Roménia
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Lema: Nihil Sine Deo (latim para "Nada Sem Deus") |
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Língua oficial | Romeno | ||||
Capital | Bucareste | ||||
Presidente | Traian Băsescu | ||||
Primeiro-ministro | Călin Popescu-Tăriceanu | ||||
Área - Total - % água |
78º maior 238,391 km² 3.0% |
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População - Total (2002) - Densidade |
49º mais populoso 21,698,181 91.3 h/km² |
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Independência | 9 de Maio de 1877 (do Império Otomano) | ||||
Moeda | leu romeno (RON) = 100 bans | ||||
Fuso horário | UTC +2/+3 | ||||
Hino nacional | Deşteaptă-te, Române! | ||||
TLD (Internet) | .RO | ||||
Código telefônico | 40 |
A Roménia ou Romênia (em romeno, "România") é um país da Europa Oriental limitado a norte e a leste pela Ucrânia, a leste pela Moldávia e pelo mar Negro, a sul pela Bulgária e a oeste pela Sérvia e pela Hungria. A sua capital é a cidade de Bucareste. Faz parte da União Europeia desde 1 de Janeiro, 2007.
Índice |
[editar] Nome
O nome Roménia vem de Roma ou do Império Romano (Oriental) e enfatiza as origens do país como província do Império Romano. Na Antiguidade Tardia, o Império Romano era frequentemente chamado de Romania em latim. Alguns historiadores afirmam que o Império Bizantino medieval deveria ser chamado propriamente de Romania, mas isso não foi aceite. O nome "Romania" também é usado para o grupo de terras europeias onde apareceram as línguas românicas.
[editar] História
A confederação tribal dos Getas foi encontrada por Dario na sua campanha nos Bálcãs em 531 a.C..Os dácios foram derrotados pelo Império Romano no governo do imperador Trajano em duas campanhas que se estenderam de 101 a 107, e o centro do reino dos dácios tornou-se a província romana da Dácia. As campanhas góticas e cárpicas nos Bálcãs durante 231 - 275 forçaram o Império Romano a reorganizar uma nova província romana da Dácia ao sul do Danúbio, fazendo com que a antiga Dácia se tornasse o reino dos godos até o final do século IV, quando foi incluído no Império Huno. Os gépidas e os avaros governaram a Transilvânia até o século VIII, quando os búlgaros incluíram a Romênia ao seu império até o ano 1000. Os pechenegas, os cumanos e os uzes também são mencionados por crônicas históricas no território da Romênia até a fundação dos principados valáquios da Valáquia por Basarab, e da Moldávia por Dragos durante o século XIV. Na Idade Média, os romenos viveram em três principados distintos: Valáquia, Moldávia e Transilvânia.
A Valáquia e a Moldávia encontraram-se sob a suserania do Império Otomano nos séculos XV e XVI, respectivamente, com autonomia interna e breves períodos de independência, com a Moldávia perdendo seu território oriental da Bessarábia para o Império Russo em 1812, seu território setentrional de Bucovina para o Império Austríaco em 1775 e seu território sudeste de Bugeac para o Império Otomano.
A Transilvânia caiu sob controle da Hungria no século XII (desde 1300, a Hungria e a Transilvânia tornaram-se possessões da Casa de Anjou, de Habsburgo, e do Sacro Império Romano-Germânico), tornando-se um principado sob a suserania do Império Otomano em 1526, após a Batalha de Mohacs. No final do século XVIII, o Império Austríaco (desde 1867, Áustria-Hungria) incluiu a Transilvânia nas suas fronteiras.
A Roménia moderna nasceu quando os principados da Moldávia e da Valáquia fundiram-se em 1859 e a sua independência foi ratificada pelos Grandes Poderes em 1877. Um príncipe da casa alemã do Hohenzollern recebeu a coroa do reino da Roménia, tornando-serei e chamava-se Carol I.
Após a Primeira Guerra Mundial (na qual a Roménia participou aliando-se às potências da Tríplice Entente), com a desintegração do Império Russo dos Romanov e do Império Austro-Húngaro dos Habsburgo, a Romênia a sua área de soberania duplicada com as aquisições da Transilvânia e da Bessarábia.
A Bessarábia, a Bucovina do Norte e a Bugeac foram incorporados pela União Soviética em 1940, compreendendo principalmente a actual República da Moldávia com a Bugeac e a Bucovina do Norte integradas na Ucrânia.
