São Tomé e Príncipe
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Lema nacional: nenhum | |||||
Língua oficial | Português | ||||
Capital | São Tomé | ||||
Presidente | Fradique de Menezes | ||||
Primeiro-Ministro | Tomé Vera Cruz | ||||
Área - Total - % água |
169º maior 964 km² 0% |
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População
- Total (ano) |
173º mais populoso |
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Independência |
De Portugal 12 de Julho de 1975 |
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Moeda | Dobra (STD) | ||||
Fuso horário | UTC | ||||
Hino nacional | Independência Total | ||||
Código Internet | .ST | ||||
Código telefônico | 239 |
São Tomé e Príncipe é um estado insular localizado no Golfo da Guiné, composto por duas ilhas principais (São Tomé e Príncipe) e várias ilhotas, num total de 964 km², com cerca de 120 mil habitantes. Estado insular, não tem fronteiras terrestres, mas situa-se relativamente próximo das costas do Gabão, Guiné Equatorial, Camarões e Nigéria.
Índice |
[editar] História
As ilhas de São Tomé e Príncipe estiveram desabitadas até 1470, quando os navegadores portugueses João de Santarém e Pedro Escobar as descobriram. A cana-de-açúcar é introduzida nas ilhas no século XV, mas a concorrência brasileira e as constantes rebeliões locais levaram a cultura agrícola ao declínio no século XVI. Assim sendo, a decadência açucareira tornou as ilhas entrepostos de escravos.
Numa das várias revoltas internas nas ilhas, um escravo chamado Amador, considerado herói nacional, controlou cerca de dois terços da ilha de São Tomé. A agricultura só é estimulada no arquipélago no século XIX, com o cultivo de cacau e café.
Durante estes dois séculos do Ciclo do Cacau, criaram-se estruturas administrativas complexas. Elas compunham-se de vários serviços públicos, tendo a sua frente um chefe de serviço. As decisões tomadas por este, tinham de ser sancionadas pelo Governador da Colónia, que para legislar, auxiliava-se de um Conselho de Governo e de uma Assembleia Legislativa.
Durante muito tempo o Governador foi o comandante-chefe das forças armadas, até que com a luta armada nos outros territórios sob o seu domínio, se criou um Comando Independente.Fora da sua alçada encontrava-se a DGS.
O Governador deslocava-se periodicamente a Lisboa, para informar o governo colonial e dele trazer instruções.
Na Ilha do Príncipe, em representação do Governo havia o Administrador do Concelho com largas atribuições. A colónia achava-se dividida em dois concelhos, o de São Tomé e o do Príncipe, e em várias freguesias.
Em 1960, surge um grupo nacionalista opositor ao domínio português. Em 1972, o grupo dá origem ao MLSTP (Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe), de orientação marxista. Assim, em 1975, após cerca de 500 anos de controlo de Portugal, o arquipélago é descolonizado.
Após a independência, foi implantado um regime socialista de partido único sob a alçada do MLSTP. Dez anos após a independência (1985), inicia-se a abertura económica do país. Em 1990, adota-se uma nova constituição, que institui o pluripartidarismo.
No ano seguinte, as eleições legislativas apresentam o PCD-GR (Partido de Convergência Democrática - Grupo de Reflexão) como grande vencedor, ao conquistar a maioria das cadeiras. A eleição para presidente contou com a participação de Miguel Trovoada, ex-primeiro ministro do país que estava exilado desde 1978. Sem adversários, Trovoada foi eleito para o cargo. Em 1995, é instituído um governo local na ilha do Príncipe, com a participação de cinco membros. Nas eleições parlamentares de 1998, o MLSTP incorpora no seu nome PSD (Partido Social Democrata) e conquista a maioria no Parlamento, o que tornou possível ao partido indicar o primeiro-ministro.
[editar] Política
Partidos Políticos
- MLSTP-PSD: Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe – Partido Social Democrata
- ADI: Ação Democrática Independente
- PCD-GR: Partido de Convergência Democrática – Grupo de Reflexão
Poder Legislativo
- Unicameral – Assembléia Nacional, com 55 membros
- Constituição: 2003
[editar] Subdivisões
O país encontra-se dividido administrativamente em 6 distritos (6 na ilha de São Tomé) e 1 região Autonoma na ilha do Príncipe e em apenas dois municípios (concelhos)
[editar] Geografia
As ilhas de São Tomé e do Príncipe ficam situadas a cerca de 300 km da costa Ocidental de África, sendo atravessadas pelo Equador.
[editar] Economia
São Tomé e Príncipe tem apostado no turismo para o seu desenvolvimento, mas a recente descoberta de jazidas de petróleo nas suas águas abriu novas perspectivas para o futuro.
