Cabinda (província)
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Cabinda é das 18 províncias da República de Angola, sendo um exclave limitado ao norte pela República do Congo, a leste e ao sul pela República Democrática do Congo e a oeste pelo Oceano Atlântico. A capital da Provincia de Cabinda é a cidade de Cabinda, conhecida também com o nome de Tchiowa. Tem uma superfície de 7.283 km² e cerca de 400.000 habitantes. Os habitantes de Cabinda são conhecidos como Cabindas ou ainda por "fiotes". O dialeto falado é o Ibinda.
É constituída pelos municípios de Cabinda, sede da Província, Cacongo, Buco-Zau e Belize.
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[editar] Clima
O clima é tropical húmido, com precipitações anuais em torno de 800 mm. A temperatura média anual varia entre os 25 e os 30º Celsius.
[editar] História
Cabinda, conhecida no passado como Congo Português, foi a parcela do antigo Reino do Kongo atribuída a Portugal, por ocasião da Conferência de Berlim (1885), quando simultaneamente nasceram o Congo Belga (ex-Zaire e actual República Democrática do Congo) e o Congo Francês (ex-Congo Brazzaville e actual República do Congo). Na realidade, Cabinda originalmente era unida territorialmente a Angola, mas a Bélgica reinvidicou uma saída para o Atlântico para o seu Congo Belga, o que foi concedido por Portugal através de um acordo, selando definitivamente a separação de Cabinda do restante de Angola.
Nas vésperas da referida Conferência, os príncipes e os notáveis de Cabinda assinaram o Tratado de Simulambuco com Portugal, pelo qual o território de Cabinda passou a ser protectorado luso.
Em 1974, após a Revolução do 25 de Abril em Portugal, interesses políticos levaram Cabinda a ser integrada a Angola, com a qual não tem fronteiras comuns. Imediatamente após a independência angolana, a 11 de Novembro de 1975, a Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC), reclamando o direito à independência do território, empreendeu guerra contra a presença angolana.
[editar] História Recente
Em 1 de Agosto de 2006, foi assinado um "Memorando de Entendimento para a Paz e a Reconciliação da Província de Cabinda", entre o Governo de Angola e o Fórum Cabindês para o Diálogo (FCD). As delegações da negociação eram chefiadas da parte da República de Angola por Virgílio Fontes Pereira, ministro da Administração do território angolano e da parte das populações de Cabinda por General Doutor António Bento Bembe, ex. presidente da FLEC-Renovada ora FLEC-PLataforma, que por imperativos da fusão entre a sua organização política-militar com a FLEC-Fac (do Miguel Estanislau Boma), passou a ocupar os cargos de Secretário-geral, vice-presidente da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC) e Presidente do Fórum Cabindês para o Diálogo (FCD) em representação das populações de Cabinda.
Desde a mencionada data, os efectivos da FLEC e das Demais Organizações sob autoridade do Fórum Cabindês para o Diálogo (FCD) foram aquartelados e a 6 de Janeiro de 2007, numa cerimónia de mais alto nível realizada em Cabinda, alguns dos elementos das ex. militares da FLEC foram integrados e incorporados nas Forças Armadas Angolanas (FAA) e na Polícia Nacional. Dois dias depois todos aqueles elementos da FLEC e das demais organizações sob autoridade do Fórum que optaram pela vida activa comessaram a sua formação académica conforme previsto nas cláusulas do acordo, no sentido de poderem desempenhar melhor os seus cargos e responsabilidades nacionais.
O "Memorando de Entendimento para Paz e Reconciliação em Cabinda" inclui também o "Estatuto Especial para Cabinda". As populações de Cabinda acolheram a Paz com muita satisfação por ser considerada a oportunidade única para o desenvolvimento económico e social sustentável da província.
A FLEC, FCD e demais organizações sob autoridade do FCD depois da serimónia política no quadro civilistico que terá lugar em Maio de 2007, serão extintas, e poderão se transformar num Partido Político de âmbito Nacional como aconteceu também com a UNITA do falecido Jonas Savimbi. O General Doutor António Bento Bembe é o grande arquitecto da Paz para Cabinda felicitado pela Comunidade Internacional.
Espera-se que a paz tão desejada possibilite finalmente a melhoria das condições de vida das populações do enclave e de Angola em geral.
[editar] Economia
O petróleo extraído em Cabinda representa cerca de 70% do cru exportado por Angola, e corresponde a mais de 80% das exportações angolanas. Cabinda tornou-se assim o palco de múltiplos interesses internacionais, e, consequentemente, território que tem sido alvo de constantes violações dos Direitos Humanos.
[editar] Ver também
[editar] Ligações externas
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Ásia Oriental: | Bante (séc. XVI-XVIII) | Flores (século XVI-XIX) | Macau (1557-1999) | Macassar (1512-1665) | Malaca (1511-1641) | Molucas (Amboina 1576-1605, Ternate 1522-1575, Tidore 1578-1650) | Nagasaki (1571-1639) | Timor-Leste (1642-1975) |
América do Sul: | Brasil (1500-1822) | Cisplatina (1808-1822) | Guiana Francesa (1809-1817) | Nova Colónia do Sacramento (1680-1777) | (Colonização do Brasil) |
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Estes dois arquipélagos, localizados no Atlântico Norte, foram colonizados pelos portugueses no início do século XV e fizeram parte do Império Português até 1976, quando se tornaram regiões autónomas de Portugal; no entanto, já desde o século XIX que eram encaradas como um prolongamento da metrópole europeia (as chamadas Ilhas Adjacentes) e não colónias. O estatuto especial dos arquipélagos (região autónoma) continuou até hoje, sem grandes alterações. |