Após a Segunda Guerra Mundial, a Roménia tornou-se um estado comunista sob directo controlo económico e militar da U.R.S.S. até 1958. O governo ditatorial do presidente Nicolae Ceauşescu (1965-1989) foi derrubado com uma revolta cruel em Dezembro de 1989; parte dos revoltosos, agora reformados como sociais-democratas, continuaram presentes num governo eleito democraticamente até 1996, quando Emil Constantinescu foi eleito presidente por uma coligação de centro-direita. Em 2000, os social-democratas retornaram ao poder, com Ion Iliescu. As eleições de 13 de Dezembro de 2004 deram a vitória a Traian Băsescu, do Partido Democrata.
A 1 de Janeiro de 2007, a Roménia adere à UE juntamente com a Bulgária. Ver também: Reis da Roménia
[editar] Política
A Romênia é uma república democrática. O poder legislativo do governo romeno consiste de duas câmaras, o Senat (Senado), que possui 137 membros (relativo a 2004), e a Camera Deputaţilor (Câmara dos Deputados), que possui 332 membros (relativo a 2004). Os membros de ambas as câmaras são escolhidos em eleições realizadas a cada quatro anos. O presidente, chefe do poder executivo, também é eleito pelo voto popular, a cada cinco anos (até 2004 eram de quatro em quatro anos). O presidente nomeia o primeiro-ministro, que dirige o governo, cujos membros são por sua vez nomeados por ele. O governo é sujeito a um voto parlamentar de aprovação.
[editar] Subdivisões da Roménia
Administrativamente a Roménia é dividida em 41 judeţe, ou condados, e existe o município de Bucareste (Bucureşti, em romeno) - no qual está a capital.
Os condados são (por ordem alfabética):
[editar] Geografia
Uma grande parte das fronteiras da Roménia com a Sérvia e a Bulgária seguem o curso do Danúbio. No Danúbio vai desaguar o rio Prut, que serve de fronteira com a Moldávia. Os montes Cárpatos dominam a parte ocidental da Roménia, com picos de até 2.500 metros. O mais elevado, o Moldoveanu, atinge os 2.544 metros. As principais cidades são a capital, Bucareste, Braşov, Timişoara, Cluj-Napoca, Constanţa, Craiova, Iaşi, Brăila e Galaţi.
[editar] Ver também
- Lista de Cidades romenas
- Rios da Roménia
- Lagos da Roménia
[editar] Economia
Após o colapso do Bloco Soviético em 1989-91, a Roménia foi deixada com uma base industrial obsoleta e um padrão de capacidade industrial totalmente inadequado às necessidades da população. Em Fevereiro de 1997, a Roménia iniciou um grande programa de reformas estruturais e estabilização macroeconómica. Mas as reformas não mostravam clareza. Os programas de reestruturação incluiam liquidar grandes indústrias de energia intensiva e reformas importantes nos sectores financeiro e agrícola. A economia atrasada e instável da Roménia tem-se transformado numa economia com estabilidade macroeconómica com alto crescimento e baixo desemprego. A Romênia alcançou um acordo com o FMI em Agosto para um empréstimo de US$547 milhões, mas a liberação da segunda parcela foi adiada em Outubro devido a exigências de empréstimo não-resolvidas do sector primário e diferenças sobre as despesas orçamentais. Bucareste evitou o não-pagamento das dívidas do meio do ano, mas teve que reduzir significantemente as reservas para tal; as reservas giravam em torno de 1,5 bilhão de dólares por ano em 1999. As prioridades do governo incluiam: obter um empréstimo renovado com o FMI, apertar as políticas fiscais, acelerar a privatização e reestruturar empresas não-lucrativas.
2002 e 2003 foram anos economicamente bem sucedidos, e actualmente o crescimento do PIB está previsto para ser de 4.5% ao ano. A economia cresceu 6.6% na primeira metade de 2004, e 7.0% (ano sobre ano) no segundo trimestre de 2004, marcando a maior taxa de crescimento na região. O salário bruto médio por mês na Romênia é de 8.392.766 lei, conforme outubro de 2004, um aumento de 2.1% sobre o mês anterior. Ele equivale a US$283.54, 213.60 euros e 360.21 dólares australianos. O salário líquido médio por mês em Janeiro de 2004 era de 6.071.211 lei. O crescimento do PIB deve ficar por volta de 8% em 2004 e por volta de 6-7% em 2005. O desemprego na Roméia está nos 6.2% (2004), valor muito baixo se comparado a outros países europeus. A Roménia foi convidada pela União Européia em dezembro de 1999 a iniciar as negociações de entrada. A sua adesão foi aprovada em 2005 junto com a Bulgária.
