1924, o tricolor obteve 12 vitórias, apenas um empate e uma derrota, fez 54 gols e sofreu 19, e com seu artilheiro Nilo marcando 28 vezes.
[editar] 1925-1935: Poucos Títulos
No dia 15 de Julho de 1928, o Fluminense realizou amistoso (Flu 4 a 1) em seu estádio contra o Sporting Club de Portugal. O dado relevante deste jogo é que foi a primeira vez que este grande clube português usou a sua camisa com listras horizontais em verde e branco, que viria a ser seu uniforme tradicional nos anos seguintes. Em 29 de Julho, foi disputada uma outra partida no mesmo local e o resultado foi Fluminense 3 a 2, com o tricolor conquistando com isto a Taça Vulcain.
Apesar de não conquistar títulos relevantes no futebol neste período, numa época em que São Cristóvão e Bangu dispontavam junto com América, Botafogo, Flamengo e Vasco, o Fluminense sagrou-se vice-campeão estadual em 1925, 1927 e 1935, além de conquistar o Torneio Início em 1924, 1925 e 1927 e o Torneio Aberto em 1935, de modo que manteve-se entre os melhores neste período, quando a sua pior colocação foi o quinto lugar em 1934.
No dia 9 de Março de 1930, um grave acidente de trem ocorrido quando o Fluminense retornava de um amistoso contra a Seleção da cidade de Teresópolis(RJ), matou o zagueiro gaúcho Jorge Tavares Py quando este tentou acionar os freios do vagão em que se encontrava para tentar minimizar os efeitos do acidente e causando ferimentos em todos os outros jogadores do Fluminense. Ainda assim, honrando a sua camisa, o clube levou a termo os seus compromissos naquele ano mesmo tendo um desempenho apenas satisfatório em seus jogos.
Na Copa do Mundo de 1930, Preguinho, o primeiro capitão da Seleção Brasileira em Copas do Mundo, marcou também o primeiro gol brasileiro nesta competição.
Em 1933, o Fluminense foi o principal articulador do profissionalismo no futebol brasileiro, o que redundou em muitas reações fortes, com vários clubes se posicionando contra, o que ocasionou várias divisões de ligas entre profissionais e amadoras, em vários estados do Brasil, antes que esta tese vencesse e se implantasse definitivamente neste país.
No ano de 1935, o Fluminense contratou 11 jogadores da Seleção Paulista que era bicampeã do Campeonato Brasileiro de Seleções estaduais, a principal competição de futebol durante décadas no Brasil. Não satisfeito, durante os anos que se passaram, juntaram-se aos paulistas outros jogadores de diversas origens e futebol refinadíssimo, como Brant, Russo, Hércules, Pedro Amorim, Carreiro e o artilheiro argentino Rongo (que defendia o River Plate), formando um dos melhores times de sua história. Neste mesmo ano, o Fluminense conquistou o Torneio Aberto, competição que tinha este nome pois possibilitava a participação de times de outras divisões e também de amadores.
[editar] 1936-1949: Supremacia
Talvez nunca, em sua história, o Fluminense tenha tido uma supremacia tão grande sobre os seus adversários como entre 1936 e 1941 [9], quando com um time repleto de jogadores excepcionais [10], conquistou cinco campeonatos cariocas e muito se destacou nos amistosos interestaduais e na conquista do Torneio Quinela de Ouro de 1940 (Torneio Rio-São Paulo Extra)[11].
Entre 1936 e 1941, o Fluminense obteve 90 vitórias, 21 empates e 21 derrotas, com 410 gols pró e 187 gols contra. Em 1939, muitos creditaram a má campanha do time ao fato de ter sido base do Brasil na Copa do Mundo de 1938 e, como não voltou com o título, perdido para a bicampeã Itália, o time, mesmo conquistando um honroso terceiro lugar, voltou muito abalado emocionalmente. Perdendo a motivação no ano seguinte também pelo fato de ser um time com grande número de ítalos-brasileiros, em plena Segunda Guerra Mundial, época em que imigrantes italianos e seus descendentes, assim como os alemães e japoneses, sofreram perseguições e discriminação em grande parte do Brasil. O Fluminense preparou um curso de enfermagem em 1942 para auxiliar os pracinhas da Força Expedicionária Brasileira que mais tarde desembarcariam na Itália, formando 85 enfermeiras, além de doar um avião para a Força Aérea Brasileira.
Após esta fase excepcional, o Fluminense foi vice-campeão carioca em 1943 e 1949, terceiro em 1942 e quarto em 1944 e 1945.
Em 1946, conquistou o Campeonato Carioca após ao final do torneio quatro equipes terem terminado empatadas, sendo necessária uma fase final chamada de Supercampeonato para definir o título. Curiosamente o time tricolor não empatou uma vez sequer na fase inicial deste campeonato, obtendo 13 vitórias e 5 derrotas, com 74 gols pró e 36 contra. No Supercampeonato[12], obteve 5 vitórias e 1 empate, 23 gols a favor e 9 contra. A grande estrela deste campeonato foi o grande artilheiro Ademir Menezes.
O Fluminense conquistou também neste período dois campeonatos municipais (1938 e 1948), um Torneio Extra (em 1941) e três Torneios Início (1940, 1941 e 1943).
[editar] A Taça Olímpica
A Taça Olímpica[13] é o mais alto e cobiçado troféu do desporto mundial. Também chamada de "Taça de Honra", tem como finalidade reconhecer anualmente, aquele que, no juízo do Comitê Olímpico Internacional, mais fez em prol do olimpismo e do esporte. Este reconhecimento é considerado o Prêmio Nobel dos Esportes. A concessão do título é feita pelo COI após rigoroso e detalhado exame dos dossiês apresentados pelos candidatos.
