Exército Brasileiro
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O Exército Brasileiro é uma das três Forças Armadas responsável, no plano externo, pela defesa do país em operações eminentemente terrestres, e, no interno, pela garantia da lei, da ordem e dos poderes constitucionais.
O seu comandante maior é o presidente da República.
Na estrutura do Governo do Brasil, o Exército está enquadrado no Ministério da Defesa, ao lado da marinha e da força aérea.
Em tempos de paz, as tropas do Exército estão continuamente preparando-se para atuar em situações de conflito ou guerra. Além disso, são empregadas para a defesa da faixa de fronteira (tarefa conjunta com a força aérea) e para levar alimentos e serviços médicos a pontos isolados do território, participação e coordenação de campanhas sociais e pesquisas científicas (como as desenvolvidas no Centro Tecnológico do Exército (CTEx).
Na área da educação, cita-se como exemplo o Instituto Militar de Engenharia (IME), um dos mais proeminentes estabelecimentos de ensino superior do Brasil na linha científico-tecnológica.
O Exército Brasileiro teve grande influência na política desde o final do século XIX e no século XX, incluindo a Proclamação da República, movimentos liberais, como os Movimentos tenentistas, e conservadores, como o Golpe Militar de 1964, que resultou em 21 anos de ditadura militar. O seu efetivo atual é de aproximadamente 190 mil homens.
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[editar] História
[editar] Antecedentes
No período colonial o rei D. Manuel I, mandou organizar expedições militares com a finalidade de proteger os domínios portugueses na América, então recém-descobertos.
À medida em que colonização avançou em Pernambuco e São Vicente, as autoridades militares nativas e bases da organização defensiva da colônia começaram a ser construídas para fazer frente às ambições dos franceses, ingleses e holandeses.
Basicamente a História do Exército Brasileiro se iniciou em 1548 quando D. João III resolveu criar um governo-geral com sede na Bahia.
As primeiras intervenções de vulto ocorridas foram a expulsão dos franceses do Rio de Janeiro, no século do descobrimento, e do Maranhão, em 1615. À medida em que avançou a interiorização através do amplo movimento de expansão territorial no século XVII e do início do século XVIII, as Entradas e Bandeiras forçaram a organização da defesa do território recém conquistado. As forças expedicionárias de caráter eminentemente militar iniciaram a utilização da população local, particularmente de São Paulo, pelos capitães-mór, em busca de riquezas ou da escravização dos índios.
A guerra contra os holandeses, no século XVII, pela primeira vez mobilizou grandes efetivos no país, e particularmente começou a haver um sentimento de defesa nacional, independentemente da influência da coroa. A primeira Batalha de Guararapes (19 de abril de 1648) marca o início da organização do exército como força genuinamente brasileira formada por brancos locais, liderados por André Vidal de Negreiros, índios, liderados por Felipe Camarão e negros/mulatos, liderados por Henrique Dias. Esta data é comemorada como o aniversário do Exército Brasileiro.
Ao longo do século XVIII o Brasil-colônia teve sérios problemas de fronteira principalmente no extremo sul. Naquela época, eram freqüentes os choques entre luso-brasileiros e hispano-platinos, além disso, a força terrestre enfrentou a ameaça das rebeliões de índios e negros.
O marquês de Pombal tentou organizar de forma mais profissional o exército colonial, contratando para esse fim o conde Wilhelm Schaumburg-Lippe, militar alemão, que trouxe para auxiliá-lo vários oficiais estrangeiros.
Na reorganização promovida por Böhm construíram-se quartéis, casas de armas, fortificações e hospitais. A guarnição do Rio de Janeiro passou a ser centro de preparação para as tropas que demandavam o sul.
[editar] A Independência
Com a invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão houve a fuga da corte para o Brasil. Em 1810, foi criada a Academia Real Militar, no Rio de Janeiro. O curso, tinha a duração de sete anos. Foram organizados os hospitais militares e os arsenais de guerra. Foram construídas indústrias de armas e fábricas de pólvora. A estrutura militar se organizou e se modernizou. As tropas de primeira linha começaram a admitir brasileiros. Estes passaram a integrar os regimentos de cavalaria do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul, os corpos de artilharia de Santos, Santa Catarina e capitanias do norte e os batalhões de caçadores do Rio Grande do Sul.
Em 1815, com a elevação da colônia à categoria de reino muitas tropas regulares de Portugal desembarcaram no Brasil. A primeira era a divisão do Visconde da Laguna, Carlos Frederico Lecor. Esta época foi de importância extrema para a organização do sistema militar brasileiro. Começou a haver maior autonomia em relação a Portugal culminando com a criação do Ministério da Guerra e a centralização de todas as forças militares de terra.
Logo após a independência, em decreto mandado redigir por D. Pedro I, em 1º de dezembro de 1824, foram organizadas as forças militares brasileiras.
[editar] O Segundo Reinado
O exército imperial brasileiro foi reorganizado em 1831, em seguida, foi criada a Guarda Nacional, foram extintos os antigos corpos de milícias e ordenanças e as guardas municipais. Desde 1837 começou a haver a tentativa do serviço militar obrigatório no Brasil. A legislação tentou em vão em 1822, 1837, 1841, 1848 e 1852, a resolver o problema do recrutamento obrigatório. Porém, mais por razões políticas do que militares, não foi resolvido.
Em 1865, ao eclodir a Guerra do Paraguai, o Brasil não estava em condições de enfrentar o inimigo. Isso ocorreu devido ao fato de o Império negligenciar o preparo de suas forças armadas.
O exército imperial contava com apenas 16.834 oficiais e praças, disseminados pelas províncias num território de tamanho continental. Foi o Duque de Caxias que reorganizou o exército de forma eficiente, mesmo assim só após cinco anos de luta.