Apesar das nítidas melhorias, a Roménia ainda enfrenta vários problemas-chave: corrupção elevada em quase todos os níveis da sociedade, falta de transparência a respeito dos gastos públicos, falta de competitividade económica - especialmente no sector agrícola -, um certo grau de desemprego em áreas rurais e um ritmo lento de reformas no sector público da economia. A liberdade de imprensa geralmente é garantida, mas algumas pressões económicas e administrativas determinam que a mídia reflicta especialmente os aspectos positivos ou neutros da sociedade ao invés dos aspectos negativos ou críticas dirigidas ao governo. A Roménia recebeu em outubro de 2004 a muito desejada "economia de mercado funcional" pelos oficiais da UE, com algumas reservas - relacionadas especialmente aos aspectos mencionados acima.
[editar] Demografia
Grupos étnicos (2002 est.):
- romenos 89.5%
- húngaros 6.6%
- ciganos 2.5%
- ucranianos 0.3%
- alemães 0.3%
- russos 0.2%
- turcos e tártaros 0.2%
- outros 0.4%
Religiões (2002 est.):
- Ortodoxa Romena - 86.7%
- Católica Romana - 4.7%
- Protestante - 3.7%
- Pentecostal - 1.5%
- Católica Grega - Uniate - 0.9%
A língua oficial é o romeno, uma língua românica da subfamília itálica, da família dos idiomas indo-europeus.
As Minorias consideráveis de húngaros e descendentes alemães, principalmente na Transilvânia, também falam húngaro e alemão. Outros grupos étnicos incluem ciganos e nativos dos países vizinhos à Roménia. O verdadeiro tamanho da população cigana é desconhecido.
A maioria dos romenos é membro da Igreja Ortodoxa Romena, que é uma das igrejas do Cristianismo Ortodoxo Oriental. O catolicismo (tanto o católico romano como o católico romeno) e o protestantismo também estão representados, principalmente nas áreas habitadas pela população mais próxima da influência ocidental. Em Dobruja, a região situada na costa do mar Negro, há uma pequena minoria muçulmana (de etnia turca e tártara), uma remanescente do governo otomano e de migrações da Criméia.
Desde 2000 muitos romenos têm saído do seu país e emigrado para a Europa Ocidental, como por exemplo Portugal.
[editar] Cultura
A população romena tem o costume de freqüentar feiras em vez de ir às lojas. Essas feiras são geralmente artesanais. Na Roménia, um dos desportos muito praticado é o arremesso de bumerangues. Porém, esses bumerangues possuem um formato diferente comparado aos bumerangues australianos.
A Roménia é um país com um grande número de castelos, sendo alguns constituídos de madeira e muito bem conservados ao longo dos séculos. Esses castelos atraem muitos turistas durante todo o ano. O castelo mais visitado é o famoso Castelo de Bran onde, segundo a tradição, viveram o Conde Drácula e Elisabeth Bathbory.
Veja também:
- Lista de romenos
- Música da Romênia
- Literatura da Romênia
- Arte da Romênia
- Tradições natalinas na Romênia
- Turismo na Romênia
[editar] Tópicos variados
- Comunicações na Romênia
- Transporte na Romênia
- Forças militares da Romênia
- Relações estrangeiras da Romênia
- Lista de tópicos relacionados com a Romênia
- Feriados na Romênia
- Lista de parques nacionais da Romênia
[editar] Ver também
[editar] Ligações externas
[editar] Ligações oficiais
- Página oficial do governo romeno
- Presidência da Romênia
- O Senado Romeno
- Parlamento Romeno
- Ministério do Turismo
[editar] Ligações de referência
- A Biblioteca Digital Romena (em romeno)
[editar] Guias de viagem
- O Espírito da Romênia - diários de viagem, fotografias, histórias
- Guia de viagens da Romênia na Wikitravel
[editar] Moeda