Para receber a honraria, o pleiteador deve ser exemplo de organização administrativa e um vitorioso nos setores esportivos, sociais, artísticos e cívicos. Um complexo de perfeição durante um ano inteiro, e escolhido como o melhor dentre os demais clubes, instituições esportivas e mesmo países do mundo, através de suas federações.
A Taça Olímpica (Coupe Olympique) foi instituída em 1906 pelo Barão Pierre de Coubertin, o criador dos Jogos Olímpicos da era moderna e foi atribuída pela primeira vez, ainda em 1906, ao Touring Club da França.
[editar] O caminho até a Taça Olímpica
O Fluminense Football Club, já em 1924, conhecedor das condições exigidas aos candidatos, enviou ao COI farta documentação, inclusive sobre a realização dos Jogos Olímpicos Latino-Americanos de 1922, um dos eventos que foram precursores dos Jogos Olímpicos Pan-Americanos e que aconteceram em suas novas instalações especialmente ampliadas para esse fim, na gestão do presidente Arnaldo Guinle (hoje patrono do clube).
O Comitê encontrava-se reunido em Paris, quando o Ministro Paulo do Rio Branco, representante do Brasil na reunião, comunicou a candidatura do Fluminense à obtenção da Taça no período 1926/1927, em reconhecimento à excelente organização dos Jogos de 1922. Apesar do apoio do próprio barão Pierre de Coubertin, o tricolor não foi feliz em sua iniciativa.
Novamente em 1936, o clube voltou a pleitear inscrição e novo dossier foi enviado ao COI, desta vez reunido em Berlim, sede da XI Olimpíada, mas o cobiçado troféu foi outorgado a outra agremiação. Com a guerra que se estendeu por todos os continentes, o Fluminense interrompeu o trabalho iniciado em 1924.
Em 1948, por ocasião dos XIV Jogos Olímpicos de Londres, nova inscrição foi solicitada. O Fluminense competia com a famosa instituição inglesa "The Central Council of Physical Recreation London", porém nosso delegado retirou a candidatura tricolor a fim de que, unânimemente, fosse concedido o prêmio aos anfitriões da Olimpíada, mas renovou a proposta do tricolor para o ano seguinte.
Finalmente, a 28 de abril de 1949 chegava a notícia da decisão tomada pelo Comitê Olímpico Internacional reunido em Roma: o Fluminense Football Club conquistara a Taça Olímpica de 1949, dando ao Brasil a sua mais consagradora vitória nos desportos mundiais.
O Fluminense é o único clube da América Latina a ter seu nome inscrito na Taça Olímpica até hoje. O Museu Olímpico em Lausanne (Suíça), onde a taça original se encontra em exposição permanente foi construído as margens do Lago de Genebra, pelos arquitetos Pedro Ramirez Vazquez e Jean Pierre Cohen.
[editar] 1950-1960: Início da Era Maracanã
Em 1950, o Fluminense fez um péssimo Campeonato Carioca, embora tenha ganhado todos os primeiros clássicos disputados no grande estádio[14], exceto o disputado contra o América. Terminou o campeonato em 6° lugar. O tricolor Didi foi o primeiro jogador a marcar um gol no grande estádio, defendendo a Seleção Carioca em 16 de Junho de 1950.
O Fluminense conquistou, logo no segundo ano do Estádio do Maracanã, o título carioca, ao vencer o Bangu nos dois jogos extras. Os três últimos jogos do Maracanã (incluindo o pela última rodada do returno) contra o Bangu levaram nada menos do que 232.006 torcedores ao Maracanã, em um campeonato com intensa presença de público, o que proporcionou novos parâmetros de arrecadação e investimento para o futebol carioca. Durante este campeonato de 1951, o Fluminense obteve 16 vitórias, 3 empates, 3 derrotas, 54 gols pró e 22 gols contra.
Naquele ano, foi disputado o primeiro Fla-Flu no Maracanã que fez jus ao título de o Clássico das Multidões. Em 14 de Outubro de 1951, o Fluminense venceu o Flamengo por 1 a 0 perante 109.212 espectadores registrados (94.558 pagantes), num jogo marcado por um derrame de ingressos falsos, que pode ter colado mais torcedores para dentro do estádio. Ainda em 1951, o Fluminense realizou dois amistosos no Maracanã contra equipes inglesas em excursão, sendo elas o Arsenal FC, que o Flu venceu por 2 a 0 em 20 de Maio de 1951 perante 43.746 espectadores (35.010 pagantes) e contra o Portsmouth FC em 3 de Junho de 1951 quando o Flu venceu por 2 a 1 com um público presente de 45.244 torcedores, sendo 37.935 pagantes. Entre 1910 e 1951, o Fluminense realizou 44 jogos internacionais, com 17 vitórias, 12 empates e 15 derrotas, com 100 gols a favor e 103 contra. Já com relação à partidas interestaduais, no mesmo período acima o Fluminense disputou 298 partidas, com 159 vitórias, 58 empates e 81 derrotas, 821 gols pró e 513 contra.
Em 1952 foi disputada por oito clubes, no Rio de Janeiro e em São Paulo, a segunda edição da Copa Rio, uma das competições precurssoras do Campeonato Mundial de Clubes, tendo o Fluminense sagrado-se campeão ao empatar em 2 a 2 com o Corinthians, já que havia ganho o primeiro jogo das finais por 2 a 0. Nesta competição, o resultado mais expressivo foi a vitória por 3 a 0, com cerca de 65.000 torcedores no Maracanã[15], sobre o Peñarol, base da Seleção Uruguaia de Futebol que havia conquistado a Copa do Mundo de 1950. Neste torneio, o Fluminense disputou 7 jogos, com 5 vitórias e 2 empates (no primeiro e último jogo, contra Sporting e Corinthians respectivamente[16], com 14 gols pró e apenas 4 gols contra.
