Constantino I
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Flavius Valerius Constantinus, conhecido como Constantino I, Constantino Magno ou Constantino, o Grande (272 - 22 de Maio de 337), foi proclamado Augusto pelas suas tropas em 25 de Julho de 306 e governou uma porção crescente do Império Romano até à sua morte.
Nasceu em Naissus, na Alta Dácia (actual Roménia), filho de Constâncio I Cloro e da filha de um dono de uma albergaria, Helena. Constantino teve uma boa educação e serviu no tribunal de Diocleciano depois do seu pai ter sido nomeado um dos dois Césares, na altura um imperador júnior, na Tetrarquia em 293. Face à morte de seu pai Constâncio em 306, ele conseguiu viajar até ao seu leito de morte em Eburacum (York). Nos próximos 18 anos ele lutou uma série de batalhas e guerras que o fizeram o governador supremo do Império Romano.
Constantino é talvez melhor conhecido por ter sido o primeiro imperador romano a confirmar o cristianismo, na sequência da sua vitória da Batalha da Ponte Mílvio, perto de Roma, que ele mais tarde atribuiu ao Deus cristão, pois na noite anterior da batalha sonhou com uma cruz, e nela estava escrito "sob este símbolo venceras", e de manha, um pouco antes da batalha, mandou que pintassem uma cruz nos escudos dos soldados e conseguiu um vitória esmagadora sobre o inimigo.
A sua adoção do cristianismo pode também ser resultado de influência familiar. Helena já terá com grande probabilidade nascido cristã e demonstrou grande piedade no fim da sua vida.
Constantino legalizou e apoiou fortemente a cristandade por volta do tempo em que se tornou imperador, com o Édito de Milão, mas também não tornou o paganismo ilegal ou fez do cristianismo a religião estatal.
Apesar de a [Igreja] ter prosperado sob o auspício de Constantino, ela própria decaiu no primeiro de muitos cismas públicos. Constantino convocou o concílio de Niceia afim de unificar a [Igreja] cristã pois com as divergências desta, o seu trono poderia estar ameaçado, duas questões principais foram discutidas no concílio de Nicéia a questão da Heresia Ariana que dizia que Cristo não era divino mas o mais perfeito das criaturas, e também a data da páscoa pois até então não havia um consenso sobre isso.
Constantino só foi baptizado e cristianizado no final da vida. Ironicamente, Constantino poderá ter favorecido o lado perdedor da questão Ariana, uma vez que ele foi baptizado por um bispo Ariano, Eusébio de Nicomedia. Mas apesar de seu batismo, há duvidas se realmente ele se tornou Cristão. Ele nunca abandonou sua adoração com relação ao deus Sol (Deus Sol Invicto), tanto que em suas moedas Constantino manteve como simbolo principal o sol. A Enciclopédia Católica diz: “Constantino favoreceu de modo igual ambas as religiões. Como sumo pontífice ele velou pela adoração pagã e protegeu seus direitos.” E a Enciclopédia Hídria observa: “Constantino nunca se tornou cristão”. “Eusébio de Cesaréia, que escreveu a biografia dele, diz que ele se tornou cristão nos últimos momentos da vida. Isso não é convicente, visto que no dia anterior, Constantino fizera um sacrifício a Zeus porque também tinha o título de Sumo Pontífice.” Até o dia da sua morte, em 337 EC, Constantino usou o título pagão de Sumo Pontífice, o chefe supremo em assuntos religiosos.
O imperador romano Constantino influenciou em grande parte na inclusão na igreja cristã de dogmas baseados em tradições. Uma das mais conhecidas foi o Edito de Constantino, promulgado em 321, que determinou oficialmente o domingo como dia de repouso para os cristãos, em honra à ressureição de Jesus Cristo.
Um historiador competente que se especializou neste periodo da história é Edward Gibbon, autor do livro clássico sobre a "A história do declínio e queda do império romano"
A sua vitória em 312 sobre Maxêncio na Batalha da Ponte Mílvio resultou na sua ascensão ao título de Augusto Ocidental, ou soberano da totalidade da metade ocidental do império. Ele consolidou gradualmente a sua superioridade militar sobre os seus rivais com o esfarelamento da Tetrarquia até 324, quando ele derrotou o imperador oriental Licínio, tornando-se imperador único.
Constantino reconstruiu a antiga cidade grega de Bizâncio, chamando-a de Nova Roma, dotando-a de um senado e ministérios cívicos semelhantes aos da antiga Roma. Após a sua morte foi renomeada de Constantinopla, tendo-se gradualmente tornado a capital do império.
Um anos depois do Concílio de Niceia (325), Constantino mandou matar seu próprio filho Crispus. Sufocaria depois sua mulher Fausta num banho sobreaquecido. Mandou também estrangular o marido de sua irmã, e chicotear até à morte o filho de sua irmã.
Precedido por Constâncio Cloro |
Imperador Romano 306 - 337 |
Sucedido por Constâncio II |
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