Inclusão digital
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Inclusão Digital ou infoinclusão é a democratização do acesso às tecnologias da Informação, de forma a inserir todos na sociedade da informação. Entre as estratégias inclusivas estão projetos e ações que facilitam o acesso de pessoas de baixa renda às Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). A inclusão digital volta-se também para o desenvolvimento de tecnologias que ampliem a acessibilidade para usuários com deficiência.
Dessa forma, toda a sociedade pode ter acesso a informações disponíveis na Internet, e assim produzir e disseminar conhecimento. A inclusão digital insere-se no movimento maior de inclusão social, um dos grandes objetivos compartilhados por diversos governos ao redor do mundo nas últimas décadas.
Dois novos conceitos são incorporados as políticas de inclusão digital: a acessibilidade de todos às TIs {e-Accessibility}, neste caso, não somente a população deficiente; e a competência de uso das tecnologias na sociedade da informação (e-Competences).[1]
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[editar] Inclusão Digital no Brasil
Dentro dessa perspectiva o Brasil que vem buscando desenvolver ações diversas visando a inclusão digital como parte da visão de sociedade inclusiva. Desde que entrou em prática, no final de novembro de 2005, o projeto de inclusão digital do governo federal, Computador para Todos - Projeto Cidadão Conectado registrou mais de 19 mil máquinas financiadas até meados de janeiro.[2]
Pouco menos de 2% da meta do programa, se levarmos em conta apenas os dados de financiamento, que é vender um milhão de máquinas para consumidores com renda entre três e sete salários mínimos nos próximos 12 meses. Os dados de financiamento são da Caixa Econômica Federal, que financiou 1.181 equipamentos. O Magazine Luiza, único varejista que obteve uma linha de crédito do BNDES, parcelou 18.186 computadores.
O PC dispõe do sistema operacional Linux e um conjunto de softwares livres com 26 aplicativos, como editor de texto, aplicações gráficas e antivírus. Além disso, há suporte técnico durante um ano e as atualizações são gratuitas e periódicas.
O Brasil conta com um recurso total de 250 milhões de reais, provenientes do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), o financiamento do Computador para Todos pode ser feito pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal, além de redes varejistas, que têm se cadastrado junto a uma linha especial de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Com os esforços de "inclusão digital" outros públicos também compõem o alvo de seu trabalho: idosos, pessoas com deficiência, população de zonas de difícil acesso, dentre outros. A idéia é que as Tecnologias da Informação vieram para ficar e, no futuro, quem não estiver "incluído digitalmente" viverá sob uma limitação social importante, perdendo inclusive direitos garantidos à cidadania.
- Programas Nacionais de Inclusão Digital
Mantido e criado pela Prefeitura de São Paulo ,o Telecentros (também conhecido como Programa Telecentros) é um dos maiores programas de Inclusão Digital e Social, que contava em março de 2007 com 158 unidades (com 20 computadores e 1 impressora em cada unidade). Atua em todas as regiões da capital de São Paulo, oferecendo Cursos básicos e avançados de Informática e outros Cursos e oficinas de acordo com a necessidade local de cada unidade. Também oferece livre acesso à Internet. O Programa Telecentros tem sido elogiado freqüentemente pela Comunidade Internacional de Software Livre e os cidadãos de São Paulo[ ].
Outro importante programa de Inclusão Digital é o Programa Acessa São Paulo, premiado internacionalmente[ ], tendo aproximadamente quatrocentos postos de atendimento no Estado de São Paulo.
No Rio Grande do Sul tem-se a iniciativa inclusiva do Programa Sinergia Digital, criado e mantido pela PUCRS. Atende crianças, adolescentes e adultos, incluindo a chamada terceira idade, buscando uma formação integral do aluno. Os adolescentes de vilas carentes em torno da PUC recebem cerca de 70 horas de aula de informática e mais 30 horas de atividades esportivas, culturais e sociais[ ]. As turmas tem acompanhamento sócio-educativo (por acadêmicos de Psicologia), palestras e dinâmicas de grupo. As aulas são realizadas no mesmo laboratório de informática que atende alunos de graduação e pós-graduação da Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia da PUCRS. Os alunos recebem ajuda de custo para o transporte até a PUCRS[ ].
[editar] Ver também
- 2B1 (ou Laptop das crianças, antigamente chamado Laptop de 100 dólares)
- Paraná Digital
- Programa Acessa São Paulo
- Telecentros
- Farol do Saber
- Educação inclusiva
- Inclusão social
- Programa Telecentros
[editar] Referências
[editar] Ligações externas
- Brazilian Telecentros (em inglês)
- CMD - Centro para Mídia e Democracia (EUA) (em inglês)
- CRIS - Communications Rights in the Information Society (Campanha internacional pelos Direitos à Comunicação na Sociedade da Informação (em inglês)
- Entrevista com o guru de software livre Richard Stallman, na Folha Online
- Entrevista com Richard Stallman
- Entrevista com Richard Stallman: "E Viva o Software Livre!!!"
- Entrevista com Sergio Amadeu (Vídeo)
- IFEX - Intercâmbio Internacional de Liberdade de Expressão (em inglês)
- Internews - ONG de capacitação e treinamento para democratizar o acesso à informação (em inglês)
- Portal de inclusão digital do Governo Federal
- Programa Computador para Todos do Governo Federal do Brasil
- Sinergia Digital - Programa de inclusão digital da PUCRS
- Sítio dos Telecentros da Prefeitura de São Paulo com endereços, telefone e Informações das Unidades distribuídas por regiões
- The Internet in Brazil: From Digital Divide to Democracy? (em inglês)