No Torneio Rio-São Paulo de 1954, o Fluminense chegou à última rodada bastando vencer o Vasco (já sem chances de título) para ser campeão, pois tinha 1 ponto de vantagem sobre o Corinthians e o Palmeiras, que disputariam o Derby Paulista no Pacaembu. Com o Maracanã recebendo o maior público deste torneio[17],o Vasco fez 1 a 0 com um gol de Vavá e fechou-se atrás agüentando a pressão do Fluminense até o final, enquanto, em São Paulo, o Corinthians venceu o Palmeiras por 1 a 0, sagrando-se campeão.
O maior número de partidas do Fluminense por países da América Latina aconteceu em 1956, quando o time realizou 17 partidas na Argentina, Colômbia, Peru, Equador e Aruba, com 10 vitórias, 3 empates e 4 derrotas. O tricolor disputou, ainda neste ano, amistosos no Brasil. Bateu o Rosario Central da Argentina em Uberaba por 5 a 1 e, no Rio de Janeiro, fez 3 a 0 frente ao Porto com cerca de 120.000 pessoas presentes no Maracanã, naquele que seria o maior público do Fluminense em jogos internacionais.
Neste período, o clube conquistou ainda o Campeonato Carioca em 1959, sendo vice em 1953, 1957 e 1960, e o Torneio Rio-São Paulo em 1957 e 1960, também foi vice em 1954.
O Fluminense foi campeão invicto do Torneio Rio-São Paulo de 1957[18], tendo conquistado o título na penúltima rodada em São Paulo, no Estádio do Pacaembu, ao vencer a Portuguesa por 3 a 1, com dois gols de Waldo Machado (artilheiro da competição com 13 gols) e um de Léo para o Flu, marcando Liminha para a Lusa. O tricolor disputou 9 partidas, vencendo 7 e obteve 2 empates, fazendo 23 gols e sofrendo 11. A maior goleada do Flu neste torneio foi sobre o Palmeiras por 5 a 1, no Maracanã, em 4 de Maio. O último jogo foi uma vitória sobre o São Paulo Futebol Clube por 2 a 1 no Maracanã, em 2 de Junho.
Em 1959, a equipe disputou 22 partidas, com 17 vitórias, 4 empates e apenas 1 derrota (para o Bangu, no primeiro turno, por 1 a 0), com 45 gols pró e apenas 9 contra. Foi campeã carioca na penúltima rodada, ao vencer o Madureira por 2 a 0. O maior artilheiro da história do Fluminense, Waldo Machado, marcou 14 gols nesta competição e foi um dos grandes destaques deste equipe, que também contava com nomes como Castilho, Pinheiro, Altair, Maurinho e Telê Santana[19].
O Flu conquistou o bicampeonato do Torneio Rio-São Paulo em 1960 ao vencer o Palmeiras no Maracanã em 17 de Abril por 1 a 0, gol de Waldo aos 27 minutos do 1º tempo, perante 78.144 espectadores. Em 9 jogos disputados[20], o time venceu 6, obteve 2 empates e teve apenas 1 derrota, no Fla-Flu, por 2 a 1. A vitória mais expressiva foi sobre o São Paulo, por 7 a 2 em 20 de Março. O artilheiro da competição foi Waldo Machado com 11 gols.
Em Maio de 1960, o clube realizou 19 jogos na Europa, em 9 países (Inglaterra, Portugal, Bélgica, Holanda, Suécia, Noruega, Hungria, Itália e Espanha), tendo tido 13 vitórias, 1 empate e 5 derrotas na sua mais extensa excursão ao continente europeu. As vitórias mais expressivas foram contra times suecos: 11 a 0 no Istad, 10 a 0 no Osters, 9 a 0 no Combinado de Borlange. Também fez 8 a 2 no Combinado norueguês de Lyn-Skeid. O tricolor derrotou ainda clubes tradicionais como o Bryghton e o Middlesbrough, da Inglaterra, o Feyennord da Holanda, o Genova Calcio da Itália e o Valencia da Espanha. A derrota mais expressiva foi para o Sporting, por 3 a 0, na primeira partida da excursão. Oempate foi contra o Standard de Liége, na Bélgica, por 2 a 2.
O Fluminense foi ainda campeão da Zona Sul da Taça Brasil em 1960, tendo feito com o Grêmio os jogos finais, cujos resultados foram derrota por 1 a 0 em Porto Alegre (gol de Elton, para os gaúchos), vitória por 4 a 2 no segundo jogo (com 2 gols de Waldo, Jair Francisco e Maurinho para o Flu e 2 de Gessi para o Grêmio) e, com a vantagem de empate no jogo final, o 1 a 1 (gols de Jair Francisco e Elton) garantiu-lhe o título. Para chegar a esta final, o Fluminense eliminou o Fonseca, de Niterói, com vitórias por 3 a 0 e 8 a 0, o Cruzeiro, de Belo Horizonte com um empate por 1 a 1 e uma vitória por 4 a 1. Tendo ganho a disputa regional, classificou-se para as semifinais do torneio nacional vindo a ser desclassificado pelo Palmeiras, que terminaria campeã deste torneio, com um empate por 0 a 0 e uma derrota por 1 a 0. A partir de 1962, os clubes cariocas e paulistas passaram a entrar diretamente nas semifinais, sem passar pelos torneios regionais [21].