[editar] Demografia
Do total da população de São Tomé e Príncipe, cerca de 131.000 vivem em São Tomé e 6.000 no Príncipe. Todos eles descendem de vários grupos étnicos que emigraram para as ilhas desde 1485.
As ilhas são uma antiga colónia portuguesa. Na década de 1970 houve dois fluxos populacionais significativos — o êxodo da maior parte dos 4.000 residentes portugueses e o influxo de várias centenas de refugiados são-tomenses vindos de Angola. Os ilhéus foram na sua maior parte absorvidos por uma cultura comum luso-africana. Quase todos pertencem às igrejas Católica Romana, Evangélica, Nazarena, Congregação Cristã ou Adventista do Sétimo Dia, que, por sua vez, mantém laços estreitos com as igrejas em Portugal.
A grande maioria do povo são-tomense fala português (95%), mas também fala três crioulos de base portuguesa diferentes.
População Urbana-40% (a cidade de São Tomé, com cerca de 51 mil habitantes, é o único centro urbano do país)
População Rural-60%
[editar] Cultura
[editar] Religião
Data | Nome em português | Nome local | Observações |
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[editar] Ver também
[editar] Ligações externas
- Ministério de Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades
- Embaixada de São Tomé e Príncipe em Lisboa
- Imagens de São Tomé e Príncipe
- Divisão da África II - Itamaraty Divisão do Ministério das Relações Exteriores do Brasil responsável pelas relações bilaterais com São Tomé e Príncipe
- Informações diversas e úteis sobre o país: clima, idiomas, documentos necessários, etc.
África do Norte: | Aguz (1506-1525) | Alcácer-Ceguer (1458-1550) | Arzila (1471-1550, 1577-1589) | Azamor (1513-1541) | Ceuta (1415-1640) | Mazagão (1485-1550, 1506-1769) | Mogador (1506-1525) | Safim (1488-1541) | Agadir (1505-1769) | Tânger (1471-1662) |
África Subsahariana: | Acra (1557-1578) | Angola (1575-1975) | Ano Bom (1474-1778) | Arguim (1455-1633) | Cabinda (1883-1975) | Cabo Verde (1642-1975) | São Jorge da Mina (1482-1637) | Fernando Pó (1478-1778) | Costa do Ouro Portuguesa (1482-1642) | Guiné Portuguesa (1879-1974) | Melinde (1500-1630) | Mombaça (1593-1698, 1728-1729) | Moçambique (1501-1975) | Quíloa (1505-1512) | Fortaleza de São João Baptista de Ajudá (1680-1961) | São Tomé e Príncipe 1753-1975 | Socotorá (1506-1511) | Zanzibar (1503-1698) | Ziguinchor (1645-1888) |
Ásia Ocidental: | Bahrain (1521-1602) | Ormuz (1515-1622) | Mascate (1515-1650) | Bandar Abbas (1506-1615) |
Subcontinente indiano: | Ceilão (1518-1658) | Laquedivas (1498-1545) | Maldivas (1518-1521, 1558-1573) | Índia Portuguesa: Baçaím (1535-1739), Bombaim (Mumbai) (1534-1661), Calecute (1512-1525), Cananor (1502-1663), Chaul (1521-1740), Chittagong (1528-1666), Cochim (1500-1663), Cranganor (1536-1662), Dadrá e Nagar-Aveli (1779-1954), Damão (1559-1962), Diu (1535-1962), Goa (1510-1962), Hughli (1579-1632), Nagapattinam (1507-1657), Paliacate (1518-1619), Coulão (1502-1661), Salsette (1534-1737), Masulipatão (1598-1610), Mangalore (1568-1659), Surate (1540-1612), Thoothukudi (1548-1658), São Tomé de Meliapore (1523-1662; 1687-1749) |
Ásia Oriental: | Bante (séc. XVI-XVIII) | Flores (século XVI-XIX) | Macau (1557-1999) | Macassar (1512-1665) | Malaca (1511-1641) | Molucas (Amboina 1576-1605, Ternate 1522-1575, Tidore 1578-1650) | Nagasaki (1571-1639) | Timor-Leste (1642-1975) |
América do Sul: | Brasil (1500-1822) | Cisplatina (1808-1822) | Guiana Francesa (1809-1817) | Nova Colónia do Sacramento (1680-1777) | (Colonização do Brasil) |
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Estes dois arquipélagos, localizados no Atlântico Norte, foram colonizados pelos portugueses no início do século XV e fizeram parte do Império Português até 1976, quando se tornaram regiões autónomas de Portugal; no entanto, já desde o século XIX que eram encaradas como um prolongamento da metrópole europeia (as chamadas Ilhas Adjacentes) e não colónias. O estatuto especial dos arquipélagos (região autónoma) continuou até hoje, sem grandes alterações. |