[editar] Da República aos nossos dias
No ano seguinte à Proclamação da República, em 1890, o ensino militar no Brasil foi reformado. Isto ocorreu por inspiração pelos ideais positivistas dos líderes republicanos. Nas escolas militares e nas casernas pregava-se a idéia de uma paz universal duradoura (o que não impediu o envolvimento em várias situações de combate dentro do país, como a Revolta da Armada). O marechal Hermes da Fonseca, ao assumir a pasta da Guerra em 1906, deu vigoroso impulso à reforma da estrutura militar do país. Estabeleceu o serviço militar obrigatório, por sorteio, e reorganizou o exército em bases modernas, reequipando-o. A lei do sorteio teve muitos protestos, porém, foi efetivamente aplicada em 1916, por contingência da Primeira Guerra Mundial.
Em 1919, o Exército Brasileiro foi reorganizado por uma missão militar francesa, chefiada pelo general Maurice-Gustave Gamelin. O movimento modernizante continuou após 1930, como resultado do processo revolucionário que alterou a vida nacional.
O Estado Novo transferiu em 1938 para o ministro da Guerra as funções efetivas de comando, passando o Estado-Maior a órgão assessor, sem as prerrogativas e responsabilidades deferidas pela legislação anterior.
Com a declaração de guerra ao Nazismo em 1942, acabou por se constituir por imposição da política internacional, o alinhamento do Brasil aos Estados Unidos, através da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos. O país colaborou no esforço de guerra aliado, enviando para o teatro de operações da Itália a Força Expedicionária Brasileira, cuja organização e treinamento obedeciam aos padrões das grandes unidades norte-americanas. Em 1944, o País enviou para o teatro de operações europeu uma força expedicionária organizada em curto espaço de tempo, sob o comando do General Mascarenhas de Moraes. Designada para operar na Itália, durante o tempo em que esteve em combate, compondo o V Exército dos Estados Unidos da América, a Divisão brasileira sofreu mais de 400 baixas por morte em ação. Antes que o conflito terminasse, havia feito mais de 15.000 prisioneiros de guerra e capturado duas divisões inimigas. Na Itália, a FEB cobriu-se de glórias, combatendo tropas aguerridas, ao lado de soldados calejados por anos de campanha.
Com o término da Segunda Guerra Mundial o Exército entrou em processo de assimilação da doutrina militar norte-americana, mais moderna que a francesa.
A partir de 1960, passou a estudar e desenvolver uma doutrina própria, adaptada às condições e à realidade brasileiras.
Após o golpe de 1964 e durante todo o período dos governos militares, o Exército participou de operações de repressão a movimentos guerrilheiros e de subversão. Com a promulgação da constituição, em 1988, o Exército e as demais Forças Armadas se afastaram do núcleo político brasileiro, voltando-se para suas missões constitucionais.
Com o novo cenário internacional após o fim da bipolaridade Estados Unidos da América - União Soviética, o Exército foi chamado a respaldar a política externa brasileira, passando a atuar em diversas missões de paz patrocinadas pela ONU, tais como em Angola, Moçambique e Timor-Leste, além de enviar diversos observadores militares para várias regiões do mundo em conflito. No ano de 2004 o Exército Brasileiro passou a comandar as forças de paz que se encontram no Haiti.
[editar] Arsenal Bélico
== Fuzis ==
F.A.L fuzil automatico leve e parafal
[editar] pistolas
pt imbel 9mm e bereta 9mm
[editar] canhões
[editar] obuzeiros
[editar] granadas
[editar] Aviação
O Exército opera cerca de 82 helicópteros.
Eurocopter Cougar (HM-3) - 8 - transporte
Eurocopter Fennec (HA-1) - 20 - ligação, observação e ataque
Eurocopter Panther (HM-1) - 34 - transporte, manobra e ataque
Helibras HB 350 (HA-1) - 16 - utilitário, ataque
Sikorsky S-70 (HM-2) - 4 - transporte, manobra
[editar] Organização
O Exército está organizado em vários Grandes Comandos, unidades e subunidades espalhadas por todo o Brasil. O território nacional é dividido em Comandos Militares de Área e em Regiões Militares, conforme a área de atuação de cada uma.
Os maiores escalões organizacionais do Exército são o Estado-Maior do Exército (órgão de direção geral) e os Departamentos (órgãos de direção setorial): Departamento-Geral do Pessoal, Departamento de Ensino e Pesquisa, Departamento de Ciência e Tecnologia, Departamento Logístico e outros. O braço operacional do Exército é denominado Força Terrestre e é constituído pelas Divisões de Exército, Brigadas e unidades de combate e de apoio ao combate.
Desde 1991 as mulheres obtiveram o direito de ingressar no Exército Brasileiro.
[editar] Educação
O Exército Brasileiro mantém uma das mais fortes estruturas educacionais superiores do Brasil, atuando nos mais diversos ramos.
Entre suas principais instituições de Ensino Superior, estão:
- AMAN - Academia Militar das Agulhas Negras
- IME - Instituto Militar de Engenharia
- EsAEx - Escola de Administração do Exército
- EsSEx - Escola de Saúde do Exército
- ECEME - Escola de Comando e Estado-Maior do Exército
Além destas, possui importantes centros de formação, como a EsSA - Escola de Sargentos das Armas,a EsIE - Escola de Instrução Especializada, a EsPCEx - Escola Preparatória de Cadetes do Exército e a EsAO - Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais
[editar] Ligações externas
- Página oficial do Exército Brasileiro
- Página oficial do Comando da Aviação do Exército
- Base Militar Web Magazine - Banco de Dados de Aeronaves Militares Brasileiras
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Marinha - Exército - Força Aérea |
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