[editar] 1961-1971: Vitórias no Mundo, no Brasil e no Estado
Em 1961, o Fluminense fez uma vitoriosa excursão pela Europa e pela África, pois em 10 jogos venceu 9 e perdeu apenas 1, para o Sporting, no primeiro jogo, por 2 a 0. As vitórias foram contra o Nacional, no Cairo (Flu 2 a 1), Tanta, na cidade egípcia do mesmo nome (Flu 3 a 0), na Bulgária contra as seleções A e B deste país (1 a 0 e 1 a 1), na França contra o Olympique de Nice (7 a 2), na Itália, em Milão, contra a Inter (1 a 1), encerrando a excursão na Espanha, contra o Deportivo Espanhol, em Barcelona (2 a 1), Deportivo Málaga, em Málaga (6 a 0) e por último contra o Valencia, em Valência (3 a 2). Durante a excursão, Waldo Machado foi vendido para o Valencia. O maior artilheiro da história do Fluminense se transformou no segundo maior da história do Valencia e, após encerrar a carreira, radicou-se definitivamente na Espanha.
Em 1963, o Fla-Flu que decidiu o Campeonato Carioca por 0 a 0, sangrando o Flamengo campeão, bateu o recorde mundial de público de partidas entre clubes: 194.603 espectadores (177.656 pagantes).
Assim com acontecera em 1951, Fluminense e Bangu terminaram o Campeonato Carioca de 1964[22] empatados com o mesmo número de pontos, sendo necessária uma melhor de três pontos (a vitória então ainda valia 2 pontos) para definir quem seria o campeão. O Flu venceu a primeira partida por 1 a 0 perante 64.014 pagantes com gol de Amoroso e o segundo e decisivo jogo por 3 a 1 perante 75.106 pagantes com gols de Joaquinzinho, Jorginho e Gilson Nunes para o tricolor, descontando Bianchini para o Bangu, sagrando-se assim campeão carioca. Na partida final, o técnico Tim mandou que o centro-avante Amoroso voltasse para buscar o jogo, no que era acompanhado por seu marcador, abrindo espaço para outros jogadores do Fluminense aparecerem na área do Bangu, surpreendendo então o time advesário. Em 26 jogos, a equipe obteve 17 vitórias, 5 empates e apenas 4 derrotas, com 48 gols pró e 17 contra. Amoroso foi o artilheiro deste campeonato com 19 gols e então iniciava-se a carreira de Carlos Alberto Torres, recém saído do time juvenil (atual junior), que viria a ser capitão do Brasil na Copa do Mundo de 1970.
Em 1966, o Fluminense foi campeão invicto da Taça Guanabara ao bater o Flamengo na final por 3 a 1 perante 69.730 pagantes, com 2 gols de Mário e um de Amoroso para o Flu, descontando Silva para o rubro-negro .
Entre 1952 e 1968, o Fluminense realizou 128 jogos internacionais, vencendo 75, empatando 23 e perdendo 30, com 314 gols pró e 175 gols contra. Neste mesmo período, o tricolor disputou 321 jogos interestaduais, vencendo 181, empatando 57 e perdendo 84, com 743 gols pró e 409 contra.
O time montado pelo técnico Telê Santana em 1969 deu alegrias durante três anos aos tricolores, tendo conquistado, ainda em 1970, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, competição que seria o modelo do futuro Campeonato Brasileiro de Futebol, e sendo vice-campeão carioca no mesmo ano. No Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1970, o Fluminense obteve 10 vitórias, 5 empates e apenas 4 derrotas. O jogo final deste Torneio foi no Maracanã contra o Atlético Mineiro terminou em 1 a 1, perante 112.403 torcedores pagantes[23]. Participaram também desta fase final Cruzeiro, que o Flu venceu por 1 a 0 no Mineirão) e o Palmeiras, derrotado pelo tricolor por 1 a 0 no Maracanã.
O Fluminense foi ainda campeão da Taça Guanabara em 1969, ao vencer o América por 1 a 0 perante 67.492 pagantes, e, em 1971, ao vencer o Flamengo por 3 a 1, com 3 gols de Mickey. Cabe lembrar que a Taça Guanabara até 1972 foi um torneio disputado à parte do Campeonato Carioca.
Nestes anos, o Flu obteve 34 vitórias, 15 empates e 7 derrotas (4 em 1970), fazendo 90 gols e sofrendo 39 nos campeonatos cariocas, sendo que sua única derrota em 1971 foi por 1 a 0 para o Botafogo em 18 de Abril de 1971, na polêmica fase final do campeonato. No último jogo da competição, o tricolor derrotou o Botafogo por 1 a 0.
Na Taça Libertadores da América de 1971, o Fluminense foi desclassificado ao perder no Maracanã para o Deportivo Itália da Venezuela por 1 a 0, time este que o Flu havia ganhado por 6 a 0 em seu país. Abatido com o resultado inesperado, o time perdeu também a última partida para o Palmeiras por 3 a 1 (em São Paulo, o Flu havia o derrotado por 2 a 0), perdendo com isto a classificação. Os outros dois jogos do Flu foram contra o Deportivo Galícia (Venezuela), a quem o Flu venceu por 3 a 1 fora e por 4 a 1 no Maracanã.
[editar] 1972-1986: A Máquina tricolor
O Flu, vice-campeão carioca em 1972, voltaria a ser campeão no ano seguinte com um time com vários jovens recém saídos das categorias de base, como Carlos Alberto Pintinho, Kléber, Marquinho (que depois seria conhecido como Marco Aurélio) e Rubens Gálaxe, liderados pelo experiente armador Gérson, o Canhotinha de Ouro. O time tricolor, em 25 jogos, obteve 13 vitórias, 7 empates, e 5 derrotas, com 36 gols a favor e 16 contra, tendo derrotado o Flamengo na final por 4 a 2 em jogo disputado debaixo de muita chuva, perante 74.073 pagantes. Manfrini foi o maior goleador tricolor e segundo do campeonato, tendo feito 13 gols. Neste ano de 1973, o clube fez a sua maior excursão à África, disputando 8 partidas neste continente, com 7 vitórias, 1 empate e nenhuma derrota, com 28 gols pró e apenas 6 contra. A maior vitória foi contra o Benfica de Luanda, quando o Flu venceu por 7 a 0 e o único empate foi contra a Seleção de Zâmbia, por 2 a 2.
