Sergei Sergeyevich Prokofiev
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Sergei Sergeyevich Prokofiev (em russo: Серге́й Серге́евич Проко́фьев) (Krasne, 27 de Abril de 1891 – Moscovo, 5 de Março de 1953) foi um compositor russo.
Nascido em Sontsovka (actualmente é a localidade de Krasne, no Óblast de Donetsk), na Ucrânia, foi filho único. A sua mãe era pianista e o pai era engenheiro agrónomo, e a família vivia com relativo desafogo económico.
Prokofiev demonstrou bem cedo invulgares dotes musicais e em 1902, quando começou a receber lições particulares de composição, já tinha composto algunas peças. Quando aprendeu a base teórica musical necessária, dedicou-se a experimentar, definindo o que seria o seu estilo musical.
As suas primeiras obras, como o Concerto para piano n.º 1 (1911) e a Suite para orquesta (1914), valeram-lhe má fama como músico contra a linha nacionalista russa. Nesse ano termina o curso do Conservatório em São Petersburgo com as mais altas classificações. Faz uma viagem a Londres], onde contacta com Sergei Diaguilev e Igor Stravinsky. Durante a Primeira Guerra Mundial compõe a ópera O Jogador, com base na obra homónima de Fiodor Dostoievski. A estreia foi cancelada devido à Revolução Russa de 1917.
De 1918 a 1920 viveu em São Francisco (Califórnia), e entre 1920 e 1936 viveu na Europa Ocidental, realizando tournées como pianista nas quais interpretava obras próprias como os 5 Concertos para piano e as suas 5 primeiras Sonatas para piano. A sua obra mais destacada nesta época é a Sinfonia clássica (1918), desenvolvida ao estilo clássico em quatro andamentos. Durante os anos em que viveu fora do seu país compôs para o empresário de ballet russo Serguei Diaguilev os bailados Chout (O bufão, 1921, op.21), e O passo de aço (1927, op.41), apoteose da industrialização que estava a produzir-se nesse momento na Rússia. Neste mesmo período compõe as óperas O amor das três laranjas (de 1921, e que se tornou um grande êxito em São Petersburgo, então Petrogrado), baseada numa fábula do dramaturgo Carlo Gozzi (autor de Turandot), e O anjo de fogo (1919).
Em 1923 casa com a cantora de origem espanhola Lina Lluvera. Em 1931 e 1932 finaliza os seus concertos para piano, nº 4 e 5.
Prokofiev volta à Rússia em 1936, onde continua a compor sobre a mesma linguagem musical e as suas obras demonstram uma extraordinária integridade, se se tiver em consideração a pressão imposta pelo dogma soviético do realismo socialista. Entre estas obras destacam-se a famosíssima Pedro e o lobo para narrador e orquestra (1936, realizada para agradar a Estaline), Romeu e Julieta (ballet, 1936), a ópera Guerra e paz (1946), a Sinfonia n.º 5 (1945), a suite O tenente Kijé (1933) e a cantata Alexandre Nevski (1938, para o filme homónimo do realizador soviético Serguei Eisenstein).
Em 1948 foi censurado por nunca compor no estilo do realismo soviético. As suas harmonias foram julgadas como "cacofónicas". Teve que prometer que realizaria obras com maior lirismo realista. Nesse mesmo ano compõe Conto de um homem autêntico mas é de novo censurado . Quatro anos mais tarde, com a Sinfonia n.º 7, recebe o premio Estaline (1952).
Serguei Prokofiev morreu em Moscovo no mesmo dia que Estaline, tendo sido apenas iniciados os ensaios para o seu bailado A flor de pedra (1950), que foi levado à cena em 1954.