Cachorro-quente
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Cachorro-quente é uma comida típica dos Estados Unidos da América, em que se coloca uma salsicha (ou mais) dentro de um longo pão.
Naquele país, o tempero mais típico do cachorro-quente é o chucrute e a mostarda. No Brasil o chucrute não é tão popular, em geral acompanha-se o cachorro-quente com maionese, catchupe, molho de mostarda, molhos à base de tomates, pimentões e cebolas ou ainda com ingredientes tais como batatas-palha, ervilhas, milho, purê de batatas, bacon, requeijão etc..
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[editar] História
Existem três teorias sobre o surgimento desse peculiar sanduíche:
1. A mais conhecida é a de um açogueiro de Frankfurt, na Alemanha. Em 1852, ele resolveu batizar as salsichas que fabricava com o nome de seu cachorro bassê.
2. Um imigrante alemão, Charles Feltman, levou esse tipo de salsicha para os Estados Unidos em 1880. Lá, criou um sanduíche quente com pão, salsicha e molhos.
3. Em 1904, na cidade de Saint Louis, nos Estados Unidos, um vendedor de salsichas quentes criou uma maneira de seus fregueses não queimarem as mãos. A quem comprasse suas salsichas, ele oferecia luvas de algodão limpíssimas. Só que os clientes esqueciam de devolve-las e ele acabava tendo prejuízo. Seu cunhado, que era padeiro, sugeriu que o salsicheiro pusesse as luvas de lado e começasse a usar pães.
No Brasil, por volta de 1926, o empresário Francisco Serrador, idealizador da Cinelândia, no centro da cidade do Rio de Janeiro, lança o cachorro-quente em seus cinemas. A novidade inspirou Lamartine Babo e Ary Barroso, a criarem em 1928, a marchinha de carnaval "Cachorro-Quente":
"Comer / Cachorro quente lá no bar / Por certo a moda vai pegar / Por não ser vulgar...
Comer / Vai toda gente ao "quarteirão" / Pois há lingüiça em profusão / Pra comer com pão...
Que bom que é lamber... / Trincar...comer... / Um cachorrinho tentador / No quarteirão do Serrador
Comer é bem melhor do que beber / Pois dá sustância e faz crescer / Todo e qualquer ser...
Comer / É verbo bom de conjugar / Quando queremos conquistar / Um "pirão" no bar..."
E a partir de 1945, depois da segunda guerra mundial, quando o Brasil passou a sofrer grande influência da cultura americana, o cachorro-quente conquistou definitivamente seu espaço aqui.
[editar] Famosos Cachorros Quentes
- Em Porto Alegre, o Cachorro-Quente do Rosário tem esse nome por conta de uma carrocinha que se localizava na frente do tradicional colégio e que gerava longas filas ao longo da noite atraindo apreciadores da iguaria vindos de todos os cantos da cidade. Também é famoso o "Zé do Passaporte", que fica ao lado do mercado do Bom Fim. Foi o primeiro a fazer um cachorro-quente de grandes proporções na cidade e, nos anos 60 o seu "trailer" virou tradicional ponto de encontro do fim de noite boêmio.
- Em São Paulo, um dos mais famosos é o "cachorro-quente da USP", vendido por uma série de carrocinhas espalhadas pelo campus. Merece destaque o "Da Reitoria". Nessa barraquinha um cachorro-quente é produzido em menos de trinta segundos com maionese, mostarda, quetchupe, milho, ervilha, queijo ralado, batata palha e purê de batatas que é utilizado como "blindante" do sanduíche, cuja aprência final é a de uma bola de futebol americano comestível
- Em Belo Horizonte, o "dog do Binha", que tem ponto na esquina da Av. Padre Pedro Pinto e rua Dona Geni, é um dos mais conhecidos, e um ponto de encontro de muitas pessoas. É conhecido por esse nome por causa do seu dono, cujo apelido é Binha.
- No Rio de Janeiro, o pai de todos é o Geneal, cachorro-quente tradicional popular nos anos 60 e 70. Tratavam-se de carrinhos de uma empresa carioca[1] que vendiam cachorros-quentes e refrigerantes na orla da praia. Eles também vendiam no Estádio do Maracanã. Era um sanduíche bastante simples: apenas o pão (pequeno), a salsicha e o molho de mostarda. Mas era delicioso, tinha um gosto todo especial, sendo a salsicha o principal destaque. Os carrinhos do Geneal sumiram por vários anos mas recentemente retornaram. Hoje a empresa atua em modelo de franquia. Atualmente, a forma mais popular de cachorro-quente feito na rua é o podrão. Também no Rio, o "cachorro-quente de forno" do Aeroporto Santos Dumont merece alto destaque. É feito com pão levemente adocicado recheado com salsicha, maionese, pimentão e coberto com queijo parmesão.
- Em Campos, RJ. é Famoso o "cachorro-quente do Tio", em Frente ao Cefet.Um dos mais completos da região, que além da salsicha e do pão, tem beterraba, cenoura, passas, queijo ralado, batata palha, molho completo e claro, catchup e maionese. O "tio" que começou com seu simples Fiat 147, ano 78, hoje atua numa Towner.
[editar] Curiosidades
- Em Pernambuco, cachorro-quente é um sanduíche feito com carne e linguiça calabresa moídas e refogadas com uma série de temperos, servido no pão conhecido como de "hot-dog". Se o indivíduo desejar um sanduíche de salsicha deve solicitar um "hot-dog" (pronuncia-se localmente "róti dógui").
- Cachorro-quente é o 21° prato mais comido nos EUA.
- Na Argentina e Uruguai são chamados de "panchos". No Uruguai, especificamente, é servido um tipo de cachorro-quente no qual a salsicha é maior que o pão.
[editar] Links externos
National Hot Dog and Sausage Council
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