Em 1974, o time esteve mal e a única atuação relevante foi uma vitória na Taça Guanabara contra o Vasco por 5 a 1 perante 72.368 pagantes, com três gols de Gil.
No bicampeonato carioca em 1975/1976, o Fluminense armou dois times repletos de craques, liderados por Roberto Rivellino. A equipe, apelidada de a Máquina Tricolor, aventurava-se em se excursões pelo mundo, conquistando um série de torneio não-oficiais. No time de 1976, o único jogador que não jogou pela Seleção Brasileira foi o atacante argentino Narciso Doval. O Fluminense teve times com campanhas melhores e elencos mais ganhadores do que os times de 1975 e de 1976, mas talvez nunca tenha tido times tão habilidosos, que lotavam estádios por onde passassem pois proporcionavam grandes espetáculos futebolísticos aos espectadores.
No Campeonato Carioca de 1975, o Fluminense classificou-se para as finais ao ganhar a Taça Guanabara contra o América com um gol de falta de Rivellino aos 13 minutos do 2º tempo da prorrogação, perante 96.035 pagantes[24]. Os adversários do tricolor na final foram o Botafogo, campeão do segundo turno e o Vasco, campeão do terceiro. No primeiro jogo das finais, o Fluminense venceu o Vasco por 4 a 1 perante 79.764 pagantes, no segundo, o Vasco venceu o Botafogo por 2 a 0 e, no terceiro, com 100.703 pagantes, o Fluminense administrou o resultado, perdendo por 1 a 0, e sagrando-se campeão carioca. A campanha tricolor teve 31 jogos, com 19 vitórias, 6 empates e 6 derrotas, 53 gols a favor e 22 contra. Os artilheiros tricolores neste campeonato foram Manfrini, com 16 gols e Gil e Rivellino, com 11 cada um.
Após a conquista da Taça Guanabara, para comemorar a contratação de Paulo César Lima que antes era o grande astro do Olimpique de Marselha, o Fluminense realizou um amistoso contra o forte time do Bayern München, base da Seleção Alemã de Futebol campeã mundial de 1974, que contava em seu elenco com jogadores como Sepp Maier, Franz Beckenbauer, Gerd Müller, Georg Schwarzenbeck, Kapelmann e a estrela nascente Karl Heinz Rumenigge. O amistoso foi em 10 de Junho, à noite, com 60.137 tricolores pagando ingressos e a administração do estádio tendo que mandar abrir os portões com o jogo já começado, pois não esperava o fluxo de público que compareceu ao Maracanã, liberando a entrada para milhares de pessoas que não pagaram ingressos. O Fluminense ganhou o jogo por 1 a 0, gol de Gerd Muller contra.[25].
Na campanha do bicampeonato em 1976, o Fluminense disputou 32 jogos, vencendo 23, empatando 7 e perdendo apenas 2, com 74 gols pró e 26 contra. O artilheiro e o vice deste campeonato foram tricolores, Doval com 20 gols e Gil com 19. O Flu classificou-se para as finais ao vencer o terceiro turno perante o Botafogo por 5 a 1 debaixo de uma enorme tempestade. Classificaram-se também para as finais o Vasco da Gama, campeão da Taça Guanabara, o Botafogo, campeão do segundo turno e o América, campeão da repescagem. Como Fluminense e Vasco terminaram empatados esta fase final, foi necessário a realização de uma partida extra para decidir este título e o Fluminense venceu por 1 a 0, com gol de Doval aos 14 minutos do segundo tempo da prorrogação, perante 127.052 pagantes. Neste campeonato, o Fluminense aplicou 8 goleadas tendo feito 4 gols ou mais, a maior contra o Goytacaz, por 9 a 0 em 24 de Abril.
O clube disputou a Taça Teresa Herrera em 1977 contra o Real Madrid, o Feyenoord e o Dukla de Praga, base da Seleção Tchecoslovaca de Futebol, campeão da Eurocopa. O Flu terminou campeão vencendo o Feyenoord por 2 a 0 e, na final, o Dukla, que havia eliminado o Real Madrid, por 4 a 1. Rivellino, que em 1978 deixaria o tricolor ao ser vendido para futebol árabe, foi eleito o grande nome do torneio.
Em 1980, o Flu voltaria a ganhar o Campeonato Carioca com um time praticamente formado nas Laranjeiras, pois apenas dois jogadores (Gilberto, formado pelo Atlético Goianiense e Cláudio Adão, formado pelo Santos) não passaram pelas categorias de base do tricolor. O Fluminense venceu o Vasco na final por 1 a 0 gol de Edinho de falta, mesmo adversário que o Flu já havia batido na decisão do primeiro turno na disputa por pênaltis. A campanha da garotada tricolor, em 24 jogos, teve 12 vitórias, 8 empates e 4 derrotas, com 43 gols pró e 25 contra. O tricolor Cláudio Adão foi o artilheiro do campeonato com 20 gols.
O Fluminense teve ainda na década de 1980 grandes momentos de sua história, quando levantou seu único título brasileiro[26] com este nome em 1984 ao bater o Vasco da Gama nos jogos finais, no Clássico dos Gigantes mais importante realizado até hoje. A campanha tricolor teve 26 jogos, com 15 vitórias, 9 empates e apenas 2 derrotas, com 37 gols pró e apenas 13 contra. Nos dois jogos finais, o Fluminense venceu o Vasco no primeiro jogo por 1 a 0, com gol do paraguaio Romerito e empatou por 0 a 0 no segundo, perante 128.381 pagantes. A maior goleada tricolor foi nas quartas-de finais contra o Coritiba, no Maracanã, por 5 a 0, empolgando os 60.385 pagantes.
Após conquistar a Taça Guanabara de 1983 em um clássico contra o América em que venceu por 2 a 0 com dois gols de Assis, perante 79.275 pagantes, o Fluminense se classificou para as finais contra o Flamengo, campeão da Taça Rio e contra o Bangu, time que mais pontuou no campeonato. O Fluminense empatou com o Bangu por 1 a 1, venceu o rubro-negro por 1 a 0 com um gol de Assis[27] aos 45 minutos do segundo tempo em jogo disputado debaixo de muita chuva, perante 83.713 pagantes. Como o Flamengo ganhou do Bangu por 2 a 0, sagrou-se campeão carioca. A campanha tricolor teve 24 jogos, com 13 vitórias, 6 empates e 5 derrotas, com 31 gols pró e 13 contra. O artilheiro tricolor foi Assis, com 11 gols e o segundo o centro-avante Washington, com 8, jogadores que formavam uma dupla pelo seu ótimo entendimento conhecida como o Casal 20, nome de famoso seriado de televisão desta época.
No Campeonato Carioca de 1984, o Fluminense chegou ao bicampeonato após 24 partidas, com 16 vitórias, 5 empates e 3 derrotas, 40 gols pró e 16 contra, com Romerito sendo o artilheiro tricolor com 11 gols. O time tricolor classificou-se para as finais por ter sido o clube que mais pontuou durante o campeonato, contra o Flamengo, campeão da Taça Guanabara e o Vasco, campeão da Taça Rio. Nas finais o Fluminense venceu o Vasco por 2 a 0 perante 94.123 pagantes e o Flamengo por 1 a 0, perante 153.520, de novo, com gol de Assis, desta vez aos 30' do 2º tempo.
O Fluminense chegou ao seu terceiro tricampeonato estadual em uma final contra o Bangu em 1985, em que ganhou de 2 a 1 perante 88.162 pagantes, com gol de Marinho para Bangu aos 4 minutos do 1º tempo e no segundo, com gols de Romerito aos 18 minutos e Paulinho de falta, aos 31, conquistou o título. A campanha tricolor neste ano teve 24 jogos, com 15 vitórias, 7 empates e apenas 2 derrotas, com 32 gols pró e 12 contra. O Fluminense classificou-se para as finais ao vencer a Taça Guanabara[1] contra o América por 1 a 0, com gol de Romerito aos 38' do 2º tempo perante 47.160 espectadores, disputando depois o título máximo contra o Flamengo, campeão da Taça Rio e contra o Bangu, time que mais pontuou durante este campeonato. No primeiro jogo das finais¨, contra o Flamengo houve empate por 1 a 1 perante 95.049 pagantes e no segundo o Bangu ganhou do Flamengo por 2 a 1, levando a vantagem do empate para o grande jogo final contra o tricolor.
Na Taça Libertadores da América de 1985, o Flu não foi bem, terminado esta primeira fase em terceiro, quando classificavam-se dois para a fase seguinte. Neste ano o Fluminense, disputou em jogos de ida e volta pelo Grupo 1 contra o também carioca Vasco e contra os argentinos Ferrocarril Oeste e Argentinos Juniors, que acabou campeão desta competição, enquanto o Ferrocarril foi o outro classificado deste grupo. O Flu, em campo, obteve 3 empates e 3 derrotas mas acabou ganhando os pontos do empate de 3 a 3 contra o Vasco, que escalou irregularmente o jogador Gersinho nesta partida, mesmo alertado antes do jogo para este risco.
A partir de 1985, tempos difíceis para o Fluminense seriam organizados fora de campo, pois ao assumir a presidência da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, Eduardo Vianna garantiu que acabaria com "o reinado dos coloridos", pois, até então, era a dupla Fla-Flu que conquistava a maioria dos títulos cariocas. Já em 1986, foi denunciado um escândalo de manipulação de arbitragens, intitulado pela imprensa de "Escândalo das papeletas amarelas", que visava impedir o Fluminense de conquistar o tetracampeonato estadual, o que foi conseguido.
Ainda em 1986, o clube começou a entrar em decadência após perder a chance de ser tetra-campeão estadual em 1986, em um episódio em que por conta de uma epidemia de dengue no elenco seu time não pode comparecer a um jogo em Campos dos Goytacazes, perdendo os pontos e a possibilidade de lutar pelo tetracampeonato estadual.
[editar] 1987-1999: Decadência
O Flu conquistou, em 1987, a Copa Kirim, no Japão, em sua mais importante excursão à Ásia, disputando a final contra o Torino da Itália cuja grande estrela era o brasileiro Júnior. Perante cerca de 40.000 torcedores no Estádio Olímpico de Tóquio, o Flu venceu por 2 a 0 com gols de Washington e Tato. Nos outros jogos disputados, o Flu empatou com a Seleção do Japão por 0 a 0, empatou com o mesmo Torino da final por 1 a 1 e venceu a Seleção do Senegal por 7 a 0.
Em 1988 e 1991, o time tricolor chegou, com times fracos tecnicamente, às semifinais do Campeonato Brasileiro e, em 1992, à final da Copa do Brasil contra o Inter, perdendo-a com um pênalti polêmico, marcado aos 42 minutos do segundo tempo. Ainda se classificou por dois anos para disputar a Copa Conmebol, precurssora da atual Copa Sul-Americana. Em 1993 quando ganhou do Atlético Mineiro por 2 a 0 com o mando de campo e foi derrotado pelo mesmo resultado em Belo Horizonte perdendo a vaga nos pênaltis, e, em 1996, quando perdeu para o Guarani do Paraguai por 3 a 1 em Assunção e empatou, no Rio de Janeiro, por 2 a 2.
O tricolor só voltou a ganhar um título relevante em 1995 na inesquecível decisão do Campeonato Estadual em um Fla-Flu emocionante com 120.418 espectadores (109.204 pagantes), em que Renato Gaúcho (o "Rei do Rio") fez o gol da vitória por 3 a 2, com a barriga[28], ano em que o Fluminense também chegou de novo às semifinais do Campeonato Brasileiro. Neste estadual de 1995, Fluminense disputou 27 jogos, com 17 vitórias, 7 empates, 3 derrotas, 48 gols pró e 18 contra. Aquele era o ano do centenário do Clube de Regatas do Flamengo e o rubro-negro investira muito para conquistar este campeonato, mas nos 4 Fla-Flus disputados o Fluminense venceu 3 e empatou 1.
Os anos seguintes foram muito difíceis para o Tricolor de Laranjeiras. Em 1996, após péssima campanha, o Fluminense acabou rebaixado para a segunda divisão nacional, sendo salvo por uma manobra política da CBF que o manteve na elite.
O Flu porém não aprendeu a lição e acabou caindo de novo em 1997 para o Campeonato Brasileiro Série B. Em 1998, o time foi novamente rebaixado (pela terceira vez seguida), agora para o Campeonato Brasileiro Série C. Após disputar contra times pequenos e em campos mal conservados, conquistou o título da Terceira Divisão, começando, a partir deste momento, a reestruturar-se para voltar a formar grandes craques e conquistar títulos de expressão.
O Fluminense conquistou este campeonato em 1999 ao vencer o Clube Náutico Capibaribe no Estádio dos Aflitos por 2 a 1, com 2 gols de Roger para o Flu, descontando Rogério Capixaba para o alvi-rubro pernambucano. A campanha do Fluminense teve 22 jogos, com 14 vitórias, 3 empates e 5 derrotas, 37 gols a favor e 21 contra e o artilheiro tricolor nesta competição foi Roni, com 6 gols. Neste ano, o Flu havia contratado o técnico Carlos Alberto Parreira, e, com ele, além de ganhar o Campeonato Brasileiro Série C, criou o Vale das Laranjeiras[29], centro de formação de jogadores de futebol das Categorias de Base no distrito de Xerém, em Duque de Caxias, em um espaço de 130.000 metros quadrados.
[editar] 2000-2007: A volta por cima
Em 2000, quando se preparava para a disputa da segunda divisão, um problema jurídico entre clubes da Série A impediu a realização do Campeonato Brasileiro, sendo criada a Copa João Havelange pelo Clube dos Treze. Na organização deste campeonato, optou-se pelo critério de convite aos clubes participantes, com o Tricolor de Laranjeiras, por conta de suas boas participações em campeonatos como a Copa do Brasil e o Campeonato Estadual do Rio de Janeiro, além dos grandes públicos que compareciam aos seus jogos no Campeonato Brasileiro Série C, foi convidado, e assim como o Bahia que não estava então na primeira divisão, incluído entre os participantes.
A equipe teve uma boa participação e, após ficar em terceiro na primeira fase, caiu nas oitavas-de-final da competição contra o São Caetano, perante 56.504 tricolores. Assim como o São Caetano, que disputou o campeonato na divisão inferior e teve a possibilidade de chegar até à final da disputa entre os clubes principais, o Fluminense e o Bahia permaneceram na primeira divisão no ano seguinte, numa virada de mesa comum no Século XX e que beneficiaram outros clubes no decorrer de sua história.
O Fluminense conquistou o Campeonato Carioca de 2002, apelidado de Caixão, ao vencer o Americano por 2 a 0 e por 3 a 1 nos jogos finais, o último assistido por cerca de 37.000 pessoas (26.663 pagantes), em campeonato altamente desmotivado, disputado sem a cobertura da imprensa, com a fase final sendo realizada durante a Copa do Mundo de 2002 e com os grandes clubes utilizando seus elencos reservas pois disputavam o Torneio Rio-São Paulo. Tendo sido campeão carioca no dia 27 de Junho, três dias antes da Seleção Brasileira ganhar a Copa do Mundo deste ano, a torcida tricolor aproveitou para fazer a festa do título carioca no ano do centenário do Fluminense justamente neste dia e em muitos lugares do Grande Rio de Janeiro, haviam tantas camisas tricolores quanto brasileiras neste dia festivo. A campanha tricolor em 28 jogos teve 14 vitórias, 5 empates e 9 derrotas, com 45 gols a favor e 33 contra.
Neste ano de 2002, o Fluminense comemorou o seu centenário com grandes eventos praticamente o ano inteiro [30] [31]. O grande presente para a torcida foi a contratação do jogador Romário, que, logo em sua estréia, brilhou no Campeonato Brasileiro contra o Cruzeiro, quando o Flu venceu por 5 a 1 com cerca de 70.000 tricolores em festa. O Fluminense terminou este campeonato em quarto lugar. Neste ano, Romário jogou bem e fez muitos gols, embora tenha se indiposto com o outro goleador do time, Magno Alves, que depois acabou saindo do clube para brilhar na Coréia do Sul e no Japão. Com o passar dos anos, Romário foi caindo de produção e, em 2003, já não este bem no Campeonato Brasileiro.
No ano de 2003, o tricolor disputou a Copa Sul-Americana pela primeira vez, vencendo o Corinthians por 2 a 0, o Atlético Mineiro também por 2 a 0 e veio a cair na segunda fase ao perder para o São Paulo por 2 a 1 no Morumbi e empatar, no Rio de Janeiro, por 1 a 1.
O Fluminense teve grandes momentos durante o ano de 2005 e, após perder o primeiro jogo das finais para o Volta Redonda Futebol Clube por 3 a 2, conquistou o Campeonato Carioca com 70.830 tricolores (63.762 pagantes) comparecendo ao segundo jogo final em que o Flu ganhou por 3 a 1 [2] [3]. O Fluminense classificou-se para as finais contra o Volta Redonda, campeão da Taça Guanabara, ao vencer o Flamengo por 4 a 1 na decisão da Taça Rio perante 74.650 torcedores (65.672 pagantes) com uma grande atuação. Neste campeonato, em 15 jogos o Fluminense obteve 8 vitórias, 3 empates e 4 derrotas, com 40 gols pró e 22 contra.
Em 2005, o Fluminense também chegou à sua segunda final da Copa do Brasil, perdendo o título para o Paulista de Jundiaí ao empatar por 0 a 0 o jogo no Estádio de São Januário perante 25.000 torcedores, já que o Maracanã estava em reformas. Desfalcado, o Flu havia entrado com vários reservas no primeiro jogo desta final, perdendo para o Paulista em Jundiaí por 2 a 0.
Na Copa Sul-Americana daquele ano, o Fluminense também fez boa campanha, só caindo nas quartas-de-finais para o Universidad Católica, a quem ganhou por 2 a 1 no Rio de Janeiro, perdendo por 2 a 1 em Santiago do Chile. Em 6 jogos nesta Copa Sul Americana, o Fluminense obteve 3 vitórias, 1 empate e 2 derrotas, 8 gols pró e 7 contra.
No ano de 2006, apesar de ter um elencos forte tecnicamente, o Fluminense sofreu com graves erros de gestão, por conta de falta de um planejamento adequado, fazendo com que o clube trocasse seis vezes de técnico, o que levou o Fluminense a ter um rendimento insatisfatório no futebol profissional, muito parecido com o ano de 2003, quando, após as grandiosas comemorações de seu centenário no ano anterior, o Fluminense começou a sua preparação mais tarde do que os clubes que tiveram sucesso naquele ano e por isto mesmo teve inúmeros problemas de contusão em seu elenco profissional por preparação física inadequada e depois tentativas passionais em sua gestão visando tentar corrigir os erros anteriores.
Das categorias de base, o Fluminense, que tem conquistado vários títulos, tem tirado a base dos times profissionais que tem se destacado com a camisa tricolor neste início século XXI.
Em 2006, na Copa Sul-Americana, disputou a primeira fase contra o Botafogo, vindo a se classificar nos pênaltis após dois empates por 1 a 1. Na fase seguinte o Fluminense acabou eliminado pelo Gimnasia y Esgrima de La Plata, da Argentina, ao empatar o primeiro jogo por 1 a 1 e perder o seguinte na casa do adversário por 2 a 0. Nas 4 Copas Sul Americanas disputadas por clubes brasileiros entre 2003 e 2006, o Fluminense disputou 3, contabilizando 5 vitórias, 5 empates e 4 derrotas, 18 gols pró e 11 contra e a sua melhor campanha foi em 2005, quando caiu nas quartas-de-finais, terminando em quinto lugar. Até este último jogo da Copa Sul-Americana contra o Gimnasia, no período entre 1968 e 2006, o Fluminense disputou 149 partidas contra clubes ou Seleções estrangeiras (desconsiderando jogos contra clubes brasileiros no exterior ou em competições internacionais nestas estatísticas), com 76 vitórias, 37 empates, 34 derrotas, 291 gols a favor e 183 contra.
[editar] Referências
- ↑ A primeira camisa tricolor do Fluminense, em 1905
- ↑ Oscar Cox no "Museu dos Esportes"
- ↑ História do Clássico Vovô
- ↑ Museu do Esportes - Jogadores do Fluminense criam o Flamengo
- ↑ História dos Fla-Flus
- ↑ O primeiro Fla-Flu
- ↑ Foto do Estádio das Laranjeiras em 1919
- ↑ O Fla-Flu de 1919
- ↑ Crônica de Mário Filho sobre o Fla-Flu
- ↑ Ataque do Fluminense de 1937
- ↑ RSSSF Brasil - Torneios Rio-São Paulo
- ↑ Campeonato Carioca de 1946
- ↑ As informações sobre a Taça Olímpica foram retiradas da "Revista do Fluminense" e do livro "História do Fluminense", de Coelho Netto, tomo I.
- ↑ Flu 2 - 1 Fla em 1950
- ↑ Videos de Jogos Internacionais
- ↑ Copa Rio Internacional de 1952
- ↑ Jornal dos Sports do dia após o jogo
- ↑ RSSSF Brasil - Torneio Rio-São Paulo de 1957
- ↑ Ataque do Fluminense em 1959
- ↑ RSSSF Brasil - Torneio Rio-São Paulo de 1960
- ↑ Histórico dos campeões da Taça Brasil Zona Sul-Oeste
- ↑ Videos de Campeonatos Estaduais
- ↑ Videos de Campeonatos Nacionais
- ↑ Museu dos Esportes - Matéria da Revista Placar sobre o jogo Fluminense vs. América em 1975
- ↑ Flumania Vídeo: Fluminense 1 - 0 Bayen München em 1975
- ↑ Museu dos Esportes - Final do Brasileirão de 1984
- ↑ Museu dos Esportes - Matéria do Jornal dos Sports sobre Fluminense em 1985
- ↑ O Globo Online - Matéria sobre pesquisa sobre o gol mais importante dos Fla-Flus
- ↑ Matéria sobre Xerém
- ↑ Comemoração do Centário do clube - Parte 1
- ↑ Comemoração do Centário do clube